Jornada 20
MONTE
DE SEFER [1]
“E
partiram de Queelata,e acamparam-se no Monte
de Séfer”.
Números 33:23
Níveis
de maturidade espiritual
Vamos abrir a Palavra do Senhor no livro de Números, capítulo
33, para continuar com a ajuda do Senhor na série do Livro das Jornadas.
Estamos seguindo uma por uma estas jornadas, e hoje chegamos à que corresponde
ao versículo 23. Números 33:23, nos diz aqui: “E partiram de Queelata, (ou Queelata como se diz no hebraico, como
vimos na vez passada) e acamparam-se no
monte de Séfer”; Ar Shafar em
hebraico, traduzido aqui para monte de Séfer.
Olhemos outra vez Deuteronômio 2 para confirmar que esta
jornada de hoje é uma das jornadas ao redor do monte de Seir, o que se chama
monte de Séfer. Seir é onde depois vai estar Edom; no mapa toda essa região é a
terra de Edom. Vocês veem esta parte que se levanta aqui, esta parte é a
Arábia, e então por aqui é o monte de Seir, eles estiveram dando voltas por
aqui durante bastante tempo nessa região do mapa.
Diz Deuteronômio 2: “¹Depois
viramo-nos, e caminhamos ao deserto, caminho do Mar Vermelho, como o SENHOR me
tinha dito, e muitos dias rodeamos o monte de Seir”. Este monte, como vocês
podem ver aqui no mapa, não é uma colina, é praticamente toda uma cadeia
montanhosa que tem vários montes. Depois vamos perceber que no monte de Seir
aparecem vários montes diferentes, um deles é o que se chama Ar Shafar, monte
de Séfer como se traduz aqui nesta versão Reina Valera 1960; é um dos montes de
Seir. Está também Mosera, o monte de Hor e outros montes, todos eles pertencem
ao monte de Seir; quer dizer, o monte de Seir quer dizer a cordilheira.
Aqui em Bogotá nós vemos por exemplo, esta parte da
cordilheira oriental, mas vemos Monserrate, Vemos Guadalupe, vemos a colina do
cabo e outras colinas que estão ali. Vamos nos dar conta que por muito tempo os
hebreus rodearam o monte de Seir que tem vários montes que formam parte de uma
cadeia montanhosa e tiveram ao redor do mesmo monte uma série de jornadas,
todas como ao redor do mesmo, mas avançando, claro, avançando e às vezes dando
voltas; contudo é um tema muito similar.
Eu queria antes que entremos diretamente na jornada de hoje,
que olhemos as jornadas em geral; ou seja, uma primeira série de jornadas
saindo desde Ramessés e vindo para o sul para a península de Sinai; ou seja,
baixando para o sudeste; depois houve uma porção de tempo no Sinai e começaram
a subir para noroeste e logo começaram a dar voltas aqui na terra de Edom,
contornando a terra de Edom, antes de entrar nos campos de Moabe e entrar em
Canaã. Então tem havido uma porção de jornadas descendo desde Ramessés para o
Sinai; logo uma porção de jornadas subindo desde o Sinai para Edom; logo uma
porção de jornadas ao redor de Edom, próximo a Edom, e logo outras jornadas que
vão para Moabe e logo, já entrando em Canaã.
Isso é tomando essas muitas jornadas por parte.
Queria que olhássemos na primeira epístola de João, somente
para que tenhamos uma ideia destas seções: lemos em 1 João 2:12 e seguintes.
João o apóstolo diz assim pelo Espírito: “¹²Filhinhos,
escrevo-vos, porque pelo seu nome vos são perdoados os pecados. ¹³Pais,
escrevo-vos, porque conhecestes aquele que é desde o princípio. Jovens,
escrevo-vos, porque vencestes o maligno. Eu vos escrevi, filhos, porque
conhecestes o Pai. ¹⁴Eu
vos escrevi, pais, porque já conhecestes aquele que é desde o princípio. Eu vos
escrevi, jovens, porque sois fortes, e a palavra de Deus está em vós, e já
vencestes o maligno”.
Antes
de abrir em Números, observemos que aqui o apóstolo João nos menciona níveis de
maturidade espiritual entre os irmãos. Ele fala de filhinhos, ele fala de pais,
mas entre os filhinhos e os pais estão os jovens; então os filhinhos são
aqueles que apenas estão começando a vida cristã; e as primeiras jornadas,
podemos dizer que desde Ramessés a Elim, são jornadas descendo para o sudeste,
para o monte Sinai ou Horebe; são jornadas que correspondem ao nível de
filhinhos; então quando estudamos essas primeiras jornadas de Ramessés, Sucote,
Etã, Pi-Hairote, Mara, Elim, foram esses os primeiros passos na vida cristã que
correspondem ao nível de filhinhos. Mas logo os filhinhos já deixam de ser
filhinhos e começam a ser jovens, adolescentes, e querem já atuar de uma
maneira mais independente e amadurecer. Essas são as jornadas daí em diante,
desde Yam Sof o que se chama de Mar Vermelho ou Mar de Juncos, continuando até
a jornada que vimos na vez passada, ou seja, Queelata; é o começo da outra.
Antes de Queelata vimos Rissa; ou seja, desde Ramessés até
Elim mais ou menos são as jornadas iniciais, que correspondem ao níveis de
filhinhos; logo desde Yam Sof ou Mar Vermelho depois de Elim até Rissa mais ou
menos são as jornadas que correspondem aos jovens; a partir de Queelata e dando
voltas ao redor do monte de Seir com todos os montes que há ali, são as
jornadas que tratam o relativo aos pais, ou o relativo a liderança; ou seja que
em todas estas voltas que vamos ver
Israel dar ao redor do monte de Seir, vamos ver como se relaciona quase
tudo com a liderança. Primeiro eram questões de filhinhos, de crer, de caminhar
com o Senhor, de batizar-se e todas essas coisas; todas essas primeiras
jornadas; depois começam as jornadas já de jovens e depois as dos pais. Se
chamam pais os que tem filhos, ou seja, os que espiritualmente exercem alguma
liderança; então as lições que se tem que aprender acerca da liderança começam
desde Queelata, que na vez passada vimos, e vamos ver uma série de lições ao
redor do que corresponde a pais, ou seja, liderança.
Queria dizer isto para que vejamos como essas jornadas tem
suas sinalizações aos distintos níveis espirituais. Vamos agora ver o relativo
ao monte de Séfer, o que em hebreu é Ar Shafar. Isso corresponde ao capítulo 17
de Números. A experiência que se aprendeu nesse lugar, e o que deu o nome ao
lugar, é a experiência do que se aprendeu aqui, que está registrada em Números
17.
A
Verdadeira beleza
Para evitar confusão
para os irmãos que tem alguma noção do hebraico, permita-me escrever aqui no
quadro duas letras, porque tem palavras Séfer e Shefer ou Shafar que são
diferentes e alguém ao ler Séfer, sem conhecer o que diz no hebraico Ar Shafar
(e por isso muito a propósito o disse Ar Shafar), e para entender o significado
da palavra, existe a palavra Séfer com S com a letra sámech que é a letra S,
logo vem a letra P e logo a letra R; ou seja o S se lê em hebraico da esquerda
para a direita, então quando a palavra é com a letra sámech, ou seja esta letra
aqui é a letra S, esta é a letra P; se tem um pontinho é o P, se não tem o
pontinho é o F, e esta é a letra R, então aqui diz assim: Séfer com S. Mas
quando a palavra se escreve com a letra shin, que é esta letra que parece como
um W e se põe um pontinho aqui a direita e também outra vez a letra P e também
a letra R, agora se lê: Shefer ou Shafar; se tem pontinhos assim é a letra E,
se tem uma listrinha ou uma espécie de T é o A; então a palavra Shafar se
escreve com a letra Shin; esta letra é shin, então não é Séfer com a letra
sámech, senão Shefer com a letra shin, porque Séfer com a letra sámech que é
esta significa livro, mas quando se escreve com a letra shin, não significa
livro; tem outro significado que é o que corresponde exatamente com o que vamos
ver hoje. De modo que não é monte de Séfer com sámech, senão monte de Shafar
com Shin.
