terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

13ª Jornada - Quibrote-Taavá


Jornada 13

Quibrote-Taavá

“E partiram do deserto de Sinai, e acamparam-se em Quibrote-Taavá”.
                                                                                                                                 Números 33:16

A ordem de marcha

         Vamos estudar a porção correspondente ao dia de hoje. Vamos a Números, capítulo 33, versículo 16. A razão pela qual não nos detivemos mais na jornada anterior, é porque a jornada do deserto de Sinai é muito ampla e que muitas das coisas que são tratadas nesta estação, já tem sido tratadas minuciosamente em outros lugares, e tudo isso pode se recuperar depois, com a ajuda do Senhor. Então, vamos dar continuidade à estação que se segue. Números 33:16, diz assim: “E partiram do deserto de Sinai, e acamparam-se em Quibrote-Taavá”. Essa seria a jornada de hoje: Quibrote-Taavá. Se vocês olham aqui no mapa na península de Sinai, esse triângulo invertido, para o sul, ou seja, para a ponta de baixo do triângulo, é onde está o monte Sinai. Desde Ramessés até o Sinai havia-se descido por uma linha oblíqua noroeste ao sul; agora a partir daqui vai começar a subir desde o sul por uma linha oblíqua que vai do sul, sentido nordeste; tudo isso é o deserto de Parã. O deserto de Parã fica no lado oriental da península do Sinai. O deserto de Parã é muito grande e há muitas estações que se dão no deserto de Parã; este é o deserto de sul a norte, o deserto de Sim para o centro, o de Sinai para o sul e o deserto de Parã para o leste da península do Sinai. Então a partir da jornada de hoje começamos a subir desde o Sinai por toda outra linha oblíqua do triângulo, subindo no sentido nordeste até chegar ao deserto de Parã, que tem muitas estações. Então, “E partiram do deserto de Sinai, e acamparam-se em Quibrote-Taavá”. Essa jornada está explicada de forma desmembrada desde Números capítulo 10, versículo 11, até Números capítulo 11, versículo 34; quer dizer, que o que há nestes dois capítulos, a última parte do 10 e praticamente quase todo o capítulo 11, com exceção do último verso, correspondem a esta estação de Quibrote-Taavá; a jornada desde o Sinai até Quibrote-Taavá; ou seja que as lições que temos que aprender nesta porção: Nm 10:11-12, diz o seguinte: “¹¹E aconteceu, no ano segundo, no segundo mês, aos vinte do mês, que a nuvem se alçou de sobre o tabernáculo da congregação. ¹²E os filhos de Israel, segundo a ordem de marcha, partiram do deserto de Sinai; e a nuvem parou no deserto de Parã”. O deserto de Parã é muito grande, a primeira parte do deserto de Parã, mais para o sul é precisamente Quibrote-Taavá. No capítulo11, versículo 34, diz: “Por isso o nome daquele lugar se chamou Quibrote-Taavá...”. Vamos então analisar um pouco as partes que contém esta estação. Esta estação contém duas partes principais: a primeira está na segunda parte do capítulo 10 de Números, que poderíamos intitular: A ordem de marcha. É uma pena que ainda não haviam aprendido a ordem de marcha; porque até aqui não haviam aprendido isso e começaram a aprender a ordem de marcha nesta jornada. Na jornada anterior aprenderam de Deus. Eles haviam saído do Egito de forma desordenada, um povo desordenado; Deus começou a atrair o povo para Si mesmo, e logo na medida em que o povo ia se submetendo ao Senhor, o Senhor foi pondo ordem no meio do Seu povo; lhes deu os Dez Mandamentos e outras leis, e lhes deu a tipologia do tabernáculo, com a arca do pacto, a mesa dos pães, o candeeiro, o altar, o sacerdócio, etc. e lhes deu também a ordem de distribuição dos acampamentos e como deviam acampar e marchar em uma determinada ordem. Tudo isto foi revelado no Sinai, mas posto em prática pela primeira vez, nesta jornada de agora. Lamentavelmente, ainda estando exercitando a ordem de Deus, vem também satanás para pôr desordem. Uma palavra chave, que é a que podemos aprender deste capítulo é a palavra “cobiça”. Não que devemos aprender a cobiçar, senão que o problema grave deste capítulo é a cobiça. Fixem-se que eles começaram aprendendo uma ordem. Nós somos desordenados, porque não esperamos em Deus, porque não confiamos em Deus, porque somos gulosos, ansiosos, insaciáveis, porque queremos fazer as coisas por nós mesmos, e justamente esse tipo de problema que nós seres humanos temos, é o que Deus trata neste capítulo. Primeiramente Ele nos ensina a andar em ordem; até aqui nunca havíamos ouvido a ordem de marcha, porque isso recém se revelou no Sinai; mas agora essa primeira parte nos mostra que Deus estabelece uma ordem de marcha. O que quer dizer que há uma ordem de marcha? Quer dizer que Deus é soberano e que Deus em sua soberania elege quem vai à direita, quem vai a esquerda, quem vai primeiro, quem vai por segundo, quem vai por terceiro, quem acompanha por segundo, quem acompanha por terceiro, que levita se ocupa de uma coisa, que levita se ocupa de outra coisa, que outros levitas se ocupam de outra coisa e em que ordem devem-se tratar os assuntos. Quando nós não somos movidos pelo Senhor, sob a dependência do Senhor, mas nos movemos por nossos próprios impulsos desordenados, nós às vezes nos adiantamos, não sabemos esperar a vez. Pode ser que o Espírito Santo esteja se movendo em alguém que está evangelizando, por exemplo, e nós atravessamos no caminho e lhe impedimos ou dificultamos a evangelização à pessoa; às vezes sem dar-nos conta podemos fazer estas coisas. Não sabemos a ordem de Deus, estamos acostumados a conquistarmos aos empurrões nossas coisas; empurramos para ficar com este posto em vez de confiar em Deus, o lugar que Ele deu a cada um.

