terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

21ª Jornada - HARADA


Jornada 21

H A R A D A [1]

“E partiram do monte de Séfer, e acamparam-se em Harada”.
                                                                                                                                 Números 33:24
Ar Shafar
        Vamos ao livro de Números capítulo 33, segundo a ordem das jornadas que estamos estudando. Hoje estamos no versículo 24. “E partiram do monte de Séfer, (Ar Shafar) e acamparam-se em Harada”. Meus irmãos sabem pela Palavra do Senhor que todo este peregrinar de Israel pelo deserto aconteceu como um exemplo e cada uma destas jornadas se escreveu para admoestarmos uns aos outros; não somente estamos lendo uma história do passado, senão que estamos lendo para nós no Novo Testamento.
        Em Deuteronômio 2:1, é onde a parte geográfica se confirma, como muitas outras jornadas ao redor do monte de Seir, segundo a sequência que estamos fazendo até aqui. “Depois viramo-nos, e caminhamos ao deserto, caminho do mar Vermelho, como o SENHOR me tinha dito, e muitos dias rodeamos o monte de Seir”. Este rodear do monte de Seir ocupa uma série de várias jornadas; esta jornada de Harada é uma das jornadas ao redor do monte de Seir. É curioso que todas estas jornadas ao redor do monte de Seir se relacionam uma com as outras. As primeiras jornadas, recordando, desde Ramessés até Elim, mais ou menos, descendo desde o Egito para sudeste, para o sul da península do Sinai, correspondem às jornadas iniciais do caminho cristão, digamos os filhinhos; a partir da jornada seguinte, mais ou menos até Queelata ou a anterior a Queelata, corresponde aos jovens; já depois, a partir de Queelata quando se começa a vagar ao redor do monte de Seir, corresponde aos pais e tem a ver com os assuntos relacionados com a liderança. Todas estas jornadas ao redor do monte de Seir, tem a ver com o relativo à liderança. As duas últimas que temos visto são bastante sérias para com o povo em relação a liderança.
        Primeiramente em Queelata é onde acontece a contradição de Coré e onde Deus trata de uma maneira severa contra a rebelião à autoridade delegada por Deus. Na seguinte jornada, a de Ar Shafar, o monte de Séfer, que tem a ver com a vara florescida de Arão como um sinal da constituição da parte de Deus da autoridade delegada, também é uma lição para o povo e às vezes alguém poderia pensar: Bem, parece que aqui estão dando duro com o povo, mas hoje temos chegado a uma jornada que é bastante séria, agora, em relação às autoridades delegadas. Se nos pareceu sério o que aconteceu em Queelata, o que ocorreu em Ar Shafar, no monte de Séfer também é sério. Hoje deve parecer-nos bastante sério o que Deus revela nestas jornadas. Há acontecimentos que são reveladores e há revelações ou palavras diretas, ou ensinamentos de Deus. Deus tanto nos ensina por seus ensinamentos, por seus mandamentos, por suas palavras, como por acontecimentos; nesta vez Deus vai falar e a jornada se corresponde no livro de Números 18:1-7; os sete primeiros versículos, segundo o acompanhamento que estamos fazendo.
Temor a Deus
        Vamos a Números 18:1-7. Algumas Bíblias, especialmente a Reina Valera tem um título que se chama: Provisão dos sacerdotes levitas. Realmente este título não corresponde à passagem de hoje, à jornada que vamos estar vendo hoje; talvez um pouco mais adiante o título em outras jornadas posteriores poderia ser apropriado, mas não trata disto a passagem que corresponde à jornada de hoje, que vai desde o verso 1 ao verso 7, onde diz: “Então disse o SENHOR a Arão:...”. Recordemos que os acontecimentos ou revelações foi o que deu os nomes a esses lugares no deserto, alguns nomes já existiam quando eles chegaram ali; outros nomes não existiam, mas começaram a existir e o nome recordava o que aconteceu nesse lugar ou recordava o que foi revelado nesse lugar. Hoje o nome “Harada” que é a jornada que estamos vendo é especialissimamente apropriado para o que hoje existe entre o verso 1 e7 do capítulo 18 de Números. Nas orações iniciais, algum irmão estava lendo, creio que era nosso irmão Jorge Baracaldo, estava lendo um Salmo onde se repetia: Temei a Jeová; devemos temer ao Senhor; justamente é o que nos ensina neste capítulo dentro do contexto do trato de Deus e a revelação de Deus em relação com a autoridade delegada. A palavra Harada provém do hebreu; é uma palavra hebraica, mas também semítica que tem raízes no aramaico, no acádio e em outros idiomas semíticos, e significa temor reverente; esse é o significado da palavra Harada: Temor reverente; se refere ao temor de Deus, a esse temor que produz diligência, a esse temor que não quer tomar de forma leviana a santa indignação do Senhor. Depois das lições anteriores a Queelata e esta lição, depois do monte de Séfer, tem que aprender sabedoria e a sabedoria é o temor a Deus; aqui não se refere ao medo, um medo patológico, mas às vezes nós por desprezarmos o medo pensamos que podemos ser levianos com Deus e atuar sem nenhum tipo de cuidado, sem nenhum tipo de prudência; isso somente o faz quem não conhece a Deus, é como os meninos que brincam com arame e o metem na tomada porque não sabem que vão receber um choque, porque não tem consciência, até que se encontra com uma energia tão poderosa que lhe dá um coice e lhe manda longe ou o deixa ali pegado; depende.
        Irmãos, na relação com Deus é necessário a reverencia e o temor a Deus. A Bíblia diz: O princípio da sabedoria é o temor a Jeová. Meus irmãos vão ver porque esse título de Harada desta jornada corresponde tão preciosamente com a revelação que se deu em Números 18:1-7. Temor reverente; aqui aparece o assunto da responsabilidade das autoridades delegadas; meditando sobre este mesmo assunto nas vezes anteriores, tratava-se do temor que o povo devia ter para com Deus em discernir a mão de Deus por detrás das autoridades delegadas, mas agora ensina às autoridades delegadas assumir devidamente, apropriadamente, a responsabilidade que lhes é encomendada. Se pudéssemos dizer uma palavra chave para esta jornada, para a lição desta jornada, é a palavra responsabilidade. Quando não há temor reverente de Deus, há irresponsabilidade. A responsabilidade é uma filha do temor de Deus. Quem não conhece a Deus é uma pessoa soberba, é uma pessoa inconsistente, é uma pessoa que fala fácil, atua fácil, é uma pessoa que não sabe se conter. Davi era uma pessoa que se turbou quando tocou o manto de Saul, não por causa de Saul; porque Saul mesmo como pessoa, podemos pensar que era pior que Davi, visto que Deus disse a Saul que o havia posto no lugar dele, um menor que ele; mas ainda assim Saul era autoridade de Deus, posta por Deus; então por isso Davi teve temor, se turbou de haver tocado seu manto, e aquele que matou a Saul, que lhe ajudou a suicidar-se, Davi o julgou por não haver tido temor de Deus, de pôr sua mão naquele ungido de Deus que era Saul.