Se vocês observarem o Salmo 119, verão que está divido em
estrofes e cada estrofe corresponde a uma letra hebraica. Vocês vão encontrar
entre essas letras, dentro das primeiras, uma que é sámech, o que para nós é o
“s” simples, e vão encontrar na penúltima uma que se diz shin, que é com “sh”
quando tem o ponto para a direita; quando tem o ponto para a esquerda soa
parecido com sámech. A palavra que aqui se traduz Séfer, não é com o S, não é
sefer de livro, mas com a letra shin e se pronuncia Shafar, de onde vem a
palavra espanhola zafira, de onde vem a palavra formosura, a palavra beleza, a
palavra que tem a ver com algo belo, precioso; se usa a palavra Shafar.
Vamos ler os outros versículos onde aparece essa palavra
Shafar, que se traduz aqui por Séfer, mas não é sefer de livro com sámech,
senão Shafar com shin. Para o significado da palavra, vamos ver outros
versículos onde essa mesma palavra é utilizada no hebraico. Aqui em Números 33
não se traduziu, simplesmente como era um nome próprio Ar Shafar, o traduziram
monte Séfer, mas a palavra Sefer não foi traduzida, foi simplesmente utilizada
como nome próprio. Em Gênesis 49 onde aparecem as profecias de Jacó, Jacó
profetiza a Naftali utilizando a palavra Shafar. Quando alguém toma um léxico
hebraico para buscar o sentido da palavra, onde diz: “²¹Naftali é uma gazela solta; ele dá palavras formosas.” Essa
palavra que aqui se traduz formosas, é Shafar. Se é formoso em singular é
Shafar; se é no plural é Shafari ou Shafarim; ou seja, tem diferentes
terminações. Aqui é plural, mas a raiz é Shafar, palavras formosas; a palavra
que se utiliza em formosos, é exatamente a mesma palavra que vocês encontram
traduzida em Números 33:23 como Séfer.
A outra passagem que está imensamente relacionada com o que
estamos estudando é o Salmo 16. O Salmo 16 é um Salmo messiânico que fala da
ressurreição de Cristo, a qual é a verdadeira formosura. O Salmo 16:6 diz: “As linhas caem-me em lugares deliciosos: sim, coube-me uma
formosa herança”. Agora, se você quer
saber à qual herança se refere aqui, olhe o verso 5: “⁵O SENHOR é a porção
da minha herança e do meu cálice; tu sustentas a minha sorte. ⁶As linhas caem-me em lugares deliciosos: sim, coube-me uma
formosa herança”. Qual é a herança? O
próprio Jeová é a herança. Aqui se refere à beleza de Deus, a formosura própria
de Deus. Se você logo vê todo o Salmo, vai se dar conta que se refere à
formosura de Cristo e da ressurreição de Cristo.
Para que vejamos que esse Salmo 16 é um salmo Messiânico e
para que vejamos o pano de fundo do que significa Ar Shafar ou monte de Séfer,
vamos ler então o Salmo 16, especialmente desde o verso 7. Acabamos de ler o
verso 6, onde aparece a frase “formosa herança” e essa herança é o próprio
Senhor. Aqui fala Davi, mas fala como profeta, e o novo testamento nos ensina
que era o Espírito de Cristo que falava em Davi. Diz assim: “⁷Louvarei
ao SENHOR que me aconselhou; até os meus rins me ensinam de noite. ⁸Tenho posto o SENHOR continuamente
diante de mim; (como quem diz tenho tomado a decisão de
viver na presença de meu Pai) por isso
que ele está à minha mão direita,
nunca vacilarei”. Quando o Senhor estava aqui na terra, o Pai estava à
destra, quando ascendeu o filho, está à destra do Pai. “⁹Portanto
está alegre o meu coração e se regozija a minha glória; também a minha carne
repousará segura. ¹⁰Pois
não deixará a minha alma no inferno, nem permitirás que o teu santo veja a
corrupção”. Essa é uma profecia acerca da ressurreição de
Cristo; foi precisamente este Salmo que o apóstolo Pedro citou no sermão no dia
de Pentecostes. “Por que Davi disse Dele,...”
e citou este Salmo, com a diferença que no Novo Testamento diz Hades (grego)
e aqui diz Sheol, (hebraico) porque Hades é grego, e Sheol é Hebraico. Como o
Novo testamento está em grego diz Hades; como o Salmo se escreveu em hebraico,
diz Sheol, todavia sheol e Hades são a mesma coisa. Como o Senhor foi às
partes mais baixas da terra, por isso diz: “Pois
não deixarás a minha alma no inferno, (traduzido aqui por inferno, sendo
que no original hebraico é Sheol, Antigo Testamento; e no original grego é
Hades, Novo Testamento) nem permitirás
que o teu santo veja corrupção”. A corrupção dizem que começa 72 horas depois da morte, e o Senhor ao
terceiro dia se levantou ressuscitado; então nos damos conta que este é um
Salmo messiânico, que fala da ressurreição de Cristo, e aqui é um Salmo onde
Cristo está falando que Deus mesmo é a porção de Cristo, ou seja que é Deus
mesmo revelando-se através de Cristo, e Cristo é a verdadeira formosura.
O
nível da liderança
Agora sim com este pano de fundo vamos ao capítulo 17 do
livro de Números; porque o capítulo 17 é o que corresponde à jornada posterior
a Queelata. Queelata é a do capítulo 16, mas o 17 diz: “Então”, ou seja, então, depois de Queelata. Já sabemos que saíram
de Queelata e foram ao monte de Séfer, ou seja, Ar Shafar. “¹Então falou o SENHOR à Moisés, dizendo:”. Notem que o tema é uma
continuação do que aconteceu em Queelata; em Queelata Deus fez um primeiro
tratamento; ou seja, o juízo sobre a soberba da presunção, porém o juízo na
soberba da presunção não é todavia o estabelecimento do legítimo. Então, ainda
que houve um juízo sobre a soberba da presunção em Queelata sobre Coré, Datã e
Abirão, aqui se continua tratando o mesmo assunto; todavia se está girando ao
redor do mesmo monte de Seir, não sai do assunto. Estas jornadas que continuam
pertencem ao níveis dos pais, ao nível da liderança; porque esse era o problema
que existia nesse momento, e vemos que aqui continua o tratamento do mesmo
assunto; mas agora passa-se a outro nível, a um nível mais avançado. Em
Queelata se julgou a presunção, assim como em Rimom-Perez se julgou a presunção
do povo, mas logo veio Libna e limpou e estabeleceu o que é puro; assim também
em Queelata se julgou a soberba da presunção, mas em Ar Shafar Deus estabelece
a legítima autoridade; a autoridade equivocada foi julgada na jornada anterior.
Nesta jornada vemos como Deus estabelece a verdadeira autoridade delegada por
Deus na terra. Isto é mui importante, porque a falsa autoridade se pode imitar,
mas não a verdadeira; a verdadeira Chama pode provir da ressurreição de Cristo.
Tudo o que não provem da ressurreição de Cristo, do atuar do próprio Deus, da
super eminente grandeza do poder de Deus, não é legítima autoridade; é
autoridade em presunção, a qual se julga.
