Jornada 11
R
E F I D I M[1]
“E partiram de Alus, e acamparam-se em Refidim;
porém não havia ali água, para que o povo
bebesse”.
Números 33:14
Sustento
na sequidão
Vamos ao livro de
Números, capítulo 33, versículo 14, para encontrar ali o verso base da jornada
que corresponde ao dia de hoje. Diz: “E
partiram de Alus, e acamparam-se em Refidim;
porém não havia ali água, para que o povo
bebesse”. Hoje a jornada correspondente é Refidim e é curioso que o
Espírito Santo quis sinalizar especificamente esta jornada de Refidim com esta
frase que sintetiza muitos outros versos em sua descrição mais ampla que vamos
ver em Êxodo; mas aqui o Espírito Santo tomou uma frase para dizer qual era a
situação chave em Refidim, onde o povo não teve água para beber. É curioso, as
jornadas anteriores foram jornadas sérias. Dofca mostrando-nos que realmente
para Deus, o ouropel do mundo nem
sequer é ouropel[2], não tem nenhum valor; e
Alus que significa alvoroço, problemas, escândalo, algo que tão pouco o Senhor
quer que nos detenhamos neles. Eu penso que é muito normal que depois de passar
pelo mundo e passar por alvoroços, por situações difíceis, o povo fique em uma
situação de sequidão, uma situação de deserto, digo, deserto, e por isso é que
depois de Alus vem Refidim, onde o povo não teve água para beber. Mas eu quero
chamar a atenção desde o princípio ao nome desta estação: Refidim. Neste caso a
palavra Refidim faz um total contraste com o que povo vivia, porque Refidim,
quer dizer, não a palavra, mas a estação chamada Refidim, o povo não teve água
para beber, no entanto, a palavra Refidim quer dize sustento, quer dizer suporte,
no idioma hebraico, então é interessante ver que foi Deus que guiou Israel por
Refidim. Recordemo-nos que nenhuma destas estações era tomada pelo povo segundo
sua própria direção e nem sequer segundo a direção de Moisés; recordemo-nos que
era a nuvem que se levantava, era a nuvem que continuava.
Entre Dofca e Alus havia 19 quilômetros; entre Alus e
Refidim, 13 quilômetros, portanto a nuvem de glória se levantou de Alus e andou
13 quilômetros pelo deserto e chegou à parte bem ao sul da península do Sinai,
a Refidim, onde aparece a penha de Horebe, no monte Sinai, na parte mais
meridional ao sul da península do Sinai; e ali era onde se encontrava Refidim.
Chegaram praticamente a um extremo, e disse que ali o povo não teve água para
beber. É interessante, como vamos ler agora em Êxodo, que o mesmo lugar chamado
Refidim é chamado também Masah, que significa prova, e é chamado também de
Meribá, que significa rixa; ou seja, são distintos nomes; houve rixa porque o
povo foi provado, e, no entanto, Deus foi seu sustento. É justamente aqui nesta
situação difícil onde o povo, aparentemente por fora, não tinha água para
beber, que Deus estava provando ao povo quando depois Moisés edificou o altar a
Yahveh-Nissi ou Jeová nosso estandarte. A jornada de hoje, Refidim, é uma
jornada cristológica por excelência, e por isso o marco de ação que o Senhor
coloca, é o povo não tendo nada que beber; quer dizer, se fosse por si mesmo o
povo não serviria senão para morrer e secar-se no deserto; mas quem o conduziu
a este lugar tão misterioso até dar-se conta de que se não fosse ajudado pela
rocha ferida e pela cruz, não poderia sobreviver naquela situação, foi Deus. É
Deus que conduz o povo a uma situação tal onde só pode ser ajudado por Cristo;
e isso é o que encerra essa situação de Refidim: Sustento, suporte, em meio a
uma situação tão difícil; isso Deus quer nos ensinar.
Então, irmãos, vamos regressar ao livro de Êxodo, onde essa
estação de Refidim está bem explicada em dois capítulos. Há estação onde não
tem muito que aprender, somente sabemos que existem e tem que passar por ali, e
pronto, já é suficiente; mas por outro lado há outras coisas, como essa e a
próxima onde o Espírito se demorou muito tempo, mas na próxima; mas já nesta
começa o Senhor a nos introduzir nas coisas essenciais. Então, no Êxodo 17 e
18, os dois capítulos correspondem à estação de Refidim. Nesta estação vemos
três principais sessões: a primeira sessão é que tem a ver
com a rocha de Horebe, a segunda sessão é que tem a ver com
a guerra contra Amaleque e o levantamento do altar a Yahveh-Nissi, e a
terceira sessão é a que tem a ver com a nomeação dos juízes por parte
de Moisés; estas são as três sessões de Refidim. Primeira, a penha de Horebe, a
segunda, a guerra contra Amaleque e o altar a Yahveh-Nissi ou Jeová nosso
estandarte, e a terceira sessão: o estabelecimento dos juízes em Israel. Então
irmãos, vamos fazer um seguimento lendo estes dois capítulos e fazendo um
pequeno comentário onde for necessário.
