Jornada 15
R
I T M Á[1]
“E
partiram de Hazerote, e acamparam-se em Ritmá”.
Números 33:18
Um
esclarecimento geográfico
Vamos ao capítulo 33 do livro de Números, para dar o passo a
seguir nesta consideração do Livro das Jornadas, as jornadas de Israel no
deserto. Na vez passada consideramos o relativo a Hazerote. Hoje consideraremos
a seguinte jornada que está no versículo 18. Diz Números 33:18: “E partiram de
Hazerote, e acamparam-se em Ritmá”. A jornada que corresponde ao
dia de hoje é Ritmá. Esta jornada a encontramos descrita tanto no livro de
Números, como no livro de Deuteronômio. É interessante que o Espírito Santo
quis contar-nos duas vezes esta jornada. As outras nos contou somente uma vez,
mas esta, coisa séria, nos contou duas vezes. Nos conta em Números e nos conta
em Deuteronômio. Quando você compara a leitura de Números com a de Deuteronômio
vê que se trata da mesma jornada; sem restrições, nota-se que há umas pequenas
diferenças quando a jornada de Ritmá volta a ser contada em Deuteronômio, e
essas diferenças não são contradições, senão complemento. Para entender melhor
as coisas, o Espírito conta duas vezes o mesmo assunto. Não é a primeira vez
que Deus faz isso, muitas histórias Deus as conta duas vezes. Por exemplo, Reis
e Crônicas se conta a mesma história, mas com suas diferenças; cada livro tem
seu propósito e a leitura complementar não sobra.
O Espírito Santo nunca faz coisas de sobra, Ele sempre faz o
necessário. A vida do Senhor Jesus é contada várias vezes, os ditos do Senhor
Jesus São contados várias vezes, o testemunho da conversão de Paulo é contado
várias vezes; mas temos estado lendo estas jornadas e quase sempre bastava uma
só leitura, mas esta vez temos que ler a mesma história duas vezes. A que está
em Números vai desde o capítulo 12, versículo 16, até o capítulo 14, versículo
39, e volta a ser contada em Deuteronômio, capítulo 1 desde o versículo 19 até
o 40, com exceção do versículo 37. Esta jornada em Deuteronômio refere-se a
Ritmá. Vamos lê-la primeiro em Números 12:16 até o capítulo 14:39. Mas eu
queria que para poder entendê-la vejamos o mapa da península de Sinai que temos
aqui. Já lemos em Números que nos dá o nome exato do lugar no deserto onde se
deu esta jornada. Diz: “E partiram de
Hazerote, e acamparam-se em Ritmá”. Diz Números 12:16: “Porém, depois o povo partiu de Hazerote; e acampou-se no deserto de
Parã”. Vou mostrar-lhes aqui, porque aqui é um grande deserto; digamos que
está formado por três desertos e seus limites não estão definidos e isso é
necessário tê-lo em conta para poder entender um pouco o que estamos lendo.
Permita-me mostrar-lhes um pouco aqui: O golfo de Acaba onde está a linha
obliqua do sul ao nordeste de Parã; logo para o norte quando já praticamente se
entra para o Neguev, está o deserto de Zim, diferente do deserto de Sim, que
está mais para dentro e mais ao sul; então para o norte onde a península de
Sinai se une com o Neguev para entrar em Israel é o deserto de Zim, e o deserto
que está para o oriente é o deserto de Parã. Aqui onde neste mapa aparece um
ponto que diz: Cades-Barnéia, entre o deserto de Zim e o deserto de Parã, está
também o deserto de Cades; ou seja, o deserto de Cades está tomando parte do
deserto de Zim ao sul e do deserto de Parã ao norte; esses três desertos estão
unidos.
A parte mais ao sul chama-se para o oriente o deserto de
Parã; a parte mais ao norte chama-se o deserto de Zim e a do interior chama-se
o deserto de Cades. Assim que aqui em Cades vamos encontrar um fenômeno e é
necessário entendê-lo desde o princípio para depois não confundir-se na
leitura. Existe uma cidade chamada
Cades-Barnéia e o nome dessa cidade se estende também ao deserto, ou seja, que
o deserto de Cades é um deserto que está ao redor da cidade de Cades. Então tem
uma etapa que se dá na cidade de Cades-Barnéia mais diante, mas tem outras
etapas que se dão no deserto de Cades, ou seja, na parte norte do deserto de
Parã ou na parte sul do deserto de Zim; e vocês vão encontrar algumas vezes que
fala do deserto de Zim, outras vezes do deserto de Parã, outras do deserto de
Cades e pensam que são distintas coisas, até que as estudam bem e se dão conta
que é o mesmo. Então para poder entender o que estamos lendo, a parte
geográfica inicialmente, vamos comprovar isto que está sendo dito em alguns
versículos da Bíblia, por exemplo, Números 13:26, onde diz: “E caminharam, e vieram a Moisés e a Arão, e
a toda a congregação dos filhos de Israel, no deserto de Parã, em Cades...”.
Se dão conta? No deserto de Parã, em
Cades, ou seja, não está falando de Cades a cidade, senão de Cades o deserto.
Agora vamos a Números 20:16, onde diz: “E
clamamos ao SENHOR, e ele ouviu a nossa voz, e mandou um anjo, e nos tirou do
Egito; e eis que estamos em Cades, cidade na extremidade dos teus termos”.
Aqui, Cades se refere a cidade, ou seja, a que aparece aqui em um ponto. Há um
país que se chama Guatemala, todo o país é Guatemala, mas a capital também se
chama Guatemala. Há um país que se chama Panamá, mas a capital se chama Panamá;
aqui na Colômbia há uma cidade que se chama Arauca, mas a capital se chama
Arauca; o mesmo acontece com Cades. Cades é o nome de uma cidade fronteiriça,
mas também é o nome de um deserto e esse deserto de Cades, por estar dentro do
deserto de Parã e no deserto de Zim; às vezes é chamado de deserto de Parã, as
vezes é chamado de deserto de Zim e às vezes é chamado de Cades e as vezes
deserto de Cades como identificado com o deserto de Parã, uma parte, a parte
mais ao norte do deserto de Parã; também vimos agora Cades identificado com a
cidade.
