terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

20ª Jornada - MONTE DE SEFER


Jornada 20

MONTE DE SEFER [1]

“E partiram de Queelata,e acamparam-se no Monte de Séfer”.
                                                                                                                                 Números 33:23

Níveis de maturidade espiritual
        Vamos abrir a Palavra do Senhor no livro de Números, capítulo 33, para continuar com a ajuda do Senhor na série do Livro das Jornadas. Estamos seguindo uma por uma estas jornadas, e hoje chegamos à que corresponde ao versículo 23. Números 33:23, nos diz aqui: “E partiram de Queelata, (ou Queelata como se diz no hebraico, como vimos na vez passada) e acamparam-se no monte de Séfer”; Ar Shafar em hebraico, traduzido aqui para monte de Séfer.
        Olhemos outra vez Deuteronômio 2 para confirmar que esta jornada de hoje é uma das jornadas ao redor do monte de Seir, o que se chama monte de Séfer. Seir é onde depois vai estar Edom; no mapa toda essa região é a terra de Edom. Vocês veem esta parte que se levanta aqui, esta parte é a Arábia, e então por aqui é o monte de Seir, eles estiveram dando voltas por aqui durante bastante tempo nessa região do mapa.
        Diz Deuteronômio 2: “¹Depois viramo-nos, e caminhamos ao deserto, caminho do Mar Vermelho, como o SENHOR me tinha dito, e muitos dias rodeamos o monte de Seir”. Este monte, como vocês podem ver aqui no mapa, não é uma colina, é praticamente toda uma cadeia montanhosa que tem vários montes. Depois vamos perceber que no monte de Seir aparecem vários montes diferentes, um deles é o que se chama Ar Shafar, monte de Séfer como se traduz aqui nesta versão Reina Valera 1960; é um dos montes de Seir. Está também Mosera, o monte de Hor e outros montes, todos eles pertencem ao monte de Seir; quer dizer, o monte de Seir quer dizer a cordilheira.
        Aqui em Bogotá nós vemos por exemplo, esta parte da cordilheira oriental, mas vemos Monserrate, Vemos Guadalupe, vemos a colina do cabo e outras colinas que estão ali. Vamos nos dar conta que por muito tempo os hebreus rodearam o monte de Seir que tem vários montes que formam parte de uma cadeia montanhosa e tiveram ao redor do mesmo monte uma série de jornadas, todas como ao redor do mesmo, mas avançando, claro, avançando e às vezes dando voltas; contudo é um tema muito similar.
        Eu queria antes que entremos diretamente na jornada de hoje, que olhemos as jornadas em geral; ou seja, uma primeira série de jornadas saindo desde Ramessés e vindo para o sul para a península de Sinai; ou seja, baixando para o sudeste; depois houve uma porção de tempo no Sinai e começaram a subir para noroeste e logo começaram a dar voltas aqui na terra de Edom, contornando a terra de Edom, antes de entrar nos campos de Moabe e entrar em Canaã. Então tem havido uma porção de jornadas descendo desde Ramessés para o Sinai; logo uma porção de jornadas subindo desde o Sinai para Edom; logo uma porção de jornadas ao redor de Edom, próximo a Edom, e logo outras jornadas que vão para Moabe e logo, já entrando em Canaã.  Isso é tomando essas muitas jornadas por parte.
        Queria que olhássemos na primeira epístola de João, somente para que tenhamos uma ideia destas seções: lemos em 1 João 2:12 e seguintes. João o apóstolo diz assim pelo Espírito: “¹²Filhinhos, escrevo-vos, porque pelo seu nome vos são perdoados os pecados. ¹³Pais, escrevo-vos, porque conhecestes aquele que é desde o princípio. Jovens, escrevo-vos, porque vencestes o maligno. Eu vos escrevi, filhos, porque conhecestes o Pai. ¹Eu vos escrevi, pais, porque já conhecestes aquele que é desde o princípio. Eu vos escrevi, jovens, porque sois fortes, e a palavra de Deus está em vós, e já vencestes o maligno”.
Antes de abrir em Números, observemos que aqui o apóstolo João nos menciona níveis de maturidade espiritual entre os irmãos. Ele fala de filhinhos, ele fala de pais, mas entre os filhinhos e os pais estão os jovens; então os filhinhos são aqueles que apenas estão começando a vida cristã; e as primeiras jornadas, podemos dizer que desde Ramessés a Elim, são jornadas descendo para o sudeste, para o monte Sinai ou Horebe; são jornadas que correspondem ao nível de filhinhos; então quando estudamos essas primeiras jornadas de Ramessés, Sucote, Etã, Pi-Hairote, Mara, Elim, foram esses os primeiros passos na vida cristã que correspondem ao nível de filhinhos. Mas logo os filhinhos já deixam de ser filhinhos e começam a ser jovens, adolescentes, e querem já atuar de uma maneira mais independente e amadurecer. Essas são as jornadas daí em diante, desde Yam Sof o que se chama de Mar Vermelho ou Mar de Juncos, continuando até a jornada que vimos na vez passada, ou seja, Queelata; é o começo da outra.
        Antes de Queelata vimos Rissa; ou seja, desde Ramessés até Elim mais ou menos são as jornadas iniciais, que correspondem ao níveis de filhinhos; logo desde Yam Sof ou Mar Vermelho depois de Elim até Rissa mais ou menos são as jornadas que correspondem aos jovens; a partir de Queelata e dando voltas ao redor do monte de Seir com todos os montes que há ali, são as jornadas que tratam o relativo aos pais, ou o relativo a liderança; ou seja que em todas estas voltas que vamos ver  Israel dar ao redor do monte de Seir, vamos ver como se relaciona quase tudo com a liderança. Primeiro eram questões de filhinhos, de crer, de caminhar com o Senhor, de batizar-se e todas essas coisas; todas essas primeiras jornadas; depois começam as jornadas já de jovens e depois as dos pais. Se chamam pais os que tem filhos, ou seja, os que espiritualmente exercem alguma liderança; então as lições que se tem que aprender acerca da liderança começam desde Queelata, que na vez passada vimos, e vamos ver uma série de lições ao redor do que corresponde a pais, ou seja, liderança.
        Queria dizer isto para que vejamos como essas jornadas tem suas sinalizações aos distintos níveis espirituais. Vamos agora ver o relativo ao monte de Séfer, o que em hebreu é Ar Shafar. Isso corresponde ao capítulo 17 de Números. A experiência que se aprendeu nesse lugar, e o que deu o nome ao lugar, é a experiência do que se aprendeu aqui, que está registrada em Números 17.
A Verdadeira beleza
         Para evitar confusão para os irmãos que tem alguma noção do hebraico, permita-me escrever aqui no quadro duas letras, porque tem palavras Séfer e Shefer ou Shafar que são diferentes e alguém ao ler Séfer, sem conhecer o que diz no hebraico Ar Shafar (e por isso muito a propósito o disse Ar Shafar), e para entender o significado da palavra, existe a palavra Séfer com S com a letra sámech que é a letra S, logo vem a letra P e logo a letra R; ou seja o S se lê em hebraico da esquerda para a direita, então quando a palavra é com a letra sámech, ou seja esta letra aqui é a letra S, esta é a letra P; se tem um pontinho é o P, se não tem o pontinho é o F, e esta é a letra R, então aqui diz assim: Séfer com S. Mas quando a palavra se escreve com a letra shin, que é esta letra que parece como um W e se põe um pontinho aqui a direita e também outra vez a letra P e também a letra R, agora se lê: Shefer ou Shafar; se tem pontinhos assim é a letra E, se tem uma listrinha ou uma espécie de T é o A; então a palavra Shafar se escreve com a letra Shin; esta letra é shin, então não é Séfer com a letra sámech, senão Shefer com a letra shin, porque Séfer com a letra sámech que é esta significa livro, mas quando se escreve com a letra shin, não significa livro; tem outro significado que é o que corresponde exatamente com o que vamos ver hoje. De modo que não é monte de Séfer com sámech, senão monte de Shafar com Shin.