Cristo,
a rocha ferida
Êxodo 17: “¹Depois toda a congregação dos filhos de
Israel partiu do deserto de Sim pelas suas jornadas, (Dofca e Alus) segundo o mandamento do SENHOR, e acampou em
Refidim; e não havia ali água para o povo beber”. Note que é Deus que
conduz a Seu povo a uma situação onde se descobre que necessita um salvador; é
o que diz a lei. Deus vai pouco a pouco conduzindo o Seu povo para estar
debaixo da lei. Na próxima estação já chegamos ao Sinai, onde é dada a lei, mas
o que nos diz Romanos? Que a lei foi dada para que o pecado abundasse, para
demonstrar que a condição do homem é absolutamente necessitada de Cristo[3], e é justamente o que
Refidim nos mostra. É aí por esses mesmos lugares onde está o deserto de Sinai,
o monte Sinai, a penha de Horebe, por todos esses lugares. Então aqui é o
Senhor. Estas jornadas são conforme o mandamento de Jeová; não foi que Moisés
se perdeu, que o povo se perdeu, que eles iam para onde queriam, não. Deus
conduziu o povo a uma situação onde se deram conta que necessitava de Deus, da
graça de Deus, da intervenção de Deus; isto é muito importante, que em nossa
vida cristã às vezes Deus nos leva a um rincão onde nós não podemos fazer nada,
onde se fosse só por nossas próprias forças, simplesmente morreríamos,
simplesmente atiraríamos a toalha de forma definitiva, como é de costume esse
ditado entre nós. Mas Deus os conduziu por este caminho para revelar-lhes algo
mais da Sua graça, algo mais de Cristo; mas para revelar a Cristo necessitamos
conhecer o jugo da lei, porque o jugo da lei tem que nos mostrar a
impossibilidade da nossa natureza. Então diz: “... e acamparam em Refidim; e não havia ali água para o povo beber”.
Note que Deus os conduziu para onde não havia água, onde estavam praticamente a
mercê da morte; quer dizer, melhor dizendo, a mercê somente de Deus; é ali onde
se não é Deus não é nada, onde conhecemos a Deus. Amém? Às vezes, todavia quando temos a
conta corrente ainda com alguns centavinhos, quando temos as coisas seguras,
pois bem, é mais fácil confiar em Deus, mas às vezes o Senhor tem que nos levar
a um ponto onde somente Ele é a resposta e isso é Refidim. O povo não
tinha água para beber e Deus o levou ali; parecia uma loucura e vão entender
porque foi uma rixa do povo, e o povo estava cego; o povo não se dava conta que
era Deus que queria revelar-se e o que eles viam era o problema, e se
levantaram contra Moisés, mas por isso sublinho aqui essa leitura: “... jornadas, segundo o mandamento do
SENHOR...”.
“²Então contendeu o
povo com Moisés, e disse: Dá-nos água para beber. E Moisés lhes disse: Por que
contendeis comigo? Por que tentais ao SENHOR?” Claro, eles não podiam ver a
Deus, ainda que Deus estivesse ali; sempre os estava acompanhando, todavia eles
duvidavam da presença de Deus. Mais adiante, vocês vão se dar conta de como
termina esta sessão, quando dizem “...Está
o SENHOR no meio de nós, ou não?” Essa era a pergunta do povo: “...Está o SENHOR no meio de nós, ou não?”
Parece que não, porque não havia água para beber, nós estamos morrendo, vamos
aparecer como esses ossos de camelos, ressecados no deserto; então, eles foram
provados, porque ali diz que foram provados, foram provados em Meribá. Diz o
Salmo 81:7 “...provei-te nas águas de
Meribá”. Foram provados em Massá, Massá quer dizer prova. Então diz ali
disputou o povo com Moisés, como se a culpa fosse de Moisés. Moisés diz: a
nuvem está indo para lá, já faz anos conosco neste deserto; mas bem, tu sabes
Senhor, eu só creio em ti. E lhe disseram: Dá-nos água para que bebamos. E
Moisés lhes disse: Por que disputais comigo? Por que tentais a Jeová? Notem que
no caso do Senhor Jesus, Ele também foi conduzido pelo Espírito Santo ao
deserto e Ele também esteve no deserto e tinha fome e veio o diabo e lhe disse:
“... Se tu és o Filho de Deus, manda que
estas pedras se tornem em pães.”, e outras tentações; mas como lhe
respondeu o Senhor? “... Não tentarás o
Senhor teu Deus.”; mas se vocês querem ver onde foi que o Senhor aprendeu
está resposta, foi em Deuteronômio, onde “também
está escrito”. Onde está escrito isso? Em Deuteronômio 6:16, e diz assim: “...Não tentarás o SENHOR teu Deus, como o
tentastes em Massá”. O Senhor estava no deserto e não tinha o que comer,
mas ele não fez nada por si mesmo, nem protestou contra Deus, e satanás o
tentou e Ele disse: “... Dito está: Não
tentará ao Senhor teu Deus”[4].
Onde estava escrito? Aqui em Deuteronômio 6:16; em relação a que? A tentação no
deserto de Israel. O Senhor sim, passou pela prova que Israel não passou, o
Senhor foi fiel e confiou em Deus. Estava no deserto, mas disse: “... Nem só de pão viverá o homem, mas de
toda a palavra que sai da boca de Deus” (Mateus 4:4); ou seja que enquanto
Israel disse: “...Está o SENHOR no meio
de nós, ou não?” O Senhor disse: Jeová está comigo; quer dizer que não
importa que estivesse rodeado de um deserto e levasse quarenta dias sem comer
nem beber; Ele sabia que Deus estava com Ele. Irmãos que tremendo, o Senhor é o
contraste, o Senhor é a resposta para esta condição de deserto em Refidim.