Agora vamos a Números 33, mas vamos ao versículo 36, que
diz: “E partiram de Ezion-Geber, e
acamparam-se no deserto de Zim, que é Cades”. Agora vocês veem aqui o
deserto de Zim, não o deserto de Sim, porque esse é outro mais para o sul e diz
que é Cades. O deserto de Zim é Cades, o deserto de Parã também é Cades e Cades
é também a cidade. Às vezes se chama deserto de Cades, vamos ver essa citação
em Salmos capítulo 29:8. Era necessário nos situarmos para entendermos um pouco
melhor estas jornadas. Diz Salmos 29:8: “A
voz do SENHOR faz tremer o deserto; o SENHOR faz tremer o deserto de Cades”.
Já no futuro haverá uma etapa que se chama com o próprio nome: Cades, mas se
refere à cidade de Cades-Barnéia na fronteira. Agora estamos em Cades, mas não
na cidade; estamos apenas começando a chegar em Cades; quer dizer, na parte
norte do deserto de Parã. Toda esta parte do sul ao nordeste, costeando o golfo
de Acaba, subindo desde o monte de Sinai para o Neguev é o deserto de Parã;
então voltemos agora assim a Números 12:16: “Porém,
depois o povo partiu de Hazerote; e acampou-se no deserto de Parã”. Agora se
fixem no que havíamos lido antes em Números 10:12, de que Quibrote-Taavá também
era no deserto de Parã. Diz Números 10:12: “E
os filhos de Israel, segundo a ordem
de marcha, partiram do deserto de Sinai; e a nuvem parou no deserto de Parã”.
ou seja, que no deserto de Parã há várias etapas: a primeira etapa no deserto
de Parã, saindo do Sinai foi Quibrote-Taavá; a segunda foi Hazerote, mas essa
segue sendo no deserto de Parã; agora saem de Hazerote e chegam outra vez ao
deserto de Parã. É que estão no deserto de Parã, mas em Ritmá, a etapa seguinte
depois de Hazerote é Ritmá. Ritmá está no deserto de Parã, mas também às vezes
se chama como se fosse Cades porque nesses desertos, suas fronteiras não estão
definidas e seu nome se estende às vezes mais para lá ou mais para cá; então é
necessário ter em conta esta confirmação geográfica ao princípio para entender
melhor. Fixem-se em Deuteronômio 1, porque era necessário dizer isto aqui; o
que vamos ler em Deuteronômio, depois de Números, vamos ler em Deuteronômio 1,
desde o versículo 19 até o 40; essa é a jornada relativa a Ritmá.
Diz em Deuteronômio 1:19: “Então partimos de Horebe, (Horebe é outro nome do monte Sinai) e caminhamos por todo aquele grande e
tremendo deserto que vistes, pelo caminho das montanhas dos amorreus, como o SENHOR
nosso Deus nos ordenara; e chegamos a Cades-Barnéia”. Este Cades-Barnéia é
o deserto, todavia é o norte do deserto de Parã. Aconteceu que aqui se diz
Cades-Barnéia, ali se diz: deserto de Parã é exatamente o mesmo deserto,
somente que varia um pouco o nome. Agora, se vamos lendo o que aconteceu em
Ritmá, este ponto onde diz: Acamparam no deserto de Parã, é especificamente
outro ponto distinto no deserto, distinto de Quibrote-Taavá, distinto de
Hazerote, agora é Ritmá. Esse é o ponto segundo Números 33:18.
Os
doze espias
Então diz Números 13:1: “¹E
falou o SENHOR a Moisés, dizendo: ²Envia homens que espiem a terra de Canaã,
que eu hei de dar aos filhos de Israel; de cada tribo de seus pais enviareis um
homem, sendo cada um príncipe entre eles. ³E enviou-os Moisés do deserto de
Parã, segundo a ordem do SENHOR; todos aqueles homens eram cabeças dos filhos
de Israel”. Vamos deter um pouco a leitura ali e vamos ler a passagem
paralela em Deuteronômio 1. Para que? Para que vejamos o complemento dos dois
relatos. Deuteronômio 1:19: “Então
partimos de Horebe, e caminhamos por todo aquele grande e tremendo deserto que
vistes, pelo caminho das montanhas dos amorreus, como o SENHOR nosso Deus nos
ordenara; e chegamos a Cades-Barnéia”; porque a primeira vez foi escrito em
Números.
Deus havia dito a Moisés que escrevera essas jornadas que
foram escritas em Números, mas logo depois de 40 anos, voltou a lembrar estas
coisas a nova geração, no Novo Pacto, e de Moabe entrar em Israel. Então nesta
segunda ocasião Moisés lhes recorda a mesma coisa, mas são dois relatos
referidos ao mesmos acontecimentos. O versículo 37 é o único que não pertence a
essa ocasião, porque Moisés o está recordando fora de tempo, mas diz aqui: “... caminhamos por todo aquele grande e
tremendo deserto que vistes, pelo caminho das montanhas dos amorreus, como o SENHOR
nosso Deus nos ordenara; e chegamos a Cades-Barnéia. ²⁰Então eu vos disse: (fixem-se,
isto não conta em Números) Chegados sois
às montanhas dos amorreus, que o SENHOR nosso Deus nos dá.²¹Eis aqui o SENHOR
teu Deus (observem como fala aqui Moisés) tem posto esta terra diante de ti;...”. Irmãos esta frase é de suma
importância tê-la em conta para entender bem a lição de Ritmá. Esta frase é
chave, aqui não está falando Deus como algo do futuro, como algo inseguro, como
algo condicional, Deus está dizendo-lhe: “Eis
aqui o SENHOR teu Deus tem posto esta terra diante de ti...”, ou seja, é um
dom de Deus, um presente de Deus, Jeová teu Deus te tem entregado. Agora qual é
a parte do povo? “... sobe, toma posse
dela, como te falou o SENHOR Deus de teus pais; não temas, e não te assustes”.