        Se vocês observarem o Salmo 119, verão que está divido em estrofes e cada estrofe corresponde a uma letra hebraica. Vocês vão encontrar entre essas letras, dentro das primeiras, uma que é sámech, o que para nós é o “s” simples, e vão encontrar na penúltima uma que se diz shin, que é com “sh” quando tem o ponto para a direita; quando tem o ponto para a esquerda soa parecido com sámech. A palavra que aqui se traduz Séfer, não é com o S, não é sefer de livro, mas com a letra shin e se pronuncia Shafar, de onde vem a palavra espanhola zafira, de onde vem a palavra formosura, a palavra beleza, a palavra que tem a ver com algo belo, precioso; se usa a palavra Shafar.
        Vamos ler os outros versículos onde aparece essa palavra Shafar, que se traduz aqui por Séfer, mas não é sefer de livro com sámech, senão Shafar com shin. Para o significado da palavra, vamos ver outros versículos onde essa mesma palavra é utilizada no hebraico. Aqui em Números 33 não se traduziu, simplesmente como era um nome próprio Ar Shafar, o traduziram monte Séfer, mas a palavra Sefer não foi traduzida, foi simplesmente utilizada como nome próprio. Em Gênesis 49 onde aparecem as profecias de Jacó, Jacó profetiza a Naftali utilizando a palavra Shafar. Quando alguém toma um léxico hebraico para buscar o sentido da palavra, onde diz: “²¹Naftali é uma gazela solta; ele dá palavras formosas.” Essa palavra que aqui se traduz formosas, é Shafar. Se é formoso em singular é Shafar; se é no plural é Shafari ou Shafarim; ou seja, tem diferentes terminações. Aqui é plural, mas a raiz é Shafar, palavras formosas; a palavra que se utiliza em formosos, é exatamente a mesma palavra que vocês encontram traduzida em Números 33:23 como Séfer.
        A outra passagem que está imensamente relacionada com o que estamos estudando é o Salmo 16. O Salmo 16 é um Salmo messiânico que fala da ressurreição de Cristo, a qual é a verdadeira formosura. O Salmo 16:6 diz: “As linhas caem-me em lugares deliciosos: sim, coube-me uma formosa herança”. Agora, se você quer saber à qual herança se refere aqui, olhe o verso 5: “O SENHOR é a porção da minha herança e do meu cálice; tu sustentas a minha sorte. As linhas caem-me em lugares deliciosos: sim, coube-me uma formosa herança”. Qual é a herança? O próprio Jeová é a herança. Aqui se refere à beleza de Deus, a formosura própria de Deus. Se você logo vê todo o Salmo, vai se dar conta que se refere à formosura de Cristo e da ressurreição de Cristo.
        Para que vejamos que esse Salmo 16 é um salmo Messiânico e para que vejamos o pano de fundo do que significa Ar Shafar ou monte de Séfer, vamos ler então o Salmo 16, especialmente desde o verso 7. Acabamos de ler o verso 6, onde aparece a frase “formosa herança” e essa herança é o próprio Senhor. Aqui fala Davi, mas fala como profeta, e o novo testamento nos ensina que era o Espírito de Cristo que falava em Davi. Diz assim: “Louvarei ao SENHOR que me aconselhou; até os meus rins me ensinam de noite. Tenho posto o SENHOR continuamente diante de mim; (como quem diz tenho tomado a decisão de viver na presença de meu Pai) por isso que ele está à minha mão direita, nunca vacilarei”. Quando o Senhor estava aqui na terra, o Pai estava à destra, quando ascendeu o filho, está à destra do Pai. Portanto está alegre o meu coração e se regozija a minha glória; também a minha carne repousará segura. ¹Pois não deixará a minha alma no inferno, nem permitirás que o teu santo veja a corrupção”. Essa é uma profecia acerca da ressurreição de Cristo; foi precisamente este Salmo que o apóstolo Pedro citou no sermão no dia de Pentecostes. “Por que Davi disse Dele,...” e citou este Salmo, com a diferença que no Novo Testamento diz Hades (grego) e aqui diz Sheol, (hebraico) porque Hades é grego, e Sheol é Hebraico. Como o Novo testamento está em grego diz Hades; como o Salmo se escreveu em hebraico, diz Sheol, todavia sheol e Hades são a mesma coisa. Como o Senhor foi às partes mais baixas da terra, por isso diz: “Pois não deixarás a minha alma no inferno, (traduzido aqui por inferno, sendo que no original hebraico é Sheol, Antigo Testamento; e no original grego é Hades, Novo Testamento) nem permitirás que o teu santo veja corrupção”. A corrupção dizem que começa  72 horas depois da morte, e o Senhor ao terceiro dia se levantou ressuscitado; então nos damos conta que este é um Salmo messiânico, que fala da ressurreição de Cristo, e aqui é um Salmo onde Cristo está falando que Deus mesmo é a porção de Cristo, ou seja que é Deus mesmo revelando-se através de Cristo, e Cristo é a verdadeira formosura.
O nível da liderança
        Agora sim com este pano de fundo vamos ao capítulo 17 do livro de Números; porque o capítulo 17 é o que corresponde à jornada posterior a Queelata. Queelata é a do capítulo 16, mas o 17 diz: “Então”, ou seja, então, depois de Queelata. Já sabemos que saíram de Queelata e foram ao monte de Séfer, ou seja, Ar Shafar. “¹Então falou o SENHOR à Moisés, dizendo:”. Notem que o tema é uma continuação do que aconteceu em Queelata; em Queelata Deus fez um primeiro tratamento; ou seja, o juízo sobre a soberba da presunção, porém o juízo na soberba da presunção não é todavia o estabelecimento do legítimo. Então, ainda que houve um juízo sobre a soberba da presunção em Queelata sobre Coré, Datã e Abirão, aqui se continua tratando o mesmo assunto; todavia se está girando ao redor do mesmo monte de Seir, não sai do assunto. Estas jornadas que continuam pertencem ao níveis dos pais, ao nível da liderança; porque esse era o problema que existia nesse momento, e vemos que aqui continua o tratamento do mesmo assunto; mas agora passa-se a outro nível, a um nível mais avançado. Em Queelata se julgou a presunção, assim como em Rimom-Perez se julgou a presunção do povo, mas logo veio Libna e limpou e estabeleceu o que é puro; assim também em Queelata se julgou a soberba da presunção, mas em Ar Shafar Deus estabelece a legítima autoridade; a autoridade equivocada foi julgada na jornada anterior. Nesta jornada vemos como Deus estabelece a verdadeira autoridade delegada por Deus na terra. Isto é mui importante, porque a falsa autoridade se pode imitar, mas não a verdadeira; a verdadeira Chama pode provir da ressurreição de Cristo. Tudo o que não provem da ressurreição de Cristo, do atuar do próprio Deus, da super eminente grandeza do poder de Deus, não é legítima autoridade; é autoridade em presunção, a qual se julga.