Tratando com a desordem e a cobiça

         Deus deu um lugar a cada um e uma provisão a cada um; por isso o Senhor podia dizer: “o pão nosso de cada dia, dá-nos hoje”. Como quem diz, Tu tens para cada dia algo que dar-nos; peço-te a parte de hoje, nada mais. E não era a primeira coisa que pedia, era algo que se pedia quase no final; por outro lado nos comportamos como agiotas disputamos e brigamos para ir na frente, para ir primeiro ou pelo menos por segundo, mas isso de ir por 19º, por 23º, por 58º, não, isso não é comigo. Eu primeiro, ou se não segundo ou terceiro, tomara em primeiro. Isso por um lado, e por outro lado também quanto à ordem de nossa vida, quanto ao que nos convém, somos desordenados. Começamos a pedir e buscar coisas fora da ordem da provisão de Deus; desconfiamos de Deus, menosprezamos a Deus e então queremos que Deus, depois, aceite o que nós mesmos fizemos; mas nesta jornada Israel aprende uma lição muito séria e isto está escrito para nós. Diz, e leiamos de uma vez, porque justamente isto que vamos ler corresponde a 1 Coríntios 10:6, ou seja o que hoje vamos ler de Números 10:11 a 11:34, se corresponde com 1 Coríntios 10:6; ali se encontra resumido assim: “E estas coisas foram-nos feitas em figura, para que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram”.
         Então, para que se escreveu isso? Sucedeu e se escreveu para nos ensinar a se manter dentro dos limites assinalados por Deus. Deus estabelece os limites de cada pessoa, de sua atividade, de sua provisão e de muitas outras coisas, e nós por nossa ânsia de prover-nos nossos próprios limites e provisões, não confiamos em Deus e menosprezamos o conserto divino; então cabe ao Senhor corrigir-nos; de maneira, pois, que se escreveu para nós. Vamos ler o que se escreveu. No capítulo 10, verso 12 de Números diz: “E os filhos de Israel, segundo a ordem de marcha, partiram do deserto de Sinai...”. Sublinho que essa é a expressão chave da primeira parte, a ordem de marcha. No versículo 28 do mesmo capítulo diz: “Esta era a ordem das partidas dos filhos de Israel segundo os seus exércitos, quando partiam”. Notem que agora já se fala de exércitos. Ao princípio no evangelho somos crentes, somos irmãos, mas a palavra diz: combatendo unânimes no Evangelho. No princípio nós andamos, mas os soldados não caminham, os soldados marcham; no princípio o povo está desordenado, logo o Senhor põe ordem no povo para que o povo marche; há uma ordem de marcha; na caminhada não há marcha. No princípio de nossa vida cristã não entendemos a palavra marcha, só entendemos a palavra caminhada quando me dá vontade. No princípio, vamos se dá vontade, se não me dá vontade não vou; somos totalmente egocêntricos; fazemos só o que nos dá vontade, e devemos aprender a marchar. Marchar não é quando me dá vontade, nem é quando eu quero; é andar ao único som dos que vão comigo, segundo a ordem de Deus, segundo a hora de Deus. Que tal se Deus fosse depender da nossa hora? Irmãos, devemos saber que temos que ajustar-nos a hora de Deus, porque Deus não vai se ajustar a nossa hora; se não nos ajustarmos à hora de Deus e não marcharmos com as pessoas que Deus quer que marchemos e na ordem que Deus quer que marchemos, então, irmãos, Deus não vai poder contar conosco; Deus vai fazer as suas coisas com outros que lhe sigam ao passo. Se nós queremos caminhar com Deus, temos que marchar segundo a ordem de Deus, na hora de Deus, na maneira de Deus, com as pessoas de Deus, com a provisão assinalada para nós por Deus e nada de protestar, nada de queixas, nada de desordens, como soldados que somos. Já não somos turistas. No princípio, somos turistas, mas na medida em que vamos amadurecendo vamos deixando de ser turistas e vamos começando a ser exército de Deus. Amém.