        Agora, a reverência aqui se exige das autoridades que são delegadas. Agora Deus começa a ensinar nesta porção que as autoridades delegadas não estão ali para si mesmas, para exercer autoridade por si mesmas, para dirigir as pessoas para si mesmas, para amedrontar os demais e aproveitar-se deles, por causa de sua posição ou sua função; ao contrário, aqui o Senhor começa a ensinar aos que Ele tem delegado autoridade, que é a responsabilidade que eles tem. Não é bom alguém tomar autoridade por si mesmo, porque tomar autoridade por si mesmo é se fazer responsável das coisas; naquilo no qual não deveria ser responsável. É melhor não assumir essa responsabilidade, porque certamente as responsabilidades assumidas vão ser cobradas. Como diz: é melhor que não prometas, que prometer e não cumprir; uma pessoa pode pensar que aparecer diante do povo do Senhor é uma coisa fácil, mas aqui Deus nos ensina que é uma coisa sumamente delicada.
A responsabilidade da autoridade
        Sigamos lendo Números 18:1-7: “Então disse o SENHOR a Arão:...”. Até aqui quase sempre o Senhor falava a Moisés, mas agora Deus estabeleceu a autoridade de Arão no capítulo anterior, em Ar Shafar, no monte de Séfer quando a vara de Arão floresceu; então agora Deus, que estabeleceu a autoridade a Arão, Deus vai falar para Arão; enquanto Deus não havia estabelecido a autoridade a Arão, o que Arão falava era coisa de Arão, mas Deus começou a falar com Arão porque havia estabelecido sua autoridade diante do povo. Agora é a Arão; nesta e nas próximas jornadas, todas ao redor do monte de Seir, todas ao redor do mesmo assunto, Deus fala a Arão, esta é uma revelação de Deus a Arão, ou seja, ao sacerdócio. “¹Então disse o SENHOR a Arão: Tu, e teus filhos, e a casa de teu pai contigo, levareis sobre vós a iniquidade do santuário; e tu e teus filhos contigo levareis sobre vós a iniquidade do vosso sacerdócio”. Aqui Deus está colocando sobre os ombros destas pessoas, a quem Ele delegou autoridade, uma responsabilidade; eles são os que levam por uma parte, a iniquidade ou o pecado do santuário. Deus faz responsáveis as autoridades; ser autoridade significa levar a responsabilidade. Por que quando uma equipe de futebol perde a partida, expulsam ao técnico, se o técnico não estava no campo? Porque a equipe se movia no campo, segundo a direção do técnico, por isso é, que o que perde o cargo antes do jogador, é o técnico, porque Deus faz responsável o técnico.
        Eu quero que vocês vejam comigo uma passagem aqui em Apocalipse e seguimos depois em Números. No capítulo 2 de Apocalipse, leiamos desde o verso 18. Vocês sabem que nessas manifestações, o Senhor se apresenta a igreja e aos responsáveis da igreja, segundo a condição da igreja. Por exemplo, qual era a condição em Esmirna, que significa amargura? Prova; a igreja estava em prova e vai passar por tribulações; uns iam ser jogados no cárcere, etc. Então o que eles necessitam no meio da prova, e com a morte ao lado é a certeza da recompensa da ressurreição; por isso o Senhor fala a Esmirna, e lhe diz assim: “... Isto diz o primeiro e o último, que foi morto, e reviveu:”; porque isso era o que necessitava Esmirna. Qual era o problema em Éfeso? O problema em Éfeso é que havia a possibilidade de que o candeeiro fosse tirado; então como se apresenta o Senhor à igreja em Éfeso? O que tem os sete candeeiros; quer dizer, Eu sou o dono da plenitude das igrejas, Eu não quero que em nenhum lugar, em nenhuma localidade falte-me testemunho, me falte um candeeiro, me falte a igreja; porque isso era o que estava acontecendo com Éfeso, havia relaxado a marcha, havia abandonado o primeiro amor e havia perigo de perder o candeeiro, então como se apresenta o Senhor? Como aquele que tem os sete candeeiros.
        O problema em Pérgamo, era um problema de mescla, um problema de mistura, de religião com política que é o que quer dizer Pérgamo, muito casado, muito mesclado; aí estava Balaão, aí estava o nicolaísmo e um monte de coisas mundanas misturando-se com a igreja; então como se apresenta o Senhor à igreja em Pérgamo e a suas autoridades delegadas? Como aquele que tem a espada de dois fios, a espada que separa o que é do espírito, do que é da alma, do que é da carne. Deus separa o que é de cima e o que é de baixo, o que é precioso do que é vil, o que é celestial do que é natural e do que é só terreno. Essa era a situação de Pérgamo; por isso o Senhor se apresenta com essas características a Pérgamo. Mas a Tiatira, o que era que acontecia em Tiatira? Em Tiatira havia graves problemas, havia profecias e fornicação misturadas, havia inclusive idolatrias, profundidades, mas de satanás; então o Senhor se apresenta, nada menos que, como diz aqui: “¹... Isto diz o Filho de Deus, que tem seus olhos como chama de fogo, e os pés semelhantes ao latão (bronze) reluzente:”. Sabemos que o bronze representa na Bíblia o juízo; o Senhor passou pelo juízo para conduzir-nos ao juízo de nós mesmos e do pecado e de satanás e do mundo e da carne; mas se nós não passamos em união com Ele pelo juízo do ego, do mundo, do pecado, de satanás, da carne; então o Senhor tem que nos disciplinar. Mas quando o Senhor vai disciplinar a igreja de Tiatira, olhem como fala: “¹Eu conheço as tuas obras, e o teu amor, e o teu serviço, e a tua fé, e a tua paciência, e que as tuas últimas obras são mais do que as primeiras”. Esse é o lado bom do que havia em Tiatira; por isso havia diante de Deus um candeeiro de ouro, porque uns poucos, porque o diz mais adiante, haviam sido fiéis, e a esses poucos não lhes punha outra carga; mas o Senhor que é o Sumo Sacerdote que se move entre os candeeiros, descobre que também há problemas. “Mas tenho contra ti...” Notem que aqui este ti é o anjo da igreja em Tiatira, por que quem a vai dirigindo? “E ao anjo da igreja de Tiatira escreve:...”. Aqui o Senhor não fala diretamente a Jezabel, aqui não está falando ao atacante, ou ao artilheiro, ou à defesa, ou ao meio campo; aqui está falando ao técnico. “²Mas tenho contra ti que toleras Jezabel, mulher que se diz profetiza, ensinar e enganar os meus servos, para que se prostituam e comam dos sacrifícios de idolatria”. O Senhor não está falando diretamente a Jezabel, o Senhor não está tratando diretamente com Jezabel. Por quê? Porque o Senhor colocou pessoas responsáveis na igreja, que em nome de Deus deviam representar o sentimento de Deus.
Autoridade delegada por Deus
        Essa é a função das autoridades delegadas, não representar o seu próprio sentimento, não dar sua própria opinião, não misturar seus interesses; devem ser transparentes e representar o sentimento de Deus. Isso é o que quer dizer ser autoridade delegada. Não se delega autoridade a ninguém para que possa ser aplaudido, para que falem bem, não, não. É para que assuma responsabilidade; a responsabilidade de representar o sentimento de Deus. Agora, Deus não estava tolerando essa situação na igreja; mas aqui, a esta pessoa a quem se fala, estava tolerando-a. Às vezes não toleramos o que Deus tolera e às vezes toleramos o que Deus não tolera. Se vamos ter uma assembleia onde toleramos o que Deus não tolera, vai ser uma assembleia nossa; podemos pôr-lhe nosso sobrenome e nossa personalidade, mas não vai ser a igreja do Senhor; a igreja do Senhor é do Senhor e Ele é a cabeça e em Sua igreja se faz o que Ele diz. O sentimento de Deus, o sentimento da Palavra de Deus, do Espírito de Deus, deve ser representado pelas pessoas a quem Deus delega autoridade. Aquelas pessoas a quem o Senhor tem posto na obra, a servir na igreja, já seja como ancião ou com qualquer dom na obra em geral, são pessoas que devem saber que não estão ali para representar-se a si mesmas, nem para aproveitar-se de sua posição no meio dos irmãos, para exigir homenagem, ou dinheiro, ou qualquer outra coisa; estão ali somente para representar a Deus, o sentimento de Deus, para falar em nome de Deus, em Seu Espírito e com Suas palavras, para levar as pessoas a Deus, para ter graça quando Deus tem graça e aplicar o juízo de Deus quando Deus o aplica; neste caso devia ser o juízo de Deus.
