DIBOM–GADE [1]
“E partiram de Ije-Abarim, e
acamparam-se em Dibom-Gade”.
Números 33:45
As ruínas do pecado
Amados, vamos estudar a Palavra do Senhor. Confiando no Senhor,
continuamos com O Livro das Jornadas. Estamos seguindo estas jornadas uma a
uma, com a ajuda do Senhor. Estamos em Números 33:45: “E partiram de Ije-Abarim, e acamparam-se em Dibom-Gade”. A palavra
aqui traduzida ou transcrita: Ije-Abarim, nesta ocasião no hebreu se diz “Iim”,
como a vez passada a mencionamos, a qual é uma abreviação sintetizada da
palavra que aparece no versículo 44 como Ije-Abarim; ali o artigo “ha” no
hebreu foi suprimido nesta tradução. No verso 44 diz: Ije-ha-Abarim, e no 45 ao
mesmo o menciona contraindo-o como “Iim”,
unindo. Essa palavra aparece mencionada duas vezes no hebreu, mas referida a
lugares diferentes. O outro lugar onde aparece Iim é em Josué 15:29. Desde o
verso 20 aparecem as cidades que Judá herdou. No versículo 29, aparecem três
cidades entre a série das cidades: Baala, Iim e Esem. Este Iim ou Ijim, como se
pronunciaria no hebreu, é da mesma maneira como aparece aqui no hebreu, em
Números capítulo 33:45: Partiram de “Iim”, mas não é a mesma. A “Iim” que
aparece em Josué 15:29 é uma cidade de Judá ao sul, que se tomou depois em
Israel, nos tempos de Josué; em contra partida a que aparece aqui no versículo
45, como síntese da palavra Ije-ha-Abarim, é uma cidade no território de Moabe,
ao oriente do deserto, como dizia o mesmo versículo no capítulo 21, na
fronteira de Moabe oriental para dentro.
Queria
repetir que a raiz Ijim ou Ije, que se traduz assim falando-a em espanhol, é
uma raiz muito genérica e que aparece em muitas classes de palavras com
diferentes significados; mas, no entanto, ainda que esses significados são
diferentes nos contextos, diferentes segundo os prefixos, diferentes segundo os
sufixos, porém, é a mesma palavra, a raiz Ije, que é a letra ayn e duas letras yod, essa é a palavra, essa raiz e raízes parecidas aparecem em
muitas outras palavras. A palavra “ruína”, por exemplo, que em outro lugar se
traduz Hai, se escreve de uma maneira semelhante, mas é a palavra ruína no
sentido de que a iniquidade lhe visitou; é ruína como consequência da visitação
da iniquidade. Nesse conceito de iniquidade, de pecado que produz culpa e que
traz consequências, por tanto, quando essas consequências veem é quando a
iniquidade é visitada e resulta em ruína; todas essas palavras estão incluídas
nessa raiz.
Também a palavra “contemplar”, no
sentido do olho, ver, perceber, contemplar, entender, ser entendidos do juízo
de Deus, a palavra “olho”, também se escreve com as mesmas raízes; e a palavra
“olho” não só do corpo, senão olho d’água ou a palavra contemplar ou ver, todas
essas múltiplas palavras que estão incluídas nessa raiz nos dão a ideia de onde
é que se originam. Recordam? Ou seja, é como contemplar a ruína que vem pela
visitação da iniquidade da parte de Deus. Deus visita a iniquidade e faz que
isso se veja; e quando aparecia a palavra “abarim”, que quer dizer as regiões
mais além, não está falando que isso tem a ver com as regiões mais além.
Esta
é uma jornada em que Israel vai se aproximando em direção à terra prometida; ou
seja, para Canaã, depois de haver dado voltas pelo deserto no Sinai e agora por
fim já está se aproximando da fronteira de Moabe e em Ije-Abarim ou
Ije-ha-Abarim ou Iim, já está diretamente Israel na fronteira, já está, digamos
a ponto de tomar a terra; já as próximas jornadas são praticamente
incursão na terra que vai ser propriedade deles. Então nos damos conta que essa
terra estava possuída por outros, e é o juízo desses outros que Israel vai
começar a ver ou contemplar; quer
dizer, agora Israel vai ser testemunha da visitação de Deus que faz por meio
deles à iniquidade dos que possuem aquelas terras. Todavia Deus não havia tomado possessão dessas terras, porque a maldade
deles não havia chegado a seu ápice. Essa palavra “a maldade”, vem
também da mesma raiz; mas como lhes dizia, não somente maldade, senão a
consequência da maldade; produz um efeito. Então como ainda a maldade dos
possuidores dessas terras não havia chegado a seu cume, então o juízo de Deus
estava esperando; mas agora Israel foi conduzido ao ponto de entrar à
fronteira, porque já o ápice da maldade daquele povo chegou a encher a taça. De
maneira que agora Israel vai ser conduzido a tomar posse e a aplicar por
intermédio deles, o juízo de Deus contra os habitantes daquelas regiões que
eram muito maus; e os que têm lido um pouco de arqueologia Cananéia ou de
Canaã, sabem o que era essa cultura Cananéia, completamente depravada e que
realmente merecia que houvesse um juízo. Deus deu a Israel à terra de Canaã,
que era um povo onde havia muita degradação, onde também havia gigantes, onde é
melhor não descrever o tipo de degradação porque suja a mente; mas dizendo isto
basta. Depois os que querem ler em particular, o que era a cultura Cananéia,
podem entender porque Deus julgou essa cultura por meio de outra cultura. A
cultura de Deus deve julgar e substituir a cultura do mundo.
