M A R A
“E partiram de
Pi-Hairote, e passaram pelo meio do mar ao deserto, e andaram caminho de três
dias no deserto de Etã, e acamparam-se em Mara”.
Números 33:8
A experiência de águas
amargas
Vamos dar
continuidade à série do livro das jornadas. Então vamos ler o verso base em
Números 33:8. Temos considerado o relativo a Ramessés, Sucote, Etã e
Pi-Hairote, todas estas, experiências de fronteira, mas a partir daqui o povo
começa a introduzir-se um pouco mais ao deserto e a deixar o Egito. Diz o
versículo 8: “E partiram de Pi-Hairote, e
passaram pelo meio do mar ao deserto, e andaram caminho de três dias no deserto
de Etã, e acamparam-se em Mara”. Estavam no Egito, escravos; mas, quando
eram escravos tinham pepinos (isso era o que dizia o diabo; não que fosse
melhor continuar sendo escravo), alhos, cebolas, carne; mas saíram do Egito,
saíram de Pi-Hairote, e passaram pelo meio do mar ao deserto. Acabaram de ser
livrados e o Senhor não fez nenhum reparo enquanto andavam por um tempo no
deserto. No deserto há distintas experiências.
Alguém
pensaria, agora me converti ao Senhor, de agora em diante tudo vai ser fácil,
agora vou ser feliz, agora não vou ter mais nenhum sofrimento, nenhuma
sequidão; mas o Senhor nos conhece e sabe do que necessitamos. Então não
seguiram ao largo pelo chamado caminho de Hórus à Palestina, senão ao deserto.
Mara é a nova estação, e assim se chama o capítulo de hoje: Mara. Logo diz: “E partiram de Mara...”, todavia temos
que nos deter e entender um pouco o que significa Mara em nossa experiência
espiritual.
Então
passemos a Êxodo, capítulo 15, versículo 22 até o 26. Essa é a parte do livro
de Êxodo que corresponde com a estação de Mara. Em Números está mencionada de
forma rápida, mas aqui em Êxodo 15, versículos de 22 ao 26, está descrita
em detalhes esta experiência. Leiamos a passagem de Êxodo para ver o que foi
Mara.
“²²Depois fez Moisés partir os israelitas do
Mar Vermelho, (que significa em hebreu, O Mar de Canas ou Mar de Juncos) e saíram ao deserto de Sur; (que é o
mesmo deserto de Etã, e que chamava-se Etã por causa de Edom; esse era o
domínio dos beduínos edomitas, por isso se chama Etã) e andaram três dias no deserto, e não acharam água”.
Chamo à
atenção nessa frase: sem achar água. Pensaríamos que Deus faria tudo fácil
desde o princípio, mas há uma pequena frase que encontraremos aqui nuns
versículos mais adiante, que diz, porque Deus não faz as coisas fáceis desde o
princípio. No princípio começamos a buscar ao Senhor e temos momentos de grande
alegria, mas temos também momentos de sequidão, e dizemos por que não me sinto
tão bem (?). Só quando estamos orando na reunião é que me sinto muito bem, mas
parece que quando saio da reunião apaga-se tudo; chego em casa e se cria um
problema, ou em outra parte, pode ser no trabalho, e depois estou buscando
outra vez esse momento de paz, esse momento de alegria, e Deus conhece que assim
seria nossa experiência. Antes de Elim, que são fontes e palmeiras, está Mara.
Mara é uma experiência anterior à experiência de Elim, que é a próxima; por
isso temos que nos deter em Mara. Deus não quer que ignoremos essa experiência
na vida cristã, e que está prevista. Eu creio que todos recordamos o primeiro
amor, quando o Senhor nos salvou e estamos cheios de amor, de alegria e essa
felicidade que sentimos na presença do Senhor, cantamos e louvamos, mas de
repente, é como se faltasse alguma coisa; temos sede, e só o Senhor sacia a
nossa sede. No princípio não entendemos que só o Senhor é que pode fazer; no
princípio pensamos que são os cânticos, então, porque não voltamos a cantar
esse cântico que eu gostei tanto na vez passada? E cantamos desta vez, mas não
foi a mesma coisa, na vez passada foi do Espírito, desta vez está um pouco
seco, é como uma experiência de sequidão, parece que as coisas estão sem vida,
e Deus está nos ensinando com um propósito.
“²³Então chegaram a Mara; mas não puderam
beber das águas de Mara, porque eram amargas; por isso chamou-se o lugar de
Mara”.
