Jornada
26
H A S M O N A [1]
“E partiram de Mitca, e acamparam-se
em Hasmona”.
Números 33:29
Ponto de inflexão
Vamos com a ajuda do Senhor estudar a palavra.
Vamos a Números 33, onde por vontade de Deus ficou registrada esta série e
certamente a intenção de Deus não era somente para que tenhamos dados meramente
históricos. O propósito desta série, entendida a luz da Palavra de Deus é,
claro está, exclusivamente espiritual. O aspecto histórico, o aspecto
geográfico, é um aspecto auxiliar, mas o aspecto essencial é o espiritual.
Números 33:29: “E partiram de Mitca, e acamparam-se em Hasmona”. Hoje
corresponde a jornada relativa a Hasmona; esta jornada é uma jornada misteriosa
e uma jornada especial. Não sei se meus irmãos terão percebido, mas na medida
em que se avançam nas jornadas, as coisas se fazem um pouco mais delicadas, um
pouco mais profundas, necessitando cada vez mais depender do Senhor. Se você faz
um seguimento panorâmico das jornadas, você vai se dar conta que as primeiras
jornadas, suas lições são bastante explícitas; são lições que correspondem às
primeiras experiências dos cristãos, e o Senhor as dá muito mastigadas e muito
fácil de perceber.
As primeiras jornadas, como dizíamos em uma ocasião passada,
correspondem a esse nível espiritual que o apóstolo São João em sua primeira
epístola chama de filhinhos; de modo que mais ou menos Ramessés, Sucote, Etã,
Pi-Hairote, Mara e Elim, essa primeira seção de jornadas corresponde a esse
nível espiritual de filhinhos; experiência de fronteira e introdução no caminho
do Senhor, onde suas lições estão bastante explícitas nas Sagradas Escrituras.
Depois nos diz São João que também na
vida espiritual há jovens; que assim como existe uma infância espiritual,
existe também uma adolescência espiritual, e as experiências que correspondem a
adolescência espiritual estão escritas nessas jornadas mais ou menos desde o
Ian Sof, que quer dizer: mar de juncos ou Mar Vermelho, seguindo depois para o
deserto de Sim, Dofca, Alus, Refidim, Rimom-Perez, Libna e Rissa. Mais ou menos
até aí são as etapas que correspondem à adolescência espiritual, quando já se
está passando da infância para a fase adulta, mas, todavia não está de todo
amadurecido, ainda que não é tão infantil. Às vezes é infantil às vezes é
adulto; encontra-se em uma etapa de transição para a maturidade e essas
jornadas representam essas etapas. Meus irmãos sabem o que o Novo testamento
diz: que estas coisas lhes aconteceram como exemplo; todas essas jornadas tem lições espirituais.
Se você faz um seguimento histórico,
geográfico e espiritual destas jornadas, é também bastante explícito,
especialmente nas primeiras; já nas últimas dessa seção de adolescência
espiritual, você se dá conta que o Espírito Santo não lhe dá tantos detalhes
geográficos e históricos, senão que você necessita ir treinando no
discernimento e no seguimento cuidadoso para poder fazer o acompanhamento
dessas jornadas e tirar as lições de uma maneira mais apropriada. Logo a partir
de Queelata e continuando com Ar Shafar, Harada, Maquelote, Taate, tara e
Mitca, são jornadas que correspondem ao que São João chama de nível de pais.
Ele fala em sua carta de filhinhos, jovens e pais. Os pais são aqueles que já
têm filhos, aqueles que são conduzidos pelo Senhor à liderança; e se vocês de
dão conta, são mais difíceis de seguir essas jornadas na Bíblia.
Os comentaristas bíblicos encontram
facilidade em fazer o comentário das primeiras jornadas do nível de filhinhos e
de adolescência espiritual; já o nível dos pais se faz um pouco mais complexo,
que é o relativo à liderança, e são experiências que se vivem em torno da liderança
em meio ao povo do Senhor; e essas jornadas se deram ao redor do monte de Seir.
Hoje chegamos a outra jornada. Na
Palavra do Senhor além de pais, há anciãos. Ancião se chama àqueles irmãos no
povo do Senhor que não somente tem filhos e vão se tornando avós, falando no
sentido espiritual; quer dizer, que depois das jornadas correspondentes ao
nível de pais, começa uma série de jornadas, um pouco mais difícil de seguir,
com menos dados, um pouco mais complicada de captar, mas que correspondem a
esse nível dos anciãos e ao nível de transição. Vocês vão se dar conta que a
partir dessa jornada de Hasmona há uma transição. A geração anterior está
morrendo no deserto desde Ritma, quando se negaram a crer e a seguir ao Senhor
e em tomar a terra, então Deus teve que castigá-los dando voltas no deserto por
40 anos para que essa velha geração começasse a desaparecer e a nova geração
começasse a fortalecer-se. Isso tem um significado importante; espiritualmente
podemos entender o que significa a velha geração.