         Então por isso diz o verso 28 do capítulo 10: “Esta era a ordem das partidas dos filhos de Israel segundo os seus exércitos, quando partiam”. Fixem-se o que diz, aqui no verso 13: “Assim partiram pela primeira vez segundo a ordem do SENHOR, por intermédio de Moisés”. Eu penso que aqui não há nenhum problema, aqui começa uma ordem. Note a frase: “partiram pela primeira vez”, ou seja, a primeira vez é primeiro. Quem iniciou o movimento? À ordem do Senhor. Até aqui eu penso que todo crente não tem problema. Se for ao mandato de Jeová não tem problema; o problema é quando diz: “por intermédio de Moisés”. Quando o mandato de Jeová é por meio de Moisés, aí é onde há problema. Ah não, se fosse o mandato de Jeová por mim, não há problema, por meio de minha vontade, quando eu quero, não há problema; mas por meio de Moisés e depois de fulano, e ciclano e beltrano, aí não! Como isso é difícil, vê? Estamos acostumados a guiar-nos por impulsos desordenados, e essa é a lição que vai se aprender aqui. Continuamos com o versículo 14: “Porque primeiramente partiu a bandeira do arraial dos filhos de Judá segundo os seus exércitos; e sobre o seu exército estava Naassom, filho de Aminadabe”. Essas eram pessoas escolhidas por Deus, não eram pessoas que se fizeram voluntárias. Nos capítulos anteriores Deus indicou quem seriam, nos primeiros capítulos de Números; então Deus estabelece: Jeová primeiro por meio de Moisés, e Moisés disse em nome de Jeová, Judá primeiro; e entre Judá, Naassom filho de Aminadabe primeiro; primeiramente; o segundo, o terceiro, logo, depois, diz a Bíblia, isso tem que se aprender. “¹⁵E sobre o exército da tribo dos filhos de Issacar, Natanael, filho de Zuar”. ¹⁶E sobre o exército da tribo dos filhos de Zebulom, Eliabe, filho de Helom”. Fixem-se aqui, esta é a vanguarda que Deus estabeleceu; há uma só bandeira na vanguarda e a leva Judá; a tribo de Issacar acompanha em segundo, a tribo de Zebulom acompanha em terceiro; é a ordem de marcha por tribos. Deus começa a revelar seus assuntos de avanço, sua vanguarda a determinados irmãos, a determinados líderes que Ele põe, e determinado grupo começa; logo a esse grupo Deus acrescenta um segundo grupo e logo Deus acrescenta um terceiro grupo e os outros grupos estão em outros assuntos. Todavia não passam por aqui, porque por aqui tem que passar primeiro a vanguarda. Às vezes nós queremos, e dizemos: irmão, por que não somos mais democráticos e entramos todos ao mesmo tempo; mas Deus sabe que não é assim. Isso revela uma desconfiança em Deus, isso revela temor, isso revela ansiedade, minha preocupação; não confiar no que Deus me deu é o ótimo para mim.
         “¹⁷Então desarmaram o tabernáculo, e os filhos de Gérson e os filhos de Merari partiram, levando o tabernáculo”. Quer dizer, que primeiro ia uma vanguarda do exército, como dizendo: ali vai o exército de vanguarda. Uma vanguarda são os que vão abrindo caminho; depois vem os Gersonitas, que se encarregavam das cortinas; os Meraritas que se encarregavam das tábuas e eles vão preparando o tabernáculo para quando chegarem os Coatitas para tratar das coisas interiores. Fixem-se que não chegam todos os levitas ao mesmo tempo, mas primeiro vão os Gersonitas e os Meraritas para preparar o tabernáculo, para logo vir como diz aqui: “¹⁸Depois partiu a bandeira do arraial de Rúben segundo os seus exércitos; e sobre o seu exército estava Elizur, filho de Sedeur”. Primeiro era do oriente, porque o sol nasce no oriente, era lá de Judá, logo era a do sul; havia uma bandeira ao oriente que estava com Judá, Issacar acompanha em segundo e Zebulom acompanha em terceiro. Logo que ia essa vanguarda, iam uns levitas: Gersonitas e Meraritas para preparar o tabernáculo naquele lugar onde a vanguarda abriu. A vanguarda abriu caminho, então vão os que preparam o tabernáculo. Notem que os Gersonitas e os Meraritas fazem um trabalho mais