A
legítima liderança
Então depois de Queelata,
diz o capítulo 17 de Números assim: “¹Então
falou o SENHOR a Moisés, dizendo: ²Fala aos filhos de Israel, e toma deles uma
vara para cada casa paterna de todos os seus príncipes, segundo a casa de seus
pais, doze varas; e escreverás o nome de cada um sobre a sua vara”. Note
que aqui está falando da liderança, por que o problema, a rivalidade surgiu por
assuntos de liderança; então Deus vai mostrar ao povo como distinguir a
verdadeira autoridade da falsa; porque o povo estava confundido. Eles
questionavam a autoridade de Arão, e Datã, Abirão e Coré se puseram eles mesmos
como autoridade, e o povo não sabe quem é quem; de maneira, pois, que Deus faz
duas coisas: a primeira coisa é julgar a presunção de uma autoridade falsa, e a
segunda coisa que Deus faz é estabelecer a autoridade verdadeira. Então nesta jornada,
que é uma continuação da anterior, Deus estabelece a autoridade verdadeira. “²Fala aos filhos de Israel, e toma deles
uma vara para cada casa paterna (observem essa palavra paterna) de todos os
seus príncipes, segundo as casas de seus pais, doze varas; escreverás o nome de
cada um sobre a sua vara.”; quer dizer, de cada um dos príncipes. O
príncipe de Ruben, seu nome se escreve em uma vara; o príncipe de Simeão, em
outra vara; o príncipe de Levi, que é Arão, em outra vara; o príncipe de Judá,
em outra vara; o príncipe de Issacar, etc, ou seja, os doze filhos de Jacó, as
doze tribos. “³Porém o nome de Arão
escreverás sobre a vara de Levi; porque cada cabeça da casa de seus pais terá
uma vara. ⁴E
as porás na tenda da congregação, perante o testemunho, onde eu virei a vós.”;
quer dizer, sob a influência da ação de Deus.
Estar no meio do tabernáculo é estar na igreja, que é a
verdadeira casa de Deus, é estar na presença de Deus no meio do povo do Senhor
e estar sob a influência de Deus, de Deus mesmo, sob o atuar de Deus. Esta
palavra, o atuar de Deus, é importantíssima, porque existe o atuar do homem. O atuar do homem, por nascer do homem cria uma
autoridade ilegítima; é o atuar de Deus pelo Espírito de Cristo ressurreto o
que manifesta a verdadeira beleza de Cristo, a qual é a verdadeira vestidura da
autoridade legítima no meio do povo de Deus. O que Cristo faz através
de ti, é o atuar de Deus através de ti, essa é a autoridade com a qual Ele te
veste, essa é a beleza que Ele te dá, o que Ele faz através de ti. Por exemplo,
viemos a reunião e estamos todos na reunião; às vezes um está calado e outro
fala; o que ora é aquele, ou
às vezes aquele; de repente se levanta uma profecia naquele, mas nenhum está dizendo: vou fazer isto para eu aparecer diante dos outros, não. É algo que a presença do testemunho de Deus, a luz de Deus vem e toca alguém e essa pessoa se move em fé por algo que Deus pôs nele; pode ser uma canção, pode ser uma oração, pode ser uma profecia, pode ser um ensino, pode ser alguma coisa que tem sua origem em Deus. O que tem sua origem em Deus, no mover do Espírito de Cristo ressuscitado no interior da pessoa, isso é a autoridade que Deus dá a pessoa. Não é uma coisa que nós dizemos: Bem; no primeiro ponto vamos fazer isto, no segundo ponto vamos fazer outra coisa, e fazemos nós um programa. Essas são coisas totalmente naturais que tem sua origem no meramente humano, e essa não é uma autoridade que provém de Deus, senão que é uma atividade do homem.
às vezes aquele; de repente se levanta uma profecia naquele, mas nenhum está dizendo: vou fazer isto para eu aparecer diante dos outros, não. É algo que a presença do testemunho de Deus, a luz de Deus vem e toca alguém e essa pessoa se move em fé por algo que Deus pôs nele; pode ser uma canção, pode ser uma oração, pode ser uma profecia, pode ser um ensino, pode ser alguma coisa que tem sua origem em Deus. O que tem sua origem em Deus, no mover do Espírito de Cristo ressuscitado no interior da pessoa, isso é a autoridade que Deus dá a pessoa. Não é uma coisa que nós dizemos: Bem; no primeiro ponto vamos fazer isto, no segundo ponto vamos fazer outra coisa, e fazemos nós um programa. Essas são coisas totalmente naturais que tem sua origem no meramente humano, e essa não é uma autoridade que provém de Deus, senão que é uma atividade do homem.
O que provém de Deus é o que o homem não pode fazer ou que
não se atreveria a fazer se Deus mesmo não o houvesse dado; então por isso diz:
“⁴E
as porás na tenda da congregação, perante o testemunho, onde eu virei a vós”.
Esta é uma palavra chave: onde Eu virei a vós. Até agora
temo-nos manifestado a nós mesmos, até agora temos nossas opiniões, temos
nossos planos; essa é a manifestação do nosso próprio eu, isso não é formoso.
Irmãos, quando nós nos manifestamos, os demais sofrem conosco; fica difícil aos
outros nos aguentar, porque nós não somos belos, somos desagradáveis, mas
quando Cristo faz algo através de ti, é tão belo, é tão formoso, é tão
diferente. Às vezes o mesmo cântico, a música não mudou, a letra não mudou, mas
por que o mesmo cântico as vezes soa diferente? A diferença é Cristo. Às vezes
se canta em Cristo, às vezes se canta sob a unção do Senhor, outras vezes
somente se canta; como ontem soou tão lindo, hoje vamos cantá-lo outra vez, mas
hoje o Espírito não dirigiu, hoje não veio da presença de Deus, hoje foi algo
que nós manipulamos, manobramos; há muita coisa religiosa manobrada pela mão do
homem que não tem sua origem no Espírito.
O
que é uma vara? Uma vara é um pedaço de ramo seco, é um ramo seco. Não disse o
Senhor Jesus que ele é a videira, e que nós somos as varas?[2] Mas que
diz ele? Todo ramo que em mim permanece dá muito fruto, mas o que em mim não
permanece se secará e não dará nenhum fruto; quer dizer, que ninguém pode dar
fruto por si só. O Senhor Jesus disse: “...
porque sem mim nada podeis fazer.”; ou seja, que tudo o que fazemos por nós
mesmos, sem Ele, isso é uma coisa nossa, mas não é uma coisa de Deus, não é uma
coisa em que Deus esteja. Pode estar calado, mas não está atuando, não é o
atuar de Deus ou o mover de Deus, é o nosso. Agora, que diz aqui? Há umas varas
secas, cada um dos príncipes do povo, cada um dos que exercem autoridade no
povo de Deus, por si só, sem Cristo, não é senão uma vara seca. Às vezes não
sabemos nem o que dizer, não sabemos nem orar; às vezes sabemos que deveríamos
testificar mas não temos força, não temos vontade, às vezes nem para orar, nem
para cantar, nem para testificar, nem para fazer algo de Deus. Por quê? Porque
estamos em nossa vida natural, e nossa vida natural é como uma vara seca;
somente quando a vara ou o ramo está na vide, então recebe a seiva da vide e aí
pode florescer e frutificar.
