terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

29ª Jornada- HOR-HAGIDGADE

Jornada 29 

Hor-Hagidgade 1 

“E partiram de Bene-Jaacã, e acamparam-se em Hor-Hagidgade”.                                                                                                Números 33:32 

Jornadas dos anciãos  

Vamos ao livro de Números 33:32, onde por vontade perfeita de Deus, com um específico propósito estão nomeadas estas jornadas; todas com propósito especial. No versículo 32 diz: “E partiram de Bene-Jaacã, e acamparam-se em HorHagidgade”. Esta é uma jornada que corresponde a última seção, digamos a quarta seção das jornadas. Temos visto uma seção de jornadas desde a primeira em Ramessés, mais ou menos até Elim, e logo uma segunda seção de jornadas desde o Mar Vermelho, mais ou menos passando pelo monte Sinai, chegando até Rissa; logo uma terceira seção de jornadas mais ou menos desde Queelata, e a última seção de jornadas, que é esta que estamos vendo que é desde Hasmona. A primeira seção ia desde Ramessés a Elim, e representa as experiências iniciais da peregrinação do povo de Deus representado por Israel como um exemplo. O Novo Testamento nos ensina que as jornadas de Israel no deserto foram um exemplo para nós a igreja; então não estamos lendo o antigo testamento como uma história, senão uma história dirigida por Deus em função das realidades espirituais próprias do Novo Testamento e da igreja no Novo Pacto.  As primeiras jornadas representam este primeiro nível espiritual no que poderíamos dizer com João: os filhinhos; são experiências iniciais. Logo já em Elim descansa-se dessas primeiras experiências e combates; e logo a partir do Mar Vermelho, a jornada que se segue passando por todas as demais até chegar Rissa, são uma série de jornadas de juventude espiritual, já não de meninos como diz João: Filhinhos. Diz também jovens; então são etapas de adolescência espiritual, de juventude espiritual, de um amadurecimento, deixando de ser meninos e começar a amadurecer; mas acontece com as bananas que às vezes estão na estufa, às vezes estão no sol. É que realmente não somos fáceis; Deus sabe como somos e que processo temos que passar para ser transformados; então esta série de segundas jornadas representam como dizer a juventude. Já a partir de Queelata, é que começa as jornadas onde se aprendem assuntos relativos a liderança, de Queelata em diante então, são jornadas que correspondem aos pais; mas as jornadas dos pais são também de transição. São João também diz filhinhos, diz jovens e diz pais. Essas jornadas, pois, estão representadas mais do que tudo nas que se deram no monte de Seir; mas logo tem que começar a preparar-se para sair de Seir e fazer a transição para uma nova geração, que é a que vai chegar aos campos de Moabe, cruzar o Jordão para entrar na terra prometida, em Canaã. De maneira, pois, que há umas jornadas de transição que representam as experiências dos anciãos e do discipulado novo que vai se encarregando precisamente de tomar sobre seus ombros a herança que foi deixada pelas gerações passadas, assumindo a responsabilidade daí em diante. Desde a jornada de Hasmona é onde se nos descreve, digamos, essas novas experiências que já não chamamos só dos pais, mas dos anciãos. São João também diz: o ancião à igreja, à senhora escolhida, ou a Gaio, etc.; então vemos que na Bíblia há filhinhos espirituais e na igreja há jovens espirituais, pais espirituais e anciãos, e as experiências dos anciãos na transmissão, no discipulado, da responsabilidade no trabalho do Senhor na terra, são representadas nestas jornadas desta seção final; ou seja, de Hasmona em diante se entra nas jornadas dessa seção final.

Jornadas espirituais 

Vimos o relativo a Hasmona, Moserote e a Bene-Jaacã, e agora chegamos a experiência de Hagidgade. Na experiência relativa à Bene-Jaacã tivemos consciência do discipulado, pois Bene-Jaacã significa filhos da sabedoria, mostrando-nos que existe um discipulado com o objetivo de dar continuidade ao trabalho de Deus e assumir as funções que outros vão deixar de cumprir quando chegar seu momento de morrer. As jornadas do processo do discipulado, o processo dos discípulos sob a supervisão dos anciãos no momento de transição e também o processo dos anciãos no momento de assunção das responsabilidades por parte dos discípulos, esses dois pontos, são representados nestas jornadas desta seção. Quais pontos? Repito: as experiências espirituais dos discípulos sob a supervisão dos anciãos, entrando na assunção de responsabilidades, e junto com isso outra cara da mesma moeda, as experiências espirituais dos anciãos com os discípulos a quem lhes transferem o depósito, e a responsabilidade da parte de Deus. Em essência, esse tipo de experiências espirituais são as que correspondem ao nível de anciãos, o que significa as experiências espirituais do fim; então são as que aparecem ao final desta séria de jornadas.  Temos visto como as primeiras jornadas, que são as que representam as experiências espirituais dos jovens no Senhor e dos filhinhos, são descritas com muitos detalhes; já as da juventude, as primeiras são muito detalhadas e na medida que se avança, as descrições se fazem mais complexas e se requer maior maturidade espiritual para captar seu sentido. Já as experiências dos pais são menos descritas, e as dos anciãos muito menos; no entanto, são inspiradas por Deus e estão escritas para admoestar-nos e ensinar-nos. São experiências que não estão em vão na Escritura e sim tem uma lição, mas nem todas as lições pode-se aprender ao mesmo tempo e com a mesma facilidade; mas há ocasiões, onde se chega o momento em que se aprendem e quando se aprendem se entende porque isso era assim, porque esse nome, porque essa localização, porque esse contexto, etc. 