superficial, assim como ia primeiro Filipe e evangelizava, mas depois vinham Pedro e João e aprofundavam. Amém? Primeiro chegavam uns varões e evangelizavam em Antioquía, mas logo vinham Barnabé e Paulo e aprofundavam; então primeiro havia uma vanguarda, uma evangelização superficial, mas logo tinham que vir, havendo ouvido que em alguma parte tinham recebido a palavra, e enviaram fulano e beltrano para levar a palavra a um nível mais profundo. Quando foi Filipe não haviam recebido o Espírito Santo da maneira como o receberam quando foram Pedro e João; há uma ordem estabelecida por Deus. Logo se fixem no versículo 18, a segunda bandeira:
         “¹⁸Depois partiu a bandeira do arraial de Rúben segundo os seus exércitos; (isso é ao sul) e sobre o seu exército estava Elizur, filho de Sedeur. ¹⁹E sobre o exército da tribo dos filhos de Simeão, (que acompanhava em segundo ao sul) Selumiel, filho de Zurisadai. ²⁰E sobre o exército da tribo dos filhos de Gade, Eliasafe, filho de Deuel.”, que acompanha em terceiro ao sul. Notem nem todos levavam bandeira, não; mas por que os de Rúben vão levar bandeira e nós não? Porque Deus deu a bandeira para eles; nem sempre vamos ter a bandeira conosco. Há coisas onde Deus nos deu a bandeira e vamos mais adiantados que outros, e outros vão nos acompanhar em segundo ou em terceiro; mas talvez em outras coisas outros vão adiante de nós e nos levam à dianteira e a bandeira, e nós vamos acompanhar em segundo ou em terceiro e não podemos pretender levar sempre a bandeira. Temos que estar dispostos a ocupar o 27º, 35º, 48º, 515º lugar. Amém? Qualquer que seja o lugar.
“²¹Então partiram os coatitas, levando o santuário; e os outros levantaram o tabernáculo, enquanto estes vinham”. Fixem-se como se intercala o exército com os levitas, o exército e os levitas; quer dizer, uns serviam de vanguarda, os outros acondicionavam o tabernáculo, os outros o protegiam, os outros vinham depois para trabalhar sobre o que os outros haviam acondicionado. Irmãos, temos que entender que às vezes somos chamados somente para condicionar o trabalho de outros, e às vezes somos chamados para trabalhar onde outros tem condicionado o trabalho; temos que aprender essa ordem de marcha da parte de Deus. “²²Depois (outra palavra, olhem como Deus está tratando com nossa natureza desordenada) Partiu a bandeira (estes são os do ocidente) do arraial dos filhos de Efraim segundo os seus exércitos; e sobre o seu exército estava Elisama, filho de Amiúde. ²³E sobre o exército da tribo dos filhos de Manassés, Gamaliel, filho de Pedazur. ²⁴E sobre o exército da tribo dos filhos de Benjamim, Abidã, filho de Gideoni”. Olhem uma só bandeira, a de Efraim; quem acompanha em segundo? Manassés; Benjamim acompanha em terceiro. Irmãos, que interessante quando saímos, por exemplo, um grupo de três ou quatro irmãos para evangelizar, ou saem cinco irmãos e vão por aí; fixem-se na ordem de Deus. Talvez não seja você o que tem que evangelizar, senão o que tem que orar, talvez seja outro o que tem que evangelizar; se você se põe a si mesmo, o melhor que vai acontecer é você se enredar, vai trazer dúvidas, e vai colocar situações difíceis; até mesmo, o próprio diabo pode usar você para impedir que a pessoa se entregue ao Senhor Jesus, e você saiu com uma dissertação pela esquerda, ou pela direita, pensando estar contribuindo, quando devia estar calado apoiando. Entendem irmãos? Isto temos que aprender, isto é uma coisa delicada; temos que aprender a apoiar a cada um no seu encargo. Se nos damos conta que os da música são fulano e beltrano, estamos com eles nesse momento. Se em outro momento o Espírito está com o irmão e com a irmã em tal assunto, estamos com eles; quer dizer, tem que aprender a apreciar aos demais, considerar aos demais como superiores a nós, aprender a andar em ordem e não em desordem.