A legítima liderança
        Então depois de Queelata, diz o capítulo 17 de Números assim: “¹Então falou o SENHOR a Moisés, dizendo: ²Fala aos filhos de Israel, e toma deles uma vara para cada casa paterna de todos os seus príncipes, segundo a casa de seus pais, doze varas; e escreverás o nome de cada um sobre a sua vara”. Note que aqui está falando da liderança, por que o problema, a rivalidade surgiu por assuntos de liderança; então Deus vai mostrar ao povo como distinguir a verdadeira autoridade da falsa; porque o povo estava confundido. Eles questionavam a autoridade de Arão, e Datã, Abirão e Coré se puseram eles mesmos como autoridade, e o povo não sabe quem é quem; de maneira, pois, que Deus faz duas coisas: a primeira coisa é julgar a presunção de uma autoridade falsa, e a segunda coisa que Deus faz é estabelecer a autoridade verdadeira. Então nesta jornada, que é uma continuação da anterior, Deus estabelece a autoridade verdadeira. “²Fala aos filhos de Israel, e toma deles uma vara para cada casa paterna (observem essa palavra paterna) de todos os seus príncipes, segundo as casas de seus pais, doze varas; escreverás o nome de cada um sobre a sua vara.”; quer dizer, de cada um dos príncipes. O príncipe de Ruben, seu nome se escreve em uma vara; o príncipe de Simeão, em outra vara; o príncipe de Levi, que é Arão, em outra vara; o príncipe de Judá, em outra vara; o príncipe de Issacar, etc, ou seja, os doze filhos de Jacó, as doze tribos. “³Porém o nome de Arão escreverás sobre a vara de Levi; porque cada cabeça da casa de seus pais terá uma vara. E as porás na tenda da congregação, perante o testemunho, onde eu virei a vós.”; quer dizer, sob a influência da ação de Deus.
        Estar no meio do tabernáculo é estar na igreja, que é a verdadeira casa de Deus, é estar na presença de Deus no meio do povo do Senhor e estar sob a influência de Deus, de Deus mesmo, sob o atuar de Deus. Esta palavra, o atuar de Deus, é importantíssima, porque existe o atuar do homem. O atuar do homem, por nascer do homem cria uma autoridade ilegítima; é o atuar de Deus pelo Espírito de Cristo ressurreto o que manifesta a verdadeira beleza de Cristo, a qual é a verdadeira vestidura da autoridade legítima no meio do povo de Deus. O que Cristo faz através de ti, é o atuar de Deus através de ti, essa é a autoridade com a qual Ele te veste, essa é a beleza que Ele te dá, o que Ele faz através de ti. Por exemplo, viemos a reunião e estamos todos na reunião; às vezes um está calado e outro fala; o que ora é aquele, ou
às vezes aquele; de repente se levanta uma profecia naquele, mas nenhum está dizendo: vou fazer isto para eu aparecer diante dos outros, não. É algo que a presença do testemunho de Deus, a luz de Deus vem e toca alguém e essa pessoa se move em fé por algo que Deus pôs nele; pode ser uma canção, pode ser uma oração, pode ser uma profecia, pode ser um ensino, pode ser alguma coisa que tem sua origem em Deus. O que tem sua origem em Deus, no mover do Espírito de Cristo ressuscitado no interior da pessoa, isso é a autoridade que Deus dá a pessoa. Não é uma coisa que nós dizemos: Bem; no primeiro ponto vamos fazer isto, no segundo ponto vamos fazer outra coisa, e fazemos nós um programa. Essas são coisas totalmente naturais que tem sua origem no meramente humano, e essa não é uma autoridade que provém de Deus, senão que é uma atividade do homem.
        O que provém de Deus é o que o homem não pode fazer ou que não se atreveria a fazer se Deus mesmo não o houvesse dado; então por isso diz: E as porás na tenda da congregação, perante o testemunho, onde eu virei a vós”. Esta é uma palavra chave: onde Eu virei a vós. Até agora temo-nos manifestado a nós mesmos, até agora temos nossas opiniões, temos nossos planos; essa é a manifestação do nosso próprio eu, isso não é formoso. Irmãos, quando nós nos manifestamos, os demais sofrem conosco; fica difícil aos outros nos aguentar, porque nós não somos belos, somos desagradáveis, mas quando Cristo faz algo através de ti, é tão belo, é tão formoso, é tão diferente. Às vezes o mesmo cântico, a música não mudou, a letra não mudou, mas por que o mesmo cântico as vezes soa diferente? A diferença é Cristo. Às vezes se canta em Cristo, às vezes se canta sob a unção do Senhor, outras vezes somente se canta; como ontem soou tão lindo, hoje vamos cantá-lo outra vez, mas hoje o Espírito não dirigiu, hoje não veio da presença de Deus, hoje foi algo que nós manipulamos, manobramos; há muita coisa religiosa manobrada pela mão do homem que não tem sua origem no Espírito.
O que é uma vara? Uma vara é um pedaço de ramo seco, é um ramo seco. Não disse o Senhor Jesus que ele é a videira, e que nós somos as varas?[2] Mas que diz ele? Todo ramo que em mim permanece dá muito fruto, mas o que em mim não permanece se secará e não dará nenhum fruto; quer dizer, que ninguém pode dar fruto por si só. O Senhor Jesus disse: “... porque sem mim nada podeis fazer.”; ou seja, que tudo o que fazemos por nós mesmos, sem Ele, isso é uma coisa nossa, mas não é uma coisa de Deus, não é uma coisa em que Deus esteja. Pode estar calado, mas não está atuando, não é o atuar de Deus ou o mover de Deus, é o nosso. Agora, que diz aqui? Há umas varas secas, cada um dos príncipes do povo, cada um dos que exercem autoridade no povo de Deus, por si só, sem Cristo, não é senão uma vara seca. Às vezes não sabemos nem o que dizer, não sabemos nem orar; às vezes sabemos que deveríamos testificar mas não temos força, não temos vontade, às vezes nem para orar, nem para cantar, nem para testificar, nem para fazer algo de Deus. Por quê? Porque estamos em nossa vida natural, e nossa vida natural é como uma vara seca; somente quando a vara ou o ramo está na vide, então recebe a seiva da vide e aí pode florescer e frutificar.
O atuar de Deus é uma fonte
        Ninguém frutifica por si só; é somente o Senhor que faz frutificar àqueles os quais Ele toca. Quando Ele se manifesta a ti, quando uma revelação dEle te toca, nesse momento Ele te desperta. É como quando se prende um piloto, não é uma coisa que possa suceder no natural, senão no espírito, no íntimo do seu ser há um fluir. O Senhor Jesus disse: “.. .rios de água viva correrão do seu ventre. Porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna”.[3] Esse saltar é esse mover interior, essa é a fonte que salta e esse é o atuar de Deus. Quando Deus te revela algo, quando Deus te impulsiona a algo, quando tu fazes algo: profetizas, ensinas, ajudas a um irmão, movido por Deus, por um salto da vida em seu interior, tu estás na fé conectado ao Senhor, e Ele te move; até onde Ele se mova. Às vezes se move um pouco, isso não controla você; às vezes é um grande mover que quase não aguentas, e às vezes quiseras que fosse mais forte e que queiras agregar sua própria força, e talvez Ele quer que fale baixinho, mas você pensa que falar com autoridade é falar duro e você começas a acrescentar ao Espírito o grito, mas isso é algo da alma. O Espírito dirá: mas por que está gritando tanto? Mas quando é do Espírito, seja baixo ou seja alto, o importante é que seja Deus.
