terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

15ª Jornada- RITMÁ


Jornada 15

R I T M Á[1]

“E partiram de Hazerote, e acamparam-se em Ritmá”.
                                                                                                                                 Números 33:18
Um esclarecimento geográfico

         Vamos ao capítulo 33 do livro de Números, para dar o passo a seguir nesta consideração do Livro das Jornadas, as jornadas de Israel no deserto. Na vez passada consideramos o relativo a Hazerote. Hoje consideraremos a seguinte jornada que está no versículo 18. Diz Números 33:18: “E partiram de Hazerote, e acamparam-se em Ritmá”. A jornada que corresponde ao dia de hoje é Ritmá. Esta jornada a encontramos descrita tanto no livro de Números, como no livro de Deuteronômio. É interessante que o Espírito Santo quis contar-nos duas vezes esta jornada. As outras nos contou somente uma vez, mas esta, coisa séria, nos contou duas vezes. Nos conta em Números e nos conta em Deuteronômio. Quando você compara a leitura de Números com a de Deuteronômio vê que se trata da mesma jornada; sem restrições, nota-se que há umas pequenas diferenças quando a jornada de Ritmá volta a ser contada em Deuteronômio, e essas diferenças não são contradições, senão complemento. Para entender melhor as coisas, o Espírito conta duas vezes o mesmo assunto. Não é a primeira vez que Deus faz isso, muitas histórias Deus as conta duas vezes. Por exemplo, Reis e Crônicas se conta a mesma história, mas com suas diferenças; cada livro tem seu propósito e a leitura complementar não sobra.
         O Espírito Santo nunca faz coisas de sobra, Ele sempre faz o necessário. A vida do Senhor Jesus é contada várias vezes, os ditos do Senhor Jesus São contados várias vezes, o testemunho da conversão de Paulo é contado várias vezes; mas temos estado lendo estas jornadas e quase sempre bastava uma só leitura, mas esta vez temos que ler a mesma história duas vezes. A que está em Números vai desde o capítulo 12, versículo 16, até o capítulo 14, versículo 39, e volta a ser contada em Deuteronômio, capítulo 1 desde o versículo 19 até o 40, com exceção do versículo 37. Esta jornada em Deuteronômio refere-se a Ritmá. Vamos lê-la primeiro em Números 12:16 até o capítulo 14:39. Mas eu queria que para poder entendê-la vejamos o mapa da península de Sinai que temos aqui. Já lemos em Números que nos dá o nome exato do lugar no deserto onde se deu esta jornada. Diz: “E partiram de Hazerote, e acamparam-se em Ritmá”. Diz Números 12:16: “Porém, depois o povo partiu de Hazerote; e acampou-se no deserto de Parã”. Vou mostrar-lhes aqui, porque aqui é um grande deserto; digamos que está formado por três desertos e seus limites não estão definidos e isso é necessário tê-lo em conta para poder entender um pouco o que estamos lendo. Permita-me mostrar-lhes um pouco aqui: O golfo de Acaba onde está a linha obliqua do sul ao nordeste de Parã; logo para o norte quando já praticamente se entra para o Neguev, está o deserto de Zim, diferente do deserto de Sim, que está mais para dentro e mais ao sul; então para o norte onde a península de Sinai se une com o Neguev para entrar em Israel é o deserto de Zim, e o deserto que está para o oriente é o deserto de Parã. Aqui onde neste mapa aparece um ponto que diz: Cades-Barnéia, entre o deserto de Zim e o deserto de Parã, está também o deserto de Cades; ou seja, o deserto de Cades está tomando parte do deserto de Zim ao sul e do deserto de Parã ao norte; esses três desertos estão unidos.
         A parte mais ao sul chama-se para o oriente o deserto de Parã; a parte mais ao norte chama-se o deserto de Zim e a do interior chama-se o deserto de Cades. Assim que aqui em Cades vamos encontrar um fenômeno e é necessário entendê-lo desde o princípio para depois não confundir-se na leitura.  Existe uma cidade chamada Cades-Barnéia e o nome dessa cidade se estende também ao deserto, ou seja, que o deserto de Cades é um deserto que está ao redor da cidade de Cades. Então tem uma etapa que se dá na cidade de Cades-Barnéia mais diante, mas tem outras etapas que se dão no deserto de Cades, ou seja, na parte norte do deserto de Parã ou na parte sul do deserto de Zim; e vocês vão encontrar algumas vezes que fala do deserto de Zim, outras vezes do deserto de Parã, outras do deserto de Cades e pensam que são distintas coisas, até que as estudam bem e se dão conta que é o mesmo. Então para poder entender o que estamos lendo, a parte geográfica inicialmente, vamos comprovar isto que está sendo dito em alguns versículos da Bíblia, por exemplo, Números 13:26, onde diz: “E caminharam, e vieram a Moisés e a Arão, e a toda a congregação dos filhos de Israel, no deserto de Parã, em Cades...”.  Se dão conta? No deserto de Parã, em Cades, ou seja, não está falando de Cades a cidade, senão de Cades o deserto. Agora vamos a Números 20:16, onde diz: “E clamamos ao SENHOR, e ele ouviu a nossa voz, e mandou um anjo, e nos tirou do Egito; e eis que estamos em Cades, cidade na extremidade dos teus termos”. Aqui, Cades se refere a cidade, ou seja, a que aparece aqui em um ponto. Há um país que se chama Guatemala, todo o país é Guatemala, mas a capital também se chama Guatemala. Há um país que se chama Panamá, mas a capital se chama Panamá; aqui na Colômbia há uma cidade que se chama Arauca, mas a capital se chama Arauca; o mesmo acontece com Cades. Cades é o nome de uma cidade fronteiriça, mas também é o nome de um deserto e esse deserto de Cades, por estar dentro do deserto de Parã e no deserto de Zim; às vezes é chamado de deserto de Parã, as vezes é chamado de deserto de Zim e às vezes é chamado de Cades e as vezes deserto de Cades como identificado com o deserto de Parã, uma parte, a parte mais ao norte do deserto de Parã; também vimos agora Cades identificado com a cidade.
