Jornada
6
E
L I M
“E partiram de Mara, e vieram a Elim, e em Elim havia doze fontes de
águas e setenta palmeiras, e acamparam-se ali”.
Números 33:9
O
oásis das fontes de águas e palmeiras
Prosseguimos
um passo a mais nas jornadas do povo hebreu pelo deserto. Em meio a esta série
de jornadas ou estações do povo de Deus pelo deserto, é fabuloso saber que
também há estações desta classe, como a que vamos ver hoje, e especialmente
depois da vez passada. Havíamos visto o relativo a Ramessés, então o relativo a
Sucote, então o relativo a Etã e então o relativo a Pi-Hairote e por último o
relativo a Mara. Leiamos Números 33:9: “E partiram de Mara”. Aleluia! Ou seja, que se pode sair de Mara.
Mara é amargura, é prova, dificuldade, mas pode-se sair. “E partiram de Mara, e vieram a Elim, e em Elim havia doze fontes de
águas e setenta palmeiras, e acamparam-se ali”. Esse é o verso base: “E Partiram de Mara, e vieram a Elim...”.
Isso já estava aí antes que eles chegassem. Vocês creem que Deus não havia
predestinado esse oásis antes da fundação do mundo? Eu creio que sim.
Chegaram a Elim onde havia doze fontes de águas, e setenta palmeiras; e
acamparam ali. Há um verso e só um no livro de Êxodo, que corresponde com este;
é o verso 27 do capítulo 15. Em Elim duraram bastante tempo, e sem restrições,
Deus lhes disse tudo em um só verso. Quando tem que aprender grandes lições, tem
que empregar até dois capítulos para explicar a lição, mas aqui se trata de um
oásis, de um descanso. Se você estuda na segunda, na terça, na quarta, na
quinta, na sexta, no sábado descansas, não? Eles haviam demorado um dia em
Sucote, um dia em Etã, um dia em Pi-Hairote e três dias pelo deserto buscando
água; são seis dias quando chegaram a Mara e as águas eram amargas e não podiam
beber, mas o número sete é o de descanso. Por fim chegaram a Elim, depois de
Mara. Elim é um oásis, por isso descanso; mas, por favor, ouçam, desde o
princípio, é somente um oásis, todavia não é a terra de Canaã, todavia não é a
possessão completa da terra, nem do reino, mas sim, é um oásis, graças a Deus.
Deus prepara estes oásis quando são necessários. Seis dias caminhando pelo
deserto e três semanas descansando em Elim. No seguinte verso (Êxodo 16:1),
vocês se dão conta que diz: “E partindo
de Elim toda a congregação dos filhos de Israel veio ao deserto de Sim, que
está entre Elim e Sinai, aos quinze dias do mês segundo, depois de sua saída da
terra do Egito”. Eles saíram aos quinze dias do primeiro mês, quer dizer
que estiveram em Elim, até a metade do seguinte mês, ou seja, que demoraram como
três semanas. Que bom é Deus, verdade? Às vezes parece que a prova é difícil e
parece longa, mas nunca será mais longa do que o necessário, porque não tem que
ficar em Elim, mas é necessário ficar em Elim tempo suficiente, e isso diz
Deus, isso não determina o povo. É Deus que com a nuvem dirigia o povo quando tinha
que ficar em um lugar, e até que a nuvem não se levantasse, não continuavam.
Que compreensivo é Deus! Às vezes nos deixa bastante tempo em situações
agradáveis, em situações fáceis. Elim é uma situação fácil.