        Então irmãos, cada um de nós e cada um destes príncipes aqui em Números, somos uma vara seca. Uma vara seca é que em nossa natureza humana, no natural, não temos nada para dar, a menos que sejam problemas; problemas sim, temos muito para dar. Só o que nos vem do Senhor pela vida de ressurreição, pelo atuar de Deus pelo espírito, essa é a legítima autoridade que Ele delega a ti, o atuar de Deus em ti, esse saltar do Espírito em teu interior para fazer algo em nome de Deus, com uma santa ousadia que Ele te dá. De repente o Espírito te move e começa a evangelizar e evangelizas; aí estás tendo a autoridade de Deus, mas há outras vezes em que não podes, estás como uma vara seca, estamos no natural. Aqui o Senhor está nos ensinando qual é a legítima autoridade no meio de Seu povo. Primeiro estamos no meio de Seu povo, se trazem as varas. Onde? Porão as varas no meio do tabernáculo do testemunho; ou seja, estão todos na igreja, na comunhão; estamos diante do testemunho de Deus, e Deus começa a dar-nos testemunho; Seu Espírito movendo-se diretamente, ou através da Bíblia, ou através do Corpo de Cristo; de alguns membros, receber de Deus uma influência, um irradiar de Deus. Esse irradiar de Deus toca uma tecla em cada um, segundo ele queira, porque ele é a cabeça. A cabeça no melhor quer que fulano diga algo, ele o diz; às vezes ciclano; às vezes sem que o Senhor toque a tecla nós damos todo um concerto, mas isso não foi o Senhor.
        E será que a vara do homem que eu estiver escolhido florescerá;...”. Ninguém pode fazer florescer sua vara, ninguém pode ungir a si mesmo; tu podes fazer exercício e por emoção e dar manivela às coisas: “Quem vive?” Mas é pura manivela; às vezes é do Senhor, mas às vezes é manivela. E por quê? Porque somos varas secas; mas diz: “E será que a vara do homem que eu estiver escolhido florescerá;...”; sem mim nada podeis fazer, diz o Senhor, mas Eu farei florescer, quer dizer, Eu lhe darei flores e frutos, mas ninguém pode dar flores, muito menos fruto por si só, pois, “... porque sem mim nada podeis fazer”. E será que a vara do homem que eu estiver escolhido florescerá; assim farei cessar as murmurações dos filhos de Israel contra mim, com que murmuram contra vós”. Eles estão dizendo que vocês puseram-se a si mesmos, então ponha-se todos vocês, Arão também; Arão igualmente, pois também Arão é uma vara seca, todos são uma vara seca. Então que tem que se fazer com essa vara seca? Pô-la uma noite. Quando alguém não sabe o que fazer, está escuro; às vezes você está todo oprimido, que vamos fazer? Estão as varas secas na noite, esperando que Deus diga: Bem, fala, diz: Ponto. Aleluia. Às vezes é mais, às vezes é menos; o importante é que seja o Senhor quem faça entre nós e não nós que o fabriquemos. “E será que a vara do homem que eu estiver escolhido florescerá; assim farei cessar as murmurações dos filhos de Israel contra mim, com que murmuram contra vós”.
A autoridade dada por Deus
        Vamos nos deter um pouco para ilustrar esta passagem com Efésios 3 versículos 7, 8 e 9, mas especialmente o versículo 7; o 8 e o 9 somente para ver a flor e o fruto. Diz aqui: Do qual (se refere ao evangelho que vinha falando no verso 6) fui feito ministro, (note esse verbo, não diz: eu me fiz) pelo dom da graça de Deus ...”. “Eu fui feito ministro”, ou seja, diácono, que é o que diz o grego que aqui se traduz ministro. O original usa essa palavra servidor, diácono, porque às vezes nós usamos a palavra ministro assim como se fosse do governo, da defesa, alguma coisa do tipo atual, como os homens desta terra; mas o Senhor disse: Vós não reinareis assim como os gentios reinam sobre as nações. Aqui a palavra ministro, significa servidor, ou seja, o servente é o que serve para algo, os demais não servem, só o que serve, serve. Sim, o que se serve, não serve, é o que serve. Diz Paulo: Fui feito servidor do evangelho, diácono, ministro “pelo dom”. Porque sem mim nada podeis fazer; tem que ser Deus o que dá. Se Deus não te dá; o que você vai dar? Primeiro Deus tem que te dar para que depois tu possas dar o que Deus te dá; mas se Deus não nos dá, o que vamos dar? A coisa é como fui feito ministro, não como se fez, nem como fez o outro, ou que alguma organização lhe deu alguma credencial. Não sei qual seria a pessoa jurídica de São Pedro, não sei. Não era que não houvesse pessoa jurídica nessa época; estavam recém-saídas do forno, porque o imperador Júlio Cesar foi o que inventou a lei das doze tábuas, com o conceito de pessoa jurídica que vem do direito romano.
        Mas não é a pessoa jurídica, uma junta onde um é porta voz, outro é tesoureiro; aqui vamos nomear a fulano de fiscal, ao outro de secretário e ao outro de presidente, não, não é assim; não é essa a autoridade de Deus, essa é a autoridade humana. Pode haver uma autoridade que provém da democracia, onde governa o demos, ou seja, o povo; mas aqui estamos falando da teocracia ou da autoridade que provém de Deus, que não provém do que nós votamos. Bem, vamos fazer o irmão Gino pastor; então, me fizeram vocês, e também como me podem fazer, me podem desfazer; e hoje em dia se fazem, e se desfazem pastores, ministros, diáconos, apóstolos, presidentes, secretários; se fazem e desfazem. Isso é o que faz o homem, é a obra do homem, não é a obra de Deus. A obra de Deus é a que faz Deus, onde Deus atua, como diz Paulo: o que atuou em Pedro para com os judeus atuou também em mim; não diz: eu sozinho; é terrível alguém atuar sozinho, terrível não contar com a ajuda do Senhor, com o respaldo do Senhor, com a unção do Senhor, é terrível, parecemos papagaios. Diz Paulo: “Porque aquele que operou eficazmente em Pedro para apostolado da circuncisão, esse operou também em mim com eficácia para com os gentios,” (Gálatas 2:8). Por isso ele fala da supereminente grandeza de seu poder que atua para conosco. [4]
        O atuar de Deus não é o atuar do homem; o atuar do homem produz coisas humanas; a obra divina é o atuar de Deus, o que Deus faz em ti. Talvez amanhecestes com um cântico, você não o inventou, te despertaste e já este cântico estava em seu coração; isso é algo que floresceu de Deus, não foi você. Às vezes não sabes por que está tão alegre; às vezes estás cansado, mas não sabes de onde tem força apesar do cansaço; essa é a obra de Deus, esse não é você, esse é Deus em ti. Claro que através de ti, claro que contigo, mas não você sozinho, nem Ele só; é Ele em ti e tu nEle. Quem foi o que produziu flores e amêndoas? A vara de Arão, mas quem as fez produzir? Só Deus. Por isso quando João e outros dos apóstolos queriam atuar ao estilo pessoal, e disseram: Senhor, aquele homem que está expulsando demônios em teu nome não anda conosco e lhe proibimos; essa é a autoridade de João e Tiago, mas o Senhor não lhes deu essa autoridade. Não, não lhe proibais. O Senhor lhes proibiu de proibir; não o proibais, porque não há quem faça milagre em meu nome que possa depois falar mal de mim.[5] Quer dizer, se está fazendo isso é porque Deus lhe deu. Então aqui a palavra em Efésios é: fui feito, o dom, o dar, o atuar de Deus, o que Deus faz em ti, o que Deus te inspira e que te capacita e a competência vem do Senhor, e és confirmado pelo fluir interior do Espírito que te vai conduzir. Às vezes, quando o Espírito está terminando, Ele vai se contraindo; às vezes você não quer falar, mas tem que falar; às vezes fala quando não deve, mas às vezes não fala quando deve; e Jeremias disse: não vou falar, todavia começou a florescer e lhe saíram as amêndoas pela boca e teve que profetizar, porque foi o atuar de Deus.