A velha geração quer dizer: estar na
carne, estar no velho homem; o nascido da carne não tem parte e não tem herança
e por isso não pode entrar na terra; se não creu, se é incrédulo, se não
participa de Cristo e da formação de Cristo, pois então não pode entrar na
terra; ou se tem a Cristo, mas anda na carne, não pode ser um vencedor. Vocês,
pois, se dão conta que existe uma operação do Espírito Santo no povo do Senhor
para transladar-nos primeiro aos perdidos para a salvação e aos salvos para a
vitória, e essa vitória, primeiro na vida individual e logo na vida coletiva
para produzir realmente o reino em Canaã.
Toda essa série de jornadas nos mostra
um avanço espiritual, mas esta jornada de Hasmona é um ponto de inflexão, assim
como Elim era um ponto de culminação daquelas primeiras etapas do nível de
filhinhos, e logo chegamos até Rissa onde se terminava, digamos, a seção de
adolescência e começa a de liderança com Queelata. Agora a partir de Hasmona
começa esse período de transição onde uma geração nova começa a surgir e uma
geração velha começa a desaparecer. A partir da jornada de Hasmona e as
seguintes jornadas vamos começar a ver o que é transição de uma geração a
outra, tanto na mesma pessoa, passando da carne e da alma ao espírito, como
também de uma geração espiritual de anciãos a uma geração espiritual de seus filhos
e netos espirituais, se assim podemos falar.
Estas últimas jornadas, especialmente
esta série de transição que começa desde este ponto de inflexão chamado
Hasmona, é mais difícil seguir. Gostaria que vocês me acompanhassem um pouco no
livro de Números, agora no capítulo 19 e o 20 para que vocês percebam em que
nova etapa de jornada entramos a partir de Hasmona, havendo seguido
minuciosamente até Mitca. Mitca é uma provisão de Deus no deserto para superar
aquelas situações problemáticas na vida dos crentes; para que os crentes que
também caem, possam ser restaurados. Deus sempre está ensinando lições e
fazendo provisões. Há jornadas de lições e jornadas de provisões; Deus sempre
alterna as lições amargas com provisões doces. Logo depois da jornada de Mitca,
se chega a essa jornada que o Espírito Santo chama aqui de Hasmona.
Voltas pelo deserto
Esta jornada é uma continuação e
poderíamos dizer um resultado, um fruto da obra do Senhor nas jornadas
anteriores, e especialmente na anterior que é Mitca, que é a provisão de Deus
para purificar; essa provisão de Deus para limpar, para adoçar, que é o que
significa Mitca, é uma provisão de Deus, que é a que capacita para as seguintes
jornadas. Note que ao terminar o capítulo 19 de Números, que é onde se nos explica
o relativo a Mitca, a passagem da novilha vermelha, ruiva ou alazã, logo começa
o capítulo 20; mas se você lê o primeiro versículo do capítulo 20, diz assim: “Chegando os filhos de Israel,...”.
Claro, nessa palavra, “chegando” estão implícitas muitas jornadas; como vai se
chegando pouco a pouco; mas se você olha aonde foi que chegaram, verá que isso
implica em jornadas não explicadas abertamente. Aonde chegaram? Diz: “Chegando os filhos de Israel, toda a
congregação, ao deserto de Zim, no mês primeiro, o povo ficou em Cades; e Miriã
morreu ali, e ali foi sepultada”. Se você compara Números 20:1 com Números
33:36-37, verá que nos fala de uma chegada ao deserto de Zim, que é Cades. Claro
que essa chegada não foi de avião, foi uma chegada peregrinando, foi uma
chegada de jornada por jornada, e chegaram a um ponto X que se chamou Cades.
Eles já haviam passado por Cades quando estiveram em Ritma, no deserto de
Cades, mas logo começaram a dar voltas pelo deserto, especialmente ao redor do
monte de Seir, e depois de dar voltas por muito tempo no monte de Seir de
jornada em jornada, então foi que chegaram a Cades. Mas observem onde fica este
Cades de Números 20:1 em Números 33; está nada menos que nos versos 36 e37. No
36 diz: “E partiram de Ezion-Geber, e
acamparam-se no deserto de Zim, que é Cades.”; quer dizer que Números
33:36-37 onde aparecem que chegam e saem de Cades, correspondem-se com Números
20:1. A parte final de Números 20:1 diz: “...
o povo ficou em Cades; e Miriã morreu
ali, e ali foi sepultada”. Essa jornada da parte b de Números 20:1, se
corresponde com Números 33:36 que diz: “E
partiram de Ezion-Geber, e acamparam-se no deserto de Zim, que é Cades. ³⁷E
partiram de Cades,...”.
Vemos, pois, que as jornadas que vão
desde Mitca até Cades são silenciosas e só implícitas no livro de Números.
Olhemos por exemplo desde Mitca, e vamos mencionar quais são as jornadas
misteriosas que, pelo menos no registro de Números, aparecem subentendidas em
Números 19 ao 20. Diz ali: Mitca, essa foi clara, então chegamos à primeira da
qual não se fala em Números 20, na sequência; somente está implícita quando
diz: “Chegando”; ou seja, que vinha andando e por fim chegaram; mas por onde
vinham andando? Pois vinham andando por Hasmona, por Moserote, por Bene-Jaacã,
por Hor Hagidgade, por Jotbatá, por Abrona, e por Ezion-Geber, e recém então
chegaram a Cades. Isso nos diz que há uma série de jornadas, várias, que não
aparecem aqui descritas em Números 19, que corresponde a Mitca. E Números 20
que corresponde a Cades.