Quem te tem falado? O Deus de teus pais. “...
não temas e não te assustes”, e aqui diz Moisés algo que não diz em
Números: “²²Então todos vós chegastes a
mim, e dissestes...”. Ali em Números diz que Deus lhe disse, em contra
partida aqui diz que o povo lhe disse. Quem é? É o povo ou é Deus? São os três:
o povo, é Deus e é Moisés. “... chegastes
a mim..”; isso não contou Números, mas conta em Deuteronômio, é um detalhe
complementar. “... chegastes a mim, e
dissestes...”. De maneira que Deus, quando deu ordem a Moisés foi tendo em
conta a fragilidade do povo. Às vezes Deus permite coisas porque o povo
manifesta temor. Deus diz: Ide, sobe. Deus não lhes disse outra coisa: Eu os
tenho dado a terra, sobe e toma possessão; mas o temor do povo, diz: Bem, mas
antes de tomar possessão, não será bom saber o que há por lá? Então Deus lhes
disse: Bem subam; mas primeiro se manifestou um temor no povo, e disseram: “... Mandemos homens adiante de nós, para
que nos espiem a terra e, de volta, nos ensinem o caminho pelo qual devemos
subir, e as cidades a que devemos ir”. Sempre queremos que outros vão
adiante, não exercemos a fé; e agora diz: “²³Isto
me pareceu bem...”. Claro, depois mesmo Deus lhes diz: “ E falou o SENHOR a Moisés, dizendo: Envia homens que espiem a
terra de Canaã...”, mas aqui o povo lhe diz, a ele lhe pareceu bem e Deus
também lhes diz. Amém? Segue dizendo: “...
de modo que de vós tomei doze homens, de cada tribo um homem”.
Significado
dos nomes dos espias
Aí vamos na correspondência de Deuteronômio com Números.
Voltemos a Números, porque em Números nos diz quais foram esses varões. Por que
o Espírito Santo quis dar-nos os nomes desses varões? Eu me pus a investigar o
significado dos nomes porque desses doze nomes, só dois passaram e dez ficaram;
ou seja, que há coisas que seguramente Deus quer nos dizer, que pode nos
impedir de exercer a fé; então vejamos quais são esses nomes.
Vamos a Números 13:4: “⁴E
estes são os seus nomes: Da tribo de Rúben, Samua, filho de Zacur”. Sabem o
que quer dizer Samua? Fama. Fama
ficou prostrado no deserto. “⁵Da tribo de
Simeão, Safate, filho de Hori”. Sabem o que quer dizer Safate? Juízo, crítica, o que também ficou
prostrado no deserto. “⁶Da tribo de Judá,
Calebe, filho de Jefoné”. Este sim, não ficou prostrado. Sabem o que
significa Calebe? Ímpeto, um homem decidido, valente; o que nos quer
ensinar Deus? Que não tem que ser fracos na fé. “⁷Da tribo e Issacar, Jigeal, filho de José”. O significado de
Jigeal é vingança; a vingança também
fica no deserto. “⁸Da tribo de Efraim,
Oséias, filho de Num”. Este foi Josué, e significa salvação; quando Paulo diz a Timóteo: “... fortifica-te na graça...” (2 Tm 2:1), aí temos a Calebe e
Josué; estes foram os que passaram. “⁹Da
tribo de Benjamim, Palti, filho de Rafu”. Palti é o que quer liberar-se, ou
seja, tirar o ombro, ou seja, renúncia.
“¹⁰Da tribo de Zebulom, Gadiel, filho de
Sodi”, que quer dizer fortuna; às
vezes por estar buscando a Mamom, se extraviam; tem outros que não buscam a Mamom,
senão que já nascem com Mamom, que é o que se segue: “¹¹ Da tribo de José, pela tribo de Manassés, Gadi, filho de Susi”.
Gadi, não quer dizer fortuna, senão afortunado,
ou seja, há uns que buscam e outros que já tem, e pelo que tem ficam enredados
e tampouco avançam. Diz a Escritura que Deus escolheu aos pobres deste mundo
para que sejam ricos na fé, e diz que alguns foram desviados da fé por causa da
fortuna, buscar o dinheiro; buscar a Mamom lhes impediu de avançar. “¹²Da tribo de Dã, Amiel, filho de Gemali”.
Amiel quer dizer povo forte; isso
tem um significado: às vezes o próprio povo, nosso próprio costume, é estar
enraizado em nosso próprio folclore, no nosso, não saímos do nosso, não
entramos em uma situação por fé mais difícil; nós gostamos do conforto, o que é
próprio, o conhecido, estamos em casa, estamos em nosso país, estamos no nosso;
como vamos pela fé, nos metermos por ali, como que não! Tem que meter-se; os
outros dois nomes significam o mesmo, mas de duas maneiras, porque há várias
maneiras de esconder-se, porque “¹³ Da
tribo de Aser, Setur, filho de Micael”, e “¹⁴Da tribo de Naftali, Nabi, filho de Vofsi”, os dois querem
dizer: escondido, são duas maneiras
de esconder-se; esconder-se é covardia.
E o último “¹⁵Da tribo de Gade, Geuel,
filho de Maqui”, que quer dizer majestade,
ou seja, com orgulho, soberba, homenagem, exigências, todas essas coisas não
nos deixam crer e não nos deixam avançar. “¹⁶Estes
são os nomes dos homens que Moisés enviou a espiar aquela terra; e a Oséias,
filho de Num, Moisés chamou Josué”;
quer dizer, se chamava salvação e lhe pôs Jeová salvação, a salvação de Jeová.
Tribo
|
Espia
|
Significado
|
Tribo
|
Espia
|
Significado
|
Rúben
|
Samua
|
Fama
|
Zebulom
|
Gadiel
|
Fortuna
|
Simeão
|
Safate
|
Crítica
|
Manassés
|
Gadi
|
Afortunado
|
Judá
|
Calebe
|
Ímpeto
|
Dã
|
Amiel
|
Prepotente
|
Issacar
|
Jigeal
|
Vingança
|
Aser
|
Setur
|
Escondido
|
Efraim
|
Josué
|
Salvação
|
Naftali
|
Nabi
|
Covardia
|
Benjamim
|
Palti
|
Renúncia
|
Gade
|
Geuel
|
Orgulho
|
Missão
dos espias
“¹⁷Enviou-os, pois,
Moisés a espiar a terra de Canaã; e disse-lhes: Subi por aqui para o lado do
sul, e subi à montanha”. Esta aqui é Ritmá, depois se chamou Ritmá. Não se
chamava Quibrote-Taavá, chamou-se depois, e aqui não se chamava Ritmá, mas
depois do que passou começou a se chamar Ritmá. Depois vamos ver o que
significa Ritmá. “¹⁸E vede que terra é, e
o povo que nela habita; se é forte ou fraco; se pouco ou muito. ¹⁹E como é a
terra em que habita se boa ou má; e quais são as cidades em que eles habitam;
se em arraiais, ou em fortalezas. ²⁰Também como é a terra, se fértil ou
estéril; se nela há árvores, ou não; e esforçai-vos, e tomai do fruto da terra.