O atuar de Deus é uma fonte
Ninguém frutifica por si só; é somente o Senhor que faz
frutificar àqueles os quais Ele toca. Quando Ele se manifesta a ti, quando uma
revelação dEle te toca, nesse momento Ele te desperta. É como quando se prende
um piloto, não é uma coisa que possa suceder no natural, senão no espírito, no
íntimo do seu ser há um fluir. O Senhor Jesus disse: “.. .rios de água viva correrão do seu ventre. Porque a água que eu lhe
der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna”.[3] Esse
saltar é esse mover interior, essa é a fonte que salta e esse é o atuar de
Deus. Quando Deus te revela algo, quando Deus te impulsiona a algo, quando tu
fazes algo: profetizas, ensinas, ajudas a um irmão, movido por Deus, por um
salto da vida em seu interior, tu estás na fé conectado ao Senhor, e Ele te
move; até onde Ele se mova. Às vezes se move um pouco, isso não controla você;
às vezes é um grande mover que quase não aguentas, e às vezes quiseras que
fosse mais forte e que queiras agregar sua própria força, e talvez Ele quer que
fale baixinho, mas você pensa que falar com autoridade é falar duro e você
começas a acrescentar ao Espírito o grito, mas isso é algo da alma. O Espírito
dirá: mas por que está gritando tanto? Mas quando é do Espírito, seja baixo ou
seja alto, o importante é que seja Deus.
Então irmãos, cada um de nós e cada um destes príncipes aqui
em Números, somos uma vara seca. Uma vara seca é que em nossa natureza humana,
no natural, não temos nada para dar, a menos que sejam problemas; problemas sim,
temos muito para dar. Só o que nos vem do Senhor pela vida de ressurreição,
pelo atuar de Deus pelo espírito, essa é a legítima autoridade que Ele delega a
ti, o atuar de Deus em ti, esse saltar do Espírito em teu interior para fazer
algo em nome de Deus, com uma santa ousadia que Ele te dá. De repente o
Espírito te move e começa a evangelizar e evangelizas; aí estás tendo a
autoridade de Deus, mas há outras vezes em que não podes, estás como uma vara
seca, estamos no natural. Aqui o Senhor está nos ensinando qual é a legítima
autoridade no meio de Seu povo. Primeiro estamos no meio de Seu povo, se trazem
as varas. Onde? Porão as varas no meio do tabernáculo do testemunho; ou seja,
estão todos na igreja, na comunhão; estamos diante do testemunho de Deus, e
Deus começa a dar-nos testemunho; Seu Espírito movendo-se diretamente, ou
através da Bíblia, ou através do Corpo de Cristo; de alguns membros, receber de
Deus uma influência, um irradiar de Deus. Esse irradiar de Deus toca uma tecla
em cada um, segundo ele queira, porque ele é a cabeça. A cabeça no melhor quer
que fulano diga algo, ele o diz; às vezes ciclano; às vezes sem que o Senhor
toque a tecla nós damos todo um concerto, mas isso não foi o Senhor.
“⁵E será que a vara do homem que eu
estiver escolhido florescerá;...”. Ninguém pode fazer
florescer sua vara, ninguém pode ungir a si mesmo; tu podes fazer exercício e
por emoção e dar manivela às coisas: “Quem vive?” Mas é pura manivela; às vezes
é do Senhor, mas às vezes é manivela. E por quê? Porque somos varas secas; mas
diz: “E será que a vara do homem que eu
estiver escolhido florescerá;...”; sem mim nada podeis fazer, diz o Senhor,
mas Eu farei florescer, quer dizer, Eu lhe darei flores e frutos, mas ninguém
pode dar flores, muito menos fruto por si só, pois, “... porque sem mim nada podeis fazer”. “⁵E
será que a vara do homem que eu estiver escolhido florescerá; assim farei
cessar as murmurações dos filhos de Israel contra mim, com que murmuram contra
vós”.
Eles estão dizendo que vocês puseram-se a si mesmos, então ponha-se todos vocês,
Arão também; Arão igualmente, pois também Arão é uma vara seca, todos são uma
vara seca. Então que tem que se fazer com essa vara seca? Pô-la uma noite.
Quando alguém não sabe o que fazer, está escuro; às vezes você está todo
oprimido, que vamos fazer? Estão as varas secas na noite, esperando que Deus
diga: Bem, fala, diz: Ponto. Aleluia. Às vezes é mais, às vezes é menos; o
importante é que seja o Senhor quem faça entre nós e não nós que o fabriquemos.
“E será que a vara do homem que eu
estiver escolhido florescerá; assim farei cessar as murmurações dos filhos de
Israel contra mim, com que murmuram contra vós”.
A
autoridade dada por Deus
Vamos nos deter um pouco
para ilustrar esta passagem com Efésios 3 versículos 7, 8 e 9, mas
especialmente o versículo 7; o 8 e o 9 somente para ver a flor e o fruto. Diz
aqui: “⁷Do
qual
(se refere ao evangelho que vinha falando no verso 6) fui feito ministro, (note
esse verbo, não diz: eu me fiz) pelo dom
da graça de Deus ...”. “Eu fui feito ministro”, ou seja, diácono, que é o
que diz o grego que aqui se traduz ministro. O original usa essa palavra
servidor, diácono, porque às vezes nós usamos a palavra ministro assim como se
fosse do governo, da defesa, alguma coisa do tipo atual, como os homens desta
terra; mas o Senhor disse: Vós não reinareis assim como os gentios reinam sobre
as nações. Aqui a palavra ministro, significa servidor, ou seja, o servente é o
que serve para algo, os demais não servem, só o que serve, serve. Sim, o que se
serve, não serve, é o que serve. Diz Paulo: Fui feito servidor do evangelho,
diácono, ministro “pelo dom”. Porque
sem mim nada podeis fazer; tem que ser Deus o que dá. Se Deus não te dá; o que
você vai dar? Primeiro Deus tem que te dar para que depois tu possas dar o que
Deus te dá; mas se Deus não nos dá, o que vamos dar? A coisa é como fui feito
ministro, não como se fez, nem como fez o outro, ou que alguma organização lhe
deu alguma credencial. Não sei qual seria a pessoa jurídica de São Pedro, não
sei. Não era que não houvesse pessoa jurídica nessa época; estavam recém-saídas
do forno, porque o imperador Júlio Cesar foi o que inventou a lei das doze
tábuas, com o conceito de pessoa jurídica que vem do direito romano.
Mas não é a pessoa jurídica, uma junta onde um é porta voz,
outro é tesoureiro; aqui vamos nomear a fulano de fiscal, ao outro de
secretário e ao outro de presidente, não, não é assim; não é essa a autoridade
de Deus, essa é a autoridade humana. Pode haver uma autoridade que provém da
democracia, onde governa o demos, ou seja, o povo; mas aqui estamos falando da
teocracia ou da autoridade que provém de Deus, que não provém do que nós
votamos. Bem, vamos fazer o irmão Gino pastor; então, me fizeram vocês, e
também como me podem fazer, me podem desfazer; e hoje em dia se fazem, e se
desfazem pastores, ministros, diáconos, apóstolos, presidentes, secretários; se
fazem e desfazem. Isso é o que faz o homem, é a obra do homem, não é a obra de
Deus. A obra de Deus é a que faz Deus, onde Deus atua, como diz Paulo: o que
atuou em Pedro para com os judeus atuou também em mim; não diz: eu sozinho; é
terrível alguém atuar sozinho, terrível não contar com a ajuda do Senhor, com o
respaldo do Senhor, com a unção do Senhor, é terrível, parecemos papagaios. Diz
Paulo: “Porque aquele que operou
eficazmente em Pedro para apostolado da circuncisão, esse operou também em mim
com eficácia para com os gentios,” (Gálatas 2:8). Por isso ele fala da
supereminente grandeza de seu poder que atua para conosco. [4]
O atuar de Deus não é o atuar do homem; o atuar do homem
produz coisas humanas; a obra divina é o atuar de Deus, o que Deus faz em ti. Talvez
amanhecestes com um cântico, você não o inventou, te despertaste e já este
cântico estava em seu coração; isso é algo que floresceu de Deus, não foi você.