        Seguimos em Efésios 3:7: “Do qual fui feito ministro, (do evangelho) pelo dom da graça de Deus ...”. É dom; fixem-se na palavra dom e fixem-se na palavra graça. Por isso é que Moisés dizia: Quem é Arão para que pelejes contra ele? Arão não é nada, estais pelejando contra Deus; porque se Deus pôs Arão para fazer alguma coisa, foi Deus que o pôs a fazer; e claro que Moisés nem sequer se mencionou, mas era também contra Moisés, mas ele não mencionou Moisés, mas ao princípio não queria ir ao mandato de Deus. Moisés havia fugido do Egito a viver a sua vida, mas Deus lhe disse: Tu vais; não Senhor, manda outro. Não, tu vais. Foi Deus o que atuou em Moisés e Moisés não queria ir. Que problema haveria sido se Deus não houvesse ajudado; ele não haveria podido enfrentar os problemas não é verdade? “Do qual fui feito ministro, pelo dom da graça de Deus,...”. Dom e graça. Deus mesmo faz ministros. Por isso é importante o que Paulo diz em Gálatas 1:1: “Paulo, apóstolo (não da parte dos homens, nem por homem algum, mas por Jesus Cristo, e por Deus pai, que o ressuscitou dentre os mortos)”. Isso é o que produz pessoas a servir a Deus na terra, não baseados em alguma pessoa jurídica ou em alguma coisa humana. Isso de estar trabalhando em religião, não é coisa humana; é porque Deus move os cristãos.
O atuar do homem sem Deus é ilegítimo
        Vocês creem que se não fosse o Espírito de Deus não estaríamos aqui falando de Deus, procurando seguir a Deus? Estaríamos em nossos negócios, cada um nas suas coisas, buscando seu proveito temporal. Ninguém estaria buscando a Deus, se não fosse por Deus mesmo, se não fosse porque Deus nos atraiu, se meteu em nossa vida, nos foi atraindo, nos foi convencendo, nos foi colocando, nos foi enviando; não estaríamos nisto; estaríamos nas coisas do mundo. O mundo ouve o que é seu, mas a vós não os quer, porque não sois do mundo, porque tens algo que veio do céu, tem o testemunho de Deus em seu interior. Não podemos dar testemunho, sem receber o testemunho de Deus. Por isso Paulo dizia ali: “... apóstolo (não da parte de homens,...)”  e logo no capítulo 2, verso 8, aparece essa frase: “porque aquele que operou eficazmente em Pedro para o apostolado...”; quer dizer, ninguém houvera ido ocupar-se dos judeus se o Senhor não atuava; por isso alguns diziam: Paulo não é apóstolo, e Paulo dizia: “Se não sou apóstolo para os outros, ao menos o sou para vós; porque vós sois o selo do meu apostolado no Senhor”. (1 Coríntios 9:2) Se o Senhor não houvesse atuado em mim, se o Senhor não Houvesse enviado, não haveria igreja em Corinto, ninguém os havia evangelizado, cada um estaria em seu paganismo e estaria perdido; mas foi Deus quem atuou em Paulo, por isso havia igreja em Corinto e por isso o fruto do que fez Paulo era o sinal de que Paulo havia sido enviado por Deus.
        Se uma pessoa diz: O Senhor me enviou, mas onde está seu fruto, que essa pessoa tem produzido para Deus? Não tem produzido nada para Deus; pode haver produzido para si mesmo algum negócio, mas não algo para Deus, onde Deus possa dizer: isto é meu,  isto é realmente meu, e eu o recebo e eu posso contar com isto. Mas Paulo podia dizer isso: para outros não sou apóstolo, mas para vós certamente o sou, porque o selo de meu apostolado sois vós. Um selo é um reconhecimento de Deus. Qual é esse selo? Não é o que reclamo, não é o que eu digo: olhem, querem que lhe mostre minhas credenciais? Eu sou super reverendíssimo, mas super dos mais reverendíssimos de todos. Vocês tem visto como são os nomes chamativos dos altos níveis. Na vez passada estávamos lendo os diferentes níveis da ordem de Malta, onde quase se demora um parágrafo para ler um só grau: Super cavalheiro não sei das quantas, e eu não sei das tantas. Me dá crise de riso ler isso, dá crise de riso a nossa vaidade, a vaidade humana: todos cheios de medalhas, fazendo-nos os grandes e por dentro todos secos e mortos, que não damos vida a ninguém, por isso sim, medalhas, mantos, mitras, coisas, temos montões, o que faz o homem. O que o homem pode fazer é medalhas, mantos, mitras, púlpitos, vitrais, tronos, isso pode fazer o homem; o que não pode fazer é dar vida aos mortos, isso só Deus pode fazer.
        Só Deus pode dar vida aos mortos. Só Deus pode criar; então por isso Paulo podia dizer isso; não foi algo que a Paulo lhe ocorreu, foi Deus que atuou em Paulo, foi Deus que lhe disse: Olha Paulo não te desanimes; porque o que estava Paulo, era desanimado; se fosse só por Paulo estaria outra vez fazendo tendas, mas o Senhor lhe disse: Paulo, não temas, mas fala, e não te cales; porque eu sou contigo... pois tenho muito povo nessa cidade... tem ânimo; há muito trabalho que fazer e estou fazendo Eu, mas contigo; não é você sozinho, Paulo; por isso te digo: tem ânimo, Eu te dou o ânimo e Eu te envio, e depois o fruto do trabalho era o selo do apostolado dele, Deus o havia enviado.[6] essa é a coisa, muitas pessoas podem reclamar, mas não olhe a reclamação, olha o fruto, o fruto é o que fala da árvore, uma árvore pode dizer; não, eu sou uma árvore de mel de abelhas, mas é puro caramelo. Vocês estão me entendendo, irmãos? É puro caramelo, não é mel legítimo. Disso se trata, irmãos por isso diz em Gálatas 2:8: “Porque aquele que operou eficazmente em Pedro para apostolado da circuncisão, esse operou em mim com eficácia para os gentios”. É o atuar de Deus.