E eram aqueles dias os dias das primícias das uvas”. Olhem em que momento
Deus havia provido que sucederia isto. “²¹Assim
subiram e espiaram a terra desde o deserto de Zim, até Reobe, à entrada de
Hamate”. Quer dizer que atravessaram todo Israel até o monte na fronteira
com o Líbano; ali é Hamate, ou seja, recorreram todo o Neguev, recorreram toda
a terra de sul a norte e voltaram; toda a terra.
Eles estiveram em Ritmá ao princípio, quarenta dias,
enquanto se fazia este recorrido. “²²E
subiram para o lado sul, e vieram até Hebrom; (que herdou depois Calebe) e estavam ali Aimã, Sesai e Talmai, filhos
de Enaque. “havia gigantes” (Hebrom
foi edificada sete anos antes de Zoã no Egito)”; quer dizer, que era uma
cidade bem antiga, que antes quando a possuíam os gigantes se chamava
Quiriat-arba. Quando a tomou Calebe mudou o nome e a chamou Hebrom, tirou os
gigantes e lhe colocou o nome de comunhão, isso é o que quer dizer Hebrom. “²³Depois foram até o vale de Escol, e ali
cortaram um ramo de vide com um cacho de uvas, o qual trouxeram dois homens,
sobre uma vara; como também das romãs e dos figos”. Esse Escol puseram
eles, porque Escol quer dizer cacho. Aí foi onde agarraram esses tremendos cachos
de uvas, figos, romãs, mostrando que a terra realmente produzia; essa
terra representa Cristo. Aqui é uma informação acerca da vida cristã,
da vida em Cristo; isso o diz claramente Hebreus 4, porque Hebreus 3 e 4, a
última parte do 3 e a primeira parte do 4, são as que correspondem com esta
jornada de Ritmá; já vamos lê-lo. Várias coisas havia nessa terra que
representam a vida de Cristo; entre dois tinham que carregar um cacho de uvas,
tremendo cacho! Essa terra e seus produtos representam a vida de Cristo. Uvas,
que representam a vida de Cristo, o gozo da salvação; romãs que também
representam o aspecto de Cristo no sentido da fertilidade; é uma fruta de
muitas sementes. Os sumos sacerdotes em suas vestes tinham romãs, o templo era
adornado com romãs, ou seja que ali havia romãs e figos que representam o
desfrute de Cristo, porque as uvas são o nosso desfrute de Cristo e os figos
são o desfrute de Cristo em nós. Ele foi comer figos e não havia figos, mas
então se foi a Betânia, Betfagé, a casa de figos e aí comeu figos; em Jerusalém
não o receberam, não comeu figos, mas em Betânia o receberam, e aí comeu figos.
Retama
do deserto
“²⁴Chamaram
àquele lugar o vale de Escol, por causa do cacho que dali cortaram os filhos de
Israel”. Escol é a palavra hebreia que significa cacho. “²⁵E eles voltaram de espiar a terra, ao fim
de quarenta dias.”, digamos vinte dias subindo e vinte dias descendo. “²⁶E caminharam, e vieram a Moisés e a Arão,
e a toda a congregação dos filhos de Israel no deserto de Parã, em Cades; e
deram-lhes notícias, a eles, e a toda congregação, e mostraram-lhes o fruto da
terra”. A primeira coisa que Deus menciona aqui é que a terra sim é
realmente rica, a terra é realmente deliciosa. “²⁷E contaram-lhe, e disseram: Fomos à terra a que nos enviaste; e
verdadeiramente mana leite e mel, e este é o seu fruto”. É o que depois
Deus diz: e provaram minhas obras, mas
não creram, por quarenta anos me provaram, experimentaram que eu sou fiel, que
o que eu prometo é verdadeiro, mas depois não creram. Fixem-se Deus os
enviou a reconhecer a terra, há evidência de que a terra é boa, mas observem,
irmãos, ainda que Deus é fiel conosco, às vezes nós somos tão incrédulos e
negativos que isso é o que nos converte em retama
do deserto, porque isso é o que significa Ritmá. Depois vamos lê-lo com mais cuidado.
260
“²⁸O povo, porém, que
habita nessa terra é poderoso, e as cidades fortificadas e mui grandes; e
também ali vimos os filhos de Enaque”. Aqui está o problema, ainda que
Cristo é fiel, sempre estamos buscando empecilhos; assim somos nós, sempre
buscando obstáculos. Este “porém” do verso 28 de Números 13, quer dizer que nós
em vez de ver o que o Senhor nos dá, “os
tenho dado a terra”, começamos a buscar os “poréns”. Irmãos, esta lição é
mui solene! Sempre os “poréns”, mas “O
povo, porém, que habita nessa terra é poderoso, e as cidades fortificadas e mui
grandes; e também vimos ali os filhos de Enaque”. Aí está, assustando-se
por gigantes como se Jeová fosse uma formiga. Não é isso irmãos? Não, não leia
a Bíblia porque você vai ficar louco. Não é o que dizem? Não se consagre tanto
porque os demônios vão lhe atacar. “²⁹Os
amalequitas habitam na terra do sul; e os heteus, e os jebuseus, e os amorreus
habitam na montanha; e os cananeus habitam junto do mar, e pela margem do
Jordão”. Estavam eles vendo os poréns, e Calebe? “³⁰Então Calebe fez calar o
povo perante Moisés,...”. Fixem-se, irmãos, sublinho a palavra calar,
porque vamos ver ali outra vez mais adiante a palavra falar; quando estudamos
Hazerote vimos a palavra falar, mas aí se falou de outras coisas; aqui também
se falou e segundo o que lhes falaram. O que estão falando? Os poréns, só
porém. Porém isto, porém aquilo, sempre porém, sempre aparece os poréns para
não avançar, para não crer em Deus. Calebe fez calar o povo, o que lhes fez
calar? Os poréns “... e disse: Certamente
subiremos e a possuiremos em herança; porque seguramente prevaleceremos contra
ela”.