As primeiras jornadas eram descritas
mui minuciosamente, porque era para um nível mais simples; logo vem uma jornada
um pouco mais complexa, quando chegamos já saindo das jornadas finais da
adolescência, desde Hazerote. Isto está bem descrito, com muita clareza. Já a
Ritma o tens que deduzir com cuidado, e logo de deduzir Ritma tens que deduzir
Rimom-Perez e logo tens que deduzir Libna e logo Rissa e logo as demais que
estão descritas, mas não com tanta clareza como as primeiras, e de repente se
chega a um ponto de inflexão onde a descrição se faz mais complexa, e sem
restrição, o Senhor está revelando; porque o Senhor também mencionou estas
jornadas em Números 33 com propósitos específicos, mas agora já não é tão fácil
entender as coisas.
Crescimento espiritual
Ao princípio da vida espiritual as coisas são
tão evidentes para nós, porque o Senhor se põe ao nosso nível, como dizia São
Paulo, movido pelo Espírito Santo: ao judeu me faço judeu, ao grego me faço
grego, aos que estão sem lei,[2]
como se estivesse sem lei. As coisas se fazem mais fáceis, o Senhor se põe ao
nosso nível, mas logo as coisas vão se fazendo mais complexas para o homem
natural; na medida que se vai saindo do natural e se vai entrando no espiritual,
as coisas vão se complicando para o homem natural e a alma natural; por isso
diz o apóstolo Paulo em 1 Coríntios 2:14: “Ora,
o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe
parecem loucura; e não podem entendê-las, porque elas se discernem
espiritualmente”. Por isso é que na medida em que se avança nas jornadas,
as coisas se fazem mais difíceis de perceber para o homem natural, não,
obstante, estão reveladas na Bíblia; está o registro, e há os detalhes
necessários para captar a lição, mas já não se captam tão facilmente como as
primeiras lições. Aí, se começas a estudar, necessitas cada vez mais da
dependência de Deus para captar o que Deus tem que nos dizer.
Ao princípio basta a inteligência, a
mente natural, mas se nos vai conduzindo a um ponto quando a inteligência
natural, os dados da história, os dados da geografia se fazem mais difíceis e
se necessita cada vez mais de uma maior dependência do Espírito; mas claro que
o Espírito não te defrauda, o Espírito te mostra a lição escondida, mas já não
é tão fácil entender como no princípio.
Que mistério! Aí aparece não sei
quantas jornadas; leiamos: Hasmona uma, Moserote duas, Bene-Jaacã três,
Hor-Hagidgade quatro, Jotbatá cinco, Abrona seis, Ezion-Geber sete; sete
jornadas que aparecem implícitas aqui em Números 19 e Números 20, entre Mitca e
Cades; sem restrição, estas jornadas sim existiram; não há um silêncio
absoluto, estão aqui registradas, você as vê!? Está o nome: Hasmona. Irmãos,
para entender um versículo, cada vez mais é necessário ter mais da Bíblia; às
vezes, no princípio, nós entendemos coisas isoladas. Nos primeiros níveis das
etapas espirituais nós tocamos temas, gostamos do tema dos discos voadores e
estudamos Ezequiel 1, Ezequiel 10, para saber dos discos voadores; depois nos
interessa por exemplo, outro assunto e nós vamos a determinados assuntos e
estamos de tema em tema, como diz a Palavra: “... meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de
doutrina...”.[3] Ao princípio vamos por
temas, mas não captamos o sentido integral da mensagem do tema; depois Deus já
te vai conduzindo a captar as outras coisas mais importantes, mas todavia nossa
visão é uma visão mais fragmentada, contudo captamos temas. Bem, as mulheres, que
algumas pessoas tem o caráter digamos, mais machista, então sublinham os
versículos que dizem: as mulheres se calem nas congregações e que tem que pôr o
véu, e dá ênfase.
Não é que isso não faça parte da
Palavra de Deus, e não é que não tenha um lugar na Palavra de Deus, mas certamente
que não é o centro nem a essência da mensagem de Deus; pouco a pouco, na medida
em que se vai avançando, vai se dar conta que cada parte deve ser interpretada
com um contexto cada vez mais amplo, até que as coisas mais profundas, requerem
um contexto total, de um contexto geral. Às vezes não se entende um versículo sem a
ajuda de toda a Bíblia; às vezes se necessita de toda a Bíblia para poder
entender o lugar desse versículo; nenhum versículo sobra na Bíblia; cada
versículo está aí para revelar um aspecto de Cristo, porque a Palavra de Deus é
Cristo e o que nos fala a Bíblia é de Cristo, do mistério de Cristo e da
formação de Cristo no corpo de Cristo, e cada porção da Palavra de Deus nos
revela um aspecto de Cristo. Mas a medida que se amadurece no Senhor,
necessita-se mais do contexto geral, mais de toda a plenitude, mais do
propósito de Deus, para captar que era de Cristo que Ele estava mostrando nesse
verso que assim só, tão misterioso, parece que há um silêncio, mas não há um
silêncio total, porque se menciona, e a palavra tem um significado e não só a
palavra tem um significado, senão a confirmação da palavra no antes, e no
depois. De maneira que agora para entender essa coisa como que tão oculta,
necessitas ver o sentido dessa palavra no contexto de toda a Bíblia e
confirmada no que até aqui se havia dito.