Experiências de fronteira
Vemos, pois, que Israel nestas
jornadas foi levado até esta fronteira. Os irmãos podem ver em Números 33:44
que dizia a vez passada: “E partiram de
Obote, e acamparam-se em Ije-Abarim, no termo de Moabe”. É muito
interessante ver estas palavras “na fronteira”, porque existem experiências de
fronteira. As primeiras jornadas , em Ramessés, em Sucote, em Etã, em Pi-Hairote, foram experiências de
fronteira, de um tipo de fronteira; sempre nas experiências de fronteira existe
oscilação, existe um pé dentro e um pé fora. Os lugares de fronteira são
lugares onde se definem os combates, onde se definem os reinos, onde se definem
as influências determinantes. Sempre os lugares de fronteiras são sérios; as
fronteiras sempre se mudam quando há infidelidade da parte de um dos grupos.
Quando um dos grupos é infiel a Deus, perde sua fronteira, e quando um dos
grupos é fiel a Deus se lhes alargam as fronteiras. Os pontos de fronteiras são
como véus que temos que transpassar, onde se luta um combate entre duas forças
antagônicas, entre dois níveis de cultura isso é um combate.
O
Senhor disse que Ele poria inimizade entre a mulher e a serpente e a semente da
mulher e a semente da serpente; ou seja; é uma inimizade que está
constantemente se repetindo em diferentes níveis. Agora, todas essas jornadas são em níveis; vai se avançando de uma mais
atrasada a outra mais adiantada, e vai se avançando, como víamos em forma de caracol; uma escada em forma de caracol, onde as
experiências são cíclicas; se repetem de novo, mas em uma posição mais
avançada. Vocês se dão conta que
entre a parte de dentro e a parte de fora da casa de Deus, há uma fronteira no
Átrio; logo entre o Átrio e o Lugar Santo há uma fronteira também; ou seja,
há um véu que separa o Átrio do Lugar Santo; logo entre o Lugar Santo e o Lugar
Santíssimo há outro véu; ou seja, há outra fronteira. Há experiências de
fronteira para entrar no Átrio, experiências de fronteira para passar do Átrio
ao Lugar Santo, experiências de fronteira para passar do Lugar Santo ao Lugar
Santíssimo. A escada de caracol se repete, mas primeiro no nível do Átrio, logo
depois em nível do Lugar Santo, e logo depois no nível do Lugar Santíssimo. Agora,
vamos nos dar conta disto na jornada na qual estamos entrando hoje, que é
Dibom-Gade; e se fixem nesses dois nomes: Dibom é um e Gade é outro. Da parte
de Moabe se chama Dibom; da parte de Israel se chama Gade; mas às vezes, prevalecia
Moabe e então era Dibom; às vezes prevalecia Israel e então era Gade; por isso
é Dibom-Gade. Dibom significa “desfalecimento”. Gade significa “fortuna”.
Agora Israel está na fronteira a ponto de entrar e o primeiro passo que dá, ou
seja, já da fronteira, começando a entrar na fronteira, chegando ao vale de
Zerede, como vamos ver, aí pode ter fortuna ou desfalecer e essa é uma coisa
muito interessante. Cada vez que o povo de Deus vai enfrentar um combate e vai ter vitória,
existe um sentimento de hesitação: será que vou vencer? Ou será que vou me
assustar? Essa hesitação está representada neste ponto de fronteira.
Então, vamos olhar ali o verso que
corresponde em Números 21, que é o verso 12. Números 21:12 se corresponde com
Números 33:45. Só que no 21 não dá os nomes, mas pelo contexto, nos damos conta
que se refere a Ije-Abarim e a Dibom-Gade. Vou ler desde o verso 11 para ter o
contexto. “¹¹Depois partiram de Obote e
alojaram-se nos outeiros de Ije-Abarim, no deserto que está defronte de Moabe,
ao nascente do sol”. Olhem o mapa. “¹²Dali
partiram, (ou seja de Iim, ou Ije-ha- Abarim) e alojaram-se junto ao ribeiro de Zerede”. Quer dizer, que
Dibom-Gade fica em um vale; claro que o vale tem uma parte baixa e tem também
uma parte alta, e no vale passa o ribeiro de Zerede. O nome “Zerede” tem um
significado muito bonito; Zerede quer dizer exuberância, quer dizer abundância;
eles haviam estado no deserto, mas agora entram num vale que se chama o
vale da exuberância, da abundância. Eles começam a ver uma paisagem diferente do
que haviam visto durante todos estes 40 anos no deserto.
Estive lendo a geografia da Terra
Santa de Adam Smith, que é uma das melhores, acerca do vale de Zerede, e ele
explica, porque esteve em todos esses lugares, que naquele vale há correntes de
águas termais e eram lugares onde os reis, inclusive, iam passar uma espécie de
férias e tinham suas férias, tinham seus lugares muito cômodos, havia um
ambiente muito agradável e ali descansavam. É como Israel começando a entrar e
possuir uma terra de repouso, mas apenas em suas primeiras experiências, em
suas hesitações. As primeiras vezes que a pessoa crê, vacila; somente depois
que ver que o Senhor é fiel, da próxima vez vacila menos, e depois vê que Deus
sim responde à oração e que as pessoas sim, se curam; então a próxima vez tem
mais fé de que vão se curar.
Agora sim tem mais fé de que sim vai
ouvir. Agora não sei se Deus vai prover. Será que sim? Me atrevo a crer ou não?
Quando
estava na carne, no velho homem, pois não cria, confiava somente em mim, mas
agora tenho que crer no invisível, mas há hesitação: Será que sim? Será que
não? Desfaleço ou creio. Quando creio, então se firma minha fé e quando Deus me
responde pela fé, se firma muito mais a fé; da próxima vez vou ter mais
segurança, mais confiança, e isso já vai se tornando natural. O viver em uma
nova geração, no novo homem, tem que ir tornando-se natural, mas há uma
experiência de fronteira, uma experiência de combate; ainda não estou
acostumado a viver nesse nível, e ainda tenho minhas oscilações; mas às vezes
creio, estou firme e desfruto e somos nós possuidores desse vale de Zerede. Mas
às vezes nos apartamos de Deus, nossa consciência nos acusa e se nossa
consciência nos acusa maior que nosso coração é Deus;[2] então
duvidamos que Deus vai nos ouvir; então agora vem os moabitas e tomam o vale;
mas se a tua consciência não te acusa, confiança temos em Deus e volta a
possuir o vale.