        No caso de Moisés, quando bateu duas vezes na pedra, Moisés se irritou e meteu os pés pelas mãos, e em vez de representar o caráter de Deus, representou um deslize do seu temperamento; então Deus tinha que fazer diferença entre Moisés e Deus. Moisés meteu os pés pelas mãos, esse foi Moisés; por isso Moisés não vai entrar na terra. Eu tenho mais graça com vocês do que Moisés. Mas às vezes é ao contrário; às vezes Deus diz não, como Deus disse a Saul: Saul, vá aplicar a espada do juízo aos amalequitas, e ele perdoou o gordo das ovelhas e perdoou ao rei Agague, ao rei dos amalequitas, e não aplicou a espada. O que quer dizer isso? Que Saul não devia aproveitar da sua posição, senão que devia representar Deus; por isso estava aí, não para ele, senão para Deus; e aqui lhe diz: “...Tenho contra ti...”. Não diz: tenho contra Jezabel; ouve Jezabel, tal coisa; não diz a Jezabel, não; não lhe diz escreve esta carta a Jezabel, não, esta carta não vai dirigida a Jezabel; vai dirigida ao anjo da igreja em Tiatira. “Mas tenho contra ti que toleras...”; não estou de acordo com a sua tolerância; às vezes as autoridades do Senhor devem representar a desaprovação de Deus. Deus não aprova esta condição e se espera que aquelas pessoas a quem Deus delegou responsabilidade digam o que deve ser dito; às vezes um silêncio é uma falta de autoridade que não é correta, deve-se falar, porque se não se fala, é como se estivera aprovado e depois o povo se acostuma a isso e atua assim dessa maneira, mas Deus tem que dizer primeiro ao anjo da igreja: Toleras a essa Jezabel, etc., mas bem, ele tolera, então que faz o Senhor? O repreende, tenho contra ti isso, reconheço o bom, mas também reconheço o mal. Agora “E dei-lhe tempo para que se arrependesse...”; agora o Senhor atua direto, porque como suas autoridades não o representaram coube a Ele atuar direto.
        Irmãos, eu lhes digo por experiência, que é melhor aceitar a repreensão de um irmão do que a repreensão direta de Deus; é melhor que te repreenda um irmão e ouças a Deus através de teu irmão e não que Deus tenha que tratar diretamente contigo; havia sido melhor para Jezabel que este anjo da igreja tratasse com ela ao invés de Deus. “²²Eis que a porei numa cama, e sobre os que adulteram com ela virá grande tribulação, se não se arrependerem das suas obras. ²³E ferirei de morte a seus filhos, e todas as igrejas saberão que eu sou aquele que sonda os rins[2] e os corações...”. “Todas as igrejas saberão”; porque se tudo é tolerado, as pessoas vão pensar que Deus é qualquer coisa, que qualquer um pode viver uma vida imunda, misturar o santo com o profano, a profecia com a fornicação, etc. E Deus não pode ficar calado. Todas as igrejas saberão que isso não é assim; então logo diz outras coisas, porque Deus também faz justiça.
A autoridade leva à iniquidade
        Vamos examinar 1 Samuel capítulo 15. Isto é para compreender esse princípio de que as autoridades delegadas levam a iniquidade do santuário. É o mesmo princípio que vocês recordam em Ezequiel 33, sobre os atalaias: Filho do homem, tu é um atalaia, se vires vir a espada e avisas ao povo, mas o povo não se dá por avisado e vindo a ele (quer dizer, porque Deus tinha responsabilidades delegadas) a espada ferindo alguém, tu haverás livrado sua vida, porque tu avisaste, tu disseste, e o povo não se apercebeu, vem a espada e feriu ao povo, porque tu falaste, tu anunciaste: vem a espada. Mas se tu vires vir a espada, e ficas calado, não assume a responsabilidade de dizer as coisas que deves dizer, então quando vier a espada e firas por ti, porque é de ti, é da sua mão, é de sua responsabilidade, é por tua culpa que o feriram, porque não avisaste, porque não falaste; ferem ao povo por ti, o povo morrerá por seu pecado, mas o sangue deste povo eu requererei da tua mão. Por isso não pense que é muito cômodo estar em uma posição de autoridade delegada; isso não é para orgulhar-se, é para temer a Deus, porque Deus vai demandar o sangue do povo que foi ferido daquele atalaia que não latiu como devia latir; como algumas vezes diz o Senhor que alguns pastores são como alguns cães que não latem, deixam que os ladrões entrem e os amos seguem dormindo; então o Senhor diz: cães que não latem. Por isso quando Paulo de Mileto mandou a Éfeso chamar os anciãos da igreja, lhes disse: Estou limpo do sangue de todos, e deu a razão porque estava limpo do sangue da igreja de Éfeso: porque nunca deixei de vos anunciar todo conselho de Deus.[3] Se ele reservasse para si o conselho de Deus, não o anunciasse, não poderia dizer que estava limpo do sangue deles. Quando você vê que seu irmão peca contra ti deves dizê-lo à parte, deve avisar-lhe para que ele tenha a oportunidade de se corrigir e consertar suas coisas, porque se tu não falas o que tu vês, o que Deus te mostra, não falas como corresponde em sua devida ordem, então essa pessoa vai continuar pecando, mas você vai continuar sendo considerado responsável; por isso os anciãos da igreja, os obreiros da obra, tem a responsabilidade de falar, de dizer, de tratar os problemas, de tratar os casos. Na igreja se tratam os casos, se tratam os problemas, porque é a igreja do Senhor Jesus, onde estamos para que Ele seja honrado. Por isso Harada, é o temor a Deus, é o princípio da sabedoria, o temor reverente é que nos ajuda e nos inspira a ser responsáveis. Cada pessoa tem uma medida de responsabilidade; você sabe que deverias haver dito, que deverias haver feito e se você não o fizeste e algo aconteceu por sua causa, você vai dar conta ou eu vou dar conta.