        Voltemos agora a Efésios 3:7: “Do qual fui feito ministro, (do evangelho) pelo dom da graça de Deus, que me foi dado (volta e repete; dom e dado) segundo a operação do seu poder”. Quando o poder do Senhor opera em ti, essa é a maneira como tu é feito por Deus servidor; quando a graça de Deus opera em ti, o poder de Deus opera em ti, essa é a maneira como Deus te faz servidor. Não é que ali o irmão Gino disse: Venha, irmão, a você vamos constituir secretário ou diácono; mas não faz nada para Deus. Em contra partida aquele outro, a quem ninguém olhava; contudo esse faz algo para Deus; não é o que os homens fazem. Diz aqui em Efésios 4:11: “E ele mesmo deu (observe a palavra “deu”, em grego é edokem “ἒδωкεν”, deu, porque diz deu dons, são presentes de Deus) uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores,”. Quem os constituiu, Ele mesmo. (pelo dom da graça) Se Ele não constitui um profeta como vai profetizar Isaías se Deus não lhe fala nada? Como vai profetizar Miquéias se Deus não lhe fala nada? Como vai evangelizar se Deus não o move? Ele constituiu apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres. (pelo dom da graça) Quem? Ele mesmo; não de homens, nem por homem. “Do qual fui feito ministro, pelo dom da graça de Deus, que me foi dado segundo a operação do seu poder”. Qual é o dom que tu tens recebido? O dom que tu tens recebido é o que opera o poder de Deus em ti; então podes florescer e podes frutificar, porque separados do Senhor somos como um ramo que se seca; se em Mim não permanecer se secará; como a vara seca que estamos lendo aqui não pode florescer.
Deus resiste aos soberbos
        Efésios 3:8: “A mim, o mínimo de todos os santos, que me foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo,”. Antes era uma vara seca; mas olhem o curioso, Deus dá graça aos humildes e resiste aos soberbos. Se eu quero por mim mesmo, Deus me resiste. Ai, irmãos, se eu lhes contar quando eu vou tratar certos temas, como às vezes, no espírito sinto como uma rédea do Senhor que me tem como um cavalo: Gino, esta é uma coisa mui delicada, pode causar muito dano, podem te entender mal se não caminhas com prudência e com cuidado. Dentro sinto como o Espírito mantendo a um cavalo que vai em disparada. Sim, irmãos, há coisas que às vezes a tratamos mal, porque nós saímos do Espírito; é delicado. Deus resiste aos soberbos.
        Coré quis se pôr e foi resistido; Datã quis se pôr e foi resistido; sempre que nós queremos fazer, somos resistidos. Às vezes nos acontecem coisas e não nos damos conta que estamos sendo resistidos. Às vezes Balaão vai onde Deus não quer que vá e torce o pé, a mula empurrou o pé contra a pedra e o torceu e ele irou-se contra a mula, porque a mula via o anjo que se opunha, mas ele não via a Deus que se lhe opunha. Às vezes fazemos coisas por si mesmo e não percebemos que Deus está se opondo, que Deus nos diz: Só até aqui, Gino, só até aqui, Balaão, Levi, Coré, até aí, mas fazemos as coisas por si mesmo, queremos fabricá-las de forma artificial. Irmãos, tudo o que fabricamos de forma artificial nos cabe mantê-lo nós a nossa própria maneira. Às vezes nós inventamos um ministério, tiramos cartões de conselheiros e as repartimos para aconselhar a todo mundo, e às vezes não podemos nem com um diabinho, mas já imprimimos como mil cartões. Deus meu, que perigo! O que o Senhor te traz para fazer isso faça, o que Ele te dá, o que Ele faz em ti. “Do qual fui feito ministro, (diz Paulo) pelo dom da graça de Deus, que me foi dado segundo a operação do seu poder.”, do poder de Deus, Ele mesmo constituiu, Ele faz florescer a vara seca.
        Regressemos a Números 17:5: “E será que a vara do homem que eu tiver escolhido florescerá; assim farei cessar as murmurações dos filhos de Israel contra mim, com que murmuram conta vós”. Quanta gente havia em Corinto falando mal de Paulo. Haviam chegado falsos apóstolos que se disfarçavam como ministros de luz; todos falando mal de Paulo e os Coríntios felizes. Chegou uma nova revelação, outro Jesus, outro espírito, outro evangelho, e o toleravam e o aplaudiam e aqueles apóstolos até os esbofeteavam e eles diziam: ai, que autoridade tem estes irmãos, me esbofeteou; felizes porque os esbofetearam;[7] e Paulo diz: Mas eu não tive coragem para dar-lhes bofetadas; vocês julgam segundo as aparências, agora vão me perdoar um pouco a loucura; eles são apóstolos, eu um pouco mais. Mas não porque ele se fazia, senão o que Deus havia feito, e fazia com ele. Esse era o florescer de Deus, não era algo que ele houvera podido fazer, se fosse ele. Quando Nabucodonosor começou a bater no peito e disse: Ah! esta é a Babilônia que eu edifiquei, aí foi quando virou um burro e começou a comer erva durante sete anos; por exaltar-nos a nós mesmos. Deus tenha misericórdia de nós e estejamos perto dEle para que Ele possa atuar em nós e seja a obra de Deus e não a obra do homem, para que as pessoas sejam levadas a Deus e não ao bolso de alguém; porque há muitos que fazem mercadoria dos crentes simples, como Datã, Coré e Abirão. Então Deus tem que fazer a diferença e ensinar ao povo qual é a diferença.
        Então diz: Falou, pois, Moisés aos filhos de Israel; e todos os seus príncipes deram-lhe cada um uma vara, para cada príncipe uma vara, segundo as casas de seus pais, doze varas; e a vara de Arão estava entre as deles”. Todos estavam prontos; não éramos senão varas, todos somos varas secas. Arão era igual a eles. Que é Arão para que contra ele murmureis? Ele era um homem igual a eles. E Moisés pôs estas varas perante o SENHOR na tenda do testemunho”. Aí está Deus no meio da vida da igreja. Como era que Paulo reconhecia os anciãos? Paulo não chegava dizendo: Irmão, venha aqui está o contrato para uma sucursal da denominação e você vai ser o pastor, não. Paulo evangelizava e com o tempo, entre os mesmos santos, começavam alguns a servir a Deus, começavam alguns a serem postos pelo Espírito Santo. Não eram postos por Paulo. Paulo disse: O Espírito Santo nos tem posto por bispos.[8] Bispo não é um título, bispo é a capacidade de supervisionar, de discernir, de ver como manejar as coisas, que siga sendo Deus o Rei; não é um título para ter palácio Arcebispal, uma boa conta corrente, um bom modus vivendi e jogar xadrez pelas tardes e pelas noites cartas e às vezes um baseado ao ar, um vinho e pela manhã o rito necessário como para cumprir a liturgia das horas, não é isso. Ser bispo é outra coisa. Se não te importam as ovelhas como estás supervisionando-as? Se dão conta, irmãos? É Deus o que tem que fazer, pôr no coração das pessoas o serviço.
        “E Moisés pôs estas varas perante o SENHOR na tenda do testemunho”. Aí estão todas as varas no tabernáculo como estamos todos os crentes diante de Deus na igreja; mas Paulo como reconhecia aos que Deus havia posto como bispos? Diz aos Tessalonicenses: “E rogamos-vos, irmãos, que reconheçais os que trabalham entre vós e que presidem sobre vós no Senhor, e vos admoestam;” (1 Ts 5:12). Paulo não está falando de títulos; vamos manobrar aqui a tal secretário e como vai ser secretário por um ano, então durante esse ano vai ter autoridade; isso não é autoridade espiritual. Paulo está dizendo isto a igreja, “que reconheçais”, notem essa palavra.