         Agora vamos a Números 33, mas vamos ao versículo 36, que diz: “E partiram de Ezion-Geber, e acamparam-se no deserto de Zim, que é Cades”. Agora vocês veem aqui o deserto de Zim, não o deserto de Sim, porque esse é outro mais para o sul e diz que é Cades. O deserto de Zim é Cades, o deserto de Parã também é Cades e Cades é também a cidade. Às vezes se chama deserto de Cades, vamos ver essa citação em Salmos capítulo 29:8. Era necessário nos situarmos para entendermos um pouco melhor estas jornadas. Diz Salmos 29:8: “A voz do SENHOR faz tremer o deserto; o SENHOR faz tremer o deserto de Cades”. Já no futuro haverá uma etapa que se chama com o próprio nome: Cades, mas se refere à cidade de Cades-Barnéia na fronteira. Agora estamos em Cades, mas não na cidade; estamos apenas começando a chegar em Cades; quer dizer, na parte norte do deserto de Parã. Toda esta parte do sul ao nordeste, costeando o golfo de Acaba, subindo desde o monte de Sinai para o Neguev é o deserto de Parã; então voltemos agora assim a Números 12:16: “Porém, depois o povo partiu de Hazerote; e acampou-se no deserto de Parã”. Agora se fixem no que havíamos lido antes em Números 10:12, de que Quibrote-Taavá também era no deserto de Parã. Diz Números 10:12: “E os filhos de Israel, segundo a ordem de marcha, partiram do deserto de Sinai; e a nuvem parou no deserto de Parã”. ou seja, que no deserto de Parã há várias etapas: a primeira etapa no deserto de Parã, saindo do Sinai foi Quibrote-Taavá; a segunda foi Hazerote, mas essa segue sendo no deserto de Parã; agora saem de Hazerote e chegam outra vez ao deserto de Parã. É que estão no deserto de Parã, mas em Ritmá, a etapa seguinte depois de Hazerote é Ritmá. Ritmá está no deserto de Parã, mas também às vezes se chama como se fosse Cades porque nesses desertos, suas fronteiras não estão definidas e seu nome se estende às vezes mais para lá ou mais para cá; então é necessário ter em conta esta confirmação geográfica ao princípio para entender melhor. Fixem-se em Deuteronômio 1, porque era necessário dizer isto aqui; o que vamos ler em Deuteronômio, depois de Números, vamos ler em Deuteronômio 1, desde o versículo 19 até o 40; essa é a jornada relativa a Ritmá.
         Diz em Deuteronômio 1:19: “Então partimos de Horebe, (Horebe é outro nome do monte Sinai) e caminhamos por todo aquele grande e tremendo deserto que vistes, pelo caminho das montanhas dos amorreus, como o SENHOR nosso Deus nos ordenara; e chegamos a Cades-Barnéia”. Este Cades-Barnéia é o deserto, todavia é o norte do deserto de Parã. Aconteceu que aqui se diz Cades-Barnéia, ali se diz: deserto de Parã é exatamente o mesmo deserto, somente que varia um pouco o nome. Agora, se vamos lendo o que aconteceu em Ritmá, este ponto onde diz: Acamparam no deserto de Parã, é especificamente outro ponto distinto no deserto, distinto de Quibrote-Taavá, distinto de Hazerote, agora é Ritmá. Esse é o ponto segundo Números 33:18.
Os doze espias
         Então diz Números 13:1: “¹E falou o SENHOR a Moisés, dizendo: ²Envia homens que espiem a terra de Canaã, que eu hei de dar aos filhos de Israel; de cada tribo de seus pais enviareis um homem, sendo cada um príncipe entre eles. ³E enviou-os Moisés do deserto de Parã, segundo a ordem do SENHOR; todos aqueles homens eram cabeças dos filhos de Israel”. Vamos deter um pouco a leitura ali e vamos ler a passagem paralela em Deuteronômio 1. Para que? Para que vejamos o complemento dos dois relatos. Deuteronômio 1:19: “Então partimos de Horebe, e caminhamos por todo aquele grande e tremendo deserto que vistes, pelo caminho das montanhas dos amorreus, como o SENHOR nosso Deus nos ordenara; e chegamos a Cades-Barnéia”; porque a primeira vez foi escrito em Números.
         Deus havia dito a Moisés que escrevera essas jornadas que foram escritas em Números, mas logo depois de 40 anos, voltou a lembrar estas coisas a nova geração, no Novo Pacto, e de Moabe entrar em Israel. Então nesta segunda ocasião Moisés lhes recorda a mesma coisa, mas são dois relatos referidos ao mesmos acontecimentos. O versículo 37 é o único que não pertence a essa ocasião, porque Moisés o está recordando fora de tempo, mas diz aqui: “... caminhamos por todo aquele grande e tremendo deserto que vistes, pelo caminho das montanhas dos amorreus, como o SENHOR nosso Deus nos ordenara; e chegamos a Cades-Barnéia. ²⁰Então eu vos disse: (fixem-se, isto não conta em Números) Chegados sois às montanhas dos amorreus, que o SENHOR nosso Deus nos dá.²¹Eis aqui o SENHOR teu Deus (observem como fala aqui Moisés) tem posto esta terra diante de ti;...”. Irmãos esta frase é de suma importância tê-la em conta para entender bem a lição de Ritmá. Esta frase é chave, aqui não está falando Deus como algo do futuro, como algo inseguro, como algo condicional, Deus está dizendo-lhe: “Eis aqui o SENHOR teu Deus tem posto esta terra diante de ti...”, ou seja, é um dom de Deus, um presente de Deus, Jeová teu Deus te tem entregado. Agora qual é a parte do povo? “... sobe, toma posse dela, como te falou o SENHOR Deus de teus pais; não temas, e não te assustes”. Quem te tem falado? O Deus de teus pais. “... não temas e não te assustes”, e aqui diz Moisés algo que não diz em Números: “²²Então todos vós chegastes a mim, e dissestes...”. Ali em Números diz que Deus lhe disse, em contra partida aqui diz que o povo lhe disse. Quem é? É o povo ou é Deus? São os três: o povo, é Deus e é Moisés. “... chegastes a mim..”; isso não contou Números, mas conta em Deuteronômio, é um detalhe complementar. “... chegastes a mim, e dissestes...”. De maneira que Deus, quando deu ordem a Moisés foi tendo em conta a fragilidade do povo. Às vezes Deus permite coisas porque o povo manifesta temor. Deus diz: Ide, sobe. Deus não lhes disse outra coisa: Eu os tenho dado a terra, sobe e toma possessão; mas o temor do povo, diz: Bem, mas antes de tomar possessão, não será bom saber o que há por lá? Então Deus lhes disse: Bem subam; mas primeiro se manifestou um temor no povo, e disseram: “... Mandemos homens adiante de nós, para que nos espiem a terra e, de volta, nos ensinem o caminho pelo qual devemos subir, e as cidades a que devemos ir”. Sempre queremos que outros vão adiante, não exercemos a fé; e agora diz: “²³Isto me pareceu bem...”. Claro, depois mesmo Deus lhes diz:   E falou o SENHOR  a Moisés, dizendo: Envia homens que espiem a terra de Canaã...”, mas aqui o povo lhe diz, a ele lhe pareceu bem e Deus também lhes diz. Amém? Segue dizendo: “... de modo que de vós tomei doze homens, de cada tribo um homem”.