Às vezes não sabes por que está tão alegre; às vezes estás cansado, mas não
sabes de onde tem força apesar do cansaço; essa é a obra de Deus, esse não é
você, esse é Deus em ti. Claro que através de ti, claro que contigo, mas não
você sozinho, nem Ele só; é Ele em ti e tu nEle. Quem foi o que produziu flores
e amêndoas? A vara de Arão, mas quem as fez produzir? Só Deus. Por isso quando
João e outros dos apóstolos queriam atuar ao estilo pessoal, e disseram: Senhor,
aquele homem que está expulsando demônios em teu nome não anda conosco e lhe
proibimos; essa é a autoridade de João e Tiago, mas o Senhor não lhes deu essa
autoridade. Não, não lhe proibais. O Senhor lhes proibiu de proibir; não o
proibais, porque não há quem faça milagre em meu nome que possa depois falar
mal de mim.[5]
Quer dizer, se está fazendo isso é porque Deus lhe deu. Então aqui a palavra em
Efésios é: fui feito, o dom, o dar, o atuar de Deus, o que Deus faz em ti, o
que Deus te inspira e que te capacita e a competência vem do Senhor, e és
confirmado pelo fluir interior do Espírito que te vai conduzir. Às vezes,
quando o Espírito está terminando, Ele vai se contraindo; às vezes você não
quer falar, mas tem que falar; às vezes fala quando não deve, mas às vezes não
fala quando deve; e Jeremias disse: não vou falar, todavia começou a florescer
e lhe saíram as amêndoas pela boca e teve que profetizar, porque foi o atuar de
Deus.
Seguimos em Efésios 3:7: “Do
qual fui feito ministro, (do evangelho) pelo
dom da graça de Deus ...”. É dom;
fixem-se na palavra dom e fixem-se na palavra graça. Por isso é que Moisés
dizia: Quem é Arão para que pelejes contra ele? Arão não é nada, estais
pelejando contra Deus; porque se Deus pôs Arão para fazer alguma coisa, foi
Deus que o pôs a fazer; e claro que Moisés nem sequer se mencionou, mas era
também contra Moisés, mas ele não mencionou Moisés, mas ao princípio não queria
ir ao mandato de Deus. Moisés havia fugido do Egito a viver a sua vida, mas Deus
lhe disse: Tu vais; não Senhor, manda outro. Não, tu vais. Foi Deus o que atuou
em Moisés e Moisés não queria ir. Que problema haveria sido se Deus não
houvesse ajudado; ele não haveria podido enfrentar os problemas não é verdade? “Do qual fui feito ministro, pelo dom da graça de Deus,...”. Dom e graça.
Deus mesmo faz ministros. Por isso é importante o que Paulo diz em Gálatas 1:1:
“Paulo, apóstolo (não da parte dos
homens, nem por homem algum, mas por Jesus Cristo, e por Deus pai, que o
ressuscitou dentre os mortos)”. Isso é o que produz pessoas a servir a Deus
na terra, não baseados em alguma pessoa jurídica ou em alguma coisa humana.
Isso de estar trabalhando em religião, não é coisa humana; é porque Deus move
os cristãos.
O
atuar do homem sem Deus é ilegítimo
Vocês creem que se não fosse o Espírito de Deus não
estaríamos aqui falando de Deus, procurando seguir a Deus? Estaríamos em nossos
negócios, cada um nas suas coisas, buscando seu proveito temporal. Ninguém
estaria buscando a Deus, se não fosse por Deus mesmo, se não fosse porque Deus
nos atraiu, se meteu em nossa vida, nos foi atraindo, nos foi convencendo, nos
foi colocando, nos foi enviando; não estaríamos nisto; estaríamos nas coisas do
mundo. O mundo ouve o que é seu, mas a vós não os quer, porque não sois do
mundo, porque tens algo que veio do céu, tem o testemunho de Deus em seu
interior. Não podemos dar testemunho, sem receber o testemunho de Deus. Por
isso Paulo dizia ali: “... apóstolo (não
da parte de homens,...)” e logo no
capítulo 2, verso 8, aparece essa frase: “porque
aquele que operou eficazmente em Pedro para o apostolado...”; quer dizer,
ninguém houvera ido ocupar-se dos judeus se o Senhor não atuava; por isso
alguns diziam: Paulo não é apóstolo, e Paulo dizia: “Se não sou apóstolo para os outros, ao menos o sou para vós; porque
vós sois o selo do meu apostolado no Senhor”. (1 Coríntios 9:2) Se o Senhor
não houvesse atuado em mim, se o Senhor não Houvesse enviado, não haveria
igreja em Corinto, ninguém os havia evangelizado, cada um estaria em seu
paganismo e estaria perdido; mas foi Deus quem atuou em Paulo, por isso havia
igreja em Corinto e por isso o fruto do que fez Paulo era o sinal de que Paulo
havia sido enviado por Deus.
Se uma pessoa diz: O Senhor me enviou, mas onde está seu
fruto, que essa pessoa tem produzido para Deus? Não tem produzido nada para
Deus; pode haver produzido para si mesmo algum negócio, mas não algo para Deus,
onde Deus possa dizer: isto é meu, isto
é realmente meu, e eu o recebo e eu posso contar com isto. Mas Paulo podia
dizer isso: para outros não sou apóstolo, mas para vós certamente o sou, porque
o selo de meu apostolado sois vós. Um selo é um reconhecimento de Deus. Qual é
esse selo? Não é o que reclamo, não é o que eu digo: olhem, querem que lhe
mostre minhas credenciais? Eu sou super reverendíssimo, mas super dos mais
reverendíssimos de todos. Vocês tem visto como são os nomes chamativos dos
altos níveis. Na vez passada estávamos lendo os diferentes níveis da ordem de
Malta, onde quase se demora um parágrafo para ler um só grau: Super cavalheiro
não sei das quantas, e eu não sei das tantas. Me dá crise de riso ler isso, dá
crise de riso a nossa vaidade, a vaidade humana: todos cheios de medalhas,
fazendo-nos os grandes e por dentro todos secos e mortos, que não damos vida a
ninguém, por isso sim, medalhas, mantos, mitras, coisas, temos montões, o que
faz o homem. O que o homem pode fazer é medalhas, mantos, mitras, púlpitos,
vitrais, tronos, isso pode fazer o homem; o que não pode fazer é dar vida aos
mortos, isso só Deus pode fazer.
Só Deus pode dar vida aos mortos. Só Deus pode criar; então
por isso Paulo podia dizer isso; não foi algo que a Paulo lhe ocorreu, foi Deus
que atuou em Paulo, foi Deus que lhe disse: Olha Paulo não te desanimes; porque
o que estava Paulo, era desanimado; se fosse só por Paulo estaria outra vez
fazendo tendas, mas o Senhor lhe disse: Paulo, não temas, mas fala, e não te
cales; porque eu sou contigo... pois tenho muito povo nessa cidade... tem
ânimo; há muito trabalho que fazer e estou fazendo Eu, mas contigo; não é você
sozinho, Paulo; por isso te digo: tem ânimo, Eu te dou o ânimo e Eu te envio, e
depois o fruto do trabalho era o selo do apostolado dele, Deus o havia enviado.[6] essa é a
coisa, muitas pessoas podem reclamar, mas não olhe a reclamação, olha o fruto,
o fruto é o que fala da árvore, uma árvore pode dizer; não, eu sou uma árvore
de mel de abelhas, mas é puro caramelo. Vocês estão me entendendo, irmãos? É
puro caramelo, não é mel legítimo. Disso se trata, irmãos por isso diz em
Gálatas 2:8: “Porque aquele que operou
eficazmente em Pedro para apostolado da circuncisão, esse operou em mim com
eficácia para os gentios”. É o atuar de Deus.