  Olhemos em 1 Samuel 15 o relativo à missão das autoridades delegadas de representar o sentimento de Deus. Às vezes a misericórdia de Deus, às vezes a desaprovação de Deus a quem está equivocado: “¹Então disse Samuel a Saul: Enviou-me o SENHOR a ungir-te rei sobre o seu povo, sobre Israel; ouve, pois, agora a voz das palavras do SENHOR”. Agora que és rei, agora que sendo um homem comum e normal, tão débil quanto qualquer outro, porque não é melhor do que ninguém, mas Deus te escolheu por rei. Ah, que bom! Agora sou o rei, então vão me receber com o joelho dobrado, vou entrar por meio de tapetes, e vou comer em vasilhas especiais, não, não, não. “²Assim diz o SENHOR dos exércitos: Eu (Deus disse; é uma determinação soberana de Deus) me recordei do que fez Amaleque a Israel; como se lhe opôs no caminho, quando subia do Egito. ³vai, pois, agora e fere a Amaleque;...”. Isso é que é uma autoridade delegada. Eu castigarei, vai, pois. Quem foi o que livrou Israel do Egito? Foi Deus ou Moisés? Foi Deus. Deus disse: Eu tenho descido para livrar o meu povo, vai, pois, tu, ou seja, você me representas, você não vai falar tuas palavras nem ter as suas atitudes, você deve moldar suas atitudes a mim, suas palavras a mim, sua responsabilidade a mim, para que eu seja conhecido através do que você faça, através de ti. Isso é o que quer dizer: ser uma responsabilidade. “Vai, pois, agora e fere Amaleque;...”. Eu o castigarei, mas o castigarei através de ti.
        Às vezes nós dizemos: Bem, que Deus trate com essa pessoa, mas na hora, o obreiro tem que atuar, na igreja o ancião tem que atuar, os anciãos, os obreiros, os irmãos tem que atuar, a igreja tem que atuar. “³Vai, pois, agora e fere a Amaleque; e destrói totalmente a tudo o que tiver, e não lhe perdoes; porém matarás desde o homem até à mulher, desde os meninos até aos de peito, desde o bois até às ovelhas, e desde os camelos até os jumentos”. Porque isso era o que havia feito Amaleque com Israel; pegou aos débeis, aos coitadinhos, aos pequeninos que iam cansados ali na parte de trás e satanás veio através de Amaleque e lhes destruía. Agora diz Deus, Eu vou castigar isto e tu Saul, agora é rei de Israel, deves estar atento a minha palavra e você é o instrumento do meu juízo; quer dizer, que quando a palavra de Deus diz não, as autoridades não podem dizer sim. Então diz aqui: O que Saul (vamos ver como fez Saul) convocou ao povo, e os contou em Telaim, (ah! muito bem) duzentos mil homens de pé, e dez mil homens de Judá”. Passar revista é muito bonito, porque eu sou o que passo à frente, todos estão firmes diante de mim e eu vou olhando a todos, eu sou o general, em contra partida vocês são os soldadinhos. Passou revista, todo mundo está muito bem até aí. Chegando, pois, Saul à Cidade de Amaleque, pôs emboscada no vale. E disse Saul aos queneus: Ide-vos, retirai-vos e sai do meio dos amalequitas, para que não vos destrua juntamente com eles, porque vós usastes de misericórdia com todos os filhos de Israel, quando subiram do Egito. (Até aí tudo está bem) Assim os queneus se retiraram do meio dos amalequitas. Então feriu Saul aos amalequitas desde Havilá até chegar Sur, que está defronte ao Egito. E tomou vivo a Agague, rei dos amalequitas;...”. E aqui está o problema; nem sequer a um bebê deveria ter perdoado, mas perdoou ao mais gordo. Nós quando tratamos com o ego, quando tratamos com o pecado, nós renunciamos as coisas fáceis de renunciar, mas o gigante, o gordo, esse é o que havia que renunciar primeiro, a esse é o que tem que aplicar a espada da cruz, o ego, aí é onde está o problema; no que perdoamos. Quando somos tolerantes com nós mesmos ou com o pecado, isso é o que nos destrói. E tomou vivo a Agague, rei dos amalequitas; porém a todo o povo (claro aos pequenos) destruiu ao fio da espada. E Saul e o povo (não diz o povo e Saul; isso começou por Saul) pouparam a Agague e ao melhor das ovelhas e das vacas, e as animais gordos, e aos cordeiros e ao melhor que havia, e não os quiseram destruir totalmente; porém a toda coisa vil e desprezível destruíram totalmente”. Aí está, não os quiseram destruir; nos reservamos essa coisinha que ofende a Deus, e isso é o que causará nossa derrota posterior e podemos sair da posição de autoridade; isso aconteceu a Saul. “¹Então veio a palavra do SENHOR a Samuel, dizendo: ¹¹Arrependo-me de haver posto a Saul como rei; porquanto deixou de me seguir, e não cumpriu as minhas palavras. Então Samuel se contristou, e toda a noite clamou ao SENHOR”. Agora está seguindo a si mesmo, não está representando Deus, está representando a ele mesmo, agora parece mais misericordioso que Deus, misericordioso com seu próprio pecado.
 “¹²E madrugou Samuel para encontrar a Saul pela manhã:...”. Agora coube a Samuel. Não veem que Saul era seu pupilo? Samuel não podia dizer: bem, essa foi uma falha de Saul, não, porque Saul tinha uma autoridade sobre ele e essa autoridade era Samuel. Saul tinha a Samuel como autoridade; falhou Saul, não pode falhar Samuel; falhou o tenente não pode falhar o capitão; falhou o capitão não pode falhar o major ou o general. Então diz: “...e anunciou-se a Samuel, dizendo: Já chegou Saul ao Carmelo, e eis que levantou para si uma coluna. Então voltando, passou e desceu a Gilgal”. Ah! Senhor tem piedade de nós! Queremos monumentos nesta terra, em vez de estar no livro do Senhor. Tem piedade de nós. Ajuda-nos a aplicar a espada a nossos “automonumentos”. “¹³Veio, pois, Samuel a Saul; e Saul lhe disse: Bendito sejas tu do SENHOR; cumpri a palavra do SENHOR”. Isso é não conhecer a Deus. Ele não se dava conta, ele pensava que havendo feito algo mais ou menos, Já havia feito tudo, mas havia deixado o principal, não havia ido ao coração do problema.
        “¹Então disse Samuel: Que balido, pois, de ovelhas é este aos meus ouvidos, e o mugido de vacas que ouço?” Tens cumprido? Então por que estão bramando as vacas dos amalequitas? “¹E disse Saul: De Amaleque as trouxeram; porque o povo poupou (agora joga a culpa no povo) ao melhor da ovelhas, e das vacas, para as oferecer ao SENHOR teu Deus: o resto, porém, temos destruído totalmente. ¹Então disse Samuel a Saul: Espera, e te declararei o que o SENHOR me disse esta noite. E ele disse-lhe: Fala. ¹E disse Samuel: Porventura, sendo tu pequeno aos teus olhos, não foste por (porque é Deus o que faz; ele não podia fazer-se a si mesmo) cabeça das tribos de Israel? E o SENHOR te ungiu rei sobre Israel. ¹E enviou-te o SENHOR a este caminho, (não te enviou para colher aplausos) e disse: Vai, e destrói totalmente a estes pecadores, os amalequitas, e peleja contra eles, até que os aniquiles. ¹Por que, pois, não deste ouvidos à voz do SENHOR, antes te lançaste ao despojo, e fizeste o que parecia mal aos olhos do SENHOR? ²Então disse Saul a Samuel: Antes dei ouvido à voz do SENHOR, e caminhei no caminho pelo qual o SENHOR me enviou; e trouxe a Agague, rei de Amaleque, e tenho destruído os amalequitas totalmente; (não destruiu a Agague, o trouxe) ²¹Mas o povo tomou do despojo ovelhas e vacas, o melhor do anátema, para oferecer ao SENHOR teu Deus em Gilgal. ²²Porém Samuel disse: Tem porventura o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à palavra do SENHOR? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros. ²³Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniquidade e idolatria...”.