Diz Êxodo 15:27: “Então
vieram a Elim, e havia ali doze fontes de água e setenta palmeiras; e ali se
acamparam junto das águas”. Isso é tudo o que nos diz de Elim. Em vão
buscarás outros versículos; podes tomar uma concordância e ver o que diz de
Elim, só aparece nestes dois versículos; sem restrições, há grupos que querem
denominar-se Elim, mas Mara, nenhum. Por aí soube que um grupo em Chiquinquirá
que quis denominar-se Esmirna, e quando souberam que Esmirna significava o
mesmo que Mara mudaram o nome, e denominaram-se: A Grande Águia; claro que Deus
não quer que nos denominemos, mas às vezes os irmãos se denominam. Difícil que
se denominem Mara, mas muitos se denominam Elim, porque Elim representa um
processo agradável nas jornadas. Agora, irmãos, são muitas estas jornadas. Cada
uma destas jornadas que estamos estudando, representa um tipo de experiência
espiritual, e temos que aprender alguma lição em cada jornada. Esta jornada de
Elim é também preparada por Deus, mas como lhes disse, Elim é um oásis, Elim
não é um lugar definitivo. Às vezes nós nos sentimos felizes em determinada experiência
por um bom tempo e às vezes é bom o tempo; isso determina Deus; mas Deus sabe
que depois tem que aprender outras lições como neste caso. Depois foram outra
vez ao Mar Vermelho, mas bem, enquanto isso estamos em Elim. Há oásis na
caminhada cristã, na caminhada do povo de Deus, mas não só oásis; todavia ainda
não é Canaã.
Etapas
antes da meta, que é a plenitude de Cristo
Há em Efésios 4 um texto
que se relaciona imensamente com Elim. Leiamos os versículos de 11 ao 16,
especialmente o 13, que é o propósito; porque nos versículos 11 e 12 estão as
fontes e as palmeiras, mas no 13 está Canaã, ou seja, está a qualidade
transitória da estação de Elim. Diz: “¹¹E
ele mesmo (o Senhor mesmo, isto foi preparação de Deus) deu uns para apóstolos, e outros para
profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores,
¹²Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para obra do ministério, (há um
caminho adiante) para edificação do corpo
de Cristo; (Cristo está adiante) ¹³Até que todos cheguemos (aí recém é
Canaã) à unidade da fé, e ao conhecimento do filho de Deus, a homem perfeito,
à medida da estatura completa de Cristo”. Para Cristo; Cristo é para
onde vamos, onde devemos chegar é em Cristo, “até que todos cheguemos, à medida da estatura completa de Cristo; ¹⁴Para
que não sejamos (antes sim, durante o caminho, sim, mas
quando cheguemos a Cristo, já não) mais
meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano
dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente, ¹⁵Antes, seguindo a verdade em amor,
cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, ¹⁶Do qual todo o corpo, bem ajustado, e
ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte,
faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor”.
Aqui vemos que há um processo de caminhada, de crescimento e
de seguimento; então quando aqui Paulo diz: até que todos cheguemos ao
conhecimento de Cristo, a medida da estatura completa de Cristo, até que todos
cheguemos, essa é a meta; a meta é Canaã; Cristo. É lá em Canaã onde Deus
disse: esta terra darei a ti, e ali estabelecerás o reino; ali foi onde eles
terminaram buscando aquela cidade que tem fundamento, a Jerusalém celeste, o
reino espiritual de Deus. Mas antes de se dar a plenitude do reino, há etapas
pelas quais se tem que passar. Por isso diz: até que todos cheguemos; quer
dizer, que até que todos cheguemos, primeiro vamos passando por certas etapas;
e que acontece enquanto chegamos? Bem, há estações; estamos vendo algumas
dessas estações, e dentro dessas estações, há situações difíceis e situações
agradáveis. Estes versos 11 e 12 representam Elim. Regressemos, pois, a Elim.
Os
números na tipologia do ministério
Regressemos uma vez mais a Êxodo e a Números, e observemos
ali o que pelo Espírito Santo nos diz como característico de Elim; quer dizer,
que estas frases são as que caracterizam Elim. O Espírito Santo considerou
suficiente essas frases, porque a tipologia Ele já tem dado em toda a Bíblia.