Significado dos nomes dos espias
         Aí vamos na correspondência de Deuteronômio com Números. Voltemos a Números, porque em Números nos diz quais foram esses varões. Por que o Espírito Santo quis dar-nos os nomes desses varões? Eu me pus a investigar o significado dos nomes porque desses doze nomes, só dois passaram e dez ficaram; ou seja, que há coisas que seguramente Deus quer nos dizer, que pode nos impedir de exercer a fé; então vejamos quais são esses nomes.
         Vamos a Números 13:4: “⁴E estes são os seus nomes: Da tribo de Rúben, Samua, filho de Zacur”. Sabem o que quer dizer Samua? Fama. Fama ficou prostrado no deserto. “⁵Da tribo de Simeão, Safate, filho de Hori”. Sabem o que quer dizer Safate? Juízo, crítica, o que também ficou prostrado no deserto. “⁶Da tribo de Judá, Calebe, filho de Jefoné”. Este sim, não ficou prostrado. Sabem o que significa Calebe? Ímpeto, um homem decidido, valente; o que nos quer ensinar Deus? Que não tem que ser fracos na fé. “⁷Da tribo e Issacar, Jigeal, filho de José”. O significado de Jigeal é vingança; a vingança também fica no deserto. “⁸Da tribo de Efraim, Oséias, filho de Num”. Este foi Josué, e significa salvação; quando Paulo diz a Timóteo: “... fortifica-te na graça...” (2 Tm 2:1), aí temos a Calebe e Josué; estes foram os que passaram. “⁹Da tribo de Benjamim, Palti, filho de Rafu”. Palti é o que quer liberar-se, ou seja, tirar o ombro, ou seja, renúncia. “¹⁰Da tribo de Zebulom, Gadiel, filho de Sodi”, que quer dizer fortuna; às vezes por estar buscando a Mamom, se extraviam; tem outros que não buscam a Mamom, senão que já nascem com Mamom, que é o que se segue: “¹¹ Da tribo de José, pela tribo de Manassés, Gadi, filho de Susi”. Gadi, não quer dizer fortuna, senão afortunado, ou seja, há uns que buscam e outros que já tem, e pelo que tem ficam enredados e tampouco avançam. Diz a Escritura que Deus escolheu aos pobres deste mundo para que sejam ricos na fé, e diz que alguns foram desviados da fé por causa da fortuna, buscar o dinheiro; buscar a Mamom lhes impediu de avançar. “¹²Da tribo de Dã, Amiel, filho de Gemali”. Amiel quer dizer povo forte; isso tem um significado: às vezes o próprio povo, nosso próprio costume, é estar enraizado em nosso próprio folclore, no nosso, não saímos do nosso, não entramos em uma situação por fé mais difícil; nós gostamos do conforto, o que é próprio, o conhecido, estamos em casa, estamos em nosso país, estamos no nosso; como vamos pela fé, nos metermos por ali, como que não! Tem que meter-se; os outros dois nomes significam o mesmo, mas de duas maneiras, porque há várias maneiras de esconder-se, porque “¹³ Da tribo de Aser, Setur, filho de Micael”, e “¹⁴Da tribo de Naftali, Nabi, filho de Vofsi”, os dois querem dizer: escondido, são duas maneiras de esconder-se; esconder-se é covardia. E o último “¹⁵Da tribo de Gade, Geuel, filho de Maqui”, que quer dizer majestade, ou seja, com orgulho, soberba, homenagem, exigências, todas essas coisas não nos deixam crer e não nos deixam avançar. “¹⁶Estes são os nomes dos homens que Moisés enviou a espiar aquela terra; e a Oséias, filho de Num, Moisés chamou Josué”; quer dizer, se chamava salvação e lhe pôs Jeová salvação, a salvação de Jeová.