Hesitações na fronteira
Continuamos
lendo Números 21:12: “Dali partiram, e acamparam-se
junto ao ribeiro de Zerede”; ou seja, já viram que Deus tem julgado ao
inimigo, é a hora na qual temos que crer. O Senhor disse: em meu nome
expulsarão demônios; bem, ainda não temos expulsado nenhum, mas já sabemos que
Ele o disse. Ele disse: “Todo poder lhes
é dado nos céus e na terra, e nenhuma força do inimigo lhes fará dano algum”.
Isso nos diz que Deus decidiu usar-nos para expulsar demônios. Bem, já o
cremos, mas vamos praticá-lo, e temos vacilações. As primeiras vezes em que se
vai expulsar demônios há certa hesitação; depois, quando se vê que os demônios
obedecem: Senhor até os demônios se sujeitam a nós em seu nome. Então
Ele diz: Não, não se alegrem disso, há uma coisa que vocês devem se alegrar
mais: de que seus nomes estão escritos nos céus; como quem diz, isto não é grande coisa, isto é normal;
só que no princípio você está vacilando, está entrando nessa posição, mas não
está acostumado, está passando de uma fronteira a outra, porque entrar em Cristo já é
entrar no Lugar Santíssimo; mas quando estava no Egito, estava na carne; quando
está no deserto, está na alma, e logo quando entra na terra está no Espírito; mas
então há fronteiras para passar de um lugar para o outro; há umas experiências
fronteiriças e nessas fronteiras às vezes há vacilação. Às vezes está,
às vezes não está, já sabemos que Deus nos deu esse juízo; já
os inimigos são visitados por Deus, foram derrotados; agora nós somos a nova
geração, agora nós temos que pôr o pé ali; já o sabemos; a palavra nos foi
dita.
Nossos pais quando estavam na alma e na carne, não creram e vagaram;
agora nós somos a nova geração, agora sim nós temos que crer. Claro, já em
Ezion-Geber, em Abrona, já havíamos entendido a experiência da vitória sobre os
espíritos, mas agora nós precisamos começar a experimentá-lo; o que foi
conseguido a nosso favor, o que é teórico e temos crido, agora nos cabe
experimentá-lo, e na experiência há certa hesitação; mas na hesitação, às vezes
nos vence o temor; às vezes nós vencemos; às vezes desfalecemos: Dibom; às
vezes vencemos: fortuna, sorte, Gade, no vale de Zerede. Essa experiência está também em Deuteronômio 2:13-15. Para
ter o contexto, vocês recordam quando vimos na vez passada desde o versículo 8
que foi o que se deu aqui na ponta do
Golfo de Acaba, Eziom-Geber, onde termina para o norte o Mar Vermelho pela
língua oriental. Então começa aqui em
Deuteronômio 2:8, desde Eziom-Geber e diz: “Passando,
pois, por nossos irmãos, os filhos de Esaú, que habitavam em Seir, desde o
caminho da planície de Elate ...”. Esta flecha que se vê aqui no mapa é o
caminho da Arabá, quando se está indo desde Eziom-Geber até Edom; ou seja,
entre o Mar Morto e o Golfo de Acaba, o Mar Vermelho e o Mar Morto; essa via se
chama Arabá. Então por isso diz ali: “... desde o caminho da planície de Elate (Arabá) e de Eziom-Geber, nos viramos e passamos o
caminho do deserto de Moabe.”; então tomaram aqui, vocês podem ver, todo o
caminho da Arabá e logo passaram para o deserto de Moabe, pelo oriente. “⁹Então o SENHOR me
disse: (isso foi na
vez passada em Ije-Abarim) Não molestes aos de Moabe, e não contendas com
eles em peleja,...”; eles são teus primos. Os moabitas eram descendentes de
Ló; só que, ponham atenção a isto, no tempo que Israel chegou ali, os moabitas
haviam sido vencidos pelos amorreus, desde a capital Hesbom; Hesbom fica aqui
em cima, no lugar dos amorreus. Aqui era a sede de Siom rei de Hesbom, e o
limite da influência de Siom rei de Hesbom era precisamente aqui em Dibom-Gade.
Dibom-Gade era o último lugar da esfera do príncipe de Siom de Hesbom. De modo
que Israel ao entrar em Dibom-Gade, está entrando no círculo de influência
deste príncipe, desse principado. Cada vez que se cruza uma fronteira se
enfrenta uma nova influência, um novo príncipe.
Deus não nos faz enfrentar todos os
príncipes de uma só vez, senão que primeiro enfrentamos duendezinhos e logo
diabinhos e logo diabos e logo diabos gordos, príncipes; cada vez a luta é com
espíritos mais fortes.
Observem um detalhe: depois a guerra
vai ser com Siom, rei de Hesbom, mas o limite de influência de Siom rei de
Hesbom é Dibom. Siom rei de Hesbom tinha influencia ou havia conquistado o
território de Moabe e o último círculo da influência de Hesbom era Dibom; ou seja,
Dibom fica perto de um ribeiro. Aqui no mapa vocês veem dois ribeiros: um é o
de Zerede e o outro é o de Arnon. Então eles cruzaram primeiro o de Zerede e
logo o de Arnon; aí nesse lugar, nesse intermédio, aí ficava Dibom-Gade. Dibom-Gade era uma cidade que estava sob a
influência de Siom rei de Hesbom, mas a nível de fronteira. Então primeiro o
Senhor faz ter a vitória no nível de fronteira; primeiro começamos a vencer um
principado que está exercendo uma influência em uma determinada região, mas não
chegamos primeiro na capital, senão que chegamos primeiro na fronteira.