Quando nós buscamos desde o princípio até o fim a tipologia, vamos saber ao que
se referem as doze fontes e as setenta palmeiras, então o Senhor já nos disse
com tudo isso; dando-nos a chave, levando-nos por toda a Bíblia. Se você quer
entender ao que se referem as doze fontes e as setenta palmeiras, pois, procure
na Bíblia desde o princípio, cada vez que aparece doze e cada vez que aparece
setenta, porque não aparece em muitas passagens, senão sempre em um mesmo
contexto.
O número doze e o número setenta são números apostólicos. O
Senhor enviou primeiro os doze apóstolos e também os outros setenta; e já
havíamos visto, como ali em Efésios 4 fala de que Ele mesmo deu; Ele deu a
Igreja para aperfeiçoá-la; a Igreja necessita desse aperfeiçoamento. Ainda que
esse aperfeiçoamento é só temporário, esse serviço é só temporário; digamos que
esse ministério é como uma espécie de andaime. Coloca-se o andaime não para
viver nele; utiliza-se apenas por um momento, o andaime se coloca para pôr as
tábuas, para poder colocar as pranchas, mas, uma vez que as pranchas já estejam
firmes, as colunas também já estejam firmes, não necessita mais o andaime,
tira-se o andaime e saímos de Elim e vamos ao Mar Vermelho, para aprender a
recolher o maná sozinhos, pela manhã, cada um o que tem que comer. Mas enquanto
o Senhor faz descansar ao Seu povo, onde há o fluir de Deus e onde há sombra da
parte de Deus. O número doze é um número apostólico, assim como o número
setenta. Você pode ver quando cruzaram o Jordão, puseram doze pedras; os filhos
de Israel também eram doze, a nova Jerusalém tem doze pérolas, tem doze portas,
tem doze alicerces com o nome dos doze apóstolos do Cordeiro. Então o número
doze é um número apostólico, mas o ministério não se completa somente com os
apóstolos, senão que há também profetas, evangelistas, pastores e mestres; além
dos doze, estão também os setenta; portanto sempre que na Bíblia aparecer o
número doze e o número setenta, vai ver que sempre se refere ao ministério.
A necessidade do
ministério
O povo passa situações
difíceis, passa situações amargas, e o Senhor, por certo tempo (Ele julga qual
seja necessário), concede ao povo descanso, e Deus dá à Igreja uns presentes, e
esses presentes são pessoas, e essas pessoas são a comunhão dos apóstolos e a
comunhão do ministério. É interessante que uma só palmeira não pode fazer um
oásis; necessitam-se de todas as doze fontes e das setenta palmeiras para um
povo como de dois milhões possa realmente acampar por um momento, descansar de
suas provas e logo caminhar, para aprender algumas outras coisas mais adiante.
Vai chegar um momento em que “E não
ensinará mais cada um a seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: Conhecei
ao SENHOR; porque todos me conhecerão, desde o menor até o maior deles, diz o
SENHOR; porque lhes perdoarei a sua maldade, e nunca mais me lembrarei dos seus
pecados”[2]. Porei meu Espírito neles e a unção os
ensinará todas as coisas.
Por isso quando São João falava, não falava como se tivesse
a última palavra, não, falava como dizendo que o Espírito Santo mesmo ensinava
toda a verdade, e Ele os guiará a toda verdade, e sem restrições ele também
ensinava e dizia que se alguém não escutava o que dizia os apóstolos do
princípio, os do Novo Testamento, da Bíblia, era porque estava sob a operação
de um espírito de erro; sem impedimento, ele atribuía o verdadeiro ensino ao
Espírito Santo, mas o mesmo João ensinava por mandato do Espírito Santo. O
Senhor Jesus disse: O Espírito Santo dará testemunho de mim e vós também; quer
dizer, que o Espírito Santo dá testemunho, mas lhe pareceu bem ao Espírito
Santo em nome do Senhor Jesus presentear a Igreja uns apóstolos para fazer
alguns trabalhos, como por exemplo, evangelizar, discipular aos evangelizados,
fundar as igrejas, ensinar a essas igrejas, instruí-las, pôr em ordem as coisas
que estão desordenadas, corrigir o que é deficiente, nomear anciãos, se
necessário auditar o que acontece nas igrejas, e se há acusações contra
os anciões, ouvir e tomar as medidas, reunir-se em concilio se necessário e
tratar os assuntos que tem que ser esclarecidos. Então quer dizer que as coisas
que se apresentam no caminho é vontade de Deus que sejam tratadas, e para isso
Deus dá a igreja apóstolos, e dá também profetas que proclamem em Kerigma do Espírito
acerca do ministério de Cristo; dá também evangelistas para que levem as
pessoas a satisfazerem-se em Cristo Jesus e se salvem, e os evangelistas também
ensinam a evangelizar a outros, porque esse é o trabalho dos evangelistas; e os
pastores que sim existem na Bíblia para apascentar as ovelhas, ouvir suas
dificuldades, levá-las nos ombros, apascentá-las, levá-las a paz, a
tranquilidade, resolver seus conflitos momentâneos, e também mestres que
ensinem.