Mas às vezes o que até aqui se havia
dito não é suficiente e necessitas o que vai se ver depois para entender hoje
um assunto; como disse o Senhor a São Pedro: o que eu faço agora, tu não o
entendes; mas aí o está dizendo; aí o Senhor está dizendo algo a Pedro que ele
não entende, mas o entenderá depois; chegará um momento do futuro onde o passado
fica mais claro. O Senhor dizia palavras aos discípulos e as dizia claramente,
mas como tinha que discerni-las espiritualmente e eles estavam no homem
natural, eles não a captavam; e disse a escritura que isto lhes dizia
claramente, mas seus olhos estavam vendados. Inclusive lhes apareceu Jesus
Cristo ressuscitado, e o Senhor lhes falava, mas eles estavam no homem natural
e não o discerniam, porque há que discernir espiritualmente ao Senhor em Sua
vida ressurreta, e as coisas espirituais se discernem espiritualmente.
De maneira, pois, que na medida em que
se avança, fica mais complicado para o homem natural entender, e agora se
necessita mais da graça; mas quando a graça chega, a graça te arma o quadro, te
arma o quebra-cabeças, e pela graça e no novo homem entendes a riqueza, a lição
de Deus, esse aspecto de Cristo, mas é espiritual. O homem natural não entende;
necessita-se o Espírito, necessita-se o sentido da palavra, necessita-se o
contexto geral da revelação divina no processo de amadurecimento. Claro que
haverá pessoas que em certo nível espiritual não entenderão, e, contudo não
podemos forçar que entendam; mas chegará um momento em que vão entender e vão
dizer: agora entendo o que o Senhor Jesus dizia; isto não o entendíamos no
princípio, ainda que o dizia claramente, mas agora vemos as coisas claramente.
Seguimento de Hasmona
Bem, esta palavra, Hasmona, que aparece aqui
no versículo 33, não é o único lugar onde aparece, ainda que claro está que às
vezes os tradutores escrevem uma mesma palavra de uma maneira em um lugar e de
outra maneira em outro lugar pelo seguinte: porque no tempo antigo, somente se
escreviam as consoantes no hebraico, e a pronuncia vocálica se transmitia por
tradição; logo a partir dos massoretas,[4]
mas, já vários séculos depois, começaram a escrever-se uns sinais vocálicos, uns
pontinhos, umas listrinhas às vezes debaixo das letras, às vezes em cima, às
vezes dentro, para sinalizar a pronuncia. Resulta, pois, que às vezes uma mesma
consoante que aparecem num livro, os massoretas põem uns determinados
pontinhos; mas houve outros massoretas que traduziram outra parte da Escritura
e puseram outros pontinhos. Esses pontinhos não são parte do texto original;
são uma recordação da tradição da pronuncia de parte dos massoretas; então
sucede que devido a isso, às vezes uma mesma palavra que aqui se pronuncia
Hasmona com Ha forte, com a letra He e com a letra Jet, Hasmona, em outra parte essa gutural Ha se converte em uma gutural mais suave que é a gutural Ayin, um pouco mais suave, e a Sin, às vezes se torna Tsade, a ts, que para nós são duas letras, mas no hebreu é uma só letra que
se chama Tsade. Então notem a
pronuncia Sin, a pronuncia Tsade, a pronuncia He, a pronuncia ayí; para
nós em espanhol são quase iguais. Se escrevia, pois, a pronuncia de maneira
diferente em distintos contextos e em distintas épocas, mas referindo-se a
mesma coisa. Então a palavra que aqui aparece como Hasmona no verso 29 e no
verso 30, aparece traduzida Asmom ou Hesmom em alguns outros lugares; e fazendo
o seguimento dessa palavra, já baseado no hebraico, para poder descobrir a
pronuncia das outras traduções, nos damos conta que Hasmona é um jornada
fronteiriça, como lhes disse desde o princípio, um ponto de inflexão.