Voltemos agora a Efésios 3:7: “Do qual fui feito ministro, (do evangelho) pelo dom da graça de Deus, que me foi dado (volta e repete; dom e
dado) segundo a operação do seu poder”. Quando o poder do Senhor opera em ti, essa
é a maneira como tu é feito por Deus servidor; quando a graça de Deus opera em
ti, o poder de Deus opera em ti, essa é a maneira como Deus te faz servidor.
Não é que ali o irmão Gino disse: Venha, irmão, a você vamos constituir
secretário ou diácono; mas não faz nada para Deus. Em contra partida aquele
outro, a quem ninguém olhava; contudo esse faz algo para Deus; não é o que os
homens fazem. Diz aqui em Efésios 4:11: “E
ele mesmo deu (observe a palavra
“deu”, em grego é edokem “ἒδωкεν”, deu, porque diz deu dons, são presentes de
Deus) uns para apóstolos, e outros para
profetas, e outros para evangelistas,
e outros para pastores e doutores,”. Quem os constituiu, Ele mesmo. (pelo
dom da graça) Se Ele não constitui um profeta como vai profetizar
Isaías se Deus não lhe fala nada? Como vai profetizar Miquéias se Deus não lhe
fala nada? Como vai evangelizar se Deus não o move? Ele constituiu apóstolos,
profetas, evangelistas, pastores e mestres. (pelo dom da graça) Quem?
Ele mesmo; não de homens, nem por homem. “Do
qual fui feito ministro, pelo dom da graça de Deus, que me foi dado segundo a
operação do seu poder”. Qual é o dom que tu tens recebido? O dom que tu
tens recebido é o que opera o poder de Deus em ti; então podes florescer e
podes frutificar, porque separados do Senhor somos como um ramo que se seca; se
em Mim não permanecer se secará; como a vara seca que estamos lendo aqui não
pode florescer.
Deus
resiste aos soberbos
Efésios 3:8: “A mim, o mínimo de todos os santos, que me
foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as
riquezas incompreensíveis de Cristo,”. Antes era uma vara seca; mas olhem o
curioso, Deus dá graça aos humildes e resiste aos soberbos. Se eu quero por mim
mesmo, Deus me resiste. Ai, irmãos, se eu lhes contar quando eu vou tratar
certos temas, como às vezes, no espírito sinto como uma rédea do Senhor que me
tem como um cavalo: Gino, esta é uma coisa mui delicada, pode causar muito
dano, podem te entender mal se não caminhas com prudência e com cuidado. Dentro
sinto como o Espírito mantendo a um cavalo que vai em disparada. Sim, irmãos,
há coisas que às vezes a tratamos mal, porque nós saímos do Espírito; é
delicado. Deus resiste aos soberbos.
Coré quis se pôr e foi resistido; Datã quis se pôr e foi
resistido; sempre que nós queremos fazer, somos resistidos. Às vezes nos
acontecem coisas e não nos damos conta que estamos sendo resistidos. Às vezes
Balaão vai onde Deus não quer que vá e torce o pé, a mula empurrou o pé contra
a pedra e o torceu e ele irou-se contra a mula, porque a mula via o anjo que se
opunha, mas ele não via a Deus que se lhe opunha. Às vezes fazemos coisas por
si mesmo e não percebemos que Deus está se opondo, que Deus nos diz: Só até
aqui, Gino, só até aqui, Balaão, Levi, Coré, até aí, mas fazemos as coisas por
si mesmo, queremos fabricá-las de forma artificial. Irmãos, tudo o que
fabricamos de forma artificial nos cabe mantê-lo nós a nossa própria maneira. Às
vezes nós inventamos um ministério, tiramos cartões de conselheiros e as
repartimos para aconselhar a todo mundo, e às vezes não podemos nem com um
diabinho, mas já imprimimos como mil cartões. Deus meu, que perigo! O que o
Senhor te traz para fazer isso faça, o que Ele te dá, o que Ele faz em ti. “Do qual fui feito ministro, (diz Paulo)
pelo dom da graça de Deus, que me foi dado segundo a operação do seu poder.”,
do poder de Deus, Ele mesmo constituiu, Ele faz florescer a vara seca.
Regressemos a Números 17:5: “E será que a vara do homem que eu tiver escolhido florescerá; assim
farei cessar as murmurações dos filhos de Israel contra mim, com que murmuram
conta vós”. Quanta gente havia em Corinto falando mal de Paulo. Haviam
chegado falsos apóstolos que se disfarçavam como ministros de luz; todos
falando mal de Paulo e os Coríntios felizes. Chegou uma nova revelação, outro
Jesus, outro espírito, outro evangelho, e o toleravam e o aplaudiam e aqueles
apóstolos até os esbofeteavam e eles diziam: ai, que autoridade tem estes
irmãos, me esbofeteou; felizes porque os esbofetearam;[7] e Paulo
diz: Mas eu não tive coragem para dar-lhes bofetadas; vocês julgam segundo as
aparências, agora vão me perdoar um pouco a loucura; eles são apóstolos, eu um
pouco mais. Mas não porque ele se fazia, senão o que Deus havia feito, e fazia
com ele. Esse era o florescer de Deus, não era algo que ele houvera podido fazer,
se fosse ele. Quando Nabucodonosor começou a bater no peito e disse: Ah! esta é
a Babilônia que eu edifiquei, aí foi quando virou um burro e começou a comer
erva durante sete anos; por exaltar-nos a nós mesmos. Deus tenha misericórdia
de nós e estejamos perto dEle para que Ele possa atuar em nós e seja a obra de
Deus e não a obra do homem, para que as pessoas sejam levadas a Deus e não ao
bolso de alguém; porque há muitos que fazem mercadoria dos crentes simples,
como Datã, Coré e Abirão. Então Deus tem que fazer a diferença e ensinar ao
povo qual é a diferença.
Então diz: “⁶Falou, pois, Moisés aos filhos de
Israel; e todos os seus príncipes deram-lhe cada um uma vara, para cada
príncipe uma vara, segundo as casas de seus pais, doze varas; e a vara de Arão
estava entre as deles”. Todos estavam prontos; não éramos
senão varas, todos somos varas secas. Arão era igual a eles. Que é Arão para
que contra ele murmureis? Ele era um homem igual a eles. “⁷E
Moisés pôs estas varas perante o SENHOR na tenda do testemunho”.
Aí está Deus no meio da vida da igreja. Como era que Paulo reconhecia os
anciãos? Paulo não chegava dizendo: Irmão, venha aqui está o contrato para uma
sucursal da denominação e você vai ser o pastor, não. Paulo evangelizava e com
o tempo, entre os mesmos santos, começavam alguns a servir a Deus, começavam
alguns a serem postos pelo Espírito Santo. Não eram postos por Paulo. Paulo
disse: O Espírito Santo nos tem posto por bispos.[8] Bispo
não é um título, bispo é a capacidade de supervisionar, de discernir, de ver
como manejar as coisas, que siga sendo Deus o Rei; não é um título para ter
palácio Arcebispal, uma boa conta corrente, um bom modus vivendi e jogar xadrez pelas tardes e pelas noites cartas e às
vezes um baseado ao ar, um vinho e pela manhã o rito necessário como para
cumprir a liturgia das horas, não é isso. Ser bispo é outra coisa. Se não te
importam as ovelhas como estás supervisionando-as? Se dão conta, irmãos? É Deus
o que tem que fazer, pôr no coração das pessoas o serviço.