Quero
chamar-lhes à atenção para algo que diz no original hebreu. Em hebreu, nas
demais partes onde neste capítulo se diz Mara, ali diz Mara, mas aqui nesta
primeira vez, onde diz Mara, há um “T”, além disso em hebreu, diz: Marta. Chegaram
a Marta. Na Bíblia, o significado de Marta é: dama. E eles chegaram com uma expectativa, mas acontece que se
tirou o T de Marta e ficou Mara; a Marta, eles chamaram depois Mara, por isso o
tradutor pôs de uma vez Mara; mas, Mara foi uma contração de Marta. Esse lugar
se chama Marta, e depois, daí em diante se chamou Mara. De maneira que seria
assim: “Então chegaram a Marta; mas não
puderam beber das águas de Marta, porque eram amargas; por isso chamou-se esse
lugar Mara”. Esse último nome significa isso: amargura; encontramos nas
jornadas por onde o Senhor nos conduz, uma que se chama amargura? Pensaríamos
que tudo seria felicidade, mas, amargura? Os filhos de Deus experimentando
amargura; porque amargura? Vamos ver porque, mas antes, vamos observar um pouco
o livro de Rute para que o significado de Mara seja confirmado. O livro de
Rute, nos conta uma linda história, a história de Rute e Noemi. Acontece que
Rute e Noemi estavam muito bem. Primeiro Noemi se casou com Elimeleque e foi-se
para Moabe, e estiveram muito bem durante um tempo, mas depois, o esposo e os
dois filhos de Noemi morreram e ela ficou só com as duas noras, Orfa e Rute.
Então começaram a passar uma situação difícil, e ela resolveu regressar para
seu povo, e Orfa vem com ela e também Rute; mas Orfa decide regressar e diz no
capítulo 1 de Rute, a partir do versículo 14:
“¹⁴Então levantaram a sua
voz, e tornaram a chorar; e Orfa beijou a sua sogra, porém Rute se apegou a
ela”.
Notem que
lindo é isso. Aqui Rute está representando a esposa, que vai chegar a ser
esposa de Boaz, o parente redentor; e ela vem de Moabe, não de Israel, senão
dos gentios, por isso é uma figura da Igreja. Mas observem que Rute tinha
acompanhado Noemi, quando se chamava Noemi, e que quer dizer prazerosa; e
acompanhou a Noemi quando ela disse que não a chamassem mais Noemi, em contrapartida
Orfa não. Orfa a acompanhou enquanto era prazerosa, mas logo regressou,
enquanto Rute continuou.
“¹⁵Por isso disse Noemi:
eis que voltou sua cunhada ao seu povo e aos seus deuses; volta tu também após
tua cunhada. ¹⁶Disse, porém, Rute: Não
me instes para que te abandone, e deixe de seguir-te; porque onde quer que tu
fores eu irei, e onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu
povo, o teu Deus é o meu Deus; ¹⁷Onde quer que morreres morrerei eu, e ali
serei sepultada. Faça-me assim o SENHOR, e outro tanto, se outra coisa que
não seja a morte me separar de ti”.
Aqui Noemi representa a revelação no
Antigo Testamento; e logo Noemi guia Rute, que representa a revelação no Novo
Testamento. Logo Rute tem um filho e é considerado como se fosse de Noemi.
“¹⁸Vendo
Noemi, que estava totalmente resolvida a ir com ela, deixou de lhe falar.
¹⁹Assim, pois, foram-se ambas, até que chegaram a Belém; (em Belém era onde
ia nascer depois o Messias, mas antes que nasça, antes de que se forme Cristo
em ti, algo ocorre) e sucedeu
que, entrando elas em Belém, toda cidade se comoveu por causa delas, e diziam:
Não é esta Noemi? (havia tido seus momentos de glória, de abundância, de alegria, e agora assim, esta que só
desfrutava, agora da lástima) ²⁰Porém ela
lhes dizia: Não me chameis Noemi: chamai-me Mara; porque grande amargura me tem
dado (quem?) o Todo-Poderoso”.
Essa amargura lhe havia posto o Todo-Poderoso.
Ah! Eu pensava que era somente o diabo. Não, o Todo-Poderoso. Graças a Deus,
isto faz Deus ao fazer-me passar por um lago de amargura. Eu pensava que tudo
ia ser felicidade. Não, assim não se forma o caráter de Deus, assim não se aprende o
caminho da cruz; a cruz não se aprende quando tudo é fácil; só se encontra o
caminho quando se passa por Mara, quando se dispõe a passar pela amargura.