Vamos ver outros versos onde aparece
Hasmona. Vamos ao mesmo Números, mas ao capítulo 34. Se você vê o que está
falando Deus a Moisés no capítulo 34, Ele está mostrando o limite Sul da futura
terra que Ele dará a Seu povo Israel. Todavia em Números 34 eles não estão na
terra; eles entram na terra recém a partir de Josué, mas desde Números, Deus
lhes adianta quais vão ser os limites da terra, Quando estão próximo de entrar
na terra; esse é o limite sul. Então desde o verso 2 de Números 34, Deus começa
a descrever os limites Sul, ou seja que ao sul estava a terra de Neguebe, a
terra de Edom, relacionada com o monte de Seir. O monte de Seir que ficava a
nordeste da península de Sinai, fazia a introdução desde a terra de Edom para a
terra de Judá; a nordeste da península de Sinai; ou seja, que quase já entrando
na terra há toda uma região montanhosa, que se chama o monte de Seir, que é o
que tem sido rodeado durante muitos anos jornada por jornadas, vivendo novas
experiências e recebendo novas relações; e esse monte vai introduzindo-se para
a terra de Canaã; e o sul da terra de Canaã que está no limite com a terra de
Edom, é justamente Judá.
Então diz aqui: “²Dá ordem aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando entrardes na terra
de Canaã, (todavia não entraram, mas já lhes está falando que vão entrar) esta há de ser a terra que vos cairá em
herança; a terra de Canaã, segundo os seus termos. ³O lado sul vos será desde o
deserto de Zim ...”. O veem aqui no mapa: esta é a península de Sinai e
esta é a região nordeste, aqui esta o deserto de Zim; eles deram voltas por
estes lugares e logo subiram por aqui, pela Arábia e por Moabe para entrar em
Canaã, mas eles deram várias voltas por aqui. Às vezes iam, às vezes desciam, às
vezes voltavam e subiam; então o limite, este rio que se vê aqui (no mapa) é
chamado ribeiro do Egito, que é o limite sul, então vocês podem ver aqui no
mapa desde o Mar Grande, que é o Mediterrâneo, a oeste, vindo à altura da faixa
de Gaza, abaixo dali está o ribeiro do Egito, e logo podem vir para o leste. Ao
sul do Mar Morto vocês veem que está Edom, a terra de Edom, e aí vai subindo ao
monte de Seir onde eles estiveram dando voltas; ou seja, é esta parte sul da
terra de Canaã à que estamos nos referindo. Então diz assim: “³Ao lado sul vos será desde o deserto de
Zim até aos termos de Edom; e o termo do sul vos será desde a extremidade do
Mar Salgado para o lado oriente. ⁴E este limite vos irá rodeando do sul para a
subida de Acrabim, (que mais adiante vamos ver que é outra jornada) e
passará até Zim; e as suas saídas serão do sul a Cades-Barnéia; e sairá a
Hazar-Adar, e passará a Azmom;”. Este Azmom é a mesma palavra que se traduz em
Números, em outro versículo, Hasmona. “⁵Rodeará
mais esse limite de Azmom até ao rio do Egito; e as suas saídas serão para o
lado do mar”. A torrente do Egito é o que se vê aqui. Então chegará até
oeste, ou seja, até o Mar Grande. De maneira que por este verso vocês podem
dar-se conta que Azmom é uma localidade e uma confirmação fronteiriça. É um
ponto chave de inflexão.
Vamos ver o mesmo em Josué capítulo 15,
porque Josué também, quando tomaram a terra, delimitou aqueles limites que Deus
lhes havia dado. Em Josué 15 desde o verso 2, diz: “²E foi o seu termo para o sul, desde a extremidade do Mar Salgado,
desde a baía que olha para o sul; ³E sai para o sul, até à subida de Acrabim, e
passa a Zim, e sobe do sul de Cades-Barnéia, e passa por Hezrom, e sobe a Adar,
e vira para Carca;”. Notem que Adar se escreveu de uma maneira diferente
com se escreveu em Números 34, mas é o mesmo. “⁴E passa Azmom, e sai ao ribeiro do Egito, e as saídas deste termo vão
até ao mar; este será o vosso termo do lado sul”. No verso 27, do mesmo
capítulo 15 de Josué, aparecem as cidades do limite do sul, e diz: “²⁷Hazar-Gada, (vocês viram que ali
apareceu como Adar) Hesmom, (agora se
diz Hesmom) Bete-Pelete,”. Esse
Hesmom, é o mesmo Azmom e é a mesma Hasmona, que fica para o norte da
cordilheira de Seir, porque eles davam a volta ao redor da cordilheira de Seir.
Vamos ver esse Deuteronômio 2 para que
meus irmãos se localizem geograficamente, para que o geográfico nos ajude na
lição espiritual. Vocês recordam que o capítulo 2 desde Ritma: “¹Depois viramo-nos, e caminhamos ao
deserto, caminho do Mar Vermelho, como o SENHOR me tinha dito, e muitos dias
rodeamos o monte de Seir”. Todo esse rodear do monte de Seir por muito
tempo, são as jornadas que vimos aqui desde Ritma; todavia inclusive desde aqui
há outras jornadas até chegar de novo a Cades, e logo de Cades começar agora
sim a subir para a terra de Moabe para entrar por fim em Canaã, quer dizer, que
se deram muitas voltas rodeando o monte de Seir. E mais, aqui onde diz: “... e muitos dias rodeamos o monte de
Seir.”, abarca um período de quase 38 anos. Ali estão incluídas todas essas
jornadas desde Ritma em diante. Ritma, Rissa, Libna, Queelata, Sefer e todas as
demais, inclusive esta de hoje e outra futuras, até chegar a Cades, que é
quando eles voltam outra vez para encaminhar-se. De modo que eles deram muitas
voltas ao redor do monte de Seir, mas Hasmona ficava para o norte do monte de
Seir, limítrofe ao sul do Mar Salgado e mais para lá, para a terra de Canaã.