“Por que contendeis
comigo? Por que tentais ao SENHOR?” Notem que contender, é tentar a Deus, é
tratá-lo como ausente, tratá-lo como descuidado, tratá-lo como infiel; isso é
tratar a Deus como infiel, tratar a Deus como descuidado, tratar a Deus como se
não soubesse o que está fazendo, isso é tentar a Deus. Não se dá conta que quando
está protestando, está tentando a Deus, que está provocando a ira de Deus. No
Salmo 81, diz que o Senhor foi provocado. Então diz aqui: “³Tendo pois ali sede de água, o povo murmurou contra Moisés, e disse:
Por que nos fizestes subir do Egito, para nos matares de sede, a nós e a nossos
filhos, e ao nosso gado?” É como dizer, estávamos melhor no mundo; quando
estava nos mundo não tinha problemas, mas agora que sou cristão, olhem, a coisa
se arruinou, agora estou aqui em uma situação difícil. Será que Deus está
comigo? Sim, exatamente Ele está sim!
“⁴E clamou Moisés ao SENHOR, dizendo:
Que farei a este povo? Daqui a pouco me apedrejará”.
Aleluia! Graças a Deus que o Senhor sim estava, onde eles pensavam que não
estava; essa é a resposta de Deus. “⁵Então disse o SENHOR a Moisés: Passa
diante do povo, e toma contigo alguns dos anciãos de Israel; e toma na tua mão
a tua vara, com que feriste o rio, e vai. ⁶Eis
que eu estarei ali diante de ti sobre a rocha, em Horebe, e tu ferirás a rocha,
(esta
é a rocha ferida) e dela sairão águas e o
povo beberá. E Moisés assim o fez, diante dos olhos dos anciãos de Israel”.
Em 1 Coríntios 10, o Espírito Santo através do apóstolo Paulo nos interpreta
com extrema clareza, a quem se referia essa rocha. Leiamos 1 Coríntios 10:4: “E beberam todos de uma mesma bebida
espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era
Cristo”. Então esta rocha aparece no momento mais difícil, digamos no
momento da morte, no momento quando não há salvação, se não fosse mesmo por
Deus. Agora, qual foi a salvação de Deus? Como se demonstra que Deus sim está
presente? Por meio de uma rocha ferida; essa rocha ferida é Cristo, quem foi
crucificado por nossos pecados, foi atravessado por uma lança e saiu sangue e
água, para dar-nos vida eterna. “Mas
aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu
lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna” (João
4:14); quer dizer, Deus estava conduzindo a Seu povo, através da situação mais
difícil, para conhecer o mais glorioso de Deus, que é Seu próprio Filho, seu
próprio Cristo; esse é esta rocha, isto é o que é esta rocha. “Eis que eu estarei diante de ti sobre a
rocha em Horebe...”. Moisés tinha fé; os demais viam senão deserto e uma
rocha, mas hoje em dia sabemos o que é a rocha de Horebe; por isso cantamos: “Cristo é a penha de Horebe que está brotando
água de vida saudável para mim, Cristo é a penha de Horebe que está brotando
água de vida saudável para mim, vem bebê-la que é mais doce que o mel, refresca
a alma, refresca todo o meu ser. Cristo é a penha de Horebe que está brotando
água de vida saudável para mim”. Amém.
“Eis que eu estarei
ali diante de ti sobre a rocha, em Horebe, e tu ferirás a rocha, (uma só
vez tinha que ferir a rocha) e dela
sairão (a rocha ferida) águas e o
povo beberá...”. Que maravilha, irmãos, ter a Cristo quando não se tem nada
mais. Com razão se escreve nas rochas: Cristo a única esperança. Aleluia! “... E Moisés assim o fez, diante dos olhos
dos anciãos de Israel. ⁷E
chamou aquele lugar Massá e Meribá, (Massá quer dizer prova,
Meribá quer dizer rixa) por causa da
contenda dos filhos de Israel, e porque tentaram o SENHOR, dizendo: Está o SENHOR no meio de nós, ou não?”
Isso é tentar a Deus, duvidar de Sua presença na hora da morte, na hora da
prova mais difícil. Sim Jeová está. Sim está, está a rocha e está Jeová, Amém!
Agora irmãos venham comigo ao Salmo 81; é um salmo que escreveu Asafe, no livro
terceiro dos salmos. Diz desde o versículo 7:
“⁷Clamaste na angústia, e te livrei;
respondi-te no lugar oculto dos trovões; provei-te nas águas de Meribá. (Selá.)
⁸Ouve-me, povo meu, e eu te atestarei:
Ah, Israel, se me ouvires! ⁹Não
haverá entre ti deus alheio, nem te prostrarás ante um deus estranho. ¹⁰Eu sou o SENHOR teu Deus, que te
tirei da terra do Egito; abre bem a tua boca, e ta encherei. ¹¹Mas o meu povo
não quis ouvir a minha voz, e Israel não me quis. ¹²Portanto eu os entreguei
aos desejos dos seus corações, e andaram nos seus próprios conselhos. ¹³Oh! Se
o meu povo me tivesse ouvido! Se Israel andasse nos meus caminhos! ¹⁴Em breve abateria os seus inimigos, e
viraria a minha mão contra os seus adversários. ¹⁵Os que odeiam ao SENHOR
ter-se-lhe-iam sujeitado, e o seu tempo seria eterno. ¹⁶E o sustentaria com o trigo mais
fino, e o fartaria com o mel saído da rocha”.