O
complexo do gafanhoto
Porém, outra vez, “³¹Porém, os homens que com ele subiram
disseram: Não poderemos subir contra aquele povo, porque é mais forte do que
nós. ³²E infamaram a terra que tinham espiado, dizendo aos filhos de Israel: A
terra, pela qual passamos a espiá-la, é terra que consome os seus moradores;
(“se
lês a Bíblia ficarás louco”) e
todo o povo que vimos nela são homens de grande estatura. ³³Também vimos ali
gigantes, filhos de Enaque, descendentes dos gigantes; e éramos aos nossos
olhos (aí está o problema: aos nossos olhos, não aos de Deus) como gafanhotos, e assim também éramos aos
seus olhos”. Por isso há irmãos que falam do complexo do gafanhoto; sai
deste versículo. Complexo de gafanhoto é sentir que não podemos, somos
gafanhotos. Continuamos no capítulo 14.
“¹Então toda a congregação
levantou a sua voz; e o povo chorou naquela noite”. Aí está, observem,
quando alguém começa a falar mal, contagia os demais com esse espírito de
derrota, desse espírito incrédulo, desse espírito pessimista. O povo, em vez de
alegrar-se, chorou. Deus disse: os tenho dado a terra e que terra tão tremenda,
com cidades e tudo fortificado; sobe, toma possessão dela; mas o povo chorou
como se Deus não houvesse falado. Os tenho dado, esse é o nosso problema,
olhamos os empecilhos, mas não olhamos a Deus. O que aconteceu a Pedro quando
quis caminhar sobre as águas, enquanto olhou ao Senhor Jesus andou, mas começou
a olhar as ondas, e afundou-se. “²E todos
os filhos de Israel murmuraram contra Moisés e contra Arão; e toda a
congregação lhes disse: Quem dera tivéssemos morrido na terra do Egito! Ou,
mesmo neste deserto!” Este espírito de derrota tomou a todos. Olhem o que
se puseram a dizer, vejam onde esteve o problema.
“³E por que o SENHOR
nos traz a esta terra, para cairmos à espada, e para que nossas mulheres e
nossas crianças sejam por presa? (Sempre tem a família) Não nos seria melhor voltarmos ao Egito? ⁴E
diziam uns aos outros: Constituamos um líder, e voltemos ao Egito”. (Isso
de vida cristã é muito difícil; não quero, vamos voltar ao mundo). ⁵Então Moisés e Arão caíram sobre seus
rostos perante toda a congregação dos filhos de Israel. ⁶E Josué, (agora
Josué reage) filho de Num, e Calebe filho
de Jefoné, dos que espiaram a terra, rasgaram as suas vestes. ⁷E falaram
(olhem que nas palavras se mostra em que espírito estamos) a toda a congregação dos filhos de Israel, dizendo: A terra pela qual
passamos a espiar é terra muito boa. (Observem o próximo verso) ⁸Se o SENHOR se agradar de nós, então nos
porá nesta terra, e no-la dará; terra que mana leite e mel”. Se crer, se
agrada, se não crês se desagrada, esta é a mesma frase que usa Paulo
referindo-se a este mesmo incidente na 1 aos Coríntios 10:5: “Mas Deus não se agradou da maior parte deles,
por isso foram prostrados no deserto.”, ficaram feitos retama do deserto.
Isso é precisamente Ritmá. Por que lemos em Coríntios? Porque em Coríntios é
onde nos diz aquela história que se escreveu para nós, então se refere a nossa
atitude, é um exemplo nosso.
Nosso
repouso é Cristo
Em Coríntios já lemos e
em Hebreus 3:7, no novo testamento, é o que corresponde com a lição de Ritmá, é
o que temos que aprender hoje na igreja. Ali diz: “⁷Portanto, como diz o Espírito Santo: Se ouvirdes hoje a sua voz, ⁸Não
endureçais os vossos corações, como na provação, no dia da tentação no deserto.
⁹Onde vossos pais me tentaram, me provaram, e viram por quarenta anos as minhas
obras. ¹⁰Por isso me indignei contra esta geração, E disse: Estes sempre erram em seu coração, e não
conheceram os meus caminhos”. Irmãos, quando alguém anda no homem natural
está nessa agitação, nessa preocupação; tem que aprender a acalmar-se, estar no
Espírito e viver sobrenaturalmente, com fé em Deus. “¹¹Assim jurei na minha ira que não entrarão no meu repouso”. Deus
não se agradou. A pessoa não repousa porque não crê, vive preocupada, e que
será dos meus filhos? No Egito houvéramos tido pepinos, porós, alhos, porém ali
vamos ser comidos como gafanhotos pelos gigantes.
Irmãos, esse é o problema da casa, esse é o problema de
duvidar que Deus está conosco, esse é o problema. “... não entrarão em meu repouso.”; isso significa andar ansiosos,
preocupados, por quê? Por que duvidais homens de pouca fé? Por quê? Acaso não
nos disse Deus, isso é vosso? Acaso não pode Deus sobre todo gigante? Não tem
que confiar mais em Deus? “¹²Vede,
irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mal e infiel, para se
apartar do Deus vivo. ¹³Antes, exortai-vos (como Josué e Calebe) uns aos outros todos os dias, durante o
tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do
pecado; ¹⁴Porque (fixem-se na boa terra) nos tornamos participantes de
Cristo, (essa é a boa terra) se
retivermos firmemente o princípio da nossa confiança até o fim”. Aqui está
a luta a confiança contra incredulidade ou da incredulidade contra a confiança.