Fronteira entre a alma e o espírito
Por exemplo, vamos olhar a África. Na
África, alguns países, como por exemplo, Quênia, e vindo da Quênia para o
centro da África, e logo Nigéria e logo os países do Golfo da Guiné, são de
influência cristã, mas os países que estão sobre eles como Níger, Mauritânia,
Mali, são de influência mulçumana; então existe no fundo dos países do norte do
golfo da Guiné, ao fundo, ao norte, unido com o sul, os países de influência
mulçumana; e ao norte dos países do sul a influência é cristã; então na
fronteira existe influência cristã e influência mulçumana; se são fieis, eles
prevalecem, mas se o povo de Deus é infiel, Deus permite que os outros avancem.
Foi o que aconteceu com a igreja em Éfeso; se a igreja em Éfeso fosse fiel, o
candeeiro não seria tirado, mas se não fosse fiel, o candeeiro seria tirado.
Agora, como o cristianismo vai estender-se? Vai ser difícil que uns
missionários vão diretamente à Meca, mas se não podem chegar a Meca ainda,
podem treinar no combate nessas regiões fronteiriças, de cultura fronteiriça,
de principados diferentes, mas onde a influência ainda não é forte.
Dibom-Gade
tinha uma influência de Siom rei de Hesbom, mas não era a capital; a capital
era em Hesbom, mas a influência ainda se dava em Dibom-Gade. Mas agora a vez
coube a Israel, mas não foi diretamente a capital, senão que começou a vaguear
pela fronteira; às vezes nós pensamos que já podemos ir pôr a guarnição em
plena capital do inimigo, mas ainda não estamos treinados; então Deus nos treina nos lugares
de fronteira, nesses lugares de influência diferente, de choque intercultural
por espíritos diferentes; então essa é a posição de Dibom-Gade; aí é um lugar
de fronteira, uma experiência de fronteira, mas não de fronteira para passar da
carne para a alma, senão da alma ao espírito. Porque é no Espírito onde temos a
vitória de Cristo sobre os inimigos, não na alma, não no eu.
Então
as experiências para sair da carne e passar a uma transformação da alma, foram
todas essas jornadas que vimos no deserto; mas agora já estamos a ponto de
tomar possessão da terra e estamos na fronteira, ou seja, o véu que separa o
Lugar Santo do Lugar Santíssimo, a alma do espírito; a vida natural da vida
espiritual. Quando estamos no natural desfalecemos, se estamos no espiritual
temos fortuna, felicidade, que é o que significa Gade. Então em Deuteronômio, o que diz o
capítulo 2:9 corresponde, como líamos na vez passada, ao que o Senhor lhes
havia dito ali em Ije-Abarim, na fronteira de Moabe: Não molestes a Moabe; e
ali é quando fala daqueles gigantes e o líamos até o verso 12. Agora chegamos
ao verso 13, que é quando se passa de Ije-Abarim para Dibom-Gade que fica no
vale de Zerede, como acabamos de ler em Números 21. Agora em Deuteronômio 2:13,
diz Deus: “¹³Levantai-vos agora,...”;
já,
levantai-vos; ou seja, é hora de enfrentar isto. Antes estávamos confortáveis
aqui; muito bonito contemplar, muito bonito saber que os demônios foram
vencidos, que o Senhor nos deu autoridade sobre os demônios; muito bonito saber
isso.
Mas bem, agora, pela primeira vez
confirma-o; pela segunda vez, pela terceira vez; começo a experimentá-lo. “Levantai-vos agora, e passai o ribeiro de
Zerede ...”; ou seja, passai à abundância, começai a experimentar a
abundância, a exuberância. E diz: “... Assim
passamos o ribeiro de Zerede”. Que maravilha! E qual foi a experiência ali?
Observem que agora é nova criação; “¹⁴E os dias que caminhamos, desde Cades-Barnéia ...”. Olhem a diferença do que é agora o
vale de Zerede e o que era o deserto: “E
os dias que caminhamos, desde Cades-Barnéia até que passamos o ribeiro de
Zerede, foram trinta e oito anos,...”. Um ano desde Ramessés, um ano, digamos, até
o Sinai; logo outro ano no Sinai e logo em uns dias foram aproximando-se até
Cades; ou seja, entre o segundo e o terceiro ano foi quando eles chegaram a
Cades e não creram, e por não crer tiveram que vagar e vagar. Agora eles
voltaram a Cades, para preparar-se, para fazer a mudança de geração, da velha
criação à nova criação, do velho homem ao novo homem; então está
fazendo o contraste. “E os dias que caminhamos,
desde Cades-Barnéia até que passamos o ribeiro de Zerede, foram trinta e oito
anos, até que toda aquela geração dos homens de guerra se consumiu do meio do
arraial, como o SENHOR lhes jurara. ¹⁵Assim também foi contra
eles a mão do SENHOR, para os destruir do meio do arraial até os haver
consumido”. Todavia
até o vale de Zerede havia alguns sobreviventes da velha criação; não morreram
todos de uma vez; à medida que iam aprendendo as lições iam morrendo os velhos
e iam se fortalecendo os novos. Agora quando chegaram ao vale de Zerede, já
passaram a fronteira, agora diretamente cruzaram o ribeiro, agora todos os da
velha geração já se acabaram, até os últimos; agora todos são a nova; claro que
ainda estão Josué, Calebe e Moisés, mas o resto agora são novos, já não está
Arão, agora está Eleazar. Então por isso diz: “Assim também foi contra eles a mão do SENHOR, para os destruir do meio
do arraial até os haver consumido”.
Logo
desde o verso 18 corresponde depois a experiência seguinte, onde Jeová volta e
diz: “Hoje passarás a Ar, pelos termos de
Moabe”, que já é outro ribeiro. Um primeiro ribeiro é no vale de Zerede, o
outro é no vale de Arnon; então uma experiência é a experiência de Dibom-Gade
no vale de Zerede, a próxima experiência no ribeiro de Arnon é a experiência de
Almom-Diblataim que temos que ver, se Deus permitir, da próxima vez. Agora
chegamos até o verso 15, porque do verso 16 em diante corresponde ao
Almom-Diblataim. Até aqui corresponde ao vale de Zerede, ou seja, Dibom-Gade.