Então, existem, segundo a vontade de Deus, doze fontes e
setenta palmeiras, e todas elas em conjunto formam o oásis, e isso representa o
ministério do Novo Pacto, o ministério do Novo Testamento, que o levam a
comunhão dos apóstolos com todos os outros ministérios que acompanham também ao
Senhor, que acompanham todo o processo. Por isso diz: “E vieram a Elim, e havia ali doze fontes de água...”. O número
doze aparece ali; essas doze fontes representam os doze apóstolos, e os doze
apóstolos representam o ministério apostólico. Claro que “as fontes” não são o
manancial, o manancial é o Espírito; as fontes brotam de um único manancial, e
esse manancial, o Espírito que brota das entranhas da terra e flui para o povo
de Deus, para que o povo de Deus depois dessas terríveis caminhadas pelo
deserto, depois desses desassossegos, dessas confusões, dessas tristezas,
dessas amarguras, possa ter clareza, possa beber, possa alimentar-se e possa
descansar, ou seja, possa ser apascentado. Para isso são os oásis; os oásis são
para apascentar. O caminho no deserto é para caminhar, mas os oásis são para
serem apascentados. Nos oásis é onde bebem as vacas, bebem as ovelhas, bebem os
camelos e bebem os homens; e lá descansam, ali se fortalecem, ali se renovam e
diz: bem, tem que seguir agora o resto da caminhada, tem que seguir aprendendo
outras coisas. Por algum motivo o Senhor quis dar à Igreja um oásis de vez em
quando, quis dar à Igreja doze fontes e setenta palmeiras para que sejam
apascentadas as Suas ovelhas, Suas cabritas, Seu povo. Amém, irmãos! Então Elim
nos representa esta etapa.
Vejamos também a correspondência desse tema em Cantares.
Vocês recordam que esse livro de Cantares, significa um poema de amor entre o
esposo, que neste caso era Salomão filho de Davi, e sua amada, uma morena, de
raça negra, assim como também Moisés se casou com uma mulher cusita; porque
Deus não é racista, de modo que a esposa de Moisés era uma cusita; e aqui a
amada de Salomão também, graças a Deus. Aqui encontramos neste poema de amor, o
processo do amor dela; aqui nos fala do amor dele por ela e dela por ele, e se
nota, além, o processo que ela vai “sofrendo”, ainda que sofrimento não é a
palavra apropriada, senão digamos suportando, levando sobre si um processo; e
aqui aparecem certas coisas neste processo.
No capítulo 1, ela começa muito apaixonada: “²Beija-me ele com os beijos da sua boca;
(isso indica a necessidade de ter essa experiência direta com o Senhor,
verdade?) porque melhor é o teu amor do
que o vinho”, etc. Logo lhe diz: “⁴Leva-me tu; correremos após ti...”.
Aí está a saída para seguir-lhe, por aí até Sucote. “...em ti nos regozijaremos e nos alegraremos...”; mas então vem as
seguintes estações, aparecem aqui juntas nos seguintes versos. Diz: “⁶...os
filhos da minha mãe indignaram-se contra mim...”,
aí está Etã. Também diz: “⁵Eu sou morena, porém formosa, ó
filhas de Jerusalém, como as tendas de Quedar, como as cortinas de Salomão”.