Todas essas voltas que vocês veem aqui (no mapa), notem que chegam a um ponto
de inflexão e logo começam outra vez a baixar, e logo voltam e sobem; de
maneira que é no sul da terra de Canaã, no limite com Edom, o Mar Morto, etc.
Hasmona é, pois, uma jornada de
inflexão onde se começa uma série de experiências de transição como antes houve
entre filhinhos e adolescentes; há uma transição. Eu penso que depois de Elim,
quando trataram eles de chegar ao Mar Vermelho, ao Yam Sof, por si mesmos, aí
começou essa adolescência e foi seguindo mais ou menos até Libna e Rissa.
Depois já começou o problema da liderança, o que corresponde ao nível de pais,
que foi com os problemas de Coré, etc.; isso foi ao redor do monte de Seir. Aí
foi onde eles estiveram em uma preparação. Mas Hasmona, por que é um ponto de
inflexão? Por várias coisas: primeiro, a confirmação no mapa; segundo, o
significado da palavra Hasmona; terceiro, a confirmação dessa jornada com essa
palavra com esse significado, nesse lugar fronteiriço, na série das jornadas
anteriores e as posteriores.
Fertilidade,
multiplicação, crescimento
Hasmona é a palavra que significa: fertilidade, multiplicação,
crescimento, abundância, e que marca o ponto de inflexão quando a velha geração começa a
recuar e desaparecer e a nova geração começa a prevalecer. Em toda caminhada
espiritual do povo de Deus e na vida da liderança, há aprendizagem por parte da
liderança; e essas são lições para que a liderança comece a aprender. Chega um
momento que tem que começar a
preparar a mudança de comando, tem que começar a transladar as coisas e
delegá-las aos companheiros, aos discípulos e a nova geração. Se aprenderam
lições de maturidade na liderança, mas agora tem que entrar numa série de
jornadas onde tem que aprender outras lições. Se aprendeu a ter autoridade, se
aprendeu a reconhecer autoridade; agora tem que aprender a delegar autoridade,
agora tem que aprender a encaminhar as coisas, tem que aprender lições
espirituais para deixar o controle a outros; não o controle carnal, senão o
exercício do governo espiritual com mais autoridade. Não era isso o que se
devia esperar nas jornadas espirituais? De ser meninos para ser jovens; de
jovens, começar a ser pais, mas logo de ser pais, ser anciãos, e delegar, e
facilitar a transição.
Então estas jornadas desde Hasmona em
diante, são as jornadas de transição onde a maturidade espiritual começa a
delegar a outros a responsabilidade; em Hasmona pelo significado da palavra: multiplicação,
abundância, e justo em um ponto de inflexão que se vê desenhado aqui
(no mapa), tudo isso nos mostra que há uma esquina que tem que rodear. Essa
geração velha que Deus havia dito em Ritma: Vocês não tem sido fiéis, não tem
crido, então para cada dia vai haver um ano de castigo, e essa geração, diz que
foi morrendo no deserto; mas enquanto uma geração ia morrendo e enquanto o
homem exterior, em uma analogia, vai se desgastando, uma nova geração tanto na
vida dos maduros espiritualmente, do homem interior, como na vida do povo de
Deus, um novo grupo de irmãos que até aqui havia sido de baixo perfil, porque
haviam sido muito infantis, vão se destacando. Os outros haviam entrado jovens
ao deserto, mas no deserto se tornaram velhos e os meninos e os que nasceram no
deserto, começaram a crescer e tornarem-se mais maduros, e sempre na vida
espiritual se chega a um ponto quando há que fazer esse translado e essas
jornadas para aprender a lição espiritual da delegação, da transmissão, que
começa a dar-se em Hasmona.
Maturidade para a liderança
Hasmona é quando se torna evidente que o povo
agora é um povo jovem que se tem multiplicado, que eram poucos, mas agora são
muitos; mas já não são os mesmos de antes. Ao princípio eram uns, mas de
repente começam a aparecer outros e esses outros tem que entrar na continuidade
do trabalho de Deus, e algo há que fazer, algo os mais antigos tem que
aprender. Vocês vão se dar conta que daqui a pouco Miriã morre, daqui a pouco
Arão morre, daqui a pouco Moisés morre. Vocês recordam que a mais velha era
Miriã. Quando Miriã tinha 4 anos foi que nasceu Arão; logo quando Miriã tinha 6
anos nasceu Moisés. Primeiro nasceu Miriã, aos 4 anos nasceu Arão, dois anos
depois de Arão nasceu Moisés; assim mesmo primeiro morre Miriã, depois morre
Moisés. Mas o povo não morreu; o propósito de Deus não terminou, Deus continuou
trabalhando, Josué segue em pé. Uma geração nova está substituindo a velha,
está ocupando as trincheiras que os outros haviam deixado, e os que haviam
ocupado essas trincheiras tem que começar a aprender um lição: como
deixar as trincheiras a outros.