Refúgio na fidelidade
Irmãos, aqui se chama Dibom-Gade, não
é Dibom só, nem Gade só. Olhemos o que diz Números 32:34: “E os filhos de Gade edificaram a Dibom, e Atarote, e Aroer;”. Aí
vemos uma série de cidades; quer dizer, quando eles entraram e depois
possuíram, e destruíram a influência que havia e edificaram uma nova e depois
essa região foi dada justamente aos filhos de Gade. A Transjordânia foi dada
aos filhos de Rúben, aos filhos de Gade e aos filhos de Manassés, depois de
haver vencido os príncipes que havia nesse lado. Primeiro tiveram que vencer
esses príncipes para então herdar. Mas observem que Gade foi o primeiro que
começou a receber isto. Gade foi o primeiro filho de Zilpa, a Serva de Leia;
então eles foram os que herdaram essas primeira parte; estava Raquel e Leia e
Bila, serva de Raquel e Zilpa de Leia. Os filhos de Leia são seis, os filhos de
Raquel são dois, os filhos de Bila e os filhos de Zilpa dois, e uma filha: Diná, de Leia. Agora Gade é o primeiro
filho de Zilpa, serva de Leia. Quando Leia havia parado de dar a luz filhos e
como já estava avançando Raquel por meio de sua serva, então Leia não quis
ficar para trás e também lhe deu sua serva, e aí foi onde nasceu Gade. Então
Gade é o primeiro filho de Zilpa; por isso se chama Gade, mas era a antiga
Dibom. Esse lugar, como vocês vão
ver, é um lugar que está escolhido por Deus para refúgio de seu povo. Vamos ver
uns versículos; só que se há infidelidade esse refúgio se perde; quando eles
lutaram com Josué, então eventualmente Gade herdou Moabe; a essa região, Gade
herdou; depois veio aquele Otoniel que foi aquele irmão menor de Calebe, que
tinha o mesmo espírito de Calebe e também dominaram todas aquelas terras; mas
quando morreu Otoniel no livro de Juízes, então começaram os israelitas a
desfalecer; então Gade passou a ser Dibom e Dibom-Gade passou a ser Eglom de
Moabe. Os moabitas, aquele rei de Moabe chamado Eglom, veio e tomou essa região
e colocou sua capital em Dibom; Dibom chegou a ser capital de Moabe. Quando
eram de Gade chegou a ser depois de Eglom; por muitos anos; isso diz o livro de
Juízes desde 3:12. Vamos lê-lo: “Porém os
filhos de Israel tonaram a fazer o que era mau aos olhos do SENHOR; então o
SENHOR fortaleceu a Eglom, rei dos Moabitas, contra Israel; porquanto fizeram o
que era mau aos olhos do SENHOR”. Então depois vem a história: clamam ao
Senhor, se arrependem, então Deus levanta a Eúde e Eúde vem e matou a Eglom e
libertou outra vez a Moabe da mão de Eglom, e passou a ser outra vez dos
israelitas. Mas depois voltaram a fazer o mal outra vez, se apartaram e
voltaram a perder essa posição de fortuna, de benção, de apoio e começam a
desfalecer.
Logo
no tempo de Davi, em 2 Samuel 8:2, olhem o que faz Davi: “Também derrotou os
moabitas, e os mediu com cordel,...”. Sabem para que isso? Para que fosse
aplicado o juízo aos que eram pertencentes aos gigantes. “... e os mediu com cordel, fazendo-os deitar por terra; e os mediu com
dois cordéis para os matar, e com um cordel inteiro para os deixar com vida.
Ficaram assim com os moabitas por servos de Davi, pagando-lhe tributos”.
Davi foi fiel ao Senhor, então o Senhor concedeu aplicar o juízo aos gigantes
em Moabe. Às vezes desfaleciam por apartar-se de Deus e Deus mesmo dava
oportunidade aos inimigos de incomodar-lhes; mas depois se arrependiam,
clamavam ao Senhor, o Senhor tinha misericórdia e voltavam a vencer e passavam
do desfalecimento a fé, à experiência. Mas depois voltavam a apartar-se; essa é
uma experiência de fronteira. É verdade que às vezes andamos no Espírito e
às vezes andamos na carne? É verdade que
às vezes andamos no natural e andamos afundados, andamos oprimidos, até que
gememos ao Senhor, pedimos misericórdia e o Senhor nos põe outra vez no
Espírito e passamos à experiência do Espírito?
Observem
um detalhe. O véu que havia entre o Lugar Santíssimo e o Lugar Santo, diante do
véu na parte do Lugar Santo, estava o altar de ouro e o incensário; no entanto,
quando você vê o incensário mencionado em Hebreus 9, ali diz que o incensário
pertencia ao Lugar Santíssimo; no entanto, a base era no Lugar Santo, mas o
sumo sacerdote tomava o incensário, começava no Lugar Santo e introduzia o
incensário do Lugar Santo ao Lugar Santíssimo, e no Lugar Santíssimo incensava;
por isso é que em Hebreus 9, aparece como se fosse um instrumento do Lugar
Santíssimo e não do Lugar Santo. Por quê? Porque realmente o sacerdote o tomava
no Lugar Santo, mas passava ao Santíssimo. O Lugar Santo representa a alma. Nós
às vezes estamos na alma e começamos a orar tristes, afligidos, atormentados,
desfalecidos, mas começamos a preparar o incensário no Lugar Santo; mas logo
quando estamos orando entramos no Espírito e entramos com o incensário no Lugar
Santíssimo e começamos a incensar a Arca de Deus no Lugar Santíssimo; ou seja,
através da oração, da invocação, da dependência, saímos do eu, do ego, do
natural e passamos ao espiritual; estamos nessa fronteira, passando da alma ao
espírito, do Lugar Santo ao Santíssimo, de Dibom (desfalecimento) a Gade (fortuna,
felicidade, boa sorte, bem aventurado);
isso é o que quer dizer Gade. Passamos do desfalecimento á bem aventurança
quando por oração, por dependência, por humilhação, por buscar ao Senhor,
saímos de nós mesmos e passamos ao Santíssimo; da alma ao Santíssimo; seguimos
a alma em nossa experiência natural, e estamos em desfalecimento; nos
arrependemos, invocamos como aquele sacerdócio, preparamos o incensário e
cruzamos a fronteira e começamos a desfrutar do gozo, da alegria, da fé. Agora
sim somos capazes de invocar, de repreender, de pedir, de crer; agora sim somos
capazes; mas Deus não quer que estejamos sempre nesse vai e vem, nessa
indecisão, senão que entremos definitivamente a possuir.