    Tribo
    Espia
   Significado
      Tribo
     Espia
    Significado
    Rúben
    Samua
      Fama
   Zebulom
     Gadiel
      Fortuna
   Simeão
    Safate
     Crítica
  Manassés
      Gadi
   Afortunado
    Judá
   Calebe
     Ímpeto
      
     Amiel
   Prepotente
   Issacar
    Jigeal
    Vingança
     Aser
      Setur
    Escondido
   Efraim
    Josué
    Salvação
    Naftali
       Nabi
     Covardia
 Benjamim
     Palti
    Renúncia
      Gade
      Geuel
      Orgulho

Missão dos espias
         “¹⁷Enviou-os, pois, Moisés a espiar a terra de Canaã; e disse-lhes: Subi por aqui para o lado do sul, e subi à montanha”. Esta aqui é Ritmá, depois se chamou Ritmá. Não se chamava Quibrote-Taavá, chamou-se depois, e aqui não se chamava Ritmá, mas depois do que passou começou a se chamar Ritmá. Depois vamos ver o que significa Ritmá. “¹⁸E vede que terra é, e o povo que nela habita; se é forte ou fraco; se pouco ou muito. ¹⁹E como é a terra em que habita se boa ou má; e quais são as cidades em que eles habitam; se em arraiais, ou em fortalezas. ²⁰Também como é a terra, se fértil ou estéril; se nela há árvores, ou não; e esforçai-vos, e tomai do fruto da terra. E eram aqueles dias os dias das primícias das uvas”. Olhem em que momento Deus havia provido que sucederia isto. “²¹Assim subiram e espiaram a terra desde o deserto de Zim, até Reobe, à entrada de Hamate”. Quer dizer que atravessaram todo Israel até o monte na fronteira com o Líbano; ali é Hamate, ou seja, recorreram todo o Neguev, recorreram toda a terra de sul a norte e voltaram; toda a terra.
         Eles estiveram em Ritmá ao princípio, quarenta dias, enquanto se fazia este recorrido. “²²E subiram para o lado sul, e vieram até Hebrom; (que herdou depois Calebe) e estavam ali Aimã, Sesai e Talmai, filhos de Enaque. “havia gigantes” (Hebrom foi edificada sete anos antes de Zoã no Egito)”; quer dizer, que era uma cidade bem antiga, que antes quando a possuíam os gigantes se chamava Quiriat-arba. Quando a tomou Calebe mudou o nome e a chamou Hebrom, tirou os gigantes e lhe colocou o nome de comunhão, isso é o que quer dizer Hebrom. “²³Depois foram até o vale de Escol, e ali cortaram um ramo de vide com um cacho de uvas, o qual trouxeram dois homens, sobre uma vara; como também das romãs e dos figos”. Esse Escol puseram eles, porque Escol quer dizer cacho. Aí foi onde agarraram esses tremendos cachos de uvas, figos, romãs, mostrando que a terra realmente produzia; essa terra representa Cristo. Aqui é uma informação acerca da vida cristã, da vida em Cristo; isso o diz claramente Hebreus 4, porque Hebreus 3 e 4, a última parte do 3 e a primeira parte do 4, são as que correspondem com esta jornada de Ritmá; já vamos lê-lo. Várias coisas havia nessa terra que representam a vida de Cristo; entre dois tinham que carregar um cacho de uvas, tremendo cacho! Essa terra e seus produtos representam a vida de Cristo. Uvas, que representam a vida de Cristo, o gozo da salvação; romãs que também representam o aspecto de Cristo no sentido da fertilidade; é uma fruta de muitas sementes. Os sumos sacerdotes em suas vestes tinham romãs, o templo era adornado com romãs, ou seja que ali havia romãs e figos que representam o desfrute de Cristo, porque as uvas são o nosso desfrute de Cristo e os figos são o desfrute de Cristo em nós. Ele foi comer figos e não havia figos, mas então se foi a Betânia, Betfagé, a casa de figos e aí comeu figos; em Jerusalém não o receberam, não comeu figos, mas em Betânia o receberam, e aí comeu figos.
Retama do deserto
         “²⁴Chamaram àquele lugar o vale de Escol, por causa do cacho que dali cortaram os filhos de Israel”. Escol é a palavra hebreia que significa cacho. “²⁵E eles voltaram de espiar a terra, ao fim de quarenta dias.”, digamos vinte dias subindo e vinte dias descendo. “²⁶E caminharam, e vieram a Moisés e a Arão, e a toda a congregação dos filhos de Israel no deserto de Parã, em Cades; e deram-lhes notícias, a eles, e a toda congregação, e mostraram-lhes o fruto da terra”. A primeira coisa que Deus menciona aqui é que a terra sim é realmente rica, a terra é realmente deliciosa. “²⁷E contaram-lhe, e disseram: Fomos à terra a que nos enviaste; e verdadeiramente mana leite e mel, e este é o seu fruto”. É o que depois Deus diz: e provaram minhas obras, mas não creram, por quarenta anos me provaram, experimentaram que eu sou fiel, que o que eu prometo é verdadeiro, mas depois não creram. Fixem-se Deus os enviou a reconhecer a terra, há evidência de que a terra é boa, mas observem, irmãos, ainda que Deus é fiel conosco, às vezes nós somos tão incrédulos e negativos que isso é o que nos converte em retama do deserto, porque isso é o que significa Ritmá. Depois vamos lê-lo com mais cuidado.



        
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         “²⁸O povo, porém, que habita nessa terra é poderoso, e as cidades fortificadas e mui grandes; e também ali vimos os filhos de Enaque”. Aqui está o problema, ainda que Cristo é fiel, sempre estamos buscando empecilhos; assim somos nós, sempre buscando obstáculos. Este “porém” do verso 28 de Números 13, quer dizer que nós em vez de ver o que o Senhor nos dá, “os tenho dado a terra”, começamos a buscar os “poréns”. Irmãos, esta lição é mui solene! Sempre os “poréns”, mas “O povo, porém, que habita nessa terra é poderoso, e as cidades fortificadas e mui grandes; e também vimos ali os filhos de Enaque”. Aí está, assustando-se por gigantes como se Jeová fosse uma formiga. Não é isso irmãos? Não, não leia a Bíblia porque você vai ficar louco. Não é o que dizem? Não se consagre tanto porque os demônios vão lhe atacar. “²⁹Os amalequitas habitam na terra do sul; e os heteus, e os jebuseus, e os amorreus habitam na montanha; e os cananeus habitam junto do mar, e pela margem do Jordão”. Estavam eles vendo os poréns, e Calebe? “³⁰Então Calebe fez calar o povo perante Moisés,...”. Fixem-se, irmãos, sublinho a palavra calar, porque vamos ver ali outra vez mais adiante a palavra falar; quando estudamos Hazerote vimos a palavra falar, mas aí se falou de outras coisas; aqui também se falou e segundo o que lhes falaram. O que estão falando? Os poréns, só porém. Porém isto, porém aquilo, sempre porém, sempre aparece os poréns para não avançar, para não crer em Deus. Calebe fez calar o povo, o que lhes fez calar? Os poréns “... e disse: Certamente subiremos e a possuiremos em herança; porque seguramente prevaleceremos contra ela”.