        Qual era o problema que havia ali com Israel? Estão murmurando, estão brigando entre si. Ao fim quem são os que Deus tem posto? Porque aí dizem que é Moisés e Arão, mas aqui a maioria votamos por Abirão e por Datã; a maioria votou foi em Abirão, por Datã e por Coré. Se houvera sido por votos, todos estariam de volta no Egito. A Palavra diz que toda a congregação se ajuntou contra eles e votaram ao contrário; os que faziam as coisas de si mesmo e não em Deus, nem com Deus, senão de si mesmo, por si mesmo e para si mesmo. Deus diz: “E será que a vara do homem que eu estiver escolhido florescerá; assim farei calar as murmurações ... Que diz aqui? “E rogamos-vos, irmãos, que reconheçais os que trabalham entre vós e que presidem sobre vós no Senhor, e vos admoestam”. O que está trabalhando é o que tem florescido, é o que está dando fruto; o que está trabalhando é o que está dando fruto. Que quer dizer os que presidem? Significam os que vão adiante de vós, os dão exemplos, os animam. O Senhor quer que nós sirvamos de exemplo a outros, que caminhemos primeiro nós em obediência ao Senhor e muitos seguirão nossas pisadas, mas não seguindo a nós, senão ao Senhor; e primeiro o fazem dois, depois o fazem dez, depois o fazem cem, depois o fazem mil. Mas diz: “... os que trabalham entre vós no Senhor, e vos admoestam; ¹³E que os tenhais em grande estima e amor, por causa da sua obra. Tende paz entre vós”. Tem que dizer isso, porque às vezes não reconhecemos, rivalizamos e discutimos, e você por seu lado e eu por meu lado; se dão conta?
A vara de Arão reverdecida
        Voltemos a Números 17:8: “Sucedeu, pois, que no dia seguinte (ah! é que isso só se vê depois, porque o fruto não é quando se semeia, o fruto se vê depois) Moisés entrou na tenda do testemunho, e eis que a vara de Arão, pela casa de Levi, florescia; porque produzira flores e brotara renovos e dera amêndoas”. Antes era uma vara seca igual aos demais, era um homem com os mesmos problemas, defeitos, não era de outro planeta; era igual a você, igual a mim. De que se faziam as barras no tabernáculo? Da mesma madeira de acácia das tábuas, e não pensem que a acácia era uma árvore muito reta; não, é bem torcida. Fazer tábuas de madeira de acácia é bem difícil; só Deus pode fazer tábuas de madeira de acácia no sentido espiritual. “... a vara de Arão, pela casa de Levi, florescia; porque produzira flores e brotara renovos e dera amêndoas”. Essa é a vestidura da ressurreição.
        Como aconteceu a Josué; não Josué o general, senão o sumo sacerdote, filho de Josadaque, do tempo de Zorobabel e de Zacarias e de Ageu. Diz que estava vestido de roupas vis, e satanás estava aí acusando-o. Que podia fazer ele se estava debaixo da acusação de satanás? Vestido de roupas vis, ele por si só não podia fazer nada. Mas; “Mas o SENHOR disse a satanás: O SENHOR te repreenda, ó satanás, sim, o SENHOR, que escolheu Jerusalém, te repreenda; não é este um tição tirado do fogo?” (Zacarias 3:2). Um tição, é um carvãozinho aceso debaixo das cinzas. Está a cinza, parece que tudo está apagado, destruído, queimado. Como vai brotar de novo algo, onde houve tanto problema, escândalo, incêndio? Todo mundo diz: apaguemos e vamo-nos para o mundo outra vez; mas, aí debaixo da cinza havia um carvãozinho, e esse Josué era um carvão; então o Senhor começou a soprar o carvão e voltou a acender o fogo e se restaurou de novo a casa de Deus e o povo de Deus e a cidade de Deus e o reino de Deus. Por quê? Pelo que fez Deus. Deus soprou e disse: tirem-lhe essas vestiduras vis que tem e ponham-lhe as vestiduras de formosura. Assim se chamava as vestiduras sacerdotais.
        Olhem comigo Êxodo 28:2: “E farás vestes sagradas a Arão teu irmão, para glória e ornamento”. Shafar. Essas vestiduras sacerdotais é quando estamos no Espírito. Quando estamos no velho homem, estamos com as vestiduras vis; quando o Senhor nos tem limpado com Seu sangue e nos tem purificado pelo Espírito, estamos no novo homem com as vestiduras de gala. O velho homem são as vestiduras vis, o novo homem são as vestidura de gala. O velho homem é o que somos em Adão, no natural, somente o nosso; o novo homem é o que Cristo faz em ti e contigo; essas são as vestiduras de gala. Por isso diz: vestiduras sagradas para glória e ornamento; (formosura) essa é a verdadeira autoridade de Deus. Não é a que votamos aqui e tal irmão vai ser o secretário e agora tem a autoridade até a próxima votação, não é assim; é o que Deus atua e faz e reveste ou unge a pessoa. Me entendem, irmãos?
        Agora voltemos a Números 17:9: “Então Moisés tirou todas as varas de diante do SENHOR a todos os filhos de Israel; e eles o viram, e tomaram cada um a sua vara”. Quando foi isso? Ao dia seguinte, ou seja, que havia passado uma noite. Que coisa séria! Às vezes na noite quando as coisas são escuras, difíceis, é aí quando nos desanimamos; Só a vida de ressurreição faz florescer de noite a vara, Só a vida de ressurreição, Só a graça e a operação do poder de Cristo, ou se não tudo segue de noite. As outras varas ao passar a noite continuaram tão secas como estavam antes, mas a vara de Arão, que era tão seca como a de todos, Deus por Sua graça, soberania e misericórdia, a fez florescer. Foi coisa de Deus, não foi coisa de Arão; Arão por mais que sopre não vai tirar nada; ninguém sopra para nada, tudo tem que ser Deus. A obra de Deus só a faz Deus; então Deus quis como que florescera Paulo, que florescera Arão, foi Deus. “... e eles o viram, e tomaram cada um a sua vara.”, quer dizer, cada um tem que aceitar o que é; quer dizer, não pense de si mesmo mais do que convém pensar; pense de si com moderação, juízo. Não pretenda atuar como Uzias, não pretenda atuar como Nadabe, não pretenda atuar como Abiu, com Coré, como Datã, como Abirão, como Om. Cada um tome sua vara, o que Deus faz em ti, essa é a autoridade que Ele te dá, o que Ele faz através de ti, que você sabe que não podias, que estavas cansado, que se Ele não te houvera ajudado, não te houvera rejuvenescido; não haveria feito nada. Aí é quando você se dá conta que foi Deus, porque você conheces a ti mesmo; quando estais cansado, esgotado, que não dá para nada, mas Deus te colocou em algo e tens que evangelizar a essa pessoa, você não sabe como fazer. Dizes; Senhor Jesus, ajuda-me; e quando o Senhor Jesus socorre é quando o ramo, a vara fixa-se; o ramo que permanecer em mim dará fruto. Permanecer nEle não é ser forte, é ser débil, é dizer: Senhor, sou débil, tem piedade de mim; Senhor, ajuda-me, isto é demasiado para mim, não posso suportar essa responsabilidade se Tu não me ajudas. Te põe onde menos imaginavas; de repente te refresca que parece que é outro, e é que realmente é outro, não é você, é o Senhor em ti. Senhor, obrigado, porque eu não conseguiria fazer isto, foste Tu, e dá ao Senhor a devida honra, porque foi o Senhor que atuou em ti. “... e eles o viram,...”, porque isso se vê, e sabem que disse Deus? Aqui não o disse, mas em Hebreus o diz.