Quando vai participar de Cristo, desfrutar de Cristo, experimentar e comprovar
a boa vontade de Deus? Enquanto reténs firme a confiança. O que é que o diabo
quer? Assustar-te, vai dizer-te as piores palavras, vai te mostrar todos os
“poréns”, para que não creia, que não olhe para Deus, porque se olhais para Jeová,
sois salvo.
O diabo quer que olhe o deserto, os problemas, os gigantes,
sempre olhando o pior, sempre falando o pior; isso é o que ouviu Jeová e não
lhe agradou e ficaram como retama no deserto: Ritmá. “... se retivermos firmemente o princípio da nossa confiança até o fim.
¹⁵Enquanto de diz: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos
corações, como na provocação. ¹⁶Porque, havendo-a alguns ouvido, o provocaram;
mas não todos os que saíram do Egito por meio de Moisés.” Eram crentes! “¹⁷Mas com quem se indignou por quarenta
anos? Não foi por ventura com os que pecaram, cujos corpos caíram no deserto?
¹⁸E a quem jurou que não entrariam no seu repouso, (e esse é Cristo) senão aos que foram desobedientes?” E
aqui está a chave: “¹⁹E vemos que não
puderam entrar por causa da sua incredulidade”. Esse é o problema: a
incredulidade. Então irmãos, sobre a base destes versículos do Novo Testamento
sigamos lendo tanto em Números como em Deuteronômio. Voltemos a Números 14:6: “⁶E Josué, filho de Num, e Calebe filho de Jefoné, dos que espiaram a terra,
rasgaram as suas vestes. ⁷E falaram a toda a congregação dos filhos de Israel,
dizendo: A terra pela qual passamos a espiar é terra muito boa. ⁸Se o SENHOR se
agradar de nós...”, mas da maioria deles não se agradou Deus, pelo que
ficaram prostrados; e por que não se agradou? Porque não creram, não retiveram
firme a confiança em Deus até o fim. Para ser participantes de Cristo por meio
da fé e da confiança e entrar no verdadeiro repouso. “Se o SENHOR se agradar de nós, então nos porá nesta terra, e no-la
dará; terra que mana leite e mel”. Leite para alimentar os cordeiros, e mel
para alimentar também aos adultos. “⁹Tão
somente não sejais rebeldes contra o SENHOR, e não temais o povo dessa terra,
porquanto são eles nosso pão; retirou-se deles o seu amparo, e o SENHOR é
conosco; não temais”. Mas qual foi a reação? “¹⁰Mas toda a congregação disse que os apedrejassem;...”. Mas sabem
o que Deus faz? Deus respalda as suas duas testemunhas. “... porém a glória do SENHOR apareceu na tenda da congregação a todos
os filhos de Israel. ¹¹E disse o SENHOR a Moisés: Até quando me provocará este
povo?...”, ou seja, quando um não crê, o irrita. “... e até quando não crerá em mim, apesar
de todos os sinais que fiz no meio dele?”Quantas vezes nos tem ajudado o
Senhor? Quantas vezes temos visto sua fidelidade?
Agora observem o que acontece se não cremos. “¹²Com pestilência o ferirei...” (essa é
a disciplina governamental de Deus para os crentes derrotados), “...e o rejeitarei; e te farei a ti povo
maior e mais forte do que este. ¹³E disse Moisés ao SENHOR:...” Aqui começa
a intercessão, aqui estão os dois aspectos e Deus: a justiça e a misericórdia,
e agora começa o Espírito de Cristo, aquele atributo da misericórdia divina a
manifestar-se por Moisés. Não que Moisés seja mais misericordioso que Deus,
não, é que Deus é justo, mas também misericordioso e a misericórdia triunfa
sobre o juízo e aqui é a misericórdia de Cristo, porque era o Espírito de
Cristo que operava nos profetas, está operando agora por Moisés. Disse-lhe
Moisés: “... Assim os egípcios ouvirão;
porquanto com a tua força fizeste subir este povo do meio deles. ¹⁴E dirão aos
moradores desta terra, os quais ouviram que tu, ó SENHOR, está no meio deste
povo, que face a face, ó SENHOR, lhes apareces, que tua nuvem está sobre ele e
que vais adiante dele numa coluna de nuvem de dia, e numa coluna de fogo de
noite. ¹⁵E se matares este povo como a um só homem, então as nações, que antes
ouviram a tua fama, falarão, dizendo: ¹⁶Porquanto o SENHOR não podia pôr este
povo na terra que lhe tinha jurado; por isso os matou no deserto. ¹⁷Agora,
pois, rogo-te que a força do meu Senhor se engrandeça; como tens falado,
dizendo: ¹⁸O SENHOR é longânimo, e grande em misericórdia, que perdoa a iniquidade
e a transgressão, que o culpado não tem por inocente, e visita a iniquidade dos
pais sobre os filhos até a terceira e quarta geração. ¹⁹Perdoa, pois, a iniquidade
deste povo, (notem que a incredulidade é chamada de iniquidade) segundo a grandeza da tua misericórdia; e
como também perdoaste a este povo desde a terra do Egito até aqui”.
Fixem-se quais são os primeiros que encabeçam a lista dos que vão para o lago
de fogo em Apocalipse: Os covardes e os incrédulos.
Deus introduz ao que entra
“²⁰E disse o SENHOR: Conforme à tua
palavra lhe perdoei”. Como necessitamos pedir perdão ao Senhor por
nossos sentimentos, atitudes, palavras, pensamentos de incredulidade. “²¹Porém, tão certamente como eu vivo, e
como a glória do SENHOR encherá toda a terra, ²²E que todos os homens que viram
a minha glória e os meus sinais, que fiz no Egito e no deserto, e me tentaram
estas dez vezes e não obedeceram à minha voz”; ou seja, que sua
incredulidade, sua desconfiança, seu pessimismo, má vontade etc. “²³Não verão a terra de que a seus pais
jurei, e nenhum daqueles que me provocaram a verá. ²⁴Porém o meu servo Calebe,
porquanto nele houve outro espírito, e perseverou em seguir-me, eu o levarei à
terra em que entrou, e a sua descendência a possuirá por herança”.