O complexo do gafanhoto
         Porém, outra vez, “³¹Porém, os homens que com ele subiram disseram: Não poderemos subir contra aquele povo, porque é mais forte do que nós. ³²E infamaram a terra que tinham espiado, dizendo aos filhos de Israel: A terra, pela qual passamos a espiá-la, é terra que consome os seus moradores; (“se lês a Bíblia ficarás louco”) e todo o povo que vimos nela são homens de grande estatura. ³³Também vimos ali gigantes, filhos de Enaque, descendentes dos gigantes; e éramos aos nossos olhos (aí está o problema: aos nossos olhos, não aos de Deus) como gafanhotos, e assim também éramos aos seus olhos”. Por isso há irmãos que falam do complexo do gafanhoto; sai deste versículo. Complexo de gafanhoto é sentir que não podemos, somos gafanhotos. Continuamos no capítulo 14.
         “¹Então toda a congregação levantou a sua voz; e o povo chorou naquela noite”. Aí está, observem, quando alguém começa a falar mal, contagia os demais com esse espírito de derrota, desse espírito incrédulo, desse espírito pessimista. O povo, em vez de alegrar-se, chorou. Deus disse: os tenho dado a terra e que terra tão tremenda, com cidades e tudo fortificado; sobe, toma possessão dela; mas o povo chorou como se Deus não houvesse falado. Os tenho dado, esse é o nosso problema, olhamos os empecilhos, mas não olhamos a Deus. O que aconteceu a Pedro quando quis caminhar sobre as águas, enquanto olhou ao Senhor Jesus andou, mas começou a olhar as ondas, e afundou-se. “²E todos os filhos de Israel murmuraram contra Moisés e contra Arão; e toda a congregação lhes disse: Quem dera tivéssemos morrido na terra do Egito! Ou, mesmo neste deserto!” Este espírito de derrota tomou a todos. Olhem o que se puseram a dizer, vejam onde esteve o problema.
         “³E por que o SENHOR nos traz a esta terra, para cairmos à espada, e para que nossas mulheres e nossas crianças sejam por presa? (Sempre tem a família) Não nos seria melhor voltarmos ao Egito? ⁴E diziam uns aos outros: Constituamos um líder, e voltemos ao Egito”. (Isso de vida cristã é muito difícil; não quero, vamos voltar ao mundo). ⁵Então Moisés e Arão caíram sobre seus rostos perante toda a congregação dos filhos de Israel. ⁶E Josué, (agora Josué reage) filho de Num, e Calebe filho de Jefoné, dos que espiaram a terra, rasgaram as suas vestes. ⁷E falaram (olhem que nas palavras se mostra em que espírito estamos) a toda a congregação dos filhos de Israel, dizendo: A terra pela qual passamos a espiar é terra muito boa. (Observem o próximo verso) ⁸Se o SENHOR se agradar de nós, então nos porá nesta terra, e no-la dará; terra que mana leite e mel”. Se crer, se agrada, se não crês se desagrada, esta é a mesma frase que usa Paulo referindo-se a este mesmo incidente na 1 aos Coríntios 10:5: “Mas Deus não se agradou da maior parte deles, por isso foram prostrados no deserto.”, ficaram feitos retama do deserto. Isso é precisamente Ritmá. Por que lemos em Coríntios? Porque em Coríntios é onde nos diz aquela história que se escreveu para nós, então se refere a nossa atitude, é um exemplo nosso.
Nosso repouso é Cristo
         Em Coríntios já lemos e em Hebreus 3:7, no novo testamento, é o que corresponde com a lição de Ritmá, é o que temos que aprender hoje na igreja. Ali diz: “⁷Portanto, como diz o Espírito Santo: Se ouvirdes hoje a sua voz, ⁸Não endureçais os vossos corações, como na provação, no dia da tentação no deserto. ⁹Onde vossos pais me tentaram, me provaram, e viram por quarenta anos as minhas obras. ¹⁰Por isso me indignei contra esta geração, E disse: Estes sempre erram em seu coração, e não conheceram os meus caminhos”. Irmãos, quando alguém anda no homem natural está nessa agitação, nessa preocupação; tem que aprender a acalmar-se, estar no Espírito e viver sobrenaturalmente, com fé em Deus. “¹¹Assim jurei na minha ira que não entrarão no meu repouso”. Deus não se agradou. A pessoa não repousa porque não crê, vive preocupada, e que será dos meus filhos? No Egito houvéramos tido pepinos, porós, alhos, porém ali vamos ser comidos como gafanhotos pelos gigantes.
         Irmãos, esse é o problema da casa, esse é o problema de duvidar que Deus está conosco, esse é o problema. “... não entrarão em meu repouso.”; isso significa andar ansiosos, preocupados, por quê? Por que duvidais homens de pouca fé? Por quê? Acaso não nos disse Deus, isso é vosso? Acaso não pode Deus sobre todo gigante? Não tem que confiar mais em Deus? “¹²Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mal e infiel, para se apartar do Deus vivo. ¹³Antes, exortai-vos (como Josué e Calebe) uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado; ¹⁴Porque (fixem-se na boa terra) nos tornamos participantes de Cristo, (essa é a boa terra) se retivermos firmemente o princípio da nossa confiança até o fim”. Aqui está a luta a confiança contra incredulidade ou da incredulidade contra a confiança. Quando vai participar de Cristo, desfrutar de Cristo, experimentar e comprovar a boa vontade de Deus? Enquanto reténs firme a confiança. O que é que o diabo quer? Assustar-te, vai dizer-te as piores palavras, vai te mostrar todos os “poréns”, para que não creia, que não olhe para Deus, porque se olhais para Jeová, sois salvo.