Ali mesmo em Deuteronômio 6:16 onde estivemos agora, há uma
palavra interessante: “Não tentarás o
SENHOR vosso Deus, como o tentaste em Massá”, e ali dizia: tentaram a Jeová.
Como é tentar a Jeová? Tenta-se ao Senhor dizendo: “... Está o SENHOR no meio de nós, ou não?” Às vezes estamos
passando por uma situação, pode ser de sequidão emocional, pode ser que não
estamos sentindo alguma coisa agradável, e vem a dúvida. Estará Jeová entre
nós, ou não? Mas que disse o Senhor Jesus? “...
e eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.”
(Mateus 28:20). Então, observem uma coisa, nós estamos sendo provados e podemos
tentar a Deus, ao duvidar de Deus. Deus quer que saibamos que Ele está na
prova. Dizer ou duvidar que Ele está, é tentá-lo; duvidar que Ele está, é
tentá-lo. Quem é o povo que não entra em repouso? O que duvida. Vamos a
epístola aos Hebreus para que entendamos o quanto é sério duvidar do Senhor;
duvidar D’Ele é não confiar. Leiamos Hebreus desde 3:7
“⁷Portanto, como diz o Espírito Santo:
Se ouvirdes hoje a sua voz, ⁸Não
endureçais os vossos corações, Como na provação,
(não crer é endurecer o coração) no dia
da tentação no deserto”. No deserto há uma tentação, e ali podemos correr o
risco de provocar o Senhor “⁹Onde vossos pais me tentaram, me
provaram, E viram por quarenta anos as minhas obras. ¹⁰Por isso me indignei contra essa
geração, E disse: Estes sempre erram em seu coração, E não conheceram os meus
caminhos. ¹¹Assim jurei na minha ira que não entrarão no meu repouso”.
Quer dizer, que quem não confia não pode descansar; só o que
confia, descansa. O descanso começa com a confiança em Deus; ainda que pareça que
não está, não podemos dizer: Estará Jeová
entre nós, ou não? E aí está, não importa o que está acontecendo, Ele
está aí. Ele pode mostrar-se como nosso Deus, porque nos mostramos como Seu
povo.
“¹²Vede, irmãos, que
nunca haja em qualquer de vós um coração mal e infiel, para se apartar do Deus
vivo. ¹³Antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se
chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado; ¹⁴Porque nos tornamos participantes de
Cristo, se retivermos firmemente o princípio da nossa confiança até o fim. ¹⁵Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes a
sua voz, Não endureçais os vossos corações, como na provocação. ¹⁶Porque, havendo-a alguns ouvido, o
provocaram; mas não todos os que saíram do Egito por meio de Moisés. ¹⁷Mas com quem se indignou por quarenta
anos? Não foi porventura com os que pecaram, cujos corpos caíram no deserto? ¹⁸E a quem jurou que não entrariam no
seu repouso, senão aos que foram desobedientes? ¹⁹E vemos que não puderam entrar por
causa da sua incredulidade”.
Somos feitos participantes de Cristo, como Moisés. Ele
golpeou a rocha saíram águas. Quando somos nós participantes? Se retemos nossa
confiança; contanto que retenhamos firme até o fim, a nossa confiança desde o
princípio; que não haja em nós coração mal, de que? De incredulidade, quer
dizer, não confiar em Deus, ver somente o visível. Em contra partida, que se
diz de Moisés? Que se susteve como vendo o invisível. Amém!
Guerra
com Amaleque
Então, voltemos ali ao
capítulo 17 de Êxodo. Olhem em que momento satanás o aproveitador aparece; ali
nesse momento, quando estava a provocação, a tentação, a situação difícil,
quando parecia que Deus não estava; parecia, mas sim estava, mas parecia que não.
“⁸Então
veio Amaleque, e pelejou contra Israel em Refidim”;
notem irmãos, onde escolhe satanás pelejar. Em outra passagem da Bíblia diz que
veio agarrar aos mais débeis, os que estavam ficando para trás; este é o
momento em que satanás enfileira sua bateria. Ali quando parece que o Senhor
não está, ali vem com toda sua força Amaleque e pelejou contra Israel. “⁹Por
isso disse Moisés a Josué: (recordem-se que Josué é figura de
Cristo, como Moisés também com os braços abertos é figura de Cristo) Escolhe-nos homens, e sai, peleja contra
Amaleque; amanhã eu estarei sobre o cume do outeiro, e a vara de Deus estará na
minha mão. ¹⁰E
fez Josué como Moisés lhe dissera, pelejando contra Amaleque; mas Moisés, Arão
e Hur subiram ao cume do outeiro. ¹¹E acontecia que, quando Moisés levantava a
sua mão, Israel prevalecia; mas quando ele abaixava a mão, Amaleque prevalecia.