        Porque o que alguém ama e não quer destruir é o que se idolatra, isso que não renunciamos que Ele nos pede, esse Agague que não destruímos, esse é nosso ídolo. “...Porquanto tu rejeitaste a palavra do SENHOR, ele também te rejeitou a ti, para que não sejais rei. ²Então disse Saul a Samuel: Pequei,...); mas às vezes esses arrependimentos são, como diz o Senhor: vossa piedade é como a neblina que se desvanece tão rápido, esses arrependimentos pequenos, rápidos. “...Pequei, porquanto tenho transgredido a ordem do SENHOR e as tuas palavras; porque temi ao povo, e dei ouvidos à sua voz. ²Agora, pois, rogo-te perdoa o meu pecado; e volta comigo, para que adore ao SENHOR. ²Porém Samuel disse a Saul: Não voltarei contigo;...”. (Agora Samuel tinha que manter distância de Saul para mostrar o caráter de Deus e o juízo de Deus contra o pecado de Amaleque e o cuidado de Deus por seu povo. Se Samuel houvesse aprovado o perdão de Saul, o que ficava mal representado era Deus.
        Quantas pessoas que assumimos a responsabilidade de proclamar o Evangelho, podemos ser culpados de apresentar a um Deus distorcido e as pessoas não entendem bem a Deus por nossa culpa que usamos o nome de Deus. Deus tenha piedade! Não vamos falar em nome de Deus, somente para usar o nome de Deus para nossos interesses, porque isso se cobra caro. “... Não voltarei contigo; porquanto rejeitaste a palavra do SENHOR, (qualquer que rejeita a palavra de Deus há que distanciar-se dessa pessoa) já te rejeitou o SENHOR, para que não sejais rei sobre Israel. (deixará de ser autoridade delegada porque não estás cumprindo a função para qual foi designado) ²E virando-se Samuel para se ir, ele lhe pegou pela orla da capa, e a rasgou”. Quem estava sob o manto de Samuel? Havia estado Saul, mas agora já não, ele já não podia cobrir-se com o manto de Samuel; Samuel já não aprovava o que ele mesmo havia ungido; agora já não.
        “²Então Samuel lhe disse: O SENHOR tem rasgado de ti hoje o reino de Israel, e tem dado ao teu próximo, melhor do que tu. (ainda que ele era uma autoridade delegada, melhor foi Davi) ²E também aquele que é a força de Israel não mente nem se arrepende; porquanto não é um homem para que se arrependa. ³Disse ele então: Pequei; honra-me, porém, (aí está outra vez esse arrependimento rápido: sim, sim, eu pequei, mas conserto-me rápido diante do povo; quer dizer, sim, sim, eu cometi uma falta, mas não me faça ficar mal com as pessoas) agora diante dos anciãos do meu povo, e diante de Israel; e volta comigo, para que adore ao SENHOR teu Deus. ³¹Então, voltando Samuel, (Samuel foi misericordioso) seguiu a Saul; e Saul adorou ao SENHOR. ³²Então disse Samuel: Trazei-me aqui a Agague,...”. Samuel não pode ir-se sem fazer o que deveria ter feito Saul. Samuel delegou a Saul por parte de Deus, mas como não o fez Saul, tinha que fazer Samuel, o mesmo é quando se delega autoridade e se exerce mal, o que delegou tem que corrigir a distorção. Se alguém delega autoridade a outro na igreja, no povo de Deus, e aquele a quem se delegou não fez as coisas como se deveria fazê-las, deve ser corrigido por aquele que delegou da parte de Deus.
        Diz: “³²Então disse Samuel: Trazei-me aqui a Agague, rei dos amalequitas. E Agague veio a ele animosamente; e disse Agague: Na verdade já passou a amargura da morte”. Como quem diz: escapei-me de Deus, lhes matei vários bebês, uns meninos, a seu povo, ali na retaguarda, lhes fiz em pedaços e agora eles mesmos me perdoaram. “³³Disse, porém, Samuel: Assim como a tua espada desfilhou as mulheres, assim ficará desfilhada sua mãe entre as mulheres. Então Samuel despedaçou a Agague perante o SENHOR em Gilgal”. Aplicou o juízo de Deus, ou senão também ficava fora. “³Então Samuel se foi a Ramá; e Saul subiu à sua casa, a Gibeá de Saul. ³E nunca mais viu Samuel a Saul até o dia de sua morte; porque Samuel teve dó de Saul. E o SENHOR se arrependeu de haver posto a Saul rei sobre Israel. ¹Então disse o SENHOR a Samuel: Até quando terás dó de Saul, havendo-o eu rejeitado, para que não reine sobre Israel?”
        Irmãos, isto que diz aqui está resumido em um versículo de Jeremias. Jeremias 48:10. Se você não quer senão a benção de Deus, olha o que diz a palavra, que traz a maldição de Deus. “Maldito aquele que fizer a obra do SENHOR fraudulosamente;...” A obra de Deus é feita por quem Ele delega. “Maldito aquele que fizer a obra do SENHOR fraudulosamente, e maldito aquele que retém a sua espada do sangue.”; quer dizer, tem que aplicar o juízo ao pecado, chamar as coisas por seus nomes porque se não acarretarás a maldição de Deus, não podes contar com sua benção, porque senão, estás aprovando a natureza e o sentimento de satanás e não o santo de Deus. Paulo dizia aos Gálatas: “Porque, persuado eu agora a homens ou a Deus? Ou procuro agradar a homens? Se estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo.” (Gl 1:10). Há muita política e muita diplomacia, inclusive no eclesiástico, mas isso não é o reino de Deus. No reino de Deus tem que representar o sentimento de Deus, da palavra de Deus e não tolerar o que o Senhor não tolera, porque Ele diz: Vós, autoridades delegadas levareis, vós levareis a iniquidade do santuário.
Temor reverente
        Voltemos, irmãos, a Números 18:1: “Então disse o SENHOR a Arão: Tu, e teus filhos, e a casa de teu pai contigo, levareis sobre vós a iniquidade do santuário; e tu e teus filhos contigo levareis sobre vós a iniquidade do vosso sacerdócio”. Isso é o que quer dizer autoridade. Deus põe autoridade para enfrentar problemas; quanto mais autoridade receba da parte do Senhor, maiores problemas tens que enfrentar e tratar e se fazer responsável de coisas mais difíceis; para isso é a autoridade, para assumir responsabilidades maiores e carregar cargas mais pesadas, não é para ser aplaudido, honrado, não, não; é para sentir com Deus, o que o mundo não vê; quem tem autoridade vê e tem que dizê-lo e tem que pagar um preço e pode morrer por representar a Deus e deve estar disposto a morrer. Depois será galardoado; mas se somos covardes, melhor que não nos façamos voluntários; mas se Deus te chama tão pouco fujas, estás aí para representar ao Espírito de Deus que falas em teu coração e que te mostra as coisas. Deves falar no momento oportuno. Que dizia Paulo a Timóteo? “¹Não aceites acusação contra o presbítero, senão com duas ou três testemunhas. ²Aos que pecarem, (quer dizer, depois de uma admoestação e outra) repreende-os na presença de todos, para que também os outros tenham temor”. (1 Timóteo 5:19-20). Harada: temor reverente; que os demais também temam, que haja temor de Deus na igreja. Na igreja não podemos conviver com o pecado misturando-se com o nome de Deus; então, se quer pecar vá para o mundo e envolva-se no pecado ali, mas quer caminhar com Deus, Ele é santo e o princípio da sabedoria é o temor reverente a Deus. Agora vamos ver aqui a outra cara do aspecto da responsabilidade; quando há autoridade delegada, há responsabilidade; a pessoa que tem responsabilidade, que tem cuidado das almas deve falar. Como diz em Pedro e como diz em Hebreus 13:17: “Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas;...”. Visto que hão de dar conta, então devem falar, devem dizer. Esta é a outra cara do exercício da responsabilidade. “²E também farás chegar contigo a teus irmãos, a tribo de Levi, a tribo de teu pai, para que se ajuntem a ti, e te sirvam; mas tu e teus filhos contigo estareis perante a tenda do testemunho”. Que disse o Senhor aos apóstolos? Ide e fazei discípulos. Você deves ir e fazer discípulos para Mim, para Cristo, para o Senhor Jesus.