         O diabo quer que olhe o deserto, os problemas, os gigantes, sempre olhando o pior, sempre falando o pior; isso é o que ouviu Jeová e não lhe agradou e ficaram como retama no deserto: Ritmá. “... se retivermos firmemente o princípio da nossa confiança até o fim. ¹⁵Enquanto de diz: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações, como na provocação. ¹⁶Porque, havendo-a alguns ouvido, o provocaram; mas não todos os que saíram do Egito por meio de Moisés.” Eram crentes! “¹⁷Mas com quem se indignou por quarenta anos? Não foi por ventura com os que pecaram, cujos corpos caíram no deserto? ¹⁸E a quem jurou que não entrariam no seu repouso, (e esse é Cristo) senão aos que foram desobedientes?” E aqui está a chave: “¹⁹E vemos que não puderam entrar por causa da sua incredulidade”. Esse é o problema: a incredulidade. Então irmãos, sobre a base destes versículos do Novo Testamento sigamos lendo tanto em Números como em Deuteronômio. Voltemos a Números 14:6: “⁶E Josué, filho de Num, e Calebe filho de Jefoné, dos que espiaram a terra, rasgaram as suas vestes. ⁷E falaram a toda a congregação dos filhos de Israel, dizendo: A terra pela qual passamos a espiar é terra muito boa. ⁸Se o SENHOR se agradar de nós...”, mas da maioria deles não se agradou Deus, pelo que ficaram prostrados; e por que não se agradou? Porque não creram, não retiveram firme a confiança em Deus até o fim. Para ser participantes de Cristo por meio da fé e da confiança e entrar no verdadeiro repouso. “Se o SENHOR se agradar de nós, então nos porá nesta terra, e no-la dará; terra que mana leite e mel”. Leite para alimentar os cordeiros, e mel para alimentar também aos adultos. “⁹Tão somente não sejais rebeldes contra o SENHOR, e não temais o povo dessa terra, porquanto são eles nosso pão; retirou-se deles o seu amparo, e o SENHOR é conosco; não temais”. Mas qual foi a reação? “¹⁰Mas toda a congregação disse que os apedrejassem;...”. Mas sabem o que Deus faz? Deus respalda as suas duas testemunhas. “... porém a glória do SENHOR apareceu na tenda da congregação a todos os filhos de Israel. ¹¹E disse o SENHOR a Moisés: Até quando me provocará este povo?...”, ou seja, quando um não crê, o irrita. “... e até quando não crerá em mim, apesar de todos os sinais que fiz no meio dele?”Quantas vezes nos tem ajudado o Senhor? Quantas vezes temos visto sua fidelidade?
         Agora observem o que acontece se não cremos. “¹²Com pestilência o ferirei...” (essa é a disciplina governamental de Deus para os crentes derrotados), “...e o rejeitarei; e te farei a ti povo maior e mais forte do que este. ¹³E disse Moisés ao SENHOR:...” Aqui começa a intercessão, aqui estão os dois aspectos e Deus: a justiça e a misericórdia, e agora começa o Espírito de Cristo, aquele atributo da misericórdia divina a manifestar-se por Moisés. Não que Moisés seja mais misericordioso que Deus, não, é que Deus é justo, mas também misericordioso e a misericórdia triunfa sobre o juízo e aqui é a misericórdia de Cristo, porque era o Espírito de Cristo que operava nos profetas, está operando agora por Moisés. Disse-lhe Moisés: “... Assim os egípcios ouvirão; porquanto com a tua força fizeste subir este povo do meio deles. ¹⁴E dirão aos moradores desta terra, os quais ouviram que tu, ó SENHOR, está no meio deste povo, que face a face, ó SENHOR, lhes apareces, que tua nuvem está sobre ele e que vais adiante dele numa coluna de nuvem de dia, e numa coluna de fogo de noite. ¹⁵E se matares este povo como a um só homem, então as nações, que antes ouviram a tua fama, falarão, dizendo: ¹⁶Porquanto o SENHOR não podia pôr este povo na terra que lhe tinha jurado; por isso os matou no deserto. ¹⁷Agora, pois, rogo-te que a força do meu Senhor se engrandeça; como tens falado, dizendo: ¹⁸O SENHOR é longânimo, e grande em misericórdia, que perdoa a iniquidade e a transgressão, que o culpado não tem por inocente, e visita a iniquidade dos pais sobre os filhos até a terceira e quarta geração. ¹⁹Perdoa, pois, a iniquidade deste povo, (notem que a incredulidade é chamada de iniquidade) segundo a grandeza da tua misericórdia; e como também perdoaste a este povo desde a terra do Egito até aqui”. Fixem-se quais são os primeiros que encabeçam a lista dos que vão para o lago de fogo em Apocalipse: Os covardes e os incrédulos.
Deus introduz ao que entra      
         “²⁰E disse o SENHOR: Conforme à tua palavra lhe perdoei”. Como necessitamos pedir perdão ao Senhor por nossos sentimentos, atitudes, palavras, pensamentos de incredulidade. “²¹Porém, tão certamente como eu vivo, e como a glória do SENHOR encherá toda a terra, ²²E que todos os homens que viram a minha glória e os meus sinais, que fiz no Egito e no deserto, e me tentaram estas dez vezes e não obedeceram à minha voz”; ou seja, que sua incredulidade, sua desconfiança, seu pessimismo, má vontade etc. “²³Não verão a terra de que a seus pais jurei, e nenhum daqueles que me provocaram a verá. ²⁴Porém o meu servo Calebe, porquanto nele houve outro espírito, e perseverou em seguir-me, eu o levarei à terra em que entrou, e a sua descendência a possuirá por herança”.