Se vocês querem ver comigo outra passagem em que aparece o monte de Hagidgade, no mesmo contexto de Bene-Jaacã, e de Jotbatá que é a jornada que se segue; vamos ler esse contexto em Deuteronômio capítulo 10, verso 6, como já o explicamos na jornada anterior; então me refiro aos irmãos que encontram aqui alguma dificuldade aparentemente cronológica, revisar os capítulos anteriores para que isto fique esclarecido. Diz Deuteronômio 10:6; “ ⁶ E partiram os filhos de Israel de Beerote-Bene-Jaacã a Moserá; ali faleceu Arão, e ali foi sepultado, e Eleazar, seu filho, administrou o sacerdócio em seu lugar. ⁷ Dali partiram a Gudgodá,...”. O que se chama monte de Hagidgade em Números, em Deuteronômio se chama de Gudgodá; não é que sejam dois nomes distintos; a palavra Hagidgade e a palavra Gudgodá nas letras hebraicas se escrevem da mesma maneira; as duas pronuncias devem-se a distintos massoretas que eram os que escreviam os textos; contudo antigamente os primeiros textos se escreviam no hebraico sem vogais; a pronuncia vocálica somente se escreveu na época massorética  que foi mais ou menos na época da idade média  na era cristã, com as escolas de Ben-Aser e Ben-Neftali, escolas de massoretas, ali no Tiberíades, em Israel; ali houve uma família de massoretas. A palavra massoreta vem de massora, que quer dizer tradição, tradição escrita; eles eram os que copiavam o texto da tradição escrita, e por isso se chamava massoretas, porque copiavam a massora. Os massoretas floresceram ao redor do Tiberíades pelos séculos VI, VII, VIII, IX e X, mais ou menos; e as famílias Ben-Aser e Ben-Neftali foram as que mais se sobressaíram em copiar a massora. De maneira que foi a partir daquela época quando se começou a pôr sinais vocálicos nas letras hebreias, e por isso que às vezes aparece transcrito como Gidgade, porque aparece o G (que é o Gue), aparece o D e aparece o G. No hebraico aparecem três letras: o gue (em espanhol não se diz G, senão Gue), mas é em Gue, ou seja, Guimel, Dalet, Guimel, essas três letras. Então se pode pronunciar Gidgad ou se pode pronunciar Gudgodá ou se pode pronunciar Gudgodá. Quando está escrito aqui, em uma parte aparece Gidgad, em outra parte aparece Gudgodá, mas esse Gidgad e Gudgodá vem da mesma Guimel, Dalet, Guimel do original hebraico; então este que em Deuteronômio se chama Gudgodá, em Números se chama Gidgad.  Logo diz: “ ⁷ Dali partiram a Gudgodá, e de Gudgodá a Jotbatá, terra de ribeiros de águas”.  Nos damos conta que no verso 7 de Deuteronômio 10, Jotbatá é a jornada que se segue, e essa jornada se descreve como terra de ribeiros de água; ou seja, já estamos pressentindo algo muito belo. Sem restrições, entre Bene-Jaacã: filhos da sabedoria, que é um significado muito lindo, e Jotbatá, que também tem um significado muito lindo e que se relaciona com fontes de águas, ribeiros de águas, há uma jornada intermediária, nesse discipulado, nessa transição, nessa assunção de responsabilidade dos novos discípulos e também na experiência com os anciãos com seus discípulos nessa transição; aparece essa jornada que podemos chamar intermediária, e que para ter seu sentido devemos ver o significado da palavra Hagidgade ou Gudgodá, para ver como Deus prevê os fenômenos que se apresentam nessa situação e sintetiza esses fenômenos com uma palavra chave, e essa palavra chave é Hagidgade, essa palavra chave é Gudgodá. Gudgodá é a palavra que nos dá a chave da experiência espiritual dessa jornada.