Essa
é uma lição que tem que aprender; espiritualmente tem que se discernir quando é
o tempo, quando Deus diz: Olha, olha tudo isso; agora estes farão o que tu
fazias; antes você o fazia, mas agora você tem que fazer algo para que comecem
a fazê-lo outros. Antes você era o que fazia tudo, mas agora cada vez você
farás menos e cada vez outros farão mais. Ao princípio quando começamos a ler
os Atos dos Apóstolos, você vê Barnabé; primeiro não se chamava Barnabé, se
chamava José e era um levita, mas esse levita passou do Antigo Testamento ao
Novo Testamento e começou a viver uma vida de tal maneira que lhe puseram o
nome de: filho da consolação, Barnabé, porque era um irmão que consolava, de tal maneira que foi ganhando a confiança
dos apóstolos, até quando houve uma necessidade. Enquanto isso José, levita,
era um irmão que consolava; depois em vez de mandar a Pedro e a João mandaram
Barnabé e Deus usou Barnabé; Barnabé foi ganhando confiança.
Depois Barnabé foi a Tarso e trouxe
Saulo, e Saulo aparece em quinto. Quando lemos Atos 13, diz o Espírito Santo:
Apartai-me a Barnabé e a Saulo. Barnabé era o primeiro e o menciona primeiro, e
a Saulo que era o último na lista, o menciona em segundo. Diz que havia
profetas e mestres, e o primeiro que se menciona é a Barnabé, logo Lúcio, logo
Níger, Manaém, o que se havia criado junto com Herodes o tetrarca e por último
Saulo. Mas logo vocês veem que o Espírito Santo diz: Aparta-me a Barnabé e a
Saulo, e Barnabé é o que introduz a Saulo com os apóstolos lá em Jerusalém,
porque os demais o temiam, mas Barnabé havia amadurecido para saber distinguir
quem era Saulo. Se não houvéssemos tido a Barnabé, talvez não houvéssemos tido
Saulo, mas havia algo no coração de Barnabé que lhe permitia discernir
espiritualmente quem era Saulo. Ele havia visto os sinais de Deus na vida de
Saulo e já não quis que Saulo estivesse de longe, em Tarso, senão que, lhe
ajudasse em Antioquia; e logo saíram juntos, e os primeiros versos em que se
nos fala dos dois, menciona Barnabé e Saulo. Barnabé era mais antigo, Saulo era
mais novo.
Algumas tradições extra Bíblicas dizem
que Barnabé era um dos 70; quer dizer, uma geração mais velha, Saulo era mais
novo; mas com o tempo vocês se dão conta que logo a Bíblia diz: Paulo e
Barnabé. Enquanto Saulo se chamava Saulo, era Barnabé e Saulo; mas logo Deus
foi dando um crescimento a Paulo, e Saulo, que era nome de rei passou a
chamar-se pequeno, Paulo, e quando ele se fez pequeno, Deus começou a fazê-lo
grande, e começou a utilizá-lo, inclusive mais que a Barnabé, e para isso tinha
que estar preparado espiritualmente Barnabé e também Saulo. Isso também é
maturidade espiritual, porque nunca temos que pensar a nosso nível pessoal;
sempre temos que pensar a nível da continuidade do plano de Deus, e tem que ir
preparando o terreno com abnegação, com coração puro, sem egoísmo, para a nova
geração; e Hasmona é um ponto de fronteira, é um ponto de inflexão, é quando se
toma consciência: tem aqui uma geração nova, é esta geração que tem que entrar
na terra; nós temos trabalhado até aqui, mas estes sobre nossos ombros, nos
superaram, e passaram adiante de nós, e o que nós até aqui fizemos eles o
receberão e o levarão a uma posição mais avançada.
Para isso tem que ter um coração
maduro. Essa lição tem que aprendê-la na liderança, e isso é o que faz a
diferença entre pais e anciãos. Os anciãos podem ter netos e se alegram com os
netos, não tem ciúmes; em contra partida os garotos são ciumentos e também os
pais, mas depois as coisas com o amadurecimento espiritual vão mudando. Vocês
veem o que dizia João: não tenho eu, maior alegria que esta, ver
que meus filhos andam na verdade. Ao princípio tudo eram problemas, mas
depois, criavam menos problemas, depois ajudavam um pouco, depois assumiam e
assumiam e começavam a andar na verdade e logo começavam a ter filhos e
começavam a multiplicar-se e o Senhor trabalhava neles o crescimento. Porque o
importante é um corpo para o Senhor; não trabalhamos para nós, trabalhamos para
o Senhor; o importante é que o Senhor tenha um corpo e tem que reconhecer ao
Senhor em qualquer parte onde esteja, e nessa geração nova que foi chamada para
continuar depois de nós; então essa geração nova tem que ser reconhecida e
deve-se fazer com alegria, não com ciúmes.