“E Moisés pôs estas
varas perante o SENHOR na tenda do testemunho”. Aí estão todas as varas no
tabernáculo como estamos todos os crentes diante de Deus na igreja; mas Paulo
como reconhecia aos que Deus havia posto como bispos? Diz aos Tessalonicenses: “E rogamos-vos, irmãos, que reconheçais os
que trabalham entre vós e que presidem sobre vós no Senhor, e vos admoestam;”
(1 Ts 5:12). Paulo não está falando de títulos; vamos manobrar aqui a tal
secretário e como vai ser secretário por um ano, então durante esse ano vai ter
autoridade; isso não é autoridade espiritual. Paulo está dizendo isto a igreja,
“que reconheçais”, notem essa
palavra.
Qual era o problema que havia ali com Israel? Estão
murmurando, estão brigando entre si. Ao fim quem são os que Deus tem posto?
Porque aí dizem que é Moisés e Arão, mas aqui a maioria votamos por Abirão e
por Datã; a maioria votou foi em Abirão, por Datã e por Coré. Se houvera sido
por votos, todos estariam de volta no Egito. A Palavra diz que toda a
congregação se ajuntou contra eles e votaram ao contrário; os que faziam as
coisas de si mesmo e não em Deus, nem com Deus, senão de si mesmo, por si mesmo
e para si mesmo. Deus diz: “E será que a
vara do homem que eu estiver escolhido florescerá; assim farei calar as
murmurações ... Que diz aqui? “E
rogamos-vos, irmãos, que reconheçais os que trabalham entre vós e que presidem
sobre vós no Senhor, e vos admoestam”. O que está trabalhando é o que tem
florescido, é o que está dando fruto; o que está trabalhando é o que está dando
fruto. Que quer dizer os que presidem? Significam os que vão adiante de vós, os
dão exemplos, os animam. O Senhor quer que nós sirvamos de exemplo a outros,
que caminhemos primeiro nós em obediência ao Senhor e muitos seguirão nossas
pisadas, mas não seguindo a nós, senão ao Senhor; e primeiro o fazem dois,
depois o fazem dez, depois o fazem cem, depois o fazem mil. Mas diz: “... os que trabalham entre vós no Senhor, e
vos admoestam; ¹³E que os tenhais em grande estima e amor, por causa da sua
obra. Tende paz entre vós”. Tem que dizer isso, porque às vezes não
reconhecemos, rivalizamos e discutimos, e você por seu lado e eu por meu lado;
se dão conta?
A
vara de Arão reverdecida
Voltemos a Números 17:8: “Sucedeu, pois, que no dia seguinte (ah!
é que isso só se vê depois, porque o fruto não é quando se semeia, o fruto se
vê depois) Moisés entrou na tenda do
testemunho, e eis que a vara de Arão, pela casa de Levi, florescia; porque
produzira flores e brotara renovos e dera amêndoas”. Antes era uma vara
seca igual aos demais, era um homem com os mesmos problemas, defeitos, não era
de outro planeta; era igual a você, igual a mim. De que se faziam as barras no
tabernáculo? Da mesma madeira de acácia das tábuas, e não pensem que a acácia
era uma árvore muito reta; não, é bem torcida. Fazer tábuas de madeira de
acácia é bem difícil; só Deus pode fazer tábuas de madeira de acácia no sentido
espiritual. “... a vara de Arão, pela
casa de Levi, florescia; porque produzira flores e brotara renovos e dera
amêndoas”. Essa é a vestidura da ressurreição.
Como aconteceu a Josué; não Josué o general, senão o sumo
sacerdote, filho de Josadaque, do tempo de Zorobabel e de Zacarias e de Ageu.
Diz que estava vestido de roupas vis, e satanás estava aí acusando-o. Que podia
fazer ele se estava debaixo da acusação de satanás? Vestido de roupas vis, ele
por si só não podia fazer nada. Mas; “Mas
o SENHOR disse a satanás: O SENHOR te repreenda, ó satanás, sim, o SENHOR, que
escolheu Jerusalém, te repreenda; não é este um tição tirado do fogo?”
(Zacarias 3:2). Um tição, é um carvãozinho aceso debaixo das cinzas. Está a
cinza, parece que tudo está apagado, destruído, queimado. Como vai brotar de
novo algo, onde houve tanto problema, escândalo, incêndio? Todo mundo diz: apaguemos
e vamo-nos para o mundo outra vez; mas, aí debaixo da cinza havia um
carvãozinho, e esse Josué era um carvão; então o Senhor começou a soprar o
carvão e voltou a acender o fogo e se restaurou de novo a casa de Deus e o povo
de Deus e a cidade de Deus e o reino de Deus. Por quê? Pelo que fez Deus. Deus
soprou e disse: tirem-lhe essas vestiduras vis que tem e ponham-lhe as
vestiduras de formosura. Assim se chamava as vestiduras sacerdotais.
Olhem comigo Êxodo 28:2: “E
farás vestes sagradas a Arão teu irmão, para glória e ornamento”. Shafar.
Essas vestiduras sacerdotais é quando estamos no Espírito. Quando estamos no
velho homem, estamos com as vestiduras vis; quando o Senhor nos tem limpado com
Seu sangue e nos tem purificado pelo Espírito, estamos no novo homem com as
vestiduras de gala. O velho homem são as vestiduras vis, o novo homem são as
vestidura de gala. O velho homem é o que somos em Adão, no natural, somente o
nosso; o novo homem é o que Cristo faz em ti e contigo; essas são as vestiduras
de gala. Por isso diz: vestiduras sagradas para glória e ornamento; (formosura)
essa é a verdadeira autoridade de Deus. Não é a que votamos aqui e tal irmão
vai ser o secretário e agora tem a autoridade até a próxima votação, não é
assim; é o que Deus atua e faz e reveste ou unge a pessoa. Me entendem, irmãos?
Agora voltemos a Números 17:9: “Então Moisés tirou todas as varas de diante do SENHOR a todos os
filhos de Israel; e eles o viram, e tomaram cada um a sua vara”. Quando foi
isso? Ao dia seguinte, ou seja, que havia passado uma noite. Que coisa séria! Às
vezes na noite quando as coisas são escuras, difíceis, é aí quando nos
desanimamos; Só a vida de ressurreição faz florescer de noite a vara, Só a vida
de ressurreição, Só a graça e a operação do poder de Cristo, ou se não tudo
segue de noite. As outras varas ao passar a noite continuaram tão secas como
estavam antes, mas a vara de Arão, que era tão seca como a de todos, Deus por
Sua graça, soberania e misericórdia, a fez florescer. Foi coisa de Deus, não foi
coisa de Arão; Arão por mais que sopre não vai tirar nada; ninguém sopra para
nada, tudo tem que ser Deus. A obra de Deus só a faz Deus; então Deus quis como
que florescera Paulo, que florescera Arão, foi Deus. “... e eles o viram, e tomaram cada um a sua vara.”, quer dizer,
cada um tem que aceitar o que é; quer dizer, não pense de si mesmo mais do que
convém pensar; pense de si com moderação, juízo. Não pretenda atuar como Uzias,
não pretenda atuar como Nadabe, não pretenda atuar como Abiu, com Coré, como
Datã, como Abirão, como Om. Cada um tome sua vara, o que Deus faz em ti, essa é
a autoridade que Ele te dá, o que Ele faz através de ti, que você sabe que não
podias, que estavas cansado, que se Ele não te houvera ajudado, não te houvera
rejuvenescido; não haveria feito nada. Aí é quando você se dá conta que foi
Deus, porque você conheces a ti mesmo; quando estais cansado, esgotado, que não
dá para nada, mas Deus te colocou em algo e tens que evangelizar a essa pessoa,
você não sabe como fazer. Dizes; Senhor Jesus, ajuda-me; e quando o Senhor
Jesus socorre é quando o ramo, a vara fixa-se; o ramo que permanecer em mim
dará fruto. Permanecer nEle não é ser forte, é ser débil, é dizer: Senhor, sou
débil, tem piedade de mim; Senhor, ajuda-me, isto é demasiado para mim, não
posso suportar essa responsabilidade se Tu não me ajudas. Te põe onde
menos imaginavas; de repente te refresca que parece que é outro, e é que
realmente é outro, não é você, é o Senhor em ti. Senhor, obrigado, porque eu
não conseguiria fazer isto, foste Tu, e dá ao Senhor a devida honra, porque foi
o Senhor que atuou em ti. “... e eles o
viram,...”, porque isso se vê, e sabem que disse Deus? Aqui não o disse,
mas em Hebreus o diz.