        “³E eles cumprirão as tuas ordens...”. Para isso estabeleceu Deus autoridade delegada, para pôr em ordem as coisas ou se não cada um faz o que bem lhe parece e não temos o reino de Deus, senão, o reino de cada um, então as pessoas que Deus estabelece como autoridade não é para que façam, nem que conduzam os outros a fazerem o que eles querem, senão para que eles primeiro entendam o que Deus quer e primeiro o façam e sirvam de exemplo e logo façam discípulos e convidem aos outros a fazer o que Deus quer. Por isso diz: “³E eles cumprirão as tuas ordens e terão o encargo de toda a tenda; mas não se chegarão aos utensílios do santuário, nem ao altar, para que não morram, tanto eles como vós”. Porque vocês fizeram eles morrerem. Por quê? Porque eles estavam passando em uma linha delicada, estavam introduzindo-se em algo que todavia não deviam introduzir-se, tinham em suas mãos um assunto que poderia ocasionar muitos danos e eles eram inexperientes no assunto e estavam manejando de forma ingênua e poderiam haver problemas, e por isso é você Arão e teus filhos que devem ordenar até onde eles devem chegar. Os que estão sob autoridade devem chegar até onde a autoridade que Deus pôs sobre eles lhes permite chegar, isso eu sei que é muito incômodo, por isso o tem posto Deus; em todo o universo há autoridade, há governo e há supervisão estabelecida por Deus, e todos devemos saber que não somos a máxima autoridade nem o máximo supervisor.
Os supervisores na igreja
        Todos temos uma medida de autoridade sobre algo e estamos todos sob uma autoridade; devemos reconhecer que no reino de Deus existe governo e existe supervisão. Isso é o que quer dizer bispos; bispos quer dizer supervisores (grego, epíscopos, ὲπισкóποϚ), ou seja, que todos devemos aceitar que Deus nos supervisione e nos encaminhe através de outros no corpo de Cristo. Deus pode fazê-lo e devemos ter temor reverente para discernir a mão de Deus por detrás dos anciãos, como diz: jovens igualmente sede submissos aos anciãos, a mão de Deus, Deus trabalha através dos anciãos na igreja, assim que aceitemos que Deus quer que sejamos supervisionados e haja sobre nós governo delegado por Deus; não estamos aqui proporcionando ditaduras humanas, acerca disso dizemos: guarda-os dos homens e dos nicolaítas e aborrece as obras dos nicolaítas que é a conquista dos povos por meio do ego, de assenhorear-se e os amedrontar só para tirar proveito próprio, mas vocês podem distinguir se a pessoa está levando para si mesmo, ou está levando para Deus e para a verdade.
        Seguimos em Números 18:4: Mas se ajuntarão a ti, e farão o serviço da tenda da congregação em todo o ministério da tenda; e o estranho não se chegará a vós. Vós, pois, fareis o serviço do santuário (quer dizer, da casa de Deus) e o serviço do altar; (é a cruz, da consagração a Deus, a de Cristo por nós e de nós em Cristo a Deus) para que não haja outra vez (como em Queelata) furor sobre os filhos de Israel. E eu, eis que (olhem o que diz Deus) tenho tomado vossos irmãos, os levitas, do meio dos filhos de Israel; são dados a vós em dádiva pelo SENHOR, para que sirvam ao ministério da tenda da congregação”. Como eu lhes deleguei autoridade, eu os tomei para mim, e eu os coloquei sob vossa autoridade, assim que não vão fazer qualquer coisa com eles; vocês devem responder por eles, eles não vão fazer a obra sem vocês; eu quero que a façam com vocês, sob o exemplo de vocês, sob o cuidado de vocês, sob a responsabilidade de vocês. Por isso diz aqui: “... são dados a vós em dádiva pelo SENHOR, para que sirvam ao ministério da tenda da congregação. Mas tu e teus filhos contigo cumprireis o vosso sacerdócio no tocante a tudo o que é do altar, e a tudo que está dentro do véu, (as coisas mais profundas estão com vocês) nisso servireis; eu vos tenho dado o vosso sacerdócio em dádiva ministerial e o estranho que se chegar morrerá”.
Ordem na autoridade delegada
        Vamos ilustrar um pouco isso com outras passagens do Antigo e logo do Novo Testamento. Vamos a Números capítulo 4; vamos ler alguns versos chaves: Quando partir o arraial,...”; quer dizer, quando tenha que passar de uma situação para outra mais avançada, quando tenha que mudar a jornada, como devem ser feitas as coisas para passar de uma posição a outra mais avançada? Vamos sair em bando? Vamos fazer um plebiscito e juntar todas as opiniões humanas? Essa pode ser uma democracia terrena, mas não é o reino de Deus. “Quando partir o arraial, (diz Deus) Arão e seus filhos virão e tirarão o véu da tenda, e com ele cobrirão a arca do testemunho”. Arão representa aqui o Sumo Sacerdócio, a cristo, e os filhos representam o apostolado que são os primeiros delegados em autoridade no corpo de Cristo; primeiramente apóstolos. Olhem também esse cobrir da arca. Depois de uma série de detalhes, chegamos ao verso 15: “Havendo, pois, Arão e seus filhos, ao partir do arraial, acabado de cobrir o santuário, e todos os instrumentos do santuário, então os filhos de Coate virão para levá-lo; mas no santuário não tocarão para que não morram;...”. Às vezes irmãos novos se põe a tocar coisas que todavia não estão preparados para tocá-las, se adiantam a manejar materiais que todavia não estão preparados para manejá-los e vem problemas na igreja, vem problemas no meio do povo do Senhor; então aqui o Senhor estabelece primeiro: Arão e seus filhos vão tratar este assunto; depois que eles tenham acabado de tratar isso, então depois vem os filhos de Coate, mas não devem adiantar-se os filhos de Coate aos Aronitas.