Profecias sobre Moabe
Então nos damos conta que Davi, em 2
Samuel 8:2, derrotou também aos de Moabe, e os mediu com cordel, e aos que
mediam mais de duas medidas eram gigantes; ou seja, aí voltaram outra vez a
vencer. Depois sabem o quê? Nos tempos de Acabe, tornaram outra vez a
desfalecer; uma experiência de fronteira. Agora qual é o destino que Deus quer que
represente essa terra de Moabe e as outras que estão com Ele na Transjordânia?
Um lugar de refúgio, isso é o que significa essa região, um lugar de refúgio.
Olhem
comigo; vamos ver primeiro em Jeremias 48:18, que tem as profecias acerca de
Moabe. Desde o verso 1 começam as profecias de Deus pelo profeta Jeremias
acerca de Moabe; não vou ler todas as profecias de Moabe, mas vou ler a do
verso 18. Deus está dizendo a Moabe: “¹⁸Desce da tua glória, e assenta-te em terra seca, ó moradora, filha de
Dibom; porque o destruidor de Moabe subiu contra ti, e desfez as tuas
fortalezas”. E os
versos 21 e 22 dizem: “²¹Também o
julgamento veio sobre a terra da campina; sobre Holom, sobre Jaza, sobre
Mefaate, ²²Sobre Dibom, sobre Nebo, sobre Bete-Diblataim”. São justamente
estas localidades destas jornadas que temos por diante desde hoje: Dibom-Gade,
Almom-Diblataim e montes de Abarim onde estava Nebo, cujo principal pico era
Pisga.
Então
observem que Deus aplica o juízo a Moabe. Moabe era o que estava assentado em
Dibom, mas depois lhe põe destruidor, lhe diz: Desce da glória, porque é que
justamente, observem o que diz apocalipse 12; quando os santos venceram o
acusador, foi lançado fora o grande dragão, a antiga serpente; foi jogado fora,
mas onde estava? No céu; ele se apresentava diante de Deus para acusar-nos e
nos mantinha sob acusação e enquanto estamos sob acusação estamos em Dibom, nós
estamos desfalecidos porque o outro está assentado sobre nós acusando-nos.
Quando nos arrependemos e andamos no Espírito, vencemos o acusador; então ele
tem que descer dos lugares celestiais; tem que cair. Então o que se diz
ao de Moabe? “Desce da tua glória,...”,
aqui não se diz isto a Israel, senão ao príncipe de Moabe: “... e assenta-te em terra seca, ó moradora, filha de Dibom; porque o
destruidor de Moabe subiu contra ti,
e desfez as tuas fortalezas”. E
logo segue falando tudo isso nesse contexto e no verso 22 volta a mencionar
juízo sobre Dibom, sobre Nebo, sobre Bete-Diblataim; ou seja, o juízo de Deus vai
sendo aplicado; na medida em que o povo de Deus vai avançando, os demônios vão
caindo. Satanás não pode acusar-te mais porque já não se achou lugar para ele
no céu. “Desce da tua glória,...”,
tu te exaltaste, mas agora olha a quem Eu exalto, ao povo que se humilhou, a ele Eu exalto, e tu que te exaltaste tens
que ser julgado por uma criatura que era inferior a ti, mas creu em mim, se
humilhou, se submeteu; agora a eles lhes dou o reino. Por isso diz: os poderes do século vindouro são do povo de Deus; não
sujeitou aos anjos os séculos vindouros, senão que a semente de Abraão; ou
seja, nós, os crentes em Cristo, que somos a semente espiritual de Abraão.
Agora
vamos a Isaías capítulo 15 e vamos comparar Isaías capítulos 15 e 16 com Daniel
capítulo 11. Vamos ter abertos os dois livros, à mão, para comparar e ver o destino
dessa região no histórico, no escatológico e no espiritual, que se relacionam.
O histórico o estamos vendo; o escatológico é o que está profetizado para essa
região, e isso tem também um significado espiritual porque diz que as jornadas
de Israel lhes aconteceram como exemplo e estão escritas para nós que
alcançamos os fins dos séculos; ou seja, PARA A IGREJA. Tem uma aplicação espiritual para a igreja
as jornadas de Israel. Segundo, há uma profecia escatológica porque houve uma
história; a história serviu de tipo para a profecia e para revelar os valores
espirituais e os princípios espirituais; ou seja, há um sentido
gramático-histórico, um sentido profético-alegórico e um sentido axiológico de
princípios, e aqui se revelam os princípios; essa é uma lição espiritual. Há
profecia, isso é escatologia; e há história; mas uma história que projeta uma
tipologia. Então isso é uma interpretação alegórica. Temos que ver as três: a
histórica, a alegórica e a axiológica, que é dos princípios, e a escatológica.
Temos Daniel 11 e temos Isaías 15 e 16. Vamos
começar em Daniel, porque estas coisa se escreveram para nós que temos
alcançado os finais dos tempos.