Processo de transição

Em Bene-Jaacã, que significa filhos da sabedoria, que representa o discipulado, nos apresenta uma primeira etapa do discipulado; nessa primeira etapa do discipulado, digamos que se tem êxito; porque como os discípulos são novos e estão começando a assumir responsabilidade e os anciãos não as tem descarregado completamente, senão que as vão descarregando pouco a pouco nos discípulos, então ao princípio os discípulos seguem muito de perto os passos de seus mestres e dão suas mensagens, falam com suas palavras e às vezes até se parecem em seus gestos; mas isso não tem que ser sempre assim; porque não estamos aqui para parecer-nos com nossos mestres, senão ao Senhor Jesus; mas lógico que ao princípio vamos nos parecendo àquelas pessoas que Deus colocou para que nos ajudem, e, claro, isso incomoda à alguns; e essa não é a etapa final e não tem que permanecer nessa etapa; contudo não tem que desconhecer que passa-se por aí. Os discípulos, mais fiéis, se parecem muito com seus mestres, mas não é a vontade de Deus que isso seja sempre assim. Deus não quer que nós nos pareçamos com nossos mestres, ainda que Deus quer que haja apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres; Deus não pôs a nenhum apóstolo para que sejamos como esse apóstolo; Deus não pôs nenhum profeta para que sejamos como esse profeta; Deus não pôs nenhum evangelista para que sejamos como esse evangelista; Deus não pôs nenhum pastor ou mestre para que sejamos como esse pastor ou mestre.  Ainda que ao princípio vamos fazer as coisas à sombra deles porque temos aprendido com eles, e essa etapa está no caminho, mas essa etapa não é a etapa final. Eventualmente, as pessoas que vão assumindo sua responsabilidade nova, são as pessoas que Deus lhes deu essa responsabilidade, se as deu através de outros; mas foi Deus, e eles são responsáveis não só a quem lhes delegaram de forma indireta essa responsabilidade, senão que são responsáveis a Deus mesmo; e eles tem que se parecer com Cristo e não aos que lhes tem ajudado, e isso vai se experimentando. Então chega um momento em que sim, a pessoa terá a caracterização perfeita de seu próprio ministério sem ter que ser um clone do outro; mas entre ter o sabor, o ambiente, o estilo, as maneiras onde aprendeu, e logo ter sua característica própria que Deus lhe deu, há um processo de transição, há uma etapa intermediária que não é fácil, que é difícil, e Deus não quer que a ignoremos, senão que saibamos que se passa por aí. Devemos saber, pois, que se passa pela etapa de adquirir seu próprio perfil, esse perfil que Deus lhe dá em seu próprio ministério; vai chegar a ser perfeito quando amadurecer mais.  Ao princípio você está sob um ministério liderado por outro, mas não é essa a vontade de Deus de que esteja sempre à sombra em demasia; pouco a pouco Deus vai te dando seu próprio espaço, mais amplo. Quando você vai plantar por exemplo, alface, ao princípio as tem muito perto uma das outras em um viveiro, mas quando vai adquirindo certo tamanho, já não podem estar tão próximas no viveiro senão que tem que transplantá-las com um pouco mais de distância uma da outra para que não se sufoquem, não compitam pelos ingredientes que tem na terra e embora todas juntas sejam uma beleza de horta, contudo mantendo uma distância maior do que se mantinha antes e uma diferenciação maior. Não tem que assustar-se dessas diferenciações, porque Deus quer que haja batatas e que haja rúculas e que haja batatas doces e que haja cenouras e que haja rabanetes e laranjas e limões e pomêlos, e todos são bons; as laranjas não tem que ser como os limões; os limões não tem que ser como os pomelos; os pomelos não tem que ser como os abacates, nem os abacates como os abacaxis. Deus quer que haja bananas, que haja pomelos, que haja abacaxis; e o perfil desses gêneros se definem na maturidade. 

O perfil do ministério

Ao princípio, por exemplo, quando apenas as células de um futuro bebê começam a formar-se no feto, contudo, ainda não está bem caracterizado, todavia não se sabe se vai ser varão ou se vai ser varoa, porque está em um processo, digamos, no tronco; mas na medida em que vai se desenvolvendo, vamos dizer esse verbo, vai se fazendo mais específico, mais característico, mais peculiar; e Deus é que quer que isso seja assim, e logicamente que quando se supera a etapa de poder ser diferente, sem brigar, então há uma harmonia, e podemos comer um cozido com rúcula, com batata, com amendoim, tudo delicioso e uma coisa com a outra; não há nenhum problema.  Mas não podemos negar que há uma etapa intermediária entre Bene-Jaacã e Jotbatá que é Hagidgade, onde o discípulo começa a ter sua característica pessoal, e ele deve aprender a assimilá-la e o ancião também deve aprender a assumir a característica própria que Deus dá ao discípulo. O discípulo deve saber que ele deve a Deus e por mais gratidão que tenha a seu mestre e lealdade que tenha com ele, ele não é uma cópia, nem um clone do apóstolo que o formou, ou dos pastores, não, não; é um  membro de Cristo que tem uma especificidade própria, e que ele não tem que ser como outro, senão que tem que representar o que Cristo é nele particularmente; e lógico esse processo não é fácil. Ao princípio pode ser doloroso para ele mesmo; até mesmo pode estar confuso; até mesmo tem outra função, olha as coisas do ângulo que Deus lhe deu, porque ele tem que completar um vazio, que não o enche seu pastor ou seu mestre; por isso ele tem que encher; então ele tem que ir assumindo pouco a pouco o seu perfil, e ao mesmo tempo os anciãos que vão delegando devem ter um coração amplo e entender e não querer fazer seus discípulos clones de si mesmo; porque isso é imaturidade espiritual, querer controlar o outro de tal maneira, quadriculando a pessoa, de tal maneira que isso é imaturidade; essa pessoa todavia não tem passado por esta etapa onde tem que aprender a respeitar e inclusive apoiar um perfil diferente do seu. É muito fácil para alguém apoiar os que são como ele e os que em tudo opinam como ele e vê as coisas iguais a ele, mas tem que aprender a apoiar, inclusive ao que opina diferente, por causa de Cristo. O ancião tem que aprender isso, e o discípulo que está assumindo responsabilidade tem que aprender isso; e mais adiante as coisas serão mais fáceis, Hagidgade representa um momento difícil.