Barnabé não teve ciúmes; Barnabé
acompanhou Paulo, e depois um trabalhou por um lado e o outro por outro lado;
depois já não se menciona mais Barnabé, só se menciona Paulo. Ao princípio
Paulo não levou Marcos, mas depois na última carta, quando Paulo era maduro,
diz: trazei-me a Marcos que me é útil para o ministério; quer dizer, que Marcos
no princípio foi inútil e depois chegou a ser útil, e isso, essa utilidade, eu
creio que a obteve com Barnabé. Barnabé, que havia trabalhado com Saulo,
trabalhou depois com Marcos e por isso na Bíblia não se fala só de Marcos,
senão de Marcos o sobrinho de barnabé; ou seja, que houve um trabalho; na vida
espiritual tem que se fazer isso.
Os Macabeus
Então irmãos, essa palavra Hasmona que significa
fertilidade, multiplicação, essa mesma palavra se usa nesses outros verbos; a
mesma raiz em outros verbos do hebreu onde se quer dizer que se multiplicou,
que houve abundância, que houve fertilidade, que houve amadurecimento, que
houve multiplicação; esse é o significado dessa palavra Hasmona.
Agora o Espírito Santo não falou muito
aqui; estava como que oculto; sem restrição o significado da palavra é muito
claro, a confirmação do lugar é muito clara, a confirmação geográfica e a
confirmação da jornada entre outras jornadas de transição generalizada e
espiritual. Eu penso que temos muito que aprender aqui.
Sabem o que saiu de Hasmona, com o
tempo, no futuro? A famosa dinastia dos Asmoneos; por isso se chamavam
Asmoneos, porque eles vieram de Hasmona. E sabem quem foram a dinastia dos
Asmoneos? Nada menos que os Macabeus. Os Macabeus foram aqueles que Deus usou
em um tempo semelhante ao do anticristo, porque Antioco Epifanes era uma figura
do anticristo. Há dois livros, Macabeus I e Macabeus II, que não estão nas
Bíblias nem judias nem protestantes; estão nas católicas; sem restrição, sem
tomá-lo no mesmo nível que os canônicos o tomamos em um nível histórico.
Se você lê os livros dos Macabeus,
especialmente o primeiro livro dos Macabeus, ali se encontra a história
intertestamentária do que aconteceu com Alexandre Magno, com os sucessores de
Alexandre Magno, com o surgimento de Antioco Epifanes que foi uma figura do
anticristo. Mas vocês veem que nesse tempo em que se estava dando a figura do
anticristo, Deus preparou uma geração nova, os Asmoneos, que vinham de
Matatias, de Judas Macabeus, os outros Macabeus, que foram os que resistiram e
foram aqueles que em Daniel 11 em forma tipológica, em um cumprimento
tipológico, diz que haveria um remanescente guardado. Não é Verdade?
Lastimosamente, claro, depois das
vitórias dos Macabeus eles se renderam a Roma e se fez um translado da Grécia a
Roma; mas sem restrição, queria chamar à atenção ao que saiu de Hasmona, os
Asmoneos, a geração dos Macabeus que foram aquela geração de avivamento que
restaurou outra vez o culto no templo que havia sido profanado, que restaurou
também as festas, que formou o cânon das Escrituras outra vez como no tempo de
Neemias, e houve uma primeira coleção do cânon. Essas Escrituras haviam sido espalhadas
pela perseguição, e os Macabeus, ou seja, os Asmoneos, as tornaram a reunir; e
devemos aos Asmoneos e aos Macabeus ter outra vez reunido o Antigo Testamento
em um só volume. Então aquilo foi tipológico, mas não creio que seja
casualidade que estas coisas se deem dessa maneira.
A nova geração que ia tomar a terra de
Canaã, ou seja, ia ser madura em Cristo, teve que se preparar e estar pronta, a
partir desta jornada de inflexão. É quando se começa a fazer transição, quando
a nova geração começa a ser prevalecente e quando os fiéis ministros trabalham
em prol, não contra, em prol da nova geração. Para isto o Senhor estabeleceu
apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres,[5]
não para usurpar, não para nicolaísmo, não para exercer um domínio sobre os
demais e tirar o sacerdócio dos demais, senão ao contrário, para proporcionar o
ministério aos santos, para aperfeiçoar os santos, para que os santos exerçam o
ministério; porque o que importa é a continuidade da formação de Cristo no
corpo de Cristo, e esta é uma lição que a liderança deve aprender. Então creio
que desta jornada de Hasmona temos aprendido algo. É apenas a primeira nas
demais que tem a ver com a profundidade desta transição. Obrigado, irmãos.
[1]
Ensino à igreja na localidade de Teusaquillo,
Bogotá, D. C., Colômbia, 24 de novembro de 2000.
[4]
Massoreta vem do hebreu mass_r_h [masora], tradição. Doutor judeu,
autor dos trabalhos críticos filosóficos da Bíblia nos séculos VI ao X,
conhecidos sob o nome de masora
[5]
Referência a Efésios 4:11
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