        Vejamos ao correspondente disto no Novo testamento e voltemos a Números 4. Vamos, por exemplo, a Gálatas 2:1. Diz assim: “Depois, passados catorze anos,...”. Paulo levava catorze anos como servo de Deus enviado não por homem, nem de homem, senão pelo Senhor Jesus Cristo; ele era um servo de Deus, ele era um apóstolo de Deus; ninguém lhe nega seu apostolado, ninguém nega a autoridade a Paulo; e ainda assim depois do capítulo 1 de Gálatas, onde ele fala dessa primeira credencial da revelação direta do Senhor Jesus Cristo, o Senhor Jesus Cristo não o deixou solitário, ainda que se revelou, não o deixou só; ele disse o seguinte: “¹Depois, passados catorze anos, subi outra vez a Jerusalém com Barnabé, levando também comigo Tito. ²E subi por uma revelação,...”. Quem lhe deu esta revelação? O Senhor Jesus Cristo lhe havia revelado o Evangelho, o havia feito apóstolo, o havia usado, já levava catorze anos de ministério. Mas chega o momento em que o Senhor Jesus diz a Paulo: Paulo, não vais ficar sozinho, você só não é o corpo de Cristo, nem é todo meu reino, nem tem toda autoridade. Vais até Jerusalém; e olhem o que diz: “... e lhes expus o evangelho, que prego entre os gentios, e particularmente aos que estavam em estima; para que de maneira alguma não corresse ou não tivesse corrido em vão”. Notem, cobrirão isto. Há coisas que não se pode tratar diante dos irmãos novos; talvez podem se escandalizar de um problema, talvez eles pensem que os cristãos são tão santos que nunca há nenhum pecado entre eles, e talvez sabe que um irmão logo pecou os vai escandalizar; ou alguma doutrina que vai ser muito pesada para eles carregarem; não vais pôr uma caixa de ferro em um fósforo porque o quebra; então não se pode falar indiscriminadamente, nem tratar qualquer coisa diante de todos. Há coisas que se deve tratar só com alguns.
        Por isso Arão e seus filhos trataram algumas coisas em particular, contudo sem envolver aos demais. Eles terão seu momento, mas não agora; primeiro é isto e logo isto, logo isto. Primeiro vem Arão, logo os filhos de Coate, logo os filhos de Gérson, logo os filhos de Merari; cada um para sua parte, na ordem de marcha de Deus, estabelecido por Deus. Primeiro apóstolos, logo profetas, o terceiro mestres, depois os que curam, depois o socorro, etc., essa é a ordem de Deus. Às vezes os que socorrem, socorrem além da conta e botam os pés pelas mãos e entram no que não deveriam haver entrado sem haver consultado; então, se criam problemas sem necessidade. Diz aqui: “... e lhes expus o evangelho, que prego entre os gentios, e particularmente aos que estavam em estima; para que de maneira alguma não corresse ou não tivesse corrido em vão”. Isso foi em particular. Aí estão Arão e seus filhos cobrindo o véu onde está o propiciatório; a arca representa a Cristo, o propiciatório representa a obra de Cristo, a essência do Evangelho; isso tratam eles primeiro, antes de tratá-lo fora.
        Hoje em dia até se fazem entrevista pela rádio e se põe os pastores para discutir entre si; às vezes se traz um curandeiro e um pastor para discutir pela televisão, coisas que estão matando o povo; isso não se deve discutir em público. Se tem que discutir um pastor com um curandeiro, o façam em particular, não na televisão. “³Mas nem ainda Tito, que estava comigo, sendo grego, foi constrangido a circuncidar-se; E isto por causa dos falsos irmãos que se intrometeram, e secretamente entraram a espiar nossa liberdade, que temos em Cristo Jesus, para nos porem em servidão; Aos quais nem ainda por uma hora cedemos em sujeição, para que a verdade do evangelho permanecesse entre vós. E, quanto àqueles que pareciam ser alguma coisa (quais tenham sido noutro tempo, não se me dá; Deus não aceita a aparência do homem), {sim, eles haviam sido pescadores, mas agora eram os três íntimos do Senhor Jesus} esses, digo, que pareciam ser alguma coisa, nada me comunicaram; Antes, pelo contrário, quando viram que o evangelho da incircuncisão me estava confiado, (viram, por quê? Porque ouviram, porque examinaram em particular) como a Pedro o da circuncisão (Porque aquele que operou eficazmente em Pedro para apostolado da circuncisão, esse operou também em mim com eficácia para com os gentios), E conhecendo Tiago e Cefas e João, que eram considerados como as colunas, a graça que me havia sido dada, deram-nos a destras, em comunhão comigo e com Barnabé, para que nós fossemos aos gentios, e eles a circuncisão”. Às vezes queremos sair sem a destra de companheirismo dos que são apóstolos antes de nós.
Os parafusos soltos causam problemas
        Vamos a Atos capítulo 15:1. Vamos ver qual era o problema. “¹Então alguns que tinham descido da Judéia ensinavam assim os irmãos: (estavam ensinando o que lhes ocorria) Se não vos circuncidardes conforme o uso de Moisés, não podeis salvar-vos”. Aí está, pessoas ensinando legalismo porque saíram por si mesmos, sem a comunhão apostólica. “²Tendo tido Paulo e Barnabé não pequena discussão e contenda contra eles, resolveu-se que Paulo e Barnabé, e alguns dentre eles, (como Tito etc.) subissem a Jerusalém, (notem, não todos, Paulo e Barnabé, aos que Deus havia enviado) aos apóstolos e aos anciãos, (a quem? Subiram aonde? Aos apóstolos e anciãos) sobre aquela questão”. Esta questão não se trata por rádio, não se trata por televisão, não se trata em um fórum aberto; esta questão se trata em particular, para quê? Para que não morram os que podiam pôr-se a tocar o santo com mãos imundas, para que não morram; não para engrandecer os apóstolos. Para que não morra o povo, para que não haja problema, para que não se enredem. Então diz aqui: “³E eles, sendo acompanhados pela igreja, passavam pela Fenícia e por Samaria, contando a conversão dos gentios; e davam grande alegria a todos os irmãos. E, quando chegaram a Jerusalém, foram recebidos pela igreja e pelos apóstolos e anciãos, e lhes anunciaram quão grandes coisas Deus tinha feito com Eles. Alguns, porém, da seita dos fariseus, que tinham crido, se levantaram, dizendo que era mister circuncidá-los e mandar-lhes que guardassem a lei de Moisés”.
        Vemos, pois, que havia fariseus na igreja que tinham uma opinião distinta a dos apóstolos e tomavam a liberdade de ensinar seu farisaísmo, e que problema se causa no povo de Deus quando os fariseus que não estão de acordo com os apóstolos saem a fazer das suas. congregaram-se, pois, os apóstolos e os anciãos (se dão conta?) para considerar este assunto. E, havendo grande contenda, levantou-se Pedro e disse-lhes:...” Ressaltou o que disse Pedro. “¹²Então toda a multidão se calou e escutava a Barnabé e a Paulo, que contavam quão grandes sinais e prodígios Deus havia feito por meio deles entre os gentios ¹³E, havendo-se eles calado, tomou Tiago a Palavra, dizendo:”. Este era o irmão do Senhor Jesus, a quem Deus havia delegado autoridade e foi a voz cantante em Jerusalém, o que disse a palavra final. Todos falaram, todos opinaram, até os fariseus diziam suas opiniões, mas os que conheciam do assunto eram os apóstolos e os anciãos, e um desses anciãos, era Tiago, irmão do Senhor Jesus. “... tomou Tiago a palavra, dizendo: Homens irmãos, ouvi-me:”. E aí tirou suas conclusões. “¹Por isso julgo que não se deve perturbar aqueles, dentre os gentios, que se convertem a Deus. ²Mas escrever-lhes que...”. Esta é uma conclusão do sínodo dos apóstolos e dos anciãos: o sínodo, essa palavra “concílio” no grego é sínodo; isso não se chama o concílio, mas o sínodo de Jerusalém, Então, quando ele concluiu. “²²Então pareceu bem aos apóstolos e aos anciãos, com toda a igreja, (agora sim com toda a igreja) eleger homens dentre eles e enviá-los com Paulo e Barnabé: a Antioquia, a saber: Judas, chamado Barsabás, e Silas, homens distintos entre os irmãos”. 