Incisões religiosas

Talvez num princípio o significado da palavra Hagidgade ou Gudgodá possa parecer estranho, mas se você toma essa palavra no hebraico e a busca nos textos onde ele aparece em toda a Bíblia, então aí vai entender com maior propriedade o que se quer dizer com essa palavra. A palavra Hagidgade ou Gudgodá significa: incisão, mas esse tipo de incisão é a que se praticava quando se queria obter resposta de Deus e a resposta de Deus demorava; então os sacerdotes faziam incisões em si mesmos e até derramavam sangue. Vocês recordam o caso de Elias e dos profetas de Baal. Essa palavra, as incisões que eles faziam é o que significa precisamente Hagidgade.  Vamos ler isso no primeiro livro de Reis, capítulo 18, desde o versículo 20, para ter o contexto do sentido dessa palavra, incisão.
 Vamos ler ali o que eram estas incisões, o que era Hagidgade; porque essa palavra é o que significa Hagidgade. Então leiamos o exemplo das práticas dessas incisões, e até hoje alguns as praticam; e vocês vão se dar conta que espiritualmente o povo de Deus as segue  praticando, mas de outra maneira, mas com o mesmo sentido, querendo conseguir da mesma maneira certas coisas antes do tempo.  No contexto do capítulo 18, apareceu Elias ao rei Acabe, pois ele estava escondido e não o encontravam por três anos e meio, porque para julgar, ser instrumento de juízo da apostasia de Israel, Elias disse aos israelitas: não choverá senão por minha palavra; e foi, e se escondeu e não choveu por três anos e meio; e houve essa seca terrível, e sabiam que era Elias que tinha profetizado; e o buscavam por todas as partes e não o encontravam. Elias estava escondido em um ribeiro, bebendo água do ribeiro e comendo pão e carne que lhe traziam os corvos; e depois ali uma viúva, cuja farinha e azeite não acabaram, porque Deus havia ordenado àquela viúva prover para Elias e Deus proveu por meio daquela viúva e não cessaram seus recursos porque os pôs ao serviço de Deus. Então observem o que aconteceu. Deus disse a Elias que fosse e se apresentasse a Acabe porque vai terminar o juízo; três anos e meio é o tempo de juízo; a grande tribulação também será de três anos e meio; sete, mas três anos e meio é a grande tribulação. Então Elias tinha que ir e apresentar-se a Acabe e explicar-lhe primeiro que esse era o juízo de Deus; agora que Deus tornava o coração de Israel a Deus, mostrando a inutilidade dos Baalins em que eles confiavam, e mostrando que Jeová era o Deus verdadeiro. Isso é o que vemos aqui para ter o contexto. Leiamos 1 Reis 18:20:  “² ⁰ Então Acabe convocou todos os filhos de Israel; e reuniu os profetas no monte Carmelo”. Bom, aqui Elias representa a linha do Espírito de Deus, a linha fiel ao Espírito de Deus. Ainda que Elias pensava que só ele era fiel; às vezes os que são fieis pensam que eles são os únicos fieis; e o Senhor lhe diz: Não Elias, Eu tenho uma reserva; Eu tenho reservado para Mim 7.000 que não dobraram seus joelhos a Baal; ou seja, Elias representa essa corrente subterrânea desconhecida, porque nem o mesmo Elias sabia que Deus havia reservado 7.000 pessoas que não dobraram seus joelhos a Baal, que é o mesmo Belzebu, príncipe de satanás; não haviam dobrado seus joelhos a Baal. Elias representa essa corrente de fidelidade a Deus que não se conforma em seguir a corrente de satanás e do mundo, e os profetas de Baal representam o aspecto religioso e que dobrou seu joelho a Baal, mas no âmbito da religião; no âmbito da vida religiosa, vivendo experiências religiosas; estes profetas dobraram seus joelhos a Baal, no âmbito religioso; ou seja, foram pessoas que viveram sua experiência religiosa sem fidelidade a Deus; esses, são estes profetas, e Elias representa a fidelidade a Deus.

  “²¹Então Elias se chegou a todo o povo, e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o SENHOR é Deus, segui-o, e se Baal, segui-o. Porém o povo nada lhe respondeu”. Coxear; às vezes parece que Deus, às vezes parece que Baal; não se está seguro. A vacilação, essa experiência de confusão religiosa, sem uma definição clara, em uma posição intermediária. Eles tampouco estavam seguros; se era Baal, o adoravam sem estar seguros, graças ao testemunho dos poucos que testificaram de Yahveh. “²²Então disse Elias ao povo: Só eu fiquei por profeta do SENHOR, e os profetas de Baal são quatrocentos e cinquenta homens”. Claro que , todavia Deus não o havia revelado que reservara 7.000; isso foi depois que se foi para o monte Sinai; desde lá no Carmelo ao Sinai, foi-se caminhando quarenta dias esconder-se em uma caverna. Havia mais profetas de Baal que de Jeová; bem, é curioso que a religião infiel é mais popular e numerosa que o remanescente fiel. 