Eu vivia no deleite, mas agora estou assim, por isso chama-me Mara. Mas graças
a Deus não termina aí o livro de Rute, nem o livro de Êxodo, nem o de Números,
mas que, está no caminho do cristão e do crente uma etapa de amargura, de
felicidades, de luta, de sequidão, sim, está. Deus não quer que o cristão o
ignore, por isso o deixou aqui como exemplo, para ensinar-nos, para
admoestar-nos e dar-nos esperança e consolo.
Voltemos ao capítulo 15 de Êxodo, quando os
israelitas chegaram ao lugar que chamaram Mara, e não puderam beber as águas de
Mara. Eles tinham sede, mas não se saciavam. Por quê? Porque as águas não eram
puras. Sabem, irmãos, que na nossa vida Cristã, costumamos misturar a carne,
misturar erros? Às vezes muitas pessoas começam a caminhar com Deus em um grupo
herético; alguns nem pensavam em Deus e de repente chegou um russelita na
porta, tocou e disse: Sabe que a Bíblia é a Palavra de Deus? Pois observem o que
diz, que há guerras, rumores de guerra e olhem o que Jesus Cristo profetizou
está acontecendo; o reino está próximo, o milênio está próximo. E começam a
interessar-se na Bíblia; começou por um grupo errado; não eram águas claras, e
claro que se alegram em algo. Irmãos, as experiências espirituais impuras,
deixam um sabor amargo. Quando a experiência é pura, o sabor é doce, mas quando
é impura, é um sabor amargo. Quando estais no Espírito, o sabor é doce, mas
quando estais na carne, na agitação da alma, é como seco, como pigarrento, como
amargo, como que algo faltou. Até podemos orar, mas, até mesmo a oração pode
esmagar-nos se não é no Espírito; algo está turvo, e por isso diz “... porque eram amargas; por isso se chamou
o lugar Mara”. Nós perguntamos, que acontece quando há amargura? O povo
murmura.
“²⁴E
o povo murmurou contra Moisés, dizendo: Que havemos de beber?
A amargura produz murmuração,
descontentamento. Às vezes nos dizem: ouçam, vocês são cristãos e como estão se
criticando, brigando? Bem, estais aí sentados nesse lago que se chama: Lagoa de
Morra, hoje se chama Morra, antes se chamava Mara. No princípio de nossa
experiência espiritual buscamos saciar-nos; no princípio buscamos estar
felizes, ter experiências de paz. No princípio se diz; eu gosto de ir à reunião
porque saio descarregado, me tira o estresse. Não buscamos ao Senhor, não;
buscamos desfazer-nos do estresse; não buscamos como adorá-lo, buscamos a
emoção tão agradável que sentimos quando cantamos; mas é muito distinto buscar ao
Senhor e buscar a emoção; tem que cantar ao Senhor sem emoção, porque não
cantamos a Ele porque nos emocionamos, cantamos porque Ele é digno, porque a
Ele pertence o louvor, porque Ele é digno de ser reconhecido, não por nossos
sentimentos ou experiências. No princípio nossas buscas são impuras, há
mistura, buscamos sentimentos, buscamos emoções, somos egoístas, somos
psicologicamente egoístas, buscamos água para saciar-nos, mas como há impureza
não ficamos saciados. Note, quando deixas tudo nas mãos de Deus e te humilhas,
parece que tudo se adoça, sabes por quê? Porque negastes a si mesmo; mas se
não, aí fica esse saborzinho como algo que não é, e observem qual é a solução
para Mara? Aí está.
A cruz de Cristo adoça as águas
“²⁵E
ele clamou ao SENHOR, e o SENHOR mostrou-lhe uma árvore, que lançou
nas águas, e as águas se tornaram doces. Ali lhes deu estatutos e uma
ordenança, e ali os provou”.
Que fez Jeová quando Moisés clamou?