¹²Porém as mãos de Moisés eram pesadas, por isso tomaram uma pedra, e a puseram
debaixo dele, para assentar-se sobre ela; e Arão e Hur sustentaram as suas
mãos, um de um lado e o outro do outro; assim ficaram as suas mãos firmes até
que o sol se pôs.¹³E assim Josué desfez a Amaleque e a seu povo, ao fio da
espada”.
Notem que figura da cruz de Cristo tão tremenda. Enquanto
esteve Moisés com as mãos estendidas como a cruz de Cristo, prevalecia Israel;
tão pronto baixava as mãos, prevalecia Amaleque; quer dizer, se não estamos em
Cristo, se não estamos olhando a cruz, se não fora pela cruz seríamos
derrotados. Mas enquanto temos os olhos fixos na cruz, enquanto a obra do
Senhor Jesus e sua intercessão por nós esteja de pé, prevaleceremos contra
Amaleque. Notem, aparecem as circunstâncias mais terríveis e esse é o momento que
satanás julga oportuno e vem atacar, justo nesse momento, mas aí está a cruz do
Senhor e a intercessão do Senhor. Quando não estava a cruz, prevalecia
Amaleque, quando estendia seus braços, estava a cruz, prevalecia Israel. “¹⁴Então
disse o SENHOR a Moisés: Escreve isto para memória num livro, e relata-o aos
ouvidos de Josué; que eu totalmente hei de riscar a memória de Amaleque de
debaixo dos céus”. Notem que Deus está interessado que o
incidente de Refidim esteja escrito num livro para memória, ou seja, Deus quer
que tenhamos isso presente, especialmente no momento da dificuldade, no momento
da luta. Lembremo-nos, Deus disse: Escreve isto, meu povo sempre necessitará
disso, Meu povo sempre tem que recordar que Eu estou no deserto. Quando
parece que não há nada, Eu estou; quando parece que o inimigo atacou no momento
mais terrível, Eu estou; temos que olhar a rocha ferida, a cruz de Cristo, aí
está o Senhor; e diz: “¹⁵E Moisés edificou um altar, ao qual
chamou: O SENHOR É MINHA BANDEIRA”. Jeová é
nosso estandarte, ou seja, Ele é o que vai adiante de nós, Ele é nossa
vanguarda, nossa bandeira; foi o Senhor que os conduziu a essa experiência, foi
o Senhor que quis ensinar através dessa prova. Se cremos, a rocha flui, se
olhamos a cruz, se prevalece; se não cremos nos afundam e nos afundamos.
Também o encontramos em Deuteronômio 25:17-19. Diz o Senhor:
“¹⁷Lembra-te
do que te fez Amaleque no caminho, quando saías do Egito”.
Quem foi que fez isso? Esse perverso, que aproveitou essa hora terrível e o
povo protestava era contra Deus e contra Moisés; mas Deus estava ali, o malvado
era outro. “¹⁸Como te saiu ao encontro no caminho,
e feriu na tua retaguarda todos os fracos que iam atrás de ti, estando tu
cansado e afadigado; e não temeu a Deus. ¹⁹Será,
pois, que, quando o SENHOR teu Deus te tiver dado repouso de todos os seus
inimigos em redor, na terra que o SENHOR teu Deus te dá por herança, para
possuí-la, então apagarás a memória de Amaleque de debaixo do céu; não te
esqueças”. Quer dizer que o Senhor nos mostra que Ele é o que
está por nós e que o que é um miserável é ao que toleramos tudo, ao diabo; em
contra partida o Senhor diz: Recorda-te disso e apaga sua memória.
Agora vamos ao livro de Samuel, capítulo 15. O que foi que
fez Saul? Perdoou Agague o amalequita. Façamos uma leitura rápida em 1 Samuel
15, para entender o importante de acabar com Amaleque, saber quem é o perverso,
quem é que quer destruir-nos nos momentos difíceis: “¹Então disse Samuel a Saul: Enviou-me o SENHOR a ungir-te rei sobre o
seu povo, sobre Israel; ouve, pois, agora a voz das palavras do SENHOR. ²Assim
diz o SENHOR dos Exércitos: Eu me recordei do que fez Amaleque a Israel; como
se lhe opôs no caminho, quando subia do Egito (isso é o que faz satanás
contra nós). ³Vai, pois, agora e fere a Amaleque;
e destrói totalmente a tudo o que tiver, e não lhes perdoes; porém matarás
desde o homem até à mulher, desde os meninos até aos de peito, desde os bois
até às ovelhas, e desde os camelos até aos jumentos. ⁴O que Saul convocou ao povo, e os
contou em Telaim, duzentos mil homens de pé, e dez mil homens de Judá. ⁵Chegando, pois, Saul a cidade de
Amaleque, pôs emboscada no vale. ⁶E
disse Saul aos queneus: Ide-vos, retirai-vos e sai do meio dos Amalequitas,
para que não vos destrua juntamente com eles, porque vós usastes de
misericórdia com todos os filhos de Israel, quando subiram do Egito. Assim os
queneus se retiraram do meio dos Amalequitas (hoje em dia são
ciganos). ⁷Então
feriu Saul aos amalequitas desde Havilá até chegar a Sur, que está defronte do
Egito. ⁸E