Profecia escatológica
Vamos ver uma profecia escatológica acerca desta
região; como Deus reservou a Transjordânia, o que hoje em dia é a Jordânia,
como lugar de escape para seu povo. O
Senhor disse aos cristãos primitivos: quando virem Jerusalém rodeada de
exércitos, foge dela; eles fugiram e aonde foram? Foram-se justamente a Pela,
que é uma cidade desta região da Transjordânia; e enquanto Tito, o filho de
Vespasiano, fazia juízo contra Israel por haver rejeitado ao Messias, no ano 70
que tomaram Jerusalém, os cristãos fugiram e se refugiaram precisamente nesta
região. Esta região está destinada como refúgio ao povo de Deus. Por
isso é que Israel se refugiou ali e por isso é que os cristãos no ano 70 se
refugiaram ali, e por isso é que para o tempo do anticristo vai haver escape para o
povo de Deus. Vamos ver essa profecia,
porque o que hoje é Jordânia é o que antes era Edom, Moabe e Amon. A
Transjordânia é hoje o país da Jordânia. Vamos, pois, ver a profecia para
ver como esse lugar está destinado da parte de Deus para refúgio. Observem que
em Daniel 11, desde o versículo 31, aparece o momento do anticristo; ou seja,
no versículo 31 é onde é revelado o anticristo. Sigam por favor sua Bíblia. Daniel
11 desde o 31 é a revelação do anticristo, a abominação da desolação de que
falou o Senhor Jesus. Diz: “³¹Dele
sairão forças (daquele príncipe vil do que vinha falando; de um vil que era
o anticristo) que profanarão o santuário
e a fortaleza, e tirarão o sacrifício contínuo, estabelecendo a abominação
desoladora”.
Isto
foi o que fez Antioco Epifanes na tipologia; isto foi o que fez depois de
Pompeu, também em tipologia; o que fez Tito em tipologia. Mas o Senhor Jesus
segue nos falando para o futuro; ou seja, que aqueles cumprimentos foram
cumprimentos tipológicos, mas o cumprimento final é com o anticristo. A
abominação desoladora final é com o anticristo. Então diz:
“³²E aos violadores da aliança ele com lisonjas perverterá, mas o povo
que conhece ao seu Deus se tornará forte e fará proezas. ³³E os entendidos
entre o povo ensinarão a muitos; todavia cairão pela espada, e pelo fogo, e
pelo cativeiro, e pelo roubo por muitos dias. ³⁴E, caindo eles, serão
ajudados com pequeno socorro; mas muitos se ajuntarão a eles com lisonjas. ³⁵E alguns dos entendidos cairão, para serem provados, purificados, e
embranquecidos, até ao fim do tempo, porque será ainda para o tempo
determinado”.
Isso
quer dizer que durante o governo do anticristo haverá perseguição dos santos,
como o diz em várias profecias, como por exemplo, Apocalipse 13 e outras. Agora
fala do anticristo, o verso 36: “E este
rei fará conforme a sua vontade, e levantar-se-á, e engrandecer-se-á sobre todo
deus; e contra o Deus dos deuses falará coisas espantosas, e será próspero, até
que a ira se complete; (que se consuma com sete taças) porque aquilo que está determinado será feito”. Com a força de quem
reinará essa besta? Diz que do dragão; o dragão deu seu poder a besta. Por isso
diz aqui: “³⁷E não terá respeito ao Deus de seus pais, nem terá respeito ao amor das
mulheres, nem a deus algum, porque sobre tudo se engrandecerá. ³⁸Mas em seu lugar honrará a um deus das fortalezas; (esse é o dragão) e a um deus a quem seus pais não conheceram honrará com ouro, e com prata, e
com pedras preciosas, e com coisas agradáveis. ³⁹Com o auxilio de um
deus estranho (esse
é belzebu, esse é satanás) agirá contra
as poderosas fortalezas; aos que o reconhecerem multiplicará a honra, e os fará
reinar sobre muitos, e repartirá a terra por preço”. Isso é o reino do
anticristo, a besta. Mas o que acontecerá
no hemisfério sul? Que acontecerá no terceiro mundo? Que acontecerá com os
alinhados? Que acontecerá com os mulçumanos? E por que agora o presidente da
Venezuela está tão interessado em visitar aos xeiques árabes e a OPEP? O que
está acontecendo no sul? O seguinte verso 40: “E, no fim do tempo, o rei do
sul lutará com ele,...”; quer dizer, que o hemisfério sul oferecerá
resistência contra o sistema ou regime do anticristo. Os mulçumanos não vão
querer submeter-se e nem os países do terceiro mundo; ainda que haverá
traidores entre a oligarquia, porque de toda tribo, povo, língua e nação
adorarão a besta e à sua imagem; no entanto, o hemisfério sul oferecerá
resistência, ainda que seja clandestina; por isso diz: “... o rei do sul lutará com ele, e o rei do norte (Gogue e Magogue, Rússia), se levantará contra eles com carros, e com cavaleiros, e com muitos
navios; e entrará nas suas terras e as inundará, e passará. ⁴¹E entrará na terra gloriosa, (essa é a invasão de Gogue que está profetizada em Ezequiel
38 e 39) e muitos países cairão, (mas
olhem isto) mas da sua mão escaparão
estes: (quais?) Edom e Moabe, e os
chefes dos filhos de Amom.”; quer dizer, o que hoje é a Transjordânia,
escapará da invasão do norte e ou do anticristo; voltaram a ser refúgio, como
estavam destinadas para sê-lo. Deus tem refúgio para seu povo, e segue dizendo
o outro:
“⁴²E estenderá a sua mão
contra os países, e a terra do Egito não escapará. (Esse país não escapará.