Observe o que soluciona o problema da amargura. A árvore, a cruz; está arvore
representa a cruz. Cristo entrou nas águas da morte e as adoçou. Diz que Moisés
clamou a Jeová, e Jeová lhe mostrou essa árvore. Se não houvesse esse problema
da sequidão, da amargura, nós não buscaríamos ao Senhor, e quando buscamos ao
Senhor em amargura, o Senhor nos mostra uma árvore e essa árvore é a cruz. É a
cruz que vai adoçar as águas, mas depois. Sim, ao princípio não se nega a si mesmo,
não há nada, temos amargura, temos lutas e aí nós vamos ficar, na amargura, até
que metamos a árvore nas águas. Moisés colocou a árvore nas águas e as águas se
adoçaram. Aleluia! O que queremos é que não haja amargura, mas a amargura
continua até hoje. Esse lago é amargo. Observem este mapa, ele é recente, vejam
o que diz: Grande Lago Amargo. Mas, o que o adoça? A árvore. Então, no caminho
irmãos, se encontra amarguras, e essas amarguras não vão ser adoçadas até que
se meta a cruz na sua amargura. Somente quando metes a cruz, o negar a si
mesmo, humilhar-se, aí se acaba o problema; enquanto isso, segue lutando consigo
mesmo, justificando-se, brigando, um conflito no coração até que termina
consigo mesmo, e quem sou eu para exigir? E quando metas a árvore nas
águas amargas tudo se muda, se adoçam as águas, mas enquanto não metes a árvore
nas águas continua a amargura, continua o problema. O Senhor tinha que ensinar
a seu povo a tomar a cruz, e por isso não faz as coisas fáceis. Observem que
aqui, diz Deus que fez de propósito. Diz: “...
Ali lhes deu estatutos e uma ordenança, e ali os provou”. Isso nos diz que
quando estamos em amargura, Deus está nos provando.
A cruz e as provas da parte de Deus
Irmãos, essas são as provas, e são da parte de
Deus. Quem atribuiu as circunstâncias a Noemi? Acaso descuidou-se Deus por um
momento, e veio o diabo pelas costas e tocou a sua querida Noemi que iria
aparecer na Bíblia? Não, não. Deus sabia que tinha que acontecer assim.
Deus sabe que essa é uma etapa em nosso caminho; tem que passar por amarguras,
sentir sabores amargos, mas adoçados pela árvore; e a árvore é a cruz. Até que não
nos decidamos aceitar a cruz, a amargura continua, e ela segue, e o que estamos
sendo? Provados.
Irmãos, essa palavra: “Para que sejais provados”, é um palavra
que aparece em muitas partes; a palavra prova da parte de Deus existe em muitos
versos da Bíblia. Há muitos, mas vou ler só dois textos. Vamos ler um em
Apocalipse, capítulo 2, mensagem a Esmirna. Ali, a Palavra do Senhor nos diz o
seguinte, nos versículos de 8-11: “⁸E ao
anjo da igreja que está em Esmirna...”: Sabe que a palavra Esmirna vem de
Mirna e vem de mirra e vem de Morra e de Mara e de amargura, é a mesma palavra;
agora aparece aqui em Apocalipse no sentido profético, porque esta é uma
profecia, a igreja em Esmirna, ou seja, igreja em amargura, igreja em prova, e
quem é que fala a igreja quando está em prova? Diz: “... Isto diz o primeiro e o último, que foi morto e reviveu”.
Algo que havíamos mencionado já em
outras ocasiões aos irmãos; como há irmãos novos e está sendo gravado vou
dizê-lo outra vez. Cada vez que o Senhor fala a uma igreja, Ele se apresenta com as
credenciais que a igreja necessita neste assunto. Se está enferma,
Yahveh-Rafah, o que Sara, por isso aqui nessa situação Ele se revela como
Yahveh-rafah; é aqui onde há enfermidade, onde há dor, onde há situações
difíceis; aí é quando Ele se revela como o que Sara. Essa é a cruz; primeiro
Mara, então está a árvore, está a prova passada e está a revelação de
Yahveh-rafah, o que Sara, que está nessa passagem. A palavra Pérgamo, que era
uma igreja muito misturada, como quer dizer Pérgamo, então Ele diz: “... Isto diz aquele que tem a espada aguda
de dois fios”, porque a espada é para separar o misturado, o santo do
profano, o precioso do vil, o espiritual do carnal. Mas a situação de Esmirna
era de prova, então o Senhor vai se apresentar como o que esteve morto, mas
reviveu. Ele não vai dizer: “Eu sou o
que está entre os sete candeeiros”,
não; a Éfeso sim, porque Éfeso quase perde o candeeiro. Teu candeeiro vai ser
tirado, “Eu sou o que estou entre os sete
candeeiros”. Como dizendo, não quero seis, quero sete; essa era a situação
de Éfeso; a de Esmirna era outra. Então como vai se apresentar o Senhor a
Esmirna? Como o que esteve morto, mas reviveu; quer dizer, como Ele, depois de
haver passado pela morte, depois de haver enterrado a árvore nas águas amargas,
as adoçou, as mudou, mas o que mudou?