tomou vivo (aí está o perigo) a Agague, rei dos amalequitas; porém a todo o povo destruiu ao fio da
espada. ⁹E
Saul e o povo pouparam a Agague, e ao melhor das ovelhas e das vacas, e as da
segunda ordem, e aos cordeiros e ao melhor que havia, e não os quiseram
destruir totalmente; porém a toda coisa vil e desprezível destruíram
totalmente”. Notem irmãos, às vezes quando não somos
determinados, há uma coisinha que gostamos, um pecadinho que não queremos
render; redemos o que queremos, mas não tudo o que Deus nos pede. Irmãos, isso
é o que vai nos trazer problema, o não aplicar a espada do juízo de Deus a esse
pecadinho que nós toleramos. “¹⁰Então veio a palavra do SENHOR a
Samuel, Dizendo: ¹¹Arrependo-me de haver posto a Saul como rei; porquanto
deixou de me seguir, e não cumpriu as minhas palavras. Então Samuel se
contristou, e toda a noite clamou ao SENHOR. ¹²E madrugou Samuel para encontrar
a Saul pela manhã: e anunciou-se a Samuel, dizendo: Já chegou Saul ao Carmelo,
e eis que levantou para si uma coluna. Então voltando, passou e desceu a
Gilgal. ¹³Veio, pois, Samuel a Saul; e Saul lhe disse: Bendito sejas tu do
SENHOR; cumpri a palavra do SENHOR. ¹⁴Então
disse Samuel: Que balido, pois, de ovelhas é este aos meus ouvidos, e o mugido
de vacas que ouço? ¹⁵E
disse Saul: De Amaleque as trouxeram; porque o povo poupou o melhor das
ovelhas, e das vacas, para as oferecer ao SENHOR teu Deus; o resto, porém,
temos destruído totalmente. (perdoar o gordo e destruir o magro,
sim o gordo que havia de destruir, precisamente o gordo).
¹⁶Então disse Samuel a Saul: Espera, e
te declararei o que o SENHOR me disse esta noite. E ele disse-lhe: fala. ¹⁷E disse Samuel: Porventura, sendo tu
pequeno aos teus olhos, não foste por cabeça das tribos de Israel? E o SENHOR
te ungiu rei sobre Israel. ¹⁸E
enviou-te o SENHOR a este caminho, e disse: Vai, e destrói totalmente a estes
pecadores, os amalequitas, e peleja contra eles, até que os aniquiles. ¹⁹Por que, pois, não deste ouvidos à
voz do SENHOR, antes te lançaste ao despojo, e fizeste o que parecia mal aos
olhos do SENHOR? ²⁰Então
disse Saul a Samuel: Antes dei ouvidos à voz do SENHOR, e caminhei no caminho
pelo qual o SENHOR me enviou; e trouxe a Agague, rei de Amaleque, e os
amalequitas destruí totalmente; ²¹Mas o povo tomou do despojo ovelhas e vacas, as
primícias do anátema, para oferecer (sacrifícios com
anátema) ao SENHOR teu Deus em Gilgal.
²²Porém Samuel disse: Tem por ventura o SENHOR tanto prazer em holocaustos e
sacrifícios, como em que se obedeça a palavra do SENHOR? Eis que o obedecer é
melhor do que sacrificar; e o atender melhor do que a gordura de carneiros.
²³Porque a rebelião é como pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniquidade
e idolatria. Porquanto tu rejeitaste a palavra do SENHOR, ele também te
rejeitou a ti, para que não sejas rei. ²⁴Então
disse Saul a Samuel: Pequei, porquanto tenho transgredido a ordem do SENHOR e
as tuas palavras; porque temi ao povo, e dei ouvidos à sua voz. ²⁵Agora, pois, rogo-te perdoa o meu
pecado; e volta comigo, para que adore ao SENHOR. ²⁶Porém Samuel disse a Saul: Não
voltarei contigo; porquanto rejeitaste a palavra do SENHOR, já te rejeitou o SENHOR, para que não sejais rei
sobre Israel. ²⁷E
virando-se Samuel para se ir, ele lhe pegou pela orla da capa, e a rasgou. ²⁸Então Samuel lhe disse: O SENHOR tem
rasgado de ti hoje o reino de Israel, e o tem dado ao teu próximo, melhor do
que tu. ²⁹E
também aquele que é a força de Israel não mente nem se arrepende; porquanto não
é um homem para que se arrependa. ³⁰Disse
ele então: Pequei; honra-me, porém, agora diante dos anciãos do meu povo, e
diante de Israel; e volta comigo, para que adore ao SENHOR teu Deus. ³¹Então,
voltando Samuel, seguiu a Saul; e Saul adorou ao SENHOR. ³²Então disse Samuel:
Trazei-me aqui a Agague, rei dos amalequitas. E Agague veio a ele alegremente;
e disse Agague: Na verdade já passou a amargura da morte.
(estava pensando que o problema já havia passado, não tem mais problema,
consegui me colocar aqui) ³³Disse, porém,
Samuel: Assim como a tua espada desfilhou as mulheres, assim ficará desfilhada
a tua mãe entre as mulheres. Então Samuel despedaçou a Agague perante o SENHOR
em Gilgal. ³⁴Então
Samuel se foi a Ramá; e Saul subiu à sua casa, a Gibeá de Saul. ³⁵E nunca mais viu Samuel a Saul até o
dia de sua morte; porque Samuel teve dó de Saul. E o SENHOR se arrependeu de
haver posto a Saul rei sobre de Israel”. Aqui vemos a importância
de representar o juízo de Deus.