A necessidade de guarda e de retaguarda

         “²⁵Então partiu a bandeira do arraial dos filhos de Dã, (esta é a do norte) fechando todos os arraiais segundo os seus exércitos; e sobre o seu exército estava Aieser, filho de Amisadai”. Fixe-se que existe uma retaguarda. Que é a retaguarda? São pessoas que cuidam das costas; há pessoas que Deus utiliza para abrir caminho, mas nem todos no corpo de Cristo vão abrir caminho; alguns são os últimos a entrar por esse caminho, porque dizem: pode ser que se afunilem as coisas por aqui ou por ali. São pessoas desconfiadas que analisam tudo, provam tudo e até não estar absolutamente seguros que a coisa é de Deus, não passam. Irmãos, necessitamos também desse tipo de pessoas; pode ser que você não tenha sido chamado para retaguarda. Você talvez não tenha esses problemas que esse outro irmão tem, mas há outros irmãos que se não estão absolutamente seguros, não passam. Por quê? Porque estão cuidando das costas dos demais. Deus pôs retaguarda também; vão por trás, cuidando das costas do acampamento. Uns vão adiante e abrem caminho, mas deixam uns quantos feridos, e às vezes ferem um pouco e cabe vim a guarda para curar as feridas, e a retaguarda é o último que acontece, mas está fazendo seu trabalho, está cuidando das costas.
“²⁶E sobre o exército da tribo dos filhos de Aser, Pagiel, filho de Ocrã (que acompanha os filhos de Dã em segundo). “²⁷E sobre o exército da tribo dos filhos de Naftali, Aira, filho de Enã. ²⁸Esta era a ordem das partidas dos filhos de Israel segundo os seus exércitos, quando partiam”. Quem ia dirigindo? Deus, Deus ia dirigindo; a nuvem foi que se levantou; se levantou a nuvem, ia dirigindo Deus, dirigindo através de Moisés; havia uma ordem de marcha. Quer dizer que porque Deus está dirigindo e há uma ordem de marcha, não devemos tomar precauções? Porque alguns dizem: Bem, se Deus está conosco, não tenho que tomar nenhuma precaução; não. Observem que ainda que Deus está dirigindo e estamos obedecendo a ordem de marcha, devemos também tomar as precauções normais. Se Deus nos dá a comida, você tem que cozinhá-la e tem que levá-la a boca com a colher, Deus não vai cozinhar também, Deus não vai levar a sua boca, Deus não vai mastigar, Deus não vai digerir; não, isso cabe a você. Amém? Então esse segundo aspecto, ainda que Deus dirija e ainda que tudo esteja em ordem, devemos tomar em conta as precauções normais, naturais da vida normal.
         “²⁹Disse então Moisés a Hobabe, filho de Reuel, o midianita, sogro de Moisés: Nós caminhamos para aquele lugar, de que o SENHOR disse: Vô-lo darei; vai conosco e te faremos bem; porque o SENHOR falou bem sobre Israel. ³⁰Porém ele lhe disse: Não irei; antes irei à minha terra e à minha parentela.³¹E ele lhe disse: Ora, não nos deixe; porque tu sabes onde devemos acampar no deserto; nos servirás de guia”. Não é que Deus não vá adiante, não é que Deus não seja o que sinalize aonde vai acampar, mas ali onde vão acampar eles querem saber o melhor possível e fazer uso de tudo que podem para fazer o que Deus quer que façam; eles estão com Deus, estão em ordem e estão precavidos. Amém? “³²E será que, vindo tu conosco, e sucedendo o bem que o SENHOR nos fizer, também nós te faremos bem. ³³Assim partiram do monte do SENHOR caminho de três dias; e a arca da aliança do SENHOR caminhou diante deles caminho de três dias, para lhes buscar lugar de descanso. ³⁴E a nuvem do SENHOR ia sobre eles de dia, quando partiam do arraial. ³⁵Acontecia que, partindo a arca, Moisés dizia: (note, não é ao contrário, não é quando Moisés dizia que a arca se movia, não) Levanta-te, SENHOR, e dissipados sejam os teus inimigos, e fujam diante de ti os que te aborrecem. ³⁶E, pousando ela, (não era Moisés que a levantava, nem a pousava, senão ela sozinha) dizia: Volta, ó SENHOR, para os muitos milhares de Israel”. Moisés falava a Deus, segundo o que lhe parecia que era o guiar de Deus. Moisés não pedia a Deus para fazer ao contrário do que Deus estava fazendo, porque esse é nosso problema, que nos achamos mais sábios do que Deus. A nuvem está indo para a esquerda e nós dizemos: Ai Deus, oro a Ti para que vá para a direita. E às vezes a nuvem vai para a esquerda: Ai Senhor, que não vá para a esquerda vem para a direita. Não, Moisés via para onde ia Deus e a oração de Moisés coincidia com a direção de Deus. Moisés aprendeu também a andar em ordem. Moisés também estava sob a direção de Deus; não ia na contra mão de Deus, mas na direção de Deus. Irmãos, como Deus tem que tratar conosco que somos tão folclóricos, tão informais? Esta é a jornada para aprender a deixar a informalidade, e a não obrar segundo os impulsos, senão obrar dentro da ordem de Deus, dentro do acampamento de Deus. Há pessoas que são imaturas, querem servir a Deus somente ao som de seus próprios impulsos; de repente se animam e fazem o que querem e não esperam onde tem que ir e não consultam aos que tem que consultar, e às vezes desanimam, e quando tem que estar não estão porque estão deprimidos. Irmãos, isso é imaturidade; o que tem que aprender é a marchar na ordem de Deus, a marchar ao ritmo de Deus, no que Deus está fazendo, com as pessoas que Deus me associa e no lugar que me corresponde no meio dessas pessoas.