A cruz.
O que perder a sua vida a
ganhará, mas o que não a perder agora, a perderá.
Então diz ali: “⁹Conheço as tuas obras, e tribulações, (o Senhor diz: conheço sua
tribulação) e pobreza (a igreja às
vezes é pobre, mas acaso não se proclama que a igreja deve ter muito dinheiro?
Não, aqui o Senhor diz que conhece a pobreza da igreja em amargura; às vezes a
amargura é por aperto econômico, e entre parênteses lhe diz): (mas tu és rico), (mas isso é entre
parênteses, isso é espiritualmente), e a
blasfêmia dos que se dizem judeus, e não o são, mas são a sinagoga de satanás.
(quer dizer que estava em conflito com ela) “¹⁰Nada
temas das coisas que há de padecer (não diz: não temas porque não vai
padecer, não; vai padecer, já estava padecendo tribulação, já estava padecendo
pobreza e diz: vai padecer, contudo, um pouco). Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais
tentados”. Aí está, para que? Para que sejais tentados; quer
dizer, as águas amargas, a estação de amargura é para ser provados para ver ao
fim no que resulta. Observem, irmãos, por aí não sei se em Usaquén vi um
letreiro, não recordo em que rua, mas creio que é perto da casa de Martica, que
diz assim: <<Alto chega o que sabe
aproveitar o vento contrário>>. O avião sobe porque sabe aproveitar o
vento contrário, o vento é contrário e se ele não o aproveita, o vento não o
deixa decolar, mas ele sabe como enfrentar o vento; o mesmo vento contrário é o
que decola o avião; então, alto chega o que sabe aproveitar o vento contrário.
Por isso diz aqui: “para que sejais
tentados”, e os provou, diz ali em Êxodo; para que sejais tentados, diz
aqui em Esmirna.
Segue dizendo o versículo: “e tereis uma tribulação de dez dias”.
Não pense que as dez grandes perseguições do Império Romano contra o
cristianismo foram coisas leves. Faz poucos dias, segunda passada, nossa irmã
Marlene estava aqui orando com outras irmãs, na última reunião das varoas; ou
seja, não faz nem uma semana, o Espírito lhe disse assim: Tortura, tormento e
barricada. Nem sempre tem sido fácil, muitas vezes tem havido vento contrário,
mas é para que aprendamos a subir com ajuda do vento contrário; o vento
contrário vem para ajudar-nos a subir. Senhor Jesus! Será que estamos
profetizando? Que não queira Deus, mas sim o quer, bem. “Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais
tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até a morte, e dar-te-ei
a coroa da vida”. Se diz: Sê fiel até que... não, até a morte; é até a
morte. “... e dar-te-ei a coroa da vida”.
Eu estive morto, por isso Eu sou o que me apresento como o que estive morto; Eu
estive morto, verdade? Mas eis que vivo. Sê fiel até a morte e Eu, o que vivo
depois de passar pela morte, “dar-te-ei a
coroa da vida. ¹¹Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: O que
vencer não receberá o dano da segunda morte”; quer dizer, sofrerá o da
primeira, mas não o da segunda. Mas outros, que não querem sofrer o dano da
primeira morte, sofrerão o da segunda; mas o que vencer, não sofrerá o dano da
segunda morte; esse sim é um sofrimento eterno: A segunda morte.
Outra
passagem está no livro de Juízes. No livro de juízes, lemos no capítulo 2:3: “Assim também eu disse: Não os expulsareis
diante de vós; (a todos os inimigos) antes
estarão como espinhos nas vossas ilhargas, e os seus deuses vos serão por laço”.
Deus permite ficarem algumas nações para que o caminhar de Israel não fosse
fácil. Deus permitia situações conflituosas com o propósito de que o passo não
fosse fácil. Porque Deus não quer que seja fácil? No capítulo 3 Ele dá a razão.