Olhem o que foi que agradou a Deus. “Se o SENHOR se agradar de nós...”, dizia Calebe, e que foi que
agradou a Deus? “... Porquanto nele houve
outro espírito, e perseverou em seguir-me...”. Não era má vontade. Sou Eu,
diz Deus, que os está conduzindo, é a mim que estão seguindo; sim, Eu sou o que
os estou conduzindo a possuir a terra de gigantes, Eu sou o que os fareis
vitoriosos sobre os gigantes. Que misterioso é isto! Como? Eu o levarei à terra
onde entrou, ou seja, que ele entrou e logo o introduziu. Como é isto?
Interessante esta frase, muito espiritual. Se se interpreta naturalmente parece
uma contradição de tempo, mas se se interpreta espiritualmente aí está a fé. Quando a pessoa creu é como se já tivesse
entrado, agora Deus cumpre; por isso diz: pedindo, crês que o recebestes,
os verá, entrou e eu o introduzirei, pela fé. Então diz; “²⁵Ora, os amalequitas e os cananeus habitavam no vale; tornai-vos
amanhã e caminhai para o deserto pelo caminho do Mar Vermelho”. Sim, se há
inimigos e se vocês não creem em mim, é melhor que não se metam com os
inimigos. Retornem para continuar dando voltas e voltas “²⁶Depois falou o SENHOR a Moisés e a Arão dizendo: ²⁷Até quando
sofrerei esta má congregação, que murmura contra mim? Tenho ouvido as
murmurações dos filhos de Israel, com que murmuram contra mim”. Porque é
que Deus ouve nossas queixas, nossa incredulidade. “²⁸Dize-lhes: (ouçam esta frase tão importante irmãos) Vivo eu, diz o SENHOR, que, como falastes
aos meus ouvidos, assim fareis a vós outros”. Que frase séria, segundo
haveis falado! Falaste corrupção, falaste desânimo, falaste enfermidade,
falaste morte, segundo o que tu falaste aos meus ouvidos, assim eu vou fazer. O
que foi que eles falaram? “... Quem dera
tivéssemos morrido na terra do Egito! ou, mesmo neste deserto!” Bem,
exatamente, assim sucederá, vocês disseram, isso é o que confessastes, não?
Bem, aí está. Por isso, irmãos, temos que corrigir a nossa maneira de falar, pensar,
sentir, dizer. Amém? Isto sim é pensamento positivo e confissão
positiva, mas não para criarmos coisas, senão crer em Deus, o que Deus tem
prometido. Não é crer na confissão positiva, é crer em Deus, é crer em suas
promessas, é crer na Palavra. Amém!
“... que, como
falastes aos meus ouvidos, assim farei a vós outros”. O que falaram eles? “... Quem dera tivéssemos morrido na terra
do Egito! ou, mesmo neste deserto!” O que disse Deus? “²⁹Neste deserto cairão os vossos cadáveres, como também todos os que
de vós foram contados segundo toda a vossa conta, de vinte anos para cima, os
que dentre vós contra mim murmurastes; ³⁰Não entrareis na terra, pela qual
levantei a minha mão que vos faria habitar nela, salvo Calebe, filho de Jefoné,
e Josué, filho de Num. ³¹Mas os vossos filhos, (para que não pensem que é
porque não posso; vocês diziam que nos trouxeram para que nossos meninos sejam
comidos) de que dizeis: Por presa serão,
(vocês estão falando de: para que ter filhos neste mundo tão terrível?) e eles conhecerão a terra que vós desprezastes.
³²Porém, quanto a vós, os vossos cadáveres cairão neste deserto”. Quer
dizer; que vemos os problemas enquanto os pobres filhos estão sob a autoridade
de pais incrédulos. “³³E vossos filhos
pastorearão neste deserto por quarenta anos, e levarão sobre si as vossas
infidelidades, até que os vossos cadáveres se consumam neste deserto. ³⁴Segundo
o número dos dias em que espiastes esta terra, (quarenta dias reconhecendo
a terra, quarenta dias desfrutando e ainda assim não crendo) quarenta dias, cada dia representando um
ano, levareis sobre si as vossas iniquidades quarenta anos, e conhecereis o meu
afastamento”. Às vezes alguém diz: Mas por que estou carregando este
problema? Porque quando tivestes a graça do Senhor depois não crestes,
buscastes “porém” e saístes com “porém” e agora estamos carregando isso por
muito tempo.
“³⁵Eu, o SENHOR,
falei; assim farei a toda essa má congregação, que se levantou contra mim;
neste deserto se consumirão, e aí falecerão”. Não no repouso, não no leite,
não no mel, não no gozo, não nos figos, não nas romãs, as uvas; no deserto
serão consumidos. “³⁶E os homens que
Moisés mandara a espiar a terra, e que, voltando, fizeram murmurar toda a
congregação contra ele, infamando a terra, (os que falaram mal)
“³⁷Aqueles
mesmos homens que infamaram a terra, morreram de praga perante o SENHOR. ³⁸Mas
Josué, filho de Num, e Calebe, filho de Jefoné, que eram dos homens que foram
espiar a terra, ficaram com vida. ³⁹E falou Moisés estas palavras a todos os
filhos de Israel; então o povo se contristou muito”.
Essa é a experiência de Ritmá como conta Números.
Rejeição
da informação dos espias
Agora vamos a Deuteronômio porque ali há outros detalhes complementares.
Vamos ler o mesmo mas vendo que outro detalhe aparece aqui, porque Deus nos conta
duas vezes. É coisa séria que Deus esteja interessado em mostrar-nos de tanto
em tanto por aqui e por acolá sempre de diferentes ângulos, em distintos
momentos da vida. Deuteronômio 1:24: “²⁴E
foram-se, (aqui estão os espias) e
subiram à montanha, e chegaram até o vale de Escol, e o espiaram. ²⁵E tomaram
do fruto da terra nas suas mãos, e no-lo trouxeram e nos informaram, dizendo: Boa
é a terra que nos dá o SENHOR nosso Deus”. Realmente Cristo é fiel. “²⁶Porém vós (vejam o problema da má
vontade, da desconfiança) não quisestes
subir; mas fostes rebeldes ao mandato do SENHOR nosso Deus. ²⁷E murmurastes nas
vossas tendas, e dissestes: Porquanto o SENHOR nos odeia, nos tirou da terra do
Egito para nos entregar nas mãos dos amorreus, para destruir-nos”. Verdade
é que quando a pessoa está sob um mal espírito pensa que Deus não o quer; diz:
Ah, não! Deus quer o irmão fulano, a irmã fulana, mas a mim não, de verdade não
me quer. Isso é mentira, irmão; Deus te quer sim, podes confiar em Deus, mas os
hebreus incrédulos dizem: “... o SENHOR
nos odeia, nos tirou da terra do Egito para nos entregar nas mãos dos amorreus,
para destruir-nos”; São palavras irreverentes.