         Olhem o que foi que agradou a Deus. “Se o SENHOR se agradar de nós...”, dizia Calebe, e que foi que agradou a Deus? “... Porquanto nele houve outro espírito, e perseverou em seguir-me...”. Não era má vontade. Sou Eu, diz Deus, que os está conduzindo, é a mim que estão seguindo; sim, Eu sou o que os estou conduzindo a possuir a terra de gigantes, Eu sou o que os fareis vitoriosos sobre os gigantes. Que misterioso é isto! Como? Eu o levarei à terra onde entrou, ou seja, que ele entrou e logo o introduziu. Como é isto? Interessante esta frase, muito espiritual. Se se interpreta naturalmente parece uma contradição de tempo, mas se se interpreta espiritualmente aí está a fé. Quando a pessoa creu é como se já tivesse entrado, agora Deus cumpre; por isso diz: pedindo, crês que o recebestes, os verá, entrou e eu o introduzirei, pela fé. Então diz; “²⁵Ora, os amalequitas e os cananeus habitavam no vale; tornai-vos amanhã e caminhai para o deserto pelo caminho do Mar Vermelho”. Sim, se há inimigos e se vocês não creem em mim, é melhor que não se metam com os inimigos. Retornem para continuar dando voltas e voltas “²⁶Depois falou o SENHOR a Moisés e a Arão dizendo: ²⁷Até quando sofrerei esta má congregação, que murmura contra mim? Tenho ouvido as murmurações dos filhos de Israel, com que murmuram contra mim”. Porque é que Deus ouve nossas queixas, nossa incredulidade. “²⁸Dize-lhes: (ouçam esta frase tão importante irmãos) Vivo eu, diz o SENHOR, que, como falastes aos meus ouvidos, assim fareis a vós outros”. Que frase séria, segundo haveis falado! Falaste corrupção, falaste desânimo, falaste enfermidade, falaste morte, segundo o que tu falaste aos meus ouvidos, assim eu vou fazer. O que foi que eles falaram? “... Quem dera tivéssemos morrido na terra do Egito! ou, mesmo neste deserto!” Bem, exatamente, assim sucederá, vocês disseram, isso é o que confessastes, não? Bem, aí está. Por isso, irmãos, temos que corrigir a nossa maneira de falar, pensar, sentir, dizer. Amém? Isto sim é pensamento positivo e confissão positiva, mas não para criarmos coisas, senão crer em Deus, o que Deus tem prometido. Não é crer na confissão positiva, é crer em Deus, é crer em suas promessas, é crer na Palavra. Amém!
         “... que, como falastes aos meus ouvidos, assim farei a vós outros”. O que falaram eles? “... Quem dera tivéssemos morrido na terra do Egito! ou, mesmo neste deserto!” O que disse Deus? “²⁹Neste deserto cairão os vossos cadáveres, como também todos os que de vós foram contados segundo toda a vossa conta, de vinte anos para cima, os que dentre vós contra mim murmurastes; ³⁰Não entrareis na terra, pela qual levantei a minha mão que vos faria habitar nela, salvo Calebe, filho de Jefoné, e Josué, filho de Num. ³¹Mas os vossos filhos, (para que não pensem que é porque não posso; vocês diziam que nos trouxeram para que nossos meninos sejam comidos) de que dizeis: Por presa serão, (vocês estão falando de: para que ter filhos neste mundo tão terrível?) e eles conhecerão a terra que vós desprezastes. ³²Porém, quanto a vós, os vossos cadáveres cairão neste deserto”. Quer dizer; que vemos os problemas enquanto os pobres filhos estão sob a autoridade de pais incrédulos. “³³E vossos filhos pastorearão neste deserto por quarenta anos, e levarão sobre si as vossas infidelidades, até que os vossos cadáveres se consumam neste deserto. ³⁴Segundo o número dos dias em que espiastes esta terra, (quarenta dias reconhecendo a terra, quarenta dias desfrutando e ainda assim não crendo) quarenta dias, cada dia representando um ano, levareis sobre si as vossas iniquidades quarenta anos, e conhecereis o meu afastamento”. Às vezes alguém diz: Mas por que estou carregando este problema? Porque quando tivestes a graça do Senhor depois não crestes, buscastes “porém” e saístes com “porém” e agora estamos carregando isso por muito tempo.
         “³⁵Eu, o SENHOR, falei; assim farei a toda essa má congregação, que se levantou contra mim; neste deserto se consumirão, e aí falecerão”. Não no repouso, não no leite, não no mel, não no gozo, não nos figos, não nas romãs, as uvas; no deserto serão consumidos. “³⁶E os homens que Moisés mandara a espiar a terra, e que, voltando, fizeram murmurar toda a congregação contra ele, infamando a terra, (os que falaram mal)
“³⁷Aqueles mesmos homens que infamaram a terra, morreram de praga perante o SENHOR. ³⁸Mas Josué, filho de Num, e Calebe, filho de Jefoné, que eram dos homens que foram espiar a terra, ficaram com vida. ³⁹E falou Moisés estas palavras a todos os filhos de Israel; então o povo se contristou muito”. Essa é a experiência de Ritmá como conta Números.
Rejeição da informação dos espias
         Agora vamos a Deuteronômio porque ali há outros detalhes complementares. Vamos ler o mesmo mas vendo que outro detalhe aparece aqui, porque Deus nos conta duas vezes. É coisa séria que Deus esteja interessado em mostrar-nos de tanto em tanto por aqui e por acolá sempre de diferentes ângulos, em distintos momentos da vida. Deuteronômio 1:24: “²⁴E foram-se, (aqui estão os espias) e subiram à montanha, e chegaram até o vale de Escol, e o espiaram. ²⁵E tomaram do fruto da terra nas suas mãos, e no-lo trouxeram e nos informaram, dizendo: Boa é a terra que nos dá o SENHOR nosso Deus”. Realmente Cristo é fiel. “²⁶Porém vós (vejam o problema da má vontade, da desconfiança) não quisestes subir; mas fostes rebeldes ao mandato do SENHOR nosso Deus. ²⁷E murmurastes nas vossas tendas, e dissestes: Porquanto o SENHOR nos odeia, nos tirou da terra do Egito para nos entregar nas mãos dos amorreus, para destruir-nos”. Verdade é que quando a pessoa está sob um mal espírito pensa que Deus não o quer; diz: Ah, não! Deus quer o irmão fulano, a irmã fulana, mas a mim não, de verdade não me quer. Isso é mentira, irmão; Deus te quer sim, podes confiar em Deus, mas os hebreus incrédulos dizem: “... o SENHOR nos odeia, nos tirou da terra do Egito para nos entregar nas mãos dos amorreus, para destruir-nos”; São palavras irreverentes.