Diz: “¹Estas, pois, são as nações que o SENHOR deixou
ficar, para por elas provar a Israel, a saber, a todos os que não sabiam de
todas as guerras de Canaã”; não haviam
conhecido as guerras. Então Deus quer que conheçamos as guerras. Amados e
especialmente os irmãos mais novos, não se desanimem, Deus quer que conheçamos
as guerras. Nós dizemos: Ai! Mas se somos o povo de Deus e Deus nos comprou; é
precisamente porque cuida de nós, que quer que conheçamos as guerras; essa é a
maneira como Ele cuida de nós, não permitindo colherzinha de prata o tempo
todo, não irmãos. Somente para que a linhagem dos filhos de Israel conhecesse a
guerra, para que ensinasse aos que antes não haviam conhecido, e menciona aos
príncipes dos filisteus no verso 3 e no 4, diz: “Estes, pois, ficaram, para por eles provar a Israel, para saber se
dariam ouvido aos mandamentos do SENHOR, que ele tinha ordenado a seus pais,
pelo ministério de Moisés”. É que no
momento da prova não temos mais vontade de obedecer, senão de atirar a toalha,
e justamente qual foi o momento em que o Senhor começou a dar os mandamentos?
Em Mara; todavia não eram os dez mandamentos, não. Qual foi o primeiro
mandamento que Deus lhes deu, aqui em Mara? Pôr a árvore nas águas amargas,
esse é o primeiro mandamento, porque no capítulo 20, é que recém chegam os dez
mandamentos.
Aonde o Espírito levou o próprio Senhor? Ao deserto para ser tentado
pelo diabo; não foi assim? O Senhor Jesus passou por aqui, e por isso está nos
conduzindo. Ele ia começar, e por onde começou? Pelo deserto, para ser tentado
pelo diabo durante quarenta dias, e teve fome; por aí começou o Senhor Jesus.
Então, voltando a Êxodo 15:25: “²⁵E ele clamou ao SENHOR, e o SENHOR mostrou-lhe
uma árvore, que lançou nas águas, e as águas se tornaram doces. Ali lhes deu
estatutos e uma ordenança, e ali os provou”.
Aí foi quando começou a preparar seu coração para seguir a Deus. Somente se
sabe, se de verdade vai seguir a Deus, quando a coisa está difícil. Quando
a coisa está fácil todo mundo quer, mas quando a coisa fica “cabeluda”, aí é
quando recém se sabe quem em verdade vai obedecer a Deus ou não. Então
diz aqui, observem as duas coisas: “²⁶E
disse: Se ouvires atento a voz do SENHOR teu Deus,...”, notem quando foi que Deus começou a falar
estas coisas: em Mara, na prova, na amargura, é ali quando o Senhor nos diz: se
me ouvires atentamente e fizeres o que é reto, porque aí é quando não queremos
ouvir, ou quando somos tentados a fazer o distorcido. Quando as coisas são fáceis
todos somos bons; mas quando estamos enfrentando a situação, é quando
descobrimos que não somos bons e é quando nos cabe vencer através da árvore, “da
cruz”; e diz: “Se ouvires atento
à voz do SENHOR teu Deus, e fizeres o que é reto
diante de seus olhos, e inclinares os teus ouvidos aos seus mandamentos, e
guardares todos os seus estatutos,
(aí vem a revelação de Deus) nenhuma das
enfermidades porei sobre ti, que pus sobre o Egito; porque eu sou o SENHOR que te sara (Yahveh-rafah)”. Aqui é quando pela primeira
vez o Senhor se revela como o que Sara. Mas observem em que momento, depois que
os provou na amargura; é depois de passar pela amargura que parecia que era
impossível entender.
Irmãos, é que nossas emoções são
(perdão que o diga assim) bem desprezíveis, vis, sem nenhum valor, são
terríveis. Quando estamos lutando com as nossas emoções é uma coisa difícil,
mas diz aqui: lança a árvore; quando clamas, que há de fazer agora? O que tem
que fazer é pôr esta árvore, a solução é a cruz, a cruz é que a adoça, não há
outro açúcar para isso; o açúcar é a cruz e depois então que se adoçaram as
águas se revela Deus como o que Sara. Claro,
saí, eu pensei que não ia conseguir passar por esta situação, é que eu não
posso nem ver esta pessoa, não posso nem saudá-la; de repente já podes, me
ensinou Deus, que terrível não? E diz: “...
porque eu sou o SENHOR que te sara”. Yahveh-rafah. Assim termina Mara. Isso é o
que se aprende em Mara; é tomar a cruz até que as águas se adocem e descobrir
que Deus nos sara e nos livra dos egípcios. Os do mundo não podem ser
livrados e levam até a tumba os seus ressentimentos, mas o que segue o Senhor,
não. Por isso diz: Eu firo, não é sua sogra, Eu firo e Eu saro, diz o
Senhor. Mara, que estação séria, não? Aí termina, o Senhor nos ajude. Graças ao Senhor.
Agradeçamos a Deus.
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