Em Jeremias, capítulo 48, diz algo relacionado a isso. Diz que
maldito é o que detiver o sangue da sua espada; quer dizer que quando tem que
aplicar o juízo de Deus e chamar as coisas por seus nomes, e “colocar os pingos
nos is”, tem que afundar a espada até o sangue; tem que dizer ao que está mal,
que está mal; não tem que perdoar o gordo, não tem que fazer vista grossa, não;
porque então deixamos de representar o sentir de Deus, a justiça de Deus e o
juízo de Deus sobre o mal. Leiamos Jeremias 48:10 : “Maldito aquele que fizer a obra do SENHOR fraudulosamente; e maldito
aquele que retém a sua espada do sangue”. Aí está: Maldito o que fizer a
obra do Senhor relaxadamente; ou seja, o Senhor que fazer Sua obra
através de nós e não pode ser relaxadamente. Tem coisas que nós
toleramos e o Senhor não tolera; o Senhor quer que toleremos o que Ele tolera e
não toleremos o que Ele não tolera; do contrário não vamos representá-lo em Seu
reino. Notem mais adiante contra quem se levantou Amaleque. Voltemos a Êxodo
17:15:
“¹⁵E Moisés edificou um altar, ao qual
chamou: O Senhor É MINHA BANDEIRA. ¹⁶E disse porquanto jurou o SENHOR,
haverá guerra do SENHOR contra Amaleque de geração em geração”.
Contra quem pelejou Amaleque? Acabamos de ler, contra os
débeis, as ovelhinhas que estão procurando seguir a Deus, mas que estão
cansados, afadigados e débeis, a esses veio e os atacou. Mas o Senhor disse: Se
levantou contra o trono de Jeová, por quê? Porque o Senhor quer reinar sobre o
menor dos seus escolhidos, e satanás luta para apartá-los de Deus; quer dizer,
é um problema grave, e por isso o Senhor quer que tomemos uma posição definida
contra satanás e não andemos assim com panos quentes perdoando o gordo e
perdoando a Agague, porque isso nos acarreta anátema e maldição. Maldito
aquele que fizer indolentemente a obra de Jeová e detiver a sua espada do
sangue. Por isso o que não fez Saul, teve que fazer Samuel, e agarrou
Agague e o fez em pedaços na presença de Deus; aplicou o juízo de Deus. Irmãos,
diz a Escritura: Porquanto não se aplica justiça aos homens, por isso o coração
dos homens cresce distorcido e inclinado para fazer o mal, porque não se
castiga o que deve ser corrigido na medida do mal que se tem cometido.
A
eleição de juízes e delegação de autoridades
Depois dessas
experiências: a penha de Horebe, a vitória com Amaleque, graças à cruz, os
braços estendidos de Moisés, sustentados por esses Refidim, que quer dizer:
sustento, suporte, mostrando realmente que a cruz é nosso suporte, então agora
sim vem a delegação de autoridade no reino. Tudo isso sucede no mesmo Refidim;
esta é a terceira coisa que sucede em Refidim. Vamos ao capítulo 18 do livro de
Êxodo:
“¹Ora Jetro, sacerdote
de Midiã, sogro de Moisés, ouviu todas as coisas que Deus tinha feito a Moisés
e a Israel seu povo, como o SENHOR tinha tirado a Israel do Egito. ²E Jetro,
sogro de Moisés, tomou a Zípora, a mulher de Moisés, depois que ele lhe
enviara, (posto que ela não quis circuncidar a seu filho e se irritou com
ele no caminho, então ele a devolveu a casa de seu sogro e ele seguiu seu
caminho a Deus, mas agora vem Jetro com Zípora) ³Com seus dois filhos, dos quais um se chamava Gérson; porque disse: eu
fui peregrino em terra estranha; ⁴E
o outro se chamava Eliézer; porque disse: O Deus de meu pai foi por minha
ajuda, e me livrou da espada de Faraó. ⁵Vindo,
pois, Jetro, o sogro de Moisés, com seus filhos e com sua mulher, a Moisés no
deserto, ao monte de Deus, onde se tinha acampado, ⁶Disse a Moisés: Eu, teu sogro Jetro,
venho a ti, com tua mulher e seus dois filhos com ela. ⁷Então saiu Moisés ao encontro de seu
sogro, e inclinou-se, e beijou-o, e perguntaram um ao outro como estavam, e
entraram na tenda. ⁸E
Moisés contou a seu sogro todas as coisas que o SENHOR tinha feito a Faraó e
aos egípcios por amor de Israel, e todo o trabalho que passaram no caminho, e
como o SENHOR os livrara. ⁹E
alegrou-se Jetro de todo o bem que o SENHOR tinha feito a Israel, livrando-o
das mãos dos egípcios. ¹⁰E
Jetro disse: Bendito seja o SENHOR, que vos livrou das mãos dos egípcios e da
mão de Faraó; que livrou a este povo de debaixo da mão dos egípcios. ¹¹Agora
sei que o SENHOR é maior que todos os deuses; porque na coisa em que se ensoberbeceram;
os sobrepujou. ¹²Então Jetro, o sogro de Moisés, tomou holocausto e sacrifício
para Deus; e veio Arão, e todos os anciãos de Israel, para comerem pão com o
sogro de Moisés diante de Deus. ¹³E aconteceu que, no outro dia, Moisés