As queixas do povo

         Chegamos ao capítulo 11. Tudo era tão bonito nesta ordem até aqui. Mas olhem quem começou a pôr desordem. “¹E aconteceu que, queixou-se o povo falando o que era mal aos ouvidos do SENHOR; e ouvindo o SENHOR a sua ira se acendeu; e o fogo do SENHOR ardeu entre eles e consumiu os que estavam na última parte do arraial”. Aí começou o problema, com as queixas; o povo se queixou, o problema foi a queixa, mas o problema é este, que foi aos ouvidos de Jeová; e ouviu Jeová. A gente pensa que Deus não ouve nossas queixas. Irmãos, nisto eu primeiro e vocês também comigo, temos que aprender a não nos queixar-nos, temos que pedir-lhe: Senhor Jesus, ajuda-nos a desterrar a queixa, a informalidade, a cobiça, a desordem do nosso meio e serem pessoas que sabem caminhar com Deus, com o que Deus provê,  com o que Deus quer, como cantava o irmão Wesley: “Põe-me com quem queiras, como queiras, exaltado ou humilhado, contanto que seja por Ti”. De coração sincero, então Deus poderá contar com um povo; mas se somos meninos, terá que seguir ensinando-nos a dar voltas e voltas no deserto para ver se aprendemos. Oxalá possamos caminhar como se deve. A queixa aborrece ao Senhor: “... a sua ira se acendeu; e o fogo do SENHOR ardeu entre eles e consumiu os que estavam na última parte do arraial”. Talvez não fosse Judá, talvez fosse Dã, porque era em um dos extremos, talvez a retaguarda; às vezes se confunde o que é mistério com o que é queixa, e não é o mesmo queixar-se e estar queixando-se, a queixa produz incêndio, produz um sinal de desaprovação de Deus; a pessoa se queixa e se queixa e de repente lhe sucede algo para que se dê conta que está irritando Deus. Porque se Deus não faz nada não vamos nos dar conta, mas de repente um dia estava protestando e protestando porque me havia estragado uma sandália e protestei e protestei e cortei um dedo; eu creio que se não houvesse protestado não tinha cortado o dedo, e há muitos exemplos.
         “²Então o povo clamou a Moisés, e Moisés orou ao SENHOR, e o fogo se apagou. ³Pelo que chamou aquele lugar Taberá, porquanto o fogo do SENHOR se acendera entre eles”. Que faz o fogo? Consome; há pessoas que se consomem com o que fazem,  não lhes dá em nada, por quê? Porque estão irritando a Deus e ali em um extremo vira cinza, o que cria que era tesouro. E agora se fixem no povo. Não são cristãos os que estão com o povo; às vezes se mistura gente que não é nascida de novo e olhem o que provoca esta gente no ambiente. “⁴E o vulgo, que estava no meio deles, veio a ter grande desejo; (notem isso, outra vez os impulsos desordenados) pelo que os filhos de Israel tornaram a chorar, e disseram: Quem nos dará carne a comer?” Ai Senhor Jesus! quer dizer, deixaram de ser soldados outra vez. Se hoje são lentilhas, tem que comer lentilhas; hoje ia protestar porque a arepa não estava pronta e me disse: Que vais proclamar,  Gino? É calado, você não gosta de calado. É calado, não arepa. Senhor Jesus!
         Irmãos, que facilmente reclamamos pela comida! Estamos comendo uma coisa e falando de outra, em vez de agradecer o que estamos comendo, em vez de agradecer o que Deus nos provê. Amém, irmãos! Andar pelo gosto; isso é próprio de meninos indisciplinados, infantis, ser guiado pelo gosto, malcriados; mas Deus não vai ter filhos malcriados, por isso existe esta jornada para aprender a não ser malcriados. “⁵Lembramo-nos dos peixes que no Egito comíamos de graça; e dos pepinos, e dos melões, e dos alhos porós, e das cebolas, e dos alhos”. Tinham um gosto parecido com o meu, com exceção dos pepinos, mas agora vou ter que comer pepino quando se serve, e agora que vamos ao acampamento, o que tem, dai graças. “⁶Mas agora a nossa alma se seca; coisa nenhuma há senão este maná diante de nossos olhos”. Olhem, por uma parte está menosprezando o maná, e justamente quando está depreciando o maná, Moisés começa a descrever o maná; o que menosprezavam. Moisés descreve: “⁷E era o maná como semente de coentro, e a sua cor como a cor de bdélio”. Não descreve os pepinos, nem os alhos porós, nem o alho, descreve o que não queriam, lhes começa a descrever, o que não aprovavam. “⁸Espalhava-se o povo e o colhia, e em moinhos o moía, ou num gral o pisava, e em panelas o cozia, e dele fazia bolos; e o seu sabor era como sabor de azeite fresco”. Que versátil era o maná; podia-se fazer muitas coisas com o maná. “⁹E, quando o orvalho descia de noite sobre o arraial, o maná descia sobre ele”. Deus provia cada dia, porque alguns querem provisão até a terceira idade, mas não, é cada dia. “¹⁰Então Moisés ouviu chorar o povo pelas suas famílias, cada qual à porta da sua tenda; e a ira do SENHOR grandemente se acendeu, e pareceu mal aos olhos de Moisés”. Já não era somente o estrangeiro, senão o povo e por famílias. Agora a família se voltou protestante, reclamando por tudo. “¹¹E disse Moisés ao SENHOR: Por que fizeste mal ao teu servo, e por que não achei graça aos teus olhos, visto que puseste sobre mim o cargo de todo este povo? ¹²Concebi eu porventura todo este povo? Dei-o eu à luz? Para que me dissesses: leva-o ao teu colo, como a ama leva a criança que mama, à terra que juraste a seus pais? ¹³De onde teria eu carne para dar a todo este povo? Porquanto contra mim choram, dizendo: Dá-nos carne a comer; ¹⁴Eu só não posso levar a todo este povo, porque muito pesado é para mim. ¹⁵E se assim fazes comigo, mata-me, peço-te, se tenho achado graça aos teus olhos, e não me deixes ver o meu mal”.