“²⁸Para onde
subiremos? Nossos irmãos fizeram com que se derretesse o nosso coração,
(que terrível, até os próprios irmãos) dizendo:
Maior e mais alto é este povo do que nós, as cidades são grandes e fortificadas
até aos céus; (olhem o exagero, sempre o que procura “porém” os fazem
grandes) e também vimos ali filhos dos
gigantes. ²⁹Então eu vos disse: (Fixem-se não foi somente Calebe, nem
somente Josué, também Moisés) Não vos
espanteis, nem os temais. ³⁰O SENHOR vosso Deus que vai adiante de vós, ele
pelejará por vós, conforme a tudo que fez convosco, diante de vossos olhos, no
Egito;”. Alguém diz: mas como vou fazer, não, eu não posso, que comeremos,
que beberemos, que vestiremos. “... Ele
pelejará por vós, conforme a tudo que fez convosco, diante de vossos olhos, no
Egito”. Vocês já tem experiência da fidelidade de Deus no deserto, nos
momentos difíceis, nas dificuldades, tens visto que Jeová teu Deus te tens
atraído. Quantos dos que estão aqui tem comido três vezes, durante muitos anos,
se tem vestido, temos ido, vindo?
“³¹Como também no deserto,
onde viste que o SENHOR vosso Deus nele vos levou, como um homem leva seu
filho, por todo o caminho que andastes, até chegardes a este lugar. ³²Mas nem
por isso crestes no SENHOR vosso Deus, ³³Que foi adiante de vós (não
detrás) por todo o caminho, para vos
achar o lugar onde vós deveríeis acampar; de noite no fogo, para vos mostrar o
caminho por onde havíeis de andar, e de dia na nuvem”. Quer dizer, querendo
nós resolver as coisas e Ele nos tem preparado o lugar de descanso, e por não
crer nos vem os problemas. “³⁴Ouvindo,
pois, o SENHOR a voz das vossas palavras, (aí está, palavras) indignou-se, e jurou, dizendo: ³⁵Nenhum dos
homens desta maligna geração verá esta boa terra que jurei dar a vossos pais.
³⁶Salvo Calebe, filho de Jefoné; ele a verá, e a terra que pisou darei a ele e
a seus filhos; porquanto perseverou em Seguir ao SENHOR”.
O verso 37 não pertence a isto, porque isso foi algo que sucedeu
a Moisés e ele está contando aqui. O 38 sim.
“³⁸Josué, filho de Num, que está diante de ti, ele ali entrará; fortalece-o,
porque ele a fará herdar a Israel. ³⁹E vossos meninos, de quem dissestes: Por
presa serão; e vossos filhos, que hoje não conhecem nem o bem nem o mal, eles
ali entrarão, e a eles a darei, e eles a possuirão. ⁴⁰Porém vós virai-vos, e
parti para o deserto, pelo caminho do Mar Vermelho”. Isto é o que aconteceu
em Ritmá. Agora se fixem na palavra Ritmá. Vocês sabem que na Espanha em um
tempo estiveram os Moros e os árabes e o idioma árabe é um idioma parecido com
o hebreu e a palavra Ritmá é uma palavra que também entrou no idioma espanhol
por meio do árabe e é a palavra que quer dizer: “Retama”; ou seja, a palavra
Ritmá significa retama; vem inclusive do semita; agora isso é o que quer dizer
Ritmá: retama.
Para
terminar vamos ler Jeremias 17:6 e 48:6. Leiamos Jeremias 17:5-8: “Assim diz o SENHOR: Maldito o homem que
confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do SENHOR!”
Em vez de confiar em Deus, quer confiar na manobra humana. “⁶Porque será como a tamargueira no deserto, e não verá quando vem o
bem; antes morará nos lugares secos do deserto, na terra salgada e inabitável.
⁷Bendito o homem que confia no SENHOR, e cuja confiança é o SENHOR. ⁸Porque
será como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro,
e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e no ano de
sequidão não se afadiga, nem deixa de dar fruto”. O que é retama, irmãos? Retama no deserto são as sobras do
deserto. Vocês veem no deserto que há lenha chamuscada, ossos secos, desfeitos,
isso quer dizer retama. Ficaram prostrados no deserto como retama por não
crer. Agora Jeremias 48:6. O leio desde o 4, um pouco antes, para que vejam o
que aconteceu com Moabe: “⁴Está destruída
Moabe; seus filhinhos fizeram ouvir um clamor. ⁵Porque pela subida de Luíte
eles irão com choro contínuo; porque na descida de Horonaim os adversários de
Moabe ouvirão as angustias do grito da destruição. ⁶Fugi, salvai a vossa vida;
sede como a tamargueira no deserto; ⁷Porque, por causa da tua confiança nas
tuas obras, e nos teus tesouros, (não em Deus) também tu serás tomada; e Quemós saíra para o cativeiro, os seus
sacerdotes e os seus príncipes juntamente. ⁸Porque virá o destruidor sobre cada
uma das cidades, e nenhuma cidade escapará, e perecerá o vale, e destruir-se-á
a campina; porque o SENHOR o Disse”. Por quê? Porque pôs a confiança no
homem e não em Deus. Foge, quer fugir a sua própria maneira, quer fugir,
salvar-se dos problemas a sua própria maneira, mas não confiando em Deus. O que
acontece? Sede como retama. Como Ritmá no deserto. Então, irmãos, esta lição
que aparece narrada em Números e Deuteronômio é muito séria, não é mesmo? Nos
chama a confiar; a verdadeira vida cristã é uma vida que confia em Deus, não em
nada humano, não no braço humano. Amém. Que o Senhor os abençoe.
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