Prova de fogo 

“²³Dêem-se-nos, pois, dois bezerros, (os dois fazem sacrifícios, os dois fazem rituais) e eles escolham para si um dos bezerros, (eles escolheram um para Baal) e o dividam em pedaços, e o ponham sobre a lenha, porém não lhe coloquem fogo, e eu prepararei o outro bezerro, e o porei sobre a lenha, e não lhe colocarei fogo”. Porque se eles põem fogo, é o fogo deles. Quando é você que usa a manivela, quando é você que fabrica as coisas, você engana-se a si mesmo; e é justamente isto que significa Hagidgade. Às vezes no momento da transição nós queremos adiantar-nos pondo nós mesmo o fogo; já estamos com muita vontade de assumir responsabilidade. É bom que queiramos o episcopado; o que deseja o episcopado excelente obra deseja, mas qual é o perigo para o que deseja o episcopado? Por isso diz: “... se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja. Convém, pois, que o bispo seja ...”;2 ou seja há muitos requisitos que devem-se ter em conta para que essa boa obra seja legítima e não imatura. Hagidgade é ,todavia, o imaturo; Jotbatá será o outro, mas Hagidgade é o imaturo, o verde, que não está todavia maduro, o que parece ser, mas não tem todavia o sabor que deve ter. Onde está a prova de fogo? Por isso é que a partir de Elias se chamou estas coisas de “prova de fogo”. A todo ministério chega sua prova de fogo.  Qual é a prova de fogo? É quando não há fogo de Deus; quando não há fogo de Deus e tem que se fazer as coisas; com que fogo se farão? Com fogo estranho ou fogo de Deus? Podem-se fazer as coisas, assumir uma responsabilidade com fogo estranho, mas Elias lhes disse: não, isso não é válido; se é com fogo estranho não é válido; quer dizer, não ponham fogo, porque se o põe o sacrifício vai se queimar, e vocês vão dizer: que isso está bem, que Deus o recebeu, não, não, não, isso não. Se é Deus, que Ele seja o que inicie, não vós; que seja Deus o que faça a organização das coisas, que seja Deus que organize, e te ponha aí. Às vezes você quer ir, mas te pôs Deus? Às vezes queres cooperar, mas te pôs Deus para cooperar nesse lugar? Essa é a experiência que tem que aprender. Desejar o episcopado é uma boa obra, mas exercê-la imaturamente, é pressionar por si mesmo para artificialmente manufaturá-la, contudo não está bem; e acontece muito sutilmente que quando se está começando a assumir responsabilidades, colocamos nossa mão na manobra, vai se fabricando as coisas, isso é fogo estranho; queremos fazer as coisas por nossa própria força; mas não foi Deus que pôs o fogo, foram eles.  Mas qual é a verdadeira prova de fogo? É o atuar de Deus; teu chamamento é confirmado pelo atuar de Deus em sua vida; quando ver que Deus está atuando, então Deus está dizendo: em verdade te chamei. Mas se você está atuando, manipulando, fazendo força, não quer dizer que não tenhas chamamento, senão que teu chamamento todavia demora um pouco para amadurecer; contudo, ainda tem que aprender algumas coisas; você está querendo forçar as coisas de uma maneira natural. Fixa-te quando você era novo; ao princípio recebes ao Senhor, você crê que falando a sua família, a teus parentes, eles vão entender, e você chega com toda tranquilidade, e depois te assustas porque eles se põem contra você, ao princípio você quer convertêlos como se você tivesse o poder de convertê-los; mas Paulo diz: eu plantei, Apolo regou; mas isso é a única coisa que podemos fazer: plantar e regar, mas não podemos dar crescimento; só Deus dá o crescimento.3
3 Referência a 1 Coríntios 3:6

O exemplo de Abraão

Mas qual é a tentação do discípulo novo que está começando a assumir responsabilidade?                                            
É sozinho querer produzir fruto, com sua boa vontade, querer fabricar; não esperar o atuar de Deus, não confiar só no atuar de Deus. É o mesmo que aconteceu com Abraão; Abraão viu que Deus já tinha lhe prometido, mas esse filho não chega; e lhe ocorreu aceitar a sugestão de ter Ismael com sua própria força como se fosse Isaque; e nasceu Ismael e por treze anos se enganou Abraão pensando que esse seria o herdeiro; e que surpresa quando Deus o desiludiu e lhe disse: olha o que tens feito até aqui durante estes treze anos é obra da tua carne, não do meu Espírito; ou seja, às vezes servimos no ministério na carne e pensamos como Abraão: Oxalá Ismael ande diante de ti; mas Ismael não vai andar diante de Deus, porque ele não nasceu do Espírito; Deus esperou que Abraão já não pudesse ter filhos, e a propósito lhe deu uma esposa estéril para ensinar o que quer dizer o atuar de Deus na impossibilidade do homem. Porque às vezes nós nos tornamos altivos, já sabemos como cantam os irmãos, como pregam os irmãos, já conhecemos os temas, já sabemos as coisas, já sabemos o que vamos falar, já sabemos o que cantar; e chegamos, irmãos, vamos ter reunião, vamos começar e fazemos tudo como aprendemos; mas logo o Espírito Santo diz; não é assim; então como é? Vou fazê-lo de outra maneira, e começamos a cometer alguns erros; começamos a meter a mão várias vezes; é normal, é uma etapa, está prevista, mas não tem que ficar assim. Chega o momento em que Deus te desilude e te diz: olha, não te herdará este, senão o que Eu te darei; este você produziu em meu nome, mas não Eu; crestes que era este, mas todavia não era; é o que Eu te darei; então quando Abraão e Sara já não podiam mais, Deus pôde e os rejuvenesceu e veio um rejuvenescimento em Abraão e em Sara, de tal maneira que até o rei Abimeleque se enamorou da velhinha Sara, e nasceu Isaque porque Deus meteu a mão; atuou Deus, houve realmente águas, ribeiros e vida; mas antes de nascer Isaque nasceu Ismael. Ismael representa o que faziam os profetas de Baal para acender o fogo e não conseguia acendê-lo, as incisões que se faziam, a força, a magia branca que praticavam para produzir efeitos espirituais; porque isso se chama magia branca. Esse é Hagidgade, essas são as incisões.  Sigamos lendo a experiência em 1 Reis 18:23; ali diz: “²³Dêem-se-nos, pois, dois bezerros, e eles escolham para si um dos bezerros, e o dividam em pedaços, e o ponham sobre a lenha, porém não lhe coloquem fogo, (claro) e eu prepararei o outro bezerro, e o porei sobre a lenha, e não lhe colocarei fogo”. Eu tão pouco, diz Elias; se isto é coisa minha, não estamos em coisa de homens, senão de Deus na terra; só o que fazem os homens é coisa de homens, mas se apesar dos homens, contra a corrente dos homens, contra as tendências pecaminosas naturais Deus faz algo, isso foi realmente Deus, tem que ser o atuar de Deus, Deus acende o fogo que vem do céu, não o que a manivela do homem acende. Então diz: “² ⁴ Então invocai o nome do vosso deus, e eu invocarei o nome do SENHOR; e há de ser que o deus que responder por meio de fogo esse será Deus...”; quer dizer, o que atua quando o homem já não puder atuar, o que fizer o que o homem não pode fazer, esse seja Deus. Mas se é algo que assim o homem pode fazer, é outra coisa. Há muitos fundadores de religião, mas só Jesus Cristo ressuscitou dos mortos; isso já não pode fazer o homem; a vida de ressurreição, o mover de Deus é exclusivo de Deus; mas antes de amar somente o Senhor, passamos pela tentação de fabricar, e essa é a tentação que está representada aqui neste capítulo e nesta jornada. “.. .e há de ser que o deus que responder por meio de fogo esse será Deus. E todo o povo respondeu, dizendo: É boa esta palavra.”; porque a consciência dizia: assim tem que ser, ou se não, vai ser só coisa de homem.