Túmulos dos cobiçadores

         Agora olhem a resposta de Deus. “¹⁶E disse o SENHOR a Moisés: Ajunta-me setenta homens dos anciãos de Israel, que sabes serem anciãos do povo e seus oficiais; e os trarás perante a tenda da congregação, e ali estejam contigo”. Esperem; aqui também tem que aguardar ordem, não é quando eu quero, não; espere até que Deus queira; quer dizer, para que a carga não fosse pesada sobre ele, o Senhor vai pôr setenta anciãos. “¹⁷Então eu descerei e ali falarei contigo, e tirarei do espírito que está sobre ti, e o porei sobre eles; e contigo levarão a carga do povo, para que tu não a leves sozinho. (isso é quanto a ti) ¹⁸E dirás ao povo: Santificai-vos para amanhã, e comereis carne; porquanto chorastes ao ouvido do SENHOR, dizendo: Quem nos dará carne a comer? Pois íamos bem no Egito; por isso o SENHOR vos darás carne, e comereis”. Coisa terrível: Quem nos dará carne a comer? Como quem diz,  Deus não pode; só nos pode dar maná; Deus não pode nos dar carne. Ah! Não lhes dou o que vocês querem, não porque não possa, senão porque não lhes convém; depois de comerem carne vão saber que praga virá sobre vocês, para que saibam o que é comer o que vocês querem e não o que eu lhes dou. Não é que eu não possa dar, senão que dou o que convém, mas tu queres que te dê o que tu queres. Vou te dar por uma vez para que, se sobreviveres, aprendas para a próxima vez no que eu te sinalize e se mantenhas dentro da sinalização de Deus. Eram como dois milhões e seiscentos mil homens, esposas, filhos, no deserto de Sinai. “¹⁹Não comereis um dia, nem dois dias, nem cinco dias, nem dez dias, nem vinte dias; ²⁰Mas um mês inteiro, até vos sair pelas narinas, até que vos enfastieis dela; porquanto rejeitaste ao SENHOR, que está no meio de vós, e chorastes diante dele, dizendo: Por que saímos do Egito?” A quem se menosprezou? A Deus; quem era o que os havia trazido ali? Quem era o que os provia? Quem fazia milagres? Mas eles com suas queixas e com suas ansiedades e desordem, irritam e menosprezam a Deus. Irmãos, disto diz que foi escrito para que nós não cobicemos as coisas más como eles cobiçaram.
         “²¹E disse Moisés: Seiscentos mil homens de pé é este povo, no meio do qual estou; e tu tens dito: Dar-lhe-ei carne, e comerão um mês inteiro. ²²Degolar-se-ão para eles ovelhas e vacas que lhes bastem? Ou ajuntar-se-ão para eles todos os peixes do mar, que lhes bastem? ²³Porém o SENHOR disse a Moisés: Teria sido encurtada a mão do SENHOR? Agora verás se a minha palavra se há de cumprir ou não. ²⁴E saiu Moisés, e falou as palavras do SENHOR ao povo, e ajuntou setenta homens dos anciãos do povo e os pôs ao redor da tenda. ²⁵Então o SENHOR desceu na nuvem, e lhe falou; e, tirando do espírito, que estava sobre ele, o pôs sobre aqueles setenta anciãos; e aconteceu que, quando o espírito repousou sobre eles, profetizaram; mas depois nunca mais.                                                         ²⁶Porém no arraial ficaram dois homens; o nome de um era Eldade, e do outro Medade; e repousou sobre eles o espírito (porquanto estavam entre os inscritos, ainda que não saíram à tenda), e profetizavam no arraial. ²⁷Então correu um moço e anunciou a Moisés e disse: Eldade e Medade profetizam no arraial. ²⁸E Josué, filho de Num, servidor de Moisés, um dos seus jovens escolhidos, respondeu e disse: Moisés, meu senhor, proíbe-lo”. Olhem como era Moisés de tão agradável; ele não estava pretendendo ser o único, não. “²⁹Porém, Moisés lhe disse: Tens tu ciúmes por mim? Quem dera que todo o povo do SENHOR fosse profeta, e que o SENHOR pusesse o seu espírito sobre ele! ³⁰Depois Moisés se recolheu ao arraial, ele e os anciãos de Israel. ³¹Então soprou um vento do SENHOR e trouxe codornizes do mar, e as espalhou pelo arraial quase caminho de um dia, de um lado e de outro lado, ao redor do arraial; quase dois côvados sobre a terra”. Vocês sabem o que é caminho de um dia, quantos quilômetros? Quase dois côvados é quase um metro, quer dizer, eram bandos de codornizes que voam e voam em tempo de migração; o Senhor as fez convergir todas ali. “³²Então o povo se levantou todo aquele dia e toda aquela noite, e todo o dia seguinte, e colheram as codornizes; o que menos tinha, colhera dez ômeres; e as estenderam para si ao redor do arraial. ³³Quando a carne estava entre seus dentes, antes que fosse mastigada, se acendeu a ira do SENHOR contra o povo, e feriu o SENHOR o povo com uma praga mui grande”. Quer dizer, não é que eu não possa dar-lhe, eu lhes dou, mas também lhe vou dar magoas. Essa praga não sei se era da carne das codornizes ou não.
         “³⁴Por isso o nome daquele lugar (note, foi Deus que o chamou) se chamou Quibrote-Ataavá, porquanto ali enterraram o povo que teve desejo”. A palavra Quibrote (kibrot) é plural de keber que quer dizer tumba, sepulcro ou sepultura em hebreu, e kibrot é plural feminino. Quibrote significa tumbas, ha é o artigo em hebreu, e taavá, cobiçosos. Tumbas dos cobiçosos. Tumbas; quer dizer, que quando nós não nos contentamos com o designado por Deus quanto ao modo de vida, quanto as relações, quanto as provisões,  quanto ao nosso lugar na casa de Deus, o nosso lugar no país, ou nossa situação X ou G, corremos o perigo de entrar por um caminho que a nós nos parece direito, mas que é caminho de morte. Eu queria irmãos que olhemos mais dois versos para terminar esta parte. Um citação está em Deuteronômio 9:22, onde diz: “Também em Taberá, e em Massá, e em Quibrote-Hataavá provocastes muito a ira do SENHOR”. Em Taberá foi pela queixa, e houve um incêndio que foi ao sair daqui, um incêndio no acampamento, em um extremo do acampamento, possivelmente Dã. Em Massá, que era o mesmo Refidim, onde disseram: Acaso está Jeová entre nós? E em Quibrote-Taavá onde disseram: quem nos dará o que queremos? Ah, irmãos, realmente eu tenho que tomar isto a sério, e creio que vocês também, a ser agradecidos com o que Ele nos dá, a confiar em Deus, aceitar a designação de Deus, como disse o Senhor Jesus: “... não beberei eu o cálice que o Pai me Deu?”² Ou seja, o Senhor Jesus aceita o que o Pai lhe designava; às vezes descansava, as vezes não. Às vezes era difícil às vezes era fácil, e disse: “... Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua”³. Ah! não deve passar; sim, Pai, eu tomo, tenho que tomar este cálice.