         “²⁸Para onde subiremos? Nossos irmãos fizeram com que se derretesse o nosso coração, (que terrível, até os próprios irmãos) dizendo: Maior e mais alto é este povo do que nós, as cidades são grandes e fortificadas até aos céus; (olhem o exagero, sempre o que procura “porém” os fazem grandes) e também vimos ali filhos dos gigantes. ²⁹Então eu vos disse: (Fixem-se não foi somente Calebe, nem somente Josué, também Moisés) Não vos espanteis, nem os temais. ³⁰O SENHOR vosso Deus que vai adiante de vós, ele pelejará por vós, conforme a tudo que fez convosco, diante de vossos olhos, no Egito;”. Alguém diz: mas como vou fazer, não, eu não posso, que comeremos, que beberemos, que vestiremos. “... Ele pelejará por vós, conforme a tudo que fez convosco, diante de vossos olhos, no Egito”. Vocês já tem experiência da fidelidade de Deus no deserto, nos momentos difíceis, nas dificuldades, tens visto que Jeová teu Deus te tens atraído. Quantos dos que estão aqui tem comido três vezes, durante muitos anos, se tem vestido, temos ido, vindo?
         “³¹Como também no deserto, onde viste que o SENHOR vosso Deus nele vos levou, como um homem leva seu filho, por todo o caminho que andastes, até chegardes a este lugar. ³²Mas nem por isso crestes no SENHOR vosso Deus, ³³Que foi adiante de vós (não detrás) por todo o caminho, para vos achar o lugar onde vós deveríeis acampar; de noite no fogo, para vos mostrar o caminho por onde havíeis de andar, e de dia na nuvem”. Quer dizer, querendo nós resolver as coisas e Ele nos tem preparado o lugar de descanso, e por não crer nos vem os problemas. “³⁴Ouvindo, pois, o SENHOR a voz das vossas palavras, (aí está, palavras) indignou-se, e jurou, dizendo: ³⁵Nenhum dos homens desta maligna geração verá esta boa terra que jurei dar a vossos pais. ³⁶Salvo Calebe, filho de Jefoné; ele a verá, e a terra que pisou darei a ele e a seus filhos; porquanto perseverou em Seguir ao SENHOR”.
         O verso 37 não pertence a isto, porque isso foi algo que sucedeu a Moisés e ele está contando aqui. O 38 sim. “³⁸Josué, filho de Num, que está diante de ti, ele ali entrará; fortalece-o, porque ele a fará herdar a Israel. ³⁹E vossos meninos, de quem dissestes: Por presa serão; e vossos filhos, que hoje não conhecem nem o bem nem o mal, eles ali entrarão, e a eles a darei, e eles a possuirão. ⁴⁰Porém vós virai-vos, e parti para o deserto, pelo caminho do Mar Vermelho”. Isto é o que aconteceu em Ritmá. Agora se fixem na palavra Ritmá. Vocês sabem que na Espanha em um tempo estiveram os Moros e os árabes e o idioma árabe é um idioma parecido com o hebreu e a palavra Ritmá é uma palavra que também entrou no idioma espanhol por meio do árabe e é a palavra que quer dizer: “Retama”; ou seja, a palavra Ritmá significa retama; vem inclusive do semita; agora isso é o que quer dizer Ritmá: retama.
Para terminar vamos ler Jeremias 17:6 e 48:6. Leiamos Jeremias 17:5-8: “Assim diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do SENHOR!” Em vez de confiar em Deus, quer confiar na manobra humana. “⁶Porque será como a tamargueira no deserto, e não verá quando vem o bem; antes morará nos lugares secos do deserto, na terra salgada e inabitável. ⁷Bendito o homem que confia no SENHOR, e cuja confiança é o SENHOR. ⁸Porque será como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro, e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e no ano de sequidão não se afadiga, nem deixa de dar fruto”.    O que é retama, irmãos? Retama no deserto são as sobras do deserto. Vocês veem no deserto que há lenha chamuscada, ossos secos, desfeitos, isso quer dizer retama. Ficaram prostrados no deserto como retama por não crer. Agora Jeremias 48:6. O leio desde o 4, um pouco antes, para que vejam o que aconteceu com Moabe: “⁴Está destruída Moabe; seus filhinhos fizeram ouvir um clamor. ⁵Porque pela subida de Luíte eles irão com choro contínuo; porque na descida de Horonaim os adversários de Moabe ouvirão as angustias do grito da destruição. ⁶Fugi, salvai a vossa vida; sede como a tamargueira no deserto; ⁷Porque, por causa da tua confiança nas tuas obras, e nos teus tesouros, (não em Deus) também tu serás tomada; e Quemós saíra para o cativeiro, os seus sacerdotes e os seus príncipes juntamente. ⁸Porque virá o destruidor sobre cada uma das cidades, e nenhuma cidade escapará, e perecerá o vale, e destruir-se-á a campina; porque o SENHOR o Disse”. Por quê? Porque pôs a confiança no homem e não em Deus. Foge, quer fugir a sua própria maneira, quer fugir, salvar-se dos problemas a sua própria maneira, mas não confiando em Deus. O que acontece? Sede como retama. Como Ritmá no deserto. Então, irmãos, esta lição que aparece narrada em Números e Deuteronômio é muito séria, não é mesmo? Nos chama a confiar; a verdadeira vida cristã é uma vida que confia em Deus, não em nada humano, não no braço humano. Amém. Que o Senhor os abençoe. 


[1] Ensino à igreja na localidade de Teusaquillo, Bogotá D. C., Colômbia, 1 de setembro de 2000.  

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