 “² ⁵ E disse Elias aos profetas de Baal: Escolhei para vós um dos bezerros, e preparai-o primeiro, porque sois muitos, (ou seja, não esteve apressado; bem, se vocês querem fazer as coisas a sua maneira, vamos ver o que fazem; fizeram o que sempre haviam feito, só que desta vez sem fogo) e invocai o nome do vosso deus, e não lhe ponhais fogo. ² ⁶ E tomaram o bezerro que lhes dera, e o prepararam; e invocaram o nome de Baal, desde a manhã até ao meio dia, dizendo: Ah! Baal, responde-nos! Porém nem havia voz, nem quem respondesse; (Deus estava calado, mas eles andavam e saltavam) e saltavam sobre o altar que tinham feito”. Mas no altar não havia fogo.  Quantas vezes queremos dar manivelas nos cultos e fazemos as coisas a força, mas não vem de Deus; é a atividade, é a forma, é a postura, não é algo real, espiritual. Muita atividade religiosa é só saltar perto do altar, mas não há fogo de Deus. Então diz aqui: “² ⁷ E sucedeu que ao meio dia Elias zombava deles (porque Elias entendia qual era o problema; o problema era que eles estavam em si mesmos, Deus não estava na coisa, e por isso ele zombava) e dizia: Clamai em altas vozes, (Elias era irônico) porque ele é um deus; pode ser que esteja falando, ou que tenha alguma coisa que fazer, ou que intente alguma viagem; talvez esteja dormindo, e despertará”. Por meio desta ironia ele estava dizendo qual era o caráter do verdadeiro Deus; e esse deus que vocês têm por deus, esse não é o caráter de Deus; o caráter de Deus não dorme e não tem que chamá-lo a gritos. Veem? Mas nós às vezes, em nossa vida religiosa pensamos que ter que jejuar, gritar, subir de joelhos a Monserrate, e dar manivela, fazer coisas. Meditamos, visualizamos e sonhamos; essa é magia branca; isso não é fé em Deus; isso é charlatanismo, esses aqui são os charlatões.      Então olhem o que sucede: “² ⁸ E eles clamavam em altas vozes, e se retalhavam com facas ...”. Estas são as incisões; isto é o que significa Hagidgade, estas incisões, este esforço natural, este querer produzir um efeito espiritual por meio do natural, isso é incisões, isso é Hagidgade. “... e se retalhavam com facas e com lancetas, conforme o seu costume, até derramarem sangue sobre si”. Eles viviam sua vida religiosa desta maneira, por meio de sua força natural, de sua manobra, de suas coisas, querendo produzir a força; mas o Senhor disse: Não é com exército, nem com força, não é com espada, senão com meu Espírito.

 Agora, como falava Paulo:                                                              

o que atuou em Pedro atuou também em mim;5 e disse depois também: o que atua em nós, a super eminente grandeza do seu poder que atua; Deus atua, Deus mete a mão e você se dá conta que foi Deus; mas se você quer que seja Deus, contudo faz uma forcinha, vai produzir um Ismael, todavia não vai ser Isaque e vai se enganar por alguns anos para ser depois desenganado e ouvir que esse não é o que herda; porque a carne e o sangue não herdam o reino. O que é nascido da carne é carne, só o que é nascido do Espírito é espírito. 