O verdadeiro lucro da piedade

         Olhemos irmãos, para terminar, um passagem que corresponde no Novo Testamento a esta estação que se encontra em 1 Timóteo 6:6-11. É o ensino neotestamentario que se corresponde com esta lição. Como dizia em Coríntios, estas coisas lhes aconteceram como exemplo para que não cobicemos as coisas más como eles cobiçaram. E diz aqui: “⁶Mas é grande ganho (esse é o verdadeiro lucro) a piedade com contentamento”. Porque alguém quer a piedade para convertê-la em negócio, especialmente nestes tempos da chamada teologia da prosperidade. Mas aqui diz piedade acompanhada de contentamento. Eu penso que necessitamos da teologia do contentamento. “⁷Porque nada trouxemos para este mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele. ⁸Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes”. Quando estamos nos queixando não estamos contentes; assim que quando nos surpreendemos com uma queixa, digamos Senhor, perdoa-me, limpa-me com teu sangue; corto com as queixas e entro com louvor e gratidão. “⁹Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína”. Que fazem as cobiças? Afundam. Aí está Quibrote-Taavá. “¹⁰Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores”. Não o dinheiro em si, que é neutro, não é nem bom nem mal, mas amá-lo e ter essa idolatria por Mamom é o pecado. Extraviar-se da fé é que já não vivem pela fé, senão pelo dinheiro, e vêm as dores. Aí está Quibrote-Taavá. “¹¹Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão”. Tão logo a sombra da cobiça esteja subindo em nosso coração, corte-a hoje. O amor ao dinheiro não segue a justiça, senão a avareza; e eu ganho mais e o outro ganha pouco e eu me enriqueço com o que é devido ao outro. “¹²Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado, tendo já boa confissão diante de muitas testemunhas”. Notem,  irmãos, que esta lição de Quibrote-Taavá é para tê-la presente todos os dias em nosso coração.


[1] Ensino à igreja na localidade de Teusaquillo, Bogotá D. C., Colômbia, 30 de junho de 2000.


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