        A algumas pessoas lhes incomoda que haja varões principais, mas na Bíblia se fala de varões principais, não para que eles colham aplausos e se façam os gordos, os grandes, os lindos, não, não, não, para que encarem os problemas, para isso são gordos os principais. “²³E por intermédio deles escreveram o seguinte: Os apóstolos, e os anciãos e os irmãos, (no original grego diz: os apóstolos e os irmãos anciãos, que é diferente) dentre os gentios que estão em Antioquia, e Síria e Cecília, saúde. ²Porquanto ouvimos que alguns que saíram dentre nós..., ...não lhes tendo nós dado mandamento,”. Esses são os parafusos soltos que causam problema na igreja; por não estar na comunhão dos apóstolos. Que diz São João? Isto escrevemos para que tenhais comunhão conosco e nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo.[4] Essa é a comunhão apostólica.
        Irmãos, esse temor reverente deve ser vivido na igreja para evitar problemas. Diz: “Porquanto ouvimos que alguns que saíram dentre nós vos perturbaram (que produziram esses parafusos soltos? Inquietudes) com palavras, e transtornaram as vossas almas, (causando perturbações) dizendo que deveis circuncidar-vos e guardar a lei, não lhes tendo nós dado mandamento, ²Pareceu-nos bem, (esse é o sínodo, essa é a comunhão apostólica) reunidos concordantemente, (esse é um acordo que o Espírito Santo levou a comunhão dos apóstolos, não fazendo coisas soltas) eleger alguns homens e enviá-los com os nossos amados Barnabé e Paulo, ²Homens que já expuseram as suas vidas pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo. ²Enviamos, portanto, Judas e Silas, os quais por palavra vos anunciaram também as mesmas coisas”. Não é isto que diz também em Efésios 4? “¹¹E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, ¹²Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; ¹³Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, ¹Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente. ¹Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, ¹Do qual todo o corpo, bem ajustado, (não parafusos soltos) e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor”. Isto é o que se deve aprender ao redor do monte de Seir.
        Vamos de novo a Números 4:15: “Havendo, pois, Arão e seus filhos, ao partir do arraial, acabado de cobrir o santuário, e todos os instrumentos do santuário,...”. Isso se refere a tudo que tem a ver com o Evangelho, com a igreja, isso deve ser tratado pela liderança em particular; quando isso tenha sido tratado por essas pessoas, “... então os filhos de Coate virão para levá-lo;...” quer dizer, os cooperadores, os colaboradores, aqueles levitas que cooperam com os sacerdotes. Na Bíblia há os apóstolos e há colaboradores. Como nos incomoda essa palavra: colaboradores, quando somos nós os que devemos colaborar. A Bíblia fala de ajudantes; diz que Timóteo e Erasto ajudavam a Paulo. Irmão, te deixei em Creta; procura vir antes do inverno; enviei fulano e ciclano. Como dizia o irmão Watchman Nee, temos que aprender a ser enviados, a ser deixados, a ser chamados, para estar em coordenação. Por isso diz: ¹Porém o cargo de Eleazar,...”. Não é a cargo de todos, é a cargo de Eleazar que está o azeite da luminária, o incenso, a oferta contínua, etc. É Deus falando a Moisés e a Arão: “¹Não deixareis extirpar a tribo das famílias dos Coatitas do meio dos levitas. ¹Mas isto lhe fareis, para que vivam e não morram, quando se aproximarem das coisas santíssimas: (para que não façam as coisas mal, para que as façam bem, aperfeiçoando os santos) Arão e seus filhos virão, e a cada um colocarão no seu ministério e no seu cargo, ²Porém não entrarão a ver, quando cobrirem o santuário, para que não morram. ²Todo o ministério dos filhos dos Gersonitas, em todo o seu cargo, e em todo o seu trabalho, será segundo o mandado de Arão e de Seus filhos; e lhes designareis as responsabilidades do seu cargo”. Isso é o que quer dizer atuar com responsabilidade; não é para mandar, não é para controlar, não é para manobrar; é para guardar, para que não morram, para que não levem castigo, para que não façam as coisas mal, para que sejam aperfeiçoados.
        “³³Este é o ministério das famílias dos filhos de Merari, segundo todo o seu ministério, na tenda da congregação, debaixo da mão de Itamar, filho de Arão o sacerdote”. Na Bíblia se fala de direção: “... e quem governa como quem serve”; quer dizer, o que dirige não deve assenhorear-se dos demais, mas sim deve dirigir o que dirige, seja como o mais jovem, se faça humilde, se faça pequeno, não se engrandeça, contudo não fuja da sua responsabilidade; deve chamar, deve convocar, deve guiar, deve reter, deve convidar; porque isso é a responsabilidade das autoridades delegadas. Se vocês lerem o livro de Atos dos Apóstolos verão como foi introduzido Barnabé na obra, primeiro era José, chamado Barnabé, filho da consolação, chamados pelos apóstolos, era um levita, mas depois foi enviado como delegado dos apóstolos a Antioquia e ficou em Antioquia como profeta e mestre, e depois o Espírito Santo lhe conduziu a trazer Saulo; e no princípio era Barnabé e Saulo, até que houve um momento de luta, até que Saulo cheio do Espírito Santo enfrentou a Elimas e logo Saulo levantando-se e logo Saulo levando a Palavra começou a ser Paulo e Barnabé, Paulo e Barnabé.
        Deus havia dito a Ananias: “... Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis...” (Atos 9:15). Como foi introduzido na obra? Foi introduzido por Barnabé e logo ele introduziu a Silas e logo introduziu a Timóteo, e introduziu a Tito, e introduziu a Lucas, e depois foi delegando e enviou a este ali, e tu, Tito, ficas em Creta ou vás a Damasco; tu, Timóteo regressas a Macedônia a ver como estão os irmãos; e assim se trabalha em equipe na obra com reverência diante de Deus; do contrário, vamos criar um montão de problemas, de rivalidades, de pelejas; é delicado. Assim que se Deus te dá responsabilidade, você tem que fazer isto, mas não tem que fazer para engrandecer-se, para controlar, para exigir, para pretender, senão porque Deus te deixa ver onde está o perigo, onde está a deficiência para cobri-la. Deves, pois, fazer para representar o sentimento de Deus e não para representar-te a ti mesmo; por isso é tão delicada esta estação, é uma lição séria. Em Queelata o povo temeu, no monte de Séfer o povo temeu, mas eu creio que o que teme agora é Arão. O que tinha que temer era Paulo, por isso Paulo disse que ele servia com temor e tremor; esse é o temor reverente, esse é o princípio da sabedoria, isso quer dizer Harada: Temor reverente. Que o Senhor nos ajude.


[1] Ensino à igreja localidade de Teusaquillo, Bogotá, D. C., Colômbia, 20 de outubro de 2000.

[2] Rins, figurativo da vida interior, mente.
[3] Referência a Atos 20:26-27

[4] Referência a 1 João 1:3


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