Rios de água viva 
Mas quando o ministro é novo tem muito de magia branca, tem muito de charlatanismo, tem muito de manivela, de manobra, de força, de manipulação; não aprende a lição de descansar, de esperar; como diz o Senhor: O que crê em mim, o que espera em mim, confia em mim, conta comigo, de seu interior fluirão rios de água viva;6  e em outro contexto diz que é como uma fonte de água que salta para a vida eterna. O que é uma fonte que salta? É o fogo de Deus. Quando você percebe que Deus o acendeu, você sabe que palavra tem que dizer; você sabe se tem que calar ou se tens que repreender, ou se tem que voltar e ir-te e atuas movido por esse salto interior de Deus; mas há muita vida religiosa que é exterior, que não é produzida no espírito por Deus. Por isso São Paulo em Romanos 1:9 diz: “Porque Deus, a quem sirvo em meu espírito, no evangelho de seu Filho, me é testemunha de como incessantemente faço menção de vós”. Paulo não diz em Romanos 1:9, somente, testemunha me é Deus a quem sirvo, senão que acrescenta, a quem sirvo em meu espírito; ou seja que Paulo não pensava que o ativismo de fazer coisas era suficiente, ele não estava contente; se estava somente sendo ativo, ele estava seco, não havia fogo; porque às vezes no ministério se fazem coisas com sequidão, porque as fazemos somente nós.  Aqui se trata, não de fazermos somente coisas, cumprir deveres como se fossemos igual a qualquer outra profissão; a vida cristã não é profissionalismo, é o saltar da vida de Deus; o Espírito de Deus pondo em ti o que quer que você faça, Deus colocando-te inclusive em problemas, mas é Deus. Às vezes não queres ir, mas tens que ir; foi Deus o que te colocou nisso; mas se te colocas a ti mesmo ou apressa-te para ir mais rápido, a coisa já não é de Deus.  Deus estava te colocando, mas não tão rápido; às vezes tem que ir rápido e não queres ir; às vezes não tem que ir e vai muito rápido. Olhem como fazia o Senhor; ao que não queria ir: Senhor, deixa-me primeiro que vá enterrar meu pai. Deixa que os mortos enterre a seus mortos e tu vens e anuncia o reino de Deus. Esse quem foi? Foi o Senhor o que lhe disse: tu anuncia; o interrompeu, você vem para cá, não vai para lá. Outro dizia: Senhor, te seguirei onde quer que vá; mais o Senhor o freou a seco, dizendo-lhe: Sabes de uma coisa? As aves do céu tem ninhos, as raposas tem covis, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.7 Como quem diz: estás disposto a viver pela fé? Porque claro, se há uma junta diretora onde tudo está previsto, pois, muitos desempregados vão se tornar pastores; mas as aves tem ninho, as raposas covis, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça. Com isso o freou; seguramente o Senhor discerniu que esse homem estava buscando era um emprego; mas o Senhor não está interessado em empregar-nos em sua obra. De maneira, pois, que há uma diferença.  Por isso diz aí: “² ⁸ E eles clamavam em altas vozes, e se retalhavam com facas e com lancetas, conforme ao seu costume, até derramarem sangue sobre si. (era a deles, era seu sangue, seu suor e suas lágrimas, mas não a do Senhor) ² ⁹ E sucedeu que, passado o meio dia, profetizaram eles, até a hora de se oferecer o sacrifício da tarde; porém não houve voz, nem resposta, nem atenção alguma”. Parecia que o céu era de chumbo; e quando queremos fazer as coisas por nós mesmos, parece que está de chumbo. “³ ⁰ Então Elias disse a todo o povo: Chegai-vos a mim. E todo o povo se chegou a ele; e restaurou o altar do SENHOR, que estava quebrado”. Por isso que não havia fogo; o altar de Jeová estava arruinado; as pessoas não se dedicavam a Deus, mas saltavam ao redor do altar por sua própria força, conforme as suas próprias ideias, enganando-se, retalhando-se, fazendo incisões em si mesmos, Hagidgade. Mas Elias se consagrou a Deus, não quer enganar-se, quer que seja de Deus mesmo; mas às vezes queremos nos enganar; às vezes queremos que nos digam profecias lisonjeiras, e tão logo nos dizem aí mesmo cremo-la; mas o Senhor diz: meu povo que escuta a mentira. Quantas coisas se fazem com esse espírito no âmbito religioso, e até se amontoaram mestres conforme as suas concupiscências, mas “E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas”. (2 Timóteo 4:4); um mundo de obsessão religiosa, mas sem realidade espiritual. 

Primeiro conserta-se o altar 

Então diz aqui: “... e restaurou o altar do SENHOR, que estava quebrado.”, primeiro, o mesmo que fez depois Zorobabel. O primeiro que tem que restaurar é o altar; se não tem altar não tem fundamento, se não tem altar não tem edificação verdadeira; em vão trabalham os edificadores se 
Jeová mesmo não edifica a casa; em vão vela a guarda se Jeová mesmo não vigia a cidade. Zorobabel o primeiro que fez foi reparar o altar; então pode por os fundamentos e pode-se edificar a casa. O mesmo faz aqui Elias; Elias o primeiro que fez foi consertar o altar de Jeová que estava quebrado. “³¹E Elias tomou doze pedras, conforme ao número das tribos dos filhos de Jacó, ao qual veio a palavra do SENHOR, dizendo: Israel será o teu nome”. Se baseou na promessa, na palavra de Deus, no fundamento posto por Deus dizendo, Israel será teu nome; ou seja, que não serás mais Jacó; até aí havia sido Jacó; mas quando começou a se chamar Israel? Quando deixou de ser enganador e começou a ser um príncipe com Deus; quando já não podia se apoiar em seu próprio músculo porque lhe doía, senão que tinha que se apoiar em Deus, aí deixou de se chamar Jacó e passou a se chamar Israel. Amém?  Então diz: “³²E com aquelas pedras edificou o altar em nome do SENHOR; depois fez um rego em redor do altar, segundo a largura de duas medidas de semente”. Quando verdadeiramente se crê, não se teme; quando estamos vacilando, fazendo as coisas, duvidamos: será que Deus vai fazer, ou será que não? Estamos vacilando; não é próprio da obra de Deus o que se faz em vacilação; o que é de Deus é uma confiança na que você pode aventurar; mas se                                                   
está vacilando estás em sua carne, que acontece? São Paulo diz: não andamos segundo a carne para que não haja em nós sim e não ao mesmo tempo; as promessas de Deus são sim e são amém, mas não sim e não ao mesmo tempo; sim e não,  não é de Deus ; sim e não é na carne. Mas Elias cria, de modo que se atreveu a fazer um rego ao redor do altar segundo a largura de duas sementes. “³³Então armou a lenha, e dividiu o bezerro em pedaços, e o pôs sobre a lenha. ³ ⁴ E disse: Enchei de água quatro cântaros,...”; quer dizer, isso fez durante a seca; a pouca água que tinha não lhe importou porque ele sabia que ia chover, porque ele tinha a palavra de Deus, porque havia estado com Deus e Deus o havia comissionado; Deus o havia comissionado com a palavra de Deus, então ele não estava vacilando, ele estava seguro do que estava fazendo, mas os outros não; os outros estavam fazendo coisas que eles imaginavam, mas sem a certeza do espírito. Segue dizendo: “... e derramai-a sobre o holocausto e sobre a lenha. E disse: Fazei-o segunda vez; e o fizeram segunda vez. Disse ainda: Fazei-o terceira vez; e o fizeram terceira vez; ³⁵De maneira que a água corria ao redor do altar; e até o rego ele encheu de água. ³⁶Sucedeu que, no momento de ser oferecido o sacrifício da tarde, o profeta Elias se aproximou e disse: O SENHOR Deus de Abrão Isaque e (já não disse Jacó) Israel, manifeste-se hoje que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo, e conforme à tua palavra fiz todas estas coisas. ³ ⁷ Responde-me,