assentou-se para julgar o povo; e o povo estava em pé diante de Moisés desde a
manhã até à tarde. ¹⁴Vendo,
pois, o sogro de Moisés tudo o que ele fazia ao povo, disse: Que é isto, que
fazes ao povo? Por que te assentas só, e todo o povo está em pé diante de ti,
desde a manhã até à tarde? ¹⁵Então
disse Moisés a seu sogro: É porque este povo vem a mim, para consultar a Deus;
¹⁶Quando tem algum negócio vem a mim,
para que eu julgue entre um e outro e lhes declare os estatutos de Deus e as
suas leis. ¹⁷O
sogro de Moisés, porém, lhe disse: Não é bom o que fazes. ¹⁸Totalmente desfalecerás,
(fixem-se como Refidim significa suporte, sustento, nos mostra o sustento de
Deus, por uma parte em Cristo e por outra parte, no funcionamento do corpo de
Cristo, delegar trabalho aos demais; por isso Refidim é suporte) assim tu como este povo está contigo;
porque este negócio é mui difícil para ti; tu só não o podes fazer. ¹⁹Ouve agora minha voz, eu te
aconselharei, e Deus será contigo. Sê tu pelo povo diante de Deus, e leva tu as
causas a Deus; ²⁰E
declara-lhes os estatutos e as leis, e faze-lhes saber o caminho em que devem
andar, e a obra que devem fazer”, quer dizer, um ensino
claro da vontade de Deus.
“²¹E tu dentre todo o
povo procura homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que odeiem
avareza; e põe-nos sobre eles por maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais de
cinquenta, e maiorais de dez; (notem que aqui aparecem uns requisitos para
estes varões, semelhantes aos requisitos para os anciãos das igrejas das
cidades). ²²Para que julguem este povo em
todo o tempo; e seja que todo o negócio grave tragam a ti, mas todo o negócio
pequeno eles o julguem; assim a ti mesmo te aliviarás da carga, e eles a
levarão contigo. ²³Se isto fizeres, e Deus te mandar, (e depois nos damos
conta por estes versículos que Deus lhe mandou, Deus acolheu o conselho de
Jetro) poderás então subsistir; assim
também todo este povo em paz irá ao seu lugar”. Notem aqui o verbo
subsistir, olhem que realista é o Senhor. Por uma parte, Deus é o sustento, por
outra parte, Ele quer que o povo apoie e sustente, e Refidim quer justamente,
subsistir, sustento.
“²⁴E Moisés deu ouvido à voz do seu
sogro, e fez tudo quanto tinha dito; ²⁵E
escolheu Moisés homens capazes, de todo o Israel, e os pôs por cabeça sobre o
povo; maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais de cinquenta e maiorais de
dez. ²⁶E
eles julgaram o povo em todo o tempo; o negócio árduo trouxeram a Moisés, e
todo negócio pequeno julgaram eles. ²⁷Então
despediu Moisés o seu sogro, o qual se foi à sua terra”.
Estes foram os acontecimentos de Refidim, mas para comentar isto com uma
passagem do Novo Testamento, lhes rogo que vejam comigo 2 Timóteo, capítulo 2,
desde o verso 1; este é o princípio de delegação; ou seja, para que a obra do
Senhor possa avançar tem que ter primeiro, a Penha de Horebe fluindo, a cruz, o
altar: Jeová-Nissi, Ele é o nosso estandarte, e também o apoio do povo, pessoas
responsáveis. Primeiro: a penha de Horebe; segundo: a cruz; terceiro: o altar, Jeová-Nissi, e quarto: o apoio do povo. Por isso Refidim quer dizer: sustento e sustento,
precisamente quando não havia águas para beber; quando as coisas são difíceis,
necessitamos estas coisas, necessitamos conhecer ao Senhor como aquele cuja
ferida somos sarados; beber das águas D’Ele, olhar para a cruz para prevalecer,
honrar Jeová o estandarte e também delegar responsabilidades a outras pessoas;
e isso é o que Paulo diz aqui a Timóteo. Diz 2ª Timóteo 2:1 :“¹ Tu, pois, meu filho, fortifica-te na
graça que há em Cristo Jesus”. Aí está: esforça-te, como disse a Josué, na
graça. Aí está a rocha, aí está a cruz, que é em Cristo Jesus, então está
também o altar: Jeová-Nissi.
“² E o que de mim,
entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos
para também ensinarem os outros”. Vejam o princípio de delegação. O Senhor não
quer somente que algumas poucas pessoas estejam a frente, senão ir incorporando
novas pessoas na responsabilidade “...poderás
então subsistir; assim também todo este povo em paz...”. “E o que
de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam
idôneos para também ensinarem os outros”, ou seja, nós também devemos saber
isso e devemos estar dispostos a compartilhar as responsabilidades, uma vez que
estamos bebendo de Cristo, prevalecendo com a cruz e consagrados àquele que é
nosso estandarte: Yahveh-Nissi. Isto é, pois, o que nos fala esta estação:
Refidim: Sustento, suporte. Amém.
Nenhum comentário:
Postar um comentário