Transjordânia escapará, mas o Egito não escapará) ⁴³E apoderar-se-á
dos tesouros de ouro e de prata e de todas as coisas preciosas do Egito; e os
líbios e os etíopes o seguirão. ⁴⁴Mas os rumores do
oriente (ou seja,
China, os países do extremo oriente) e do
norte o espantarão; e sairá com grande furor, para destruir e extirpar a
muitos. ⁴⁵E armará as tendas do
seu palácio entre o mar grande (ou seja, o Mediterrâneo, o Tiberías e o Mar Morto; quer dizer,
Israel) e o monte santo e glorioso; (que
é o monte de Sião, ou seja, Israel) mas chegará o seu fim, e não haverá quem o
socorra”. Então esse é o contexto do
Armagedom e da grande tribulação, e no entanto, vocês veem que Deus faz com que
os da Transjordânia escapem. Isso mesmo está em Isaías capítulos 15 e 16.
Refúgio do povo de Deus
Vamos
ler Isaías 15, que é curto, e os primeiros versos do 16, para ver como esta
região é uma região destinada ao refúgio do povo de Deus, se o povo de Deus é
fiel; sempre há esse princípio. Deus sempre dará refúgio se seu povo é fiel.
Diz que a serpente abrirá sua boca e lançará água como um rio para derrotar a
semente e a mulher, mas diz que a terra abrirá sua boca e diz também que vão
ser dadas à mulher asas de grande águia para que escape para o deserto onde tem
lugar preparado por Deus para que ali a sustente durante três anos e meio.[3]
Então esse princípio de refúgio é quando há fidelidade; se não há fidelidade há
desfalecimento; se há fidelidade há bem aventurança, há Gade; já não é Dibom
senão Gade. Então, irmãos, que nossa palavra chave seja Gade e não Dibom.
Leiamos, pois, os capítulos 15 e 16 de Isaías, que são profecias acerca de
Moabe.
Leiamos os primeiros versos: “¹Peso de Moabe. Certamente numa noite foi
destruída Ar de Moabe, e foi desfeita; certamente numa noite foi destruída Quir
de Moabe e foi desfeita. ²Vai subindo a Bajite, e a Dibom, (quer dizer, que
Dibom está em Moabe. Estamos vendo Dibom-Gade; está em Moabe) aos lugares altos, para chorar; por Nebo (que fica no monte Abarim;
estamos quase chegando ali) e por Medeba
clamará Moabe; todas as cabeças ficarão
calvas, e toda a barba será rapada. ³Cingiram-se de sacos nas suas ruas; nos
seus terraços e nas suas praças todos andam gritando, e choram abundantemente. ⁴Assim Hesbom como Eleale, andam gritando; até Jaaz se ouve
a sua voz; por isso os armados de Moabe clamam; a sua alma lhe será penosa.
⁵O meu coração clama por causa de Moabe; Os seus fugitivos foram até Zoar,
como uma novilha de três anos; porque vão chorando pela subida de Luíte, porque
no caminho de Horonaim levantam um lastimoso pranto. ⁶Porque as águas de Ninrim serão pura assolação;
porque já secou o feno, acabou a erva, e não haverá verdura alguma. (ou
seja, para Moabe há juízo) ⁷Por isso a abundância
que ajuntaram, e o que guardaram, o ribeiro dos
salgueiros o levarão. ⁸Porque o pranto rodeará
aos limites de Moabe; até Eglaim chegará o seu clamor, e ainda até Beer-Elim
chegará o seu lamento. ⁹Porquanto as águas de
Dimom estão cheias de sangue, porque ainda acrescentarei mais a Dimom; leões
contra aqueles que escaparem de Moabe e contra o restante da terra”. Bem, isso é quanto a Moabe, mas, e quanto
ao povo de Deus?
Então
sigamos lendo o 16: “¹Enviai o cordeiro
ao governador da terra, desde Sela, no deserto, até ao monte da filha de Sião.
²De outro modo sucederá que serão as filhas de Moabe junto aos vaus de Arnon
(que é o próximo ribeiro que tem que cruzar para Almom-Diblataim) como pássaro vagueante, lançado fora do
ninho. ³Toma conselho, (observem no que Deus diz a Moabe) executa juízo, põe a tua sombra no pino do
meio-dia como a noite; esconde os desterrados, e não descubra os fugitivos. ⁴Habitem contigo os meus desterrados, ó Moabe; serve-lhes de refúgio
perante a face do destruidor; porque o homem violento terá fim; a destruição é
desfeita, e os perversos são consumidos sobre a terra. ⁵Porque o trono se firmará em benignidade, e sobre ele no tabernáculo de
Davi se assentará em verdade um que julgue, e busque o juízo e se apresse em
fazer justiça”.
Esse
é o Messias. Se dão conta? Que para a segunda vinda de Cristo, em pleno
problema de Armagedom, Moabe será julgada, mas servirá de sombra, de refúgio,
de protetor para os desterrados que vão refugiar-se justamente nesse lugar.
Como concorda com o que dizia em Daniel, que estas províncias escaparão da mão
daquele que vem do norte e/ ou do anticristo: Edom, Moabe e a maioria dos
filhos de Amom; ou seja, a Transjordânia, do Jordão ao oriente; quer dizer
precisamente esta região. E o mesmo diz aqui Isaías: Dibom, desça da glória; o
que está governando Dibom, porque agora tem que ser outro.
Irmãos, quando a Igreja é fiel se
firma no Espírito, tem bem aventurança e tem refúgio; quando está em
desfalecimento, voltam a tomar forças os demais. Vocês recordam? E termino com
isto, a visão que o Senhor deu ao irmão Rick Joyner. Diz que na luta com os demônios,
quando os irmãos cresciam, os demônios se apequenavam; quando os irmãos temiam,
os demônios se engrandeciam. Nas fronteiras sempre há essa luta entre o
desfalecimento e a bem aventurança. Este é o véu que tem que atravessar desde o
Lugar Santo, que é a alma, ao Lugar Santíssimo, que é o espírito. A vitória
está no Espírito, o desfalecimento está na alma. Se andamos em Cristo, andamos no
Espírito e temos bem aventurança. Irmãos esta é a lição de Dibom-Gade;
melhor que sejamos de Gade do que de Dibom. Amém.
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