SENHOR, responde-me, para que este povo conheça que tu és o SENHOR Deus, e que tu fizeste voltar o seu coração”. 

A resposta de Deus

Não era nada para Elias, era tudo de Deus e era tudo para Deus; era nEle, por Ele e para Ele; essa é a obra de Deus, iniciada por Deus, feita no nome de Deus, com a força de Deus, segundo o concerto de Deus e para a glória de Deus. Os demais, ainda que tenha o nome, seja religioso, não é. Então diz: “³ ⁸ Então caiu fogo do SENHOR, e consumiu o holocausto,...”. Caim também ofereceu flores, mas Deus não as recebeu, mas recebeu do de Abel; não recebeu destes profetas que andavam em seus contos perigosos, mas não era Deus; mas Elias sim era de Deus. “Então caiu fogo do SENHOR, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e o pó, e ainda lambeu a água que estava no rego. ³ ⁹ O que vendo todo o povo, (se assombraram) caíram sobre os seus rostos, e disseram: Só o SENHOR é Deus! Só o SENHOR é Deus!”. Mas eu quero dizer, em seu coração; ou seja, isto foi Deus, isto não foi o homem, é Jeová, Yahveh é o Deus. “ ⁴⁰ Então Elias lhes disse: Lançai mão dos profetas de Baal, que nenhum deles escape. (e aplicou o juízo de Deus aos falsos profetas) E lançaram mão deles;...”. O povo agora sim se deu conta o que era de Deus e o que não era de Deus, e já não podia ser indiferente; tinha que aplicar juízo ao que não era de Deus, porque do contrário eles iam seguir no mesmo.  Até aqui esses profetas seguiam vivinhos e rebolando, e o povo lhes ouvia, até que o povo viu o que era de Deus, e o que não era de Deus; quando o povo distinguiu o que era de Deus e o que não era de Deus, julgou o que não era de Deus; então diz aqui: “... e Elias os fez descer até o ribeiro de Quisom, e ali os matou”. Depois Jezabel disse: Como lhe fizeste aos profetas vou fazer a ti; então Elias foi-se para o monte Sinai, desde acima até abaixo; quarenta dias, e se escondeu ali e pensava que estava só, e Deus lhe disse: Não estás só, Elias, tenho 7.000 que não tem dobrado seus joelhos a Baal; e que estás fazendo aqui? Retorna outra vez, porque tens que ungir a tal por rei da Síria, a tal por rei de Israel, e a Eliseu para que Eliseu continue seu trabalho; e aí coube a Elias fazer isto, descobrir que ele era um homem comum e corrente.    Depois de haver feito tudo isto, segue dizendo aqui que Elias orou pela chuva; houve chuva, também diz que Jezabel mandou matá-lo; e ele se foi, e quando estava ali lhe apareceu o Senhor, primeiro em um terremoto e Deus não estava no terremoto; logo um furacão e não estava aí; só no vento aprazível, agradável, sossegado estava Deus. Que fazes aqui Elias? Senti um grande zelo por ti, Senhor, porque deixaram Teu nome e só eu fiquei. Não, não é assim, Elias; e lhe mandou outra vez comissionando-o, e nessa comissão tinha que ungir outros. Ungir reis, a Hazael para Síria, Jeú para Israel, e a Eliseu como profeta; alguém que faria o dobro do que ele fez: ele ia ungi-lo; isso tinha que fazer Elias. Ele como ancião tinha que ensinar o povo a fazer diferença entre o santo e o profano, o precioso e o vil e por sua vez tinha que comissionar outros.  Então, incisão, manobra, Ismael fruto da carne, Hagidgade. Esta é a lição que temos que aprender: Discipulado na transição, os discípulos novos; os que estão assumindo, ao começar vão ter a tentação de adquirir seu próprio perfil, fazer as coisas de sua própria maneira, por sua própria força; e aqueles que estão delegando, devem delegar, mas ao mesmo tempo em que delegam devem sinalizar os perigos que há no caminho. Amém? Para que haja verdadeiramente continuidade para a obra de Deus. Obrigado, irmãos.  

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