O
testemunho de Deus
Vamos ilustrar essa expressão “o viram”. Vamos a Hebreus 9:3-4: “³Mas depois do segundo véu estava o tabernáculo que se chama o santo
dos santos,”. Isso corresponde à parte mais interior da casa de Deus. Nós
somos o povo de Deus e nós como a casa de Deus; somos tripartidos. A casa de
Deus tinha o lugar Santíssimo, lugar Santo e Átrio; nós temos espírito, alma e
corpo, e no espírito temos consciência. Quando algo é de Deus, nossa
consciência sabe, há vida e há paz, há liberdade e há testemunho dentro da
pessoa; a pessoa tem um testemunho interior, esse é o lugar Santíssimo, a parte
mais íntima da casa. “⁴Que tinha
(o santo dos santos) o incensário de ouro, e a arca da aliança ...”, isso
é a intercessão que fazia passar o sacerdote do Santo ao Santíssimo, porque no
Santo era onde estava o altar do incenso, mas ele começava a fazer suas
operações no Lugar Santo, preparar o incenso para Deus e logo estava no
Santíssimo. Às vezes estamos na alma, estamos no ego, estamos no eu, mas
começamos a orar e passamos do Santo ao Santíssimo com o incensário; começamos
no Santo, mas por fim entramos no Santíssimo. Às vezes nós ficamos no Átrio e
há reuniões que são no Átrio, às vezes no Santo, às vezes no Santíssimo. Só
Deus em Sua graça pode nos conduzir, e também ser humildes para que Ele nos dê
graça. Que mais havia no lugar Santíssimo? “⁴... e a arca da aliança, coberta de
ouro toda em redor;...”. Isso significa Cristo no
Santíssimo, a formação de Cristo em nosso interior, e que havia na arca, que há
em Cristo quando Cristo está em teu interior, que coisas opera Cristo em teu
interior, que há dentro da arca? “⁴... que continha (a
arca) o maná,...”. Se deram conta da
oração de Cecilita? Senhor, tu és nosso maná escondido; quer dizer, quando você
está comendo no interior. Quando é que está comendo? Quando percebe a nutrição
espiritual, essa nutrição que percebes no seu interior, é porque está comendo o
maná, porque o verdadeiro maná, o verdadeiro pão desce do céu, não é algo que
nós fabricamos, é Cristo, Cristo é o verdadeiro maná. Então Cristo em uma urna
de ouro significa Cristo glorificado morando na igreja pelo Espírito. Que mais
havia na arca? “... e a vara de Arão, que
tinha florescido ...”. Onde estava essa vara? Na arca e onde estava a arca?
No Lugar Santíssimo. Por que Deus colocou essa vara no Lugar Santíssimo? Para
que sirva de testemunho aos filhos de Deus. Por isso São Paulo dizia: Espero
que seja manifesto às suas consciências; ele não estava tratando de enganar
ninguém, nem de forçar ninguém; ele deixava que as consciências no Espírito
Santo dessem testemunho, e o Senhor dá testemunho, o Senhor dá testemunho de
teu irmão a ti; quando teu irmão está no Espírito tu tens o testemunho no
interior. A arca também continha “... e
as tábuas da aliança;”. As tábuas representando a função da consciência, a
urna de ouro do maná representando a comunhão com Deus e a vara de Arão
representando a intuição, o guiar, a direção de Deus, ou seja, a autoridade de
Deus, a direção de Deus. Onde se colocava esse testemunho de Deus? No Lugar
Santíssimo, ou seja, no espírito dos irmãos, na consciência dos irmãos.
“... e eles o
viram,...”. Se dão conta do que diz ali em Números 17? Por isso que Davi
não ia reinar em Jerusalém. Deus havia ungido a Davi. Davi, tu vais reinar; mas
Davi ficou em Hebrom sete anos e não foi a Jerusalém, e por que Davi não foi a
Jerusalém? Porque todavia o povo não havia visto. Deus escolheu a Davi para que
reinasse em Jerusalém, mas ele ficou sete anos em Hebrom até que o povo disse:
Mas que fazes tu em Hebrom? Vem reinar sobre as tribos de Israel em Jerusalém,
não vais ficar só em Judá, vem a Jerusalém. O povo tem que reconhecer. “E rogamos-vos, irmãos, que reconheçais...”.
Esse reconhecimento não é por uma imposição exterior, não é por uma mente suja
(porque eu não o chamo lavado, senão mente suja), mas por uma consciência no
espírito. (Lugar Santíssimo) Não tem que enganar ninguém, não tem que impor
nossa autoridade diante de ninguém; se a pessoa não tem nada que ouvir-te, não
lhe fales nada. Ainda o Senhor Jesus quando não lhe creram, não fez milagres e
ponto. Ninguém vai impor as coisas; se a pessoa não tem testemunho em seu
espírito, (Lugar Santíssimo) para que vamos nós fazer coisas desnecessárias?
Números 17:10: “Então o
SENHOR disse a Moisés:...” Se dão conta que quase sempre Jeová disse a
Moisés? Mas note como começa o capítulo seguinte: (Nm 18:1) “Então disse o SENHOR a Arão:...”. Agora
sim ele pode falar a Arão, mas até que Arão não houvesse sido reconhecido, Deus
não podia atuar por Arão. “¹⁰Então o SENHOR disse a Moisés: Torna
a pôr a vara de Arão perante o testemunho, (aí foi quando se
colocou na arca) para que se guarde por
sinal para os filhos rebeldes; (quando somos rebeldes não vemos o sinal de
Deus, não reconhecemos a outros, e Deus tem que fazer coisas com outros e
baixamos nossa presunção) assim farás
acabar as suas murmurações contra mim, e não morrerão”. Isto é, se não veem
e seguem queixando-se, podem morrer. “¹¹E
Moisés fez assim; como lhe ordenara o SENHOR, assim fez. ¹²Então falaram os
filhos de Israel a Moisés, dizendo: Eis aqui, nós expiramos, (bem, agora
sim se deram conta que eram varas secas, que se não é a graça de Deus não
podemos fazer nada) perecemos, nós todos
perecemos. ¹³Todo aquele que se aproximar do tabernáculo da SENHOR, morrerá;
seremos pois todos consumidos?” Vemos, pois, que eles se sentiram um pouco
mal, mas era para o bem. Às vezes Deus nos envergonha para curar-nos das
rebeldias, das obstinações, da rivalidade. Bem, isto é o relativo a Ar Shafar,
monte de Séfer. Relembrem-se do Salmo 16, que é um Salmo messiânico, que fala
da ressurreição de Cristo, da beleza de Cristo, do Shafar de Cristo que é Deus
nEle. Amém.
[1]
Ensino
à igreja na localidade de Teusaquillo, Bogotá, D. C., Colômbia, 13 de outubro
de 2000.
[2]
Referência a João 15:5
[3]
João
4:14, 7:38
[4] Referência a
Efésios 1:19
[5]
Referência
a Lucas 9:49-50
[8]
Referência a Atos 20:28
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