Aí está também Sucote, aí está também Pi-Hairote. Ali em Pi-Hairote é que ela
passa ao outro lado do mar, ela é batizada, reconhece seu pecado e por isso
diz: não reparem nisto; bem, toda essa experiência de enfrentar-se com sua
insuficiência, para chegarmos aos versos 6 e 7, e está em Mara “⁶ᵇ...puseram-me
por guarda das vinhas; a minha vinha, porém, não guardei. ⁷Dize-me, ó tu, a quem ama a minha
alma: Onde apascentas...”; ela não está em paz, ela está em
conflito, ela está em dificuldades, está em amargura, está em problemas.
“Dize-me”, ela começa a clamar, não se tem encontrado com ele no descanso,
então ela diz: “Dize-me, ó tu, a quem ama
a minha alma: Onde apascentas o teu rebanho, onde o fazes descansar ao meio
dia...”, ou seja, onde descansas tu? Como quem diz, eu quero ir descansar
contigo, ela não está descansando, tem estado vagando e tem andado bem cansada;
isso era Mara, e diz: “... pois por que
razão seria eu como a que anda errante juntos aos rebanhos de teus
companheiros?”;vemos que ela errava, queria errar um pouco sozinha, todavia
não conhecia o dom de Deus, ou digamos, os dons de Deus à Igreja.
Por que havia de estar como errante junto aos rebanhos de
teus companheiros? Três dias demoraram em Pi-Hairote e Mara, buscando água e
não se sentiam tão bem. Às vezes os filhos de Deus quando estão começando tem
sua experiência com Deus, mas às vezes não encontra lugares onde apascentar,
até que o Senhor lhes prepare lugares onde apascentá-los; é Deus que faz isso
em Sua misericórdia. Então observem a resposta que justamente lhe dão, que
corresponde com Elim. “⁸Se tu não o sabes, ó mais formosa
entre as mulheres, sai-te pelas pisadas do rebanho...”;
como quem diz, não quero que ande solta daqui para lá, não; eu quero a vida
comunitária de meu povo. “... sai-te
pelas pisadas do rebanho, e apascentas as tuas cabras junto às moradas dos
pastores.”, tens estado errando, eu sei que você não gosta disso. Por que
eu tenho de estar errando atrás do rebanho dos pastores? Então lhe diz
“formosa”, não a crítica, não a trata mal, a trata com doçura, mas ela é
rebelde, não é mesmo? Nós no princípio somos rebeldes. Muitas dessas estações
são para expor a medida de nossa rebelião e para tratá-la e curá-la quando é
possível, a menos que fiquemos prostrados nessa estação; mas pode-se sair de
Mara e passar para Elim e pode-se chegar a Canaã, ainda que muitos ficam pelo
caminho; mas de todo modo se pode. “Se tu
não o sabes, ó mais formosa entre as mulheres, sai-te pelas pisadas do
rebanho...”; quer dizer, reúne com o povo de Deus, não sejas
individualista, não seja soberbo, não sejas presunçoso, não sejas orgulhoso,
não sejas rebelde. “... sai-te pelas
pisadas do rebanho, e apascentas as tuas cabras junto às moradas dos pastores.”,
porque o apascentamento é ali. É assim como se apascentava Israel? Foi ali em
Elim onde Deus lhe preparou doze fontes e setenta palmeiras, o número
apostólico, o número do ministério do Novo Pacto. Para que? Para que o povo de
Deus tenha a experiência do apascentamento nessas fontes embaixo dessas
palmeiras por um tempo, até que possa prosseguir o caminho, esse descanso não é
para sempre, depois também terá que sair de Elim, mas é necessário passar por
Elim e todos os filhos de Deus necessitam da experiência de ser apascentados
sob o ministério do Novo Pacto, representado nestes números; doze e setenta,
nestas fontes, nestas palmeiras. Recordemos de quando estudávamos aqui o templo
de Deus, vimos que as palmeiras representam a esposa madura que tem suas raízes
um pouco mais profundas; por isso os ventos do deserto não a desarraigam,
porque as palmeiras se alimentam de águas profundas; parece que as dobram, mas
voltam a levantar-se, porque Deus as fez palmeiras; as palmeiras não tem do que
gloriar-se, nenhuma palmeira, porque é Deus o que faz isso. Então, irmãos, sim
é a vontade de Deus que Seu povo tenha oásis e seja apascentado pelo
ministério, ter essa experiência é normal. Claro que, como lhes disse desde o
princípio, comecei com isso: Elim não é Canaã; Elim é somente uma etapa, Elim é
somente um certo descanso em que Deus nos supre através do que Ele prepara, e
temos que estar em Elim o tempo que a nuvem diga, mas já saberá dizer a nuvem
quando é que tem que começar a pescar, aprender a pescar sozinhos. Digamos que
em Elim lhe trazem o peixe, mas no Mar Vermelho tem que pescá-lo, mas o Mar
Vermelho vem depois; por agora estamos em Elim.