O testemunho de Deus
        Vamos ilustrar essa expressão “o viram”. Vamos a Hebreus 9:3-4: “³Mas depois do segundo véu estava o tabernáculo que se chama o santo dos santos,”. Isso corresponde à parte mais interior da casa de Deus. Nós somos o povo de Deus e nós como a casa de Deus; somos tripartidos. A casa de Deus tinha o lugar Santíssimo, lugar Santo e Átrio; nós temos espírito, alma e corpo, e no espírito temos consciência. Quando algo é de Deus, nossa consciência sabe, há vida e há paz, há liberdade e há testemunho dentro da pessoa; a pessoa tem um testemunho interior, esse é o lugar Santíssimo, a parte mais íntima da casa. Que tinha (o santo dos santos) o incensário de ouro, e a arca da aliança ...”, isso é a intercessão que fazia passar o sacerdote do Santo ao Santíssimo, porque no Santo era onde estava o altar do incenso, mas ele começava a fazer suas operações no Lugar Santo, preparar o incenso para Deus e logo estava no Santíssimo. Às vezes estamos na alma, estamos no ego, estamos no eu, mas começamos a orar e passamos do Santo ao Santíssimo com o incensário; começamos no Santo, mas por fim entramos no Santíssimo. Às vezes nós ficamos no Átrio e há reuniões que são no Átrio, às vezes no Santo, às vezes no Santíssimo. Só Deus em Sua graça pode nos conduzir, e também ser humildes para que Ele nos dê graça. Que mais havia no lugar Santíssimo? ... e a arca da aliança, coberta de ouro toda em redor;...”. Isso significa Cristo no Santíssimo, a formação de Cristo em nosso interior, e que havia na arca, que há em Cristo quando Cristo está em teu interior, que coisas opera Cristo em teu interior, que há dentro da arca? ... que continha (a arca) o maná,...”. Se deram conta da oração de Cecilita? Senhor, tu és nosso maná escondido; quer dizer, quando você está comendo no interior. Quando é que está comendo? Quando percebe a nutrição espiritual, essa nutrição que percebes no seu interior, é porque está comendo o maná, porque o verdadeiro maná, o verdadeiro pão desce do céu, não é algo que nós fabricamos, é Cristo, Cristo é o verdadeiro maná. Então Cristo em uma urna de ouro significa Cristo glorificado morando na igreja pelo Espírito. Que mais havia na arca? “... e a vara de Arão, que tinha florescido ...”. Onde estava essa vara? Na arca e onde estava a arca? No Lugar Santíssimo. Por que Deus colocou essa vara no Lugar Santíssimo? Para que sirva de testemunho aos filhos de Deus. Por isso São Paulo dizia: Espero que seja manifesto às suas consciências; ele não estava tratando de enganar ninguém, nem de forçar ninguém; ele deixava que as consciências no Espírito Santo dessem testemunho, e o Senhor dá testemunho, o Senhor dá testemunho de teu irmão a ti; quando teu irmão está no Espírito tu tens o testemunho no interior. A arca também continha “... e as tábuas da aliança;”. As tábuas representando a função da consciência, a urna de ouro do maná representando a comunhão com Deus e a vara de Arão representando a intuição, o guiar, a direção de Deus, ou seja, a autoridade de Deus, a direção de Deus. Onde se colocava esse testemunho de Deus? No Lugar Santíssimo, ou seja, no espírito dos irmãos, na consciência dos irmãos.
        “... e eles o viram,...”. Se dão conta do que diz ali em Números 17? Por isso que Davi não ia reinar em Jerusalém. Deus havia ungido a Davi. Davi, tu vais reinar; mas Davi ficou em Hebrom sete anos e não foi a Jerusalém, e por que Davi não foi a Jerusalém? Porque todavia o povo não havia visto. Deus escolheu a Davi para que reinasse em Jerusalém, mas ele ficou sete anos em Hebrom até que o povo disse: Mas que fazes tu em Hebrom? Vem reinar sobre as tribos de Israel em Jerusalém, não vais ficar só em Judá, vem a Jerusalém. O povo tem que reconhecer. “E rogamos-vos, irmãos, que reconheçais...”. Esse reconhecimento não é por uma imposição exterior, não é por uma mente suja (porque eu não o chamo lavado, senão mente suja), mas por uma consciência no espírito. (Lugar Santíssimo) Não tem que enganar ninguém, não tem que impor nossa autoridade diante de ninguém; se a pessoa não tem nada que ouvir-te, não lhe fales nada. Ainda o Senhor Jesus quando não lhe creram, não fez milagres e ponto. Ninguém vai impor as coisas; se a pessoa não tem testemunho em seu espírito, (Lugar Santíssimo) para que vamos nós fazer coisas desnecessárias?
        Números 17:10: “Então o SENHOR disse a Moisés:...” Se dão conta que quase sempre Jeová disse a Moisés? Mas note como começa o capítulo seguinte: (Nm 18:1) “Então disse o SENHOR a Arão:...”. Agora sim ele pode falar a Arão, mas até que Arão não houvesse sido reconhecido, Deus não podia atuar por Arão. “¹Então o SENHOR disse a Moisés: Torna a pôr a vara de Arão perante o testemunho, (aí foi quando se colocou na arca) para que se guarde por sinal para os filhos rebeldes; (quando somos rebeldes não vemos o sinal de Deus, não reconhecemos a outros, e Deus tem que fazer coisas com outros e baixamos nossa presunção) assim farás acabar as suas murmurações contra mim, e não morrerão”. Isto é, se não veem e seguem queixando-se, podem morrer. “¹¹E Moisés fez assim; como lhe ordenara o SENHOR, assim fez. ¹²Então falaram os filhos de Israel a Moisés, dizendo: Eis aqui, nós expiramos, (bem, agora sim se deram conta que eram varas secas, que se não é a graça de Deus não podemos fazer nada) perecemos, nós todos perecemos. ¹³Todo aquele que se aproximar do tabernáculo da SENHOR, morrerá; seremos pois todos consumidos?” Vemos, pois, que eles se sentiram um pouco mal, mas era para o bem. Às vezes Deus nos envergonha para curar-nos das rebeldias, das obstinações, da rivalidade. Bem, isto é o relativo a Ar Shafar, monte de Séfer. Relembrem-se do Salmo 16, que é um Salmo messiânico, que fala da ressurreição de Cristo, da beleza de Cristo, do Shafar de Cristo que é Deus nEle. Amém.


[1] Ensino à igreja na localidade de Teusaquillo, Bogotá, D. C., Colômbia, 13 de outubro de 2000.

[2] Referência a João 15:5

[3] João 4:14, 7:38

[4] Referência a Efésios 1:19
[5] Referência a Lucas 9:49-50

[6] Referência a Atos 18:9 e 23:11
[7] Referência a 2 Coríntios 11:20
[8] Referência a Atos 20:28


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