Não é bom que os filhos de Deus quando são novos, estejam
soltos, estejam errando daqui para lá; Deus quer que se reúnam. “²⁴E consideremo-nos uns aos outros,
para nos estimularmos ao amor e às boas obras, ²⁵Não
deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos
uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia” [3].
E para isso Deus dá à igreja servidores. Essa palavra ministério quer dizer
serviço, e não é uma palavra de grandeza, de título, não é um título, é um
serviço, isso é o que significa; o propósito de Deus, é que o ministério sirva.
Por isso quando se fala de apascentar, como quando Pedro em sua primeira
Epístola capítulo 5 diz: “²Apascentai o
rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas
voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto”; quer dizer,
que o Senhor está dizendo como se deve apascentar. Se não és bom, se não dá
água, se não dá sombra, se não dá alimento, como será esse pastoreio?
E as palmeiras não só dão sombra, dão cocos grandes com
água, e alguns poucos mbocayá como dizem, ou se não como o
pindó ou como o chontaduro, ou como as tâmaras ou como, por exemplo, o cuesco que temos muito na Cristianía, e
até palmito tem no coração da palma, até vinho de palma se faz. As palmas são
para dar sombra; com a palma temos teto, temos casa, porque se fazem casas com
a palma; é um oásis, porque Deus ama a Seu povo e Deus lhes presenteia pessoas.
Claro,
como Deus não tem pessoas perfeitas para presentear-lhes, porque o único
perfeito é o Senhor Jesus Cristo, às vezes há problemas com o ministério; Sim
há, mas o propósito de Deus não é causar problemas, o propósito de Deus é
presentear pessoas à igreja para que as aperfeiçoem, para aperfeiçoar aos
santos, para que os ajudem, para que os evangelizem, para que ensinem, para que
apascentem, para que ponham em ordem as coisas, para que administrem o que lhes
corresponda; enfim, são trabalhos que tem que dar-se na caminhada do povo de
Deus, o povo de Deus vai encontrar essas coisas, e por isso estão representados
na Bíblia.
Não há muitos versículos, o capítulo não é muito longo, mas
observem o que significa o número doze na Bíblia e onde aparece o doze; observe
o que significa o número setenta e onde aparece, é que até a Septuaginta foi
traduzida por setenta; a tradução do hebreu para o grego. Aí temos as setenta
palmeiras, ou seja, é o que representa Elim, o descanso proporcionado por Deus
à sombra do ministério do Novo Pacto, do Novo Testamento, é uma estação onde se
demoraram um pouco, mais que nas outras, mas não muito, só o necessário para
alimentar-se bem, para ter forças, porque daqui a pouco tem que pescar
sozinhos, mas enquanto isso estão em Elim. Amém. Eu creio que com isso é
suficiente e esta água da vida, obviamente é